tag:blogger.com,1999:blog-70825101661365516172024-02-08T14:38:53.043-03:00Jardim ClonalUm planta, outro rega; mas Deus é quem dá o crescimento.Unknownnoreply@blogger.comBlogger36125tag:blogger.com,1999:blog-7082510166136551617.post-3174205958423800632011-03-18T16:17:00.001-03:002011-03-18T16:28:30.053-03:00Esperança em Tempos de Apostasia - Parte 15<div style="text-align: center;"><span style="font-style: italic;">"Quando, pois, vos conduzirem e vos entregarem, proponde, pois, em vossos corações não premeditar como haveis de responder, mas, o que vos for dado naquela hora, isso falai, porque não sois vós os que falais, mas o Espírito Santo. Porque eu vos darei boca e sabedoria a que não poderão resistir nem contradizer todos quantos se vos opuserem. E o irmão entregará à morte o irmão, e o pai ao filho; e levantar-se-ão os filhos contra os pais. Até pelos pais, e irmãos, e parentes, e amigos sereis entregues; e matarão alguns de vós. E de todos sereis odiados por causa do meu nome; Mas não perecerá um único cabelo da vossa cabeça. E quem perseverar até ao fim, esse será salvo. Na vossa paciência possuí as vossas almas." [Marcos 13:11-13; Lucas 11:19]</span><br /></div><br /><div style="text-align: justify;">Na última edição do Jardim Clonal examinamos a primeira parte deste trecho do Discurso Profético, especialmente tomando como exemplo e instrução para nós a dependência do Santo Espírito a que nosso Senhor incita Seus discípulos; e que seja uma grande vergonha para nós o fato de os Santos Apóstolos, sob risco de tortura e morte, serem fiéis e pregarem somente as Palavras que o Espírito Santo dá, abrindo mão de si mesmos, (enquanto nós tão comumente negociamos a verdade e inventamos um evangelho mais palatável aos homem moderno, mais científico ou mais inclusivo, ou com menores exigências e menos riscos; e isto enquanto vivemos em uma época e país sob paz, onde desfrutamos de plena liberdade para pregar a Verdade). Todavia o poder que o Santo Espírito de Deus tem para converter pecadores, este poder do qual, pela Graça de Cristo Jesus, podemos participar se fielmente andarmos diante do Senhor, abrindo mão de nós mesmos para portar a Sua Palavra, seja para nós um conforto sempre. Pois tanto a Soberania quanto a bondade de Deus para Salvar pecadores nos devem ser de grande alento, especialmente quando estamos desfalecendo em uma longa batalha pelas almas dos homens, lutamos, já há muito tempo, pela conversão de alguns dos visitantes de nossa congregação ou por alguém de nossa família. Não será com nossa palavra e com nossa sabedoria que poderemos alcançar estas pessoas, mas especialmente pelo Espírito de Deus: Em constante oração, em constante súplica, pelo simples anúncio da Palavra – que condena pela Lei todo homem, (pois vivemos sob o pecado), mas oferece a gratuita e perfeita Justiça de Cristo a todo o que, com arrependimento, alcançar a fé. Não devemos deixar esmorecer nossa esperança pela conversão dos perdidos: é melhor um cão vivo, do que um leão morto, nos diz a Palavra. Porque para o vivo ainda há esperança. Por mais que os pecados se acumulem, e as ofensas contra nosso Senhor aumentem, e o homem se entregue à blasfêmia, ignorância, crueldade e zombaria; por mais que se atole em adultérios e em todos os desejos da carne; não há maldade que não possa ser perdoada pelo infinito amor de Deus e não há pecador cujos pecados o tornem inalcançável para a redenção comprada pelo sangue do Filho de Deus ou que esteja além do poder do Senhor para fazer nascer vida e santidade onde antes havia apenas morte e perdição. É completamente contrário ao Evangelho considerar que alguém, seja bêbado, meretriz, assassino ou a mais vil pessoa, esteja além do alcance do perdão que há em Cristo Jesus e esteja além de ser chamado pelo Espírito de Deus ao arrependimento. Nosso Senhor não tem uma classe preferida de pessoas, os quais mais facilmente ele converte dos maus caminhos – antes, como vemos dentre os próprios Apóstolos, nosso Senhor chama ao arrependimento e conduz à uma nova vida tanto aqueles que outrora foram religiosos hipócritas (como os discípulos convertidoe de entre os Fariseus), quanto os que foram corruptos cobradores de impostos, ou os que eram simples trabalhadores que honestamente O buscavam; ninguém está além do Seu poder ou fora do Seu bondoso interesse. Nosso Senhor, desde a Eternidade, não elegeu para Si somente um tipo de pessoas, repito; Ele elegeu toda sorte de pecadores, de todas as nações, de todos os povos, com toda sorte de vícios malignos – não são os justos que necessitam de arrependimento, não são os sãos que necessiam de cura, mas os pecadores necessitam de reconciliação, os doentes necessitam de um médico. Nosso Deus escolheu para si, desde a Eternidade, toda sorte de homens, Ele os elegeu para manifestar a grandeza da Sua Graça e para exaltar o Seu poder único de trazer luz e calor onde antes havia destruição e o gélido vazio das trevas.<br /><br />Contudo, se não há a Palavra do Espírito Santo, se há somente as palavras e filosofias dos homens, então nem toda a filosofia, nem toda a retórica, nem todos os argumentos do mundo poderão fazer nascer esta nova vida na alma do homem; é possível convencer um homem a abandonar algum de seus pecados, entretanto jamais a palavra humana poderá mudar a natureza humana e desferir um firme e mortal golpe na pecaminosidade e depravação do seu coração, de onde novos e os mais terríveis pecados não tardarão em brotar. Não nos desgastemos por nossa própria força, não confiemos em nossos métodos e pretensa sabedoria para alcançarmos aos perdidos mas, como o Senhor instruiu aos Apóstolos, repito, confiemos no Espírito Santo de Deus, busquemos a sabedoria e as palavras dEle, nos extenuemos em oração; e conheceremos este poder na Verdade para a libertação dos homens. Noites inteiras em sinceras orações por alguém que está perdido e rumando para o Inferno são mais eficazes do que milhares de insistentes e desgastantes debates e convites. Um coração humilde e quebrantado, que não se exalta sobre os outros homens mas percebe que como todos os outros perecerá se estiver fora da Graça de nosso Senhor é amado por Deus; enquanto os soberbos, com todos os seus métodos e planos, serão por Ele destruídos.<br /><br />Ah, como isto denuncia que temos uma grande tristeza na Igreja dos dias de hoje! Como isto denuncia toda nossa incredulidade, toda nossa dureza de coração! Pois, por um lado somos pressionados ao racionalismo, pela cultura mundana que desconsidera a existência de tudo o que é espiritual, que desconsidera que Deus reina sobre Sua Igreja, a dirige e a preserva; por outro, somos desafiados pela supersticão e credulidade do Romanismo e do Pentecostismo. Ora não é cedendo ao racionalismo do mundo que venceremos esta batalha, e muito menos copiando o misticismo barato e paganizado dos Romanistas e Pentecostistas; antes, temos de nos refugiar nas Escrituras Sagradas, conhecendo o poder de Deus ali descrito, não nos deixando levar pela mente carnal, nem para viver o ateísmo prático daqueles que pensam e vivem como se Deus não interferisse ou governasse sobre tudo o que ocorre, nem para supervalorizar as ações extraordinárias de Deus e as ocorrências espirituais como se nós mesmos e as ações ordinárias de Deus não devessem ser consideradas.<br /><br />Tenhamos, portanto, uma firme confiança no Senhor, sabendo que Ele é poderoso para agir em defesa da Sua Igreja e para o progresso do Seu Evangelho. A Igreja Cristã está, em todos os séculos, tentada a abandonar a "loucura da pregação", a afastar-se da direção do Espírito, deste entregar-se à Verdade da Escritura e rejeitar a sabedoria centrada em si mesmo. Ouvimos hoje os clamores que nos tentam a usar música rock ou contry ou seja-o-que-for para atrair os pecadores, que nos tentam a usar teatro, filmes, acampamentos, festivais de comida típica e toda outra sorte de entretenimento para atrair os pecadores, que nos tentam a usar métodos de marketing, administração, psicologia para atrair os pecadores, que nos tentam a usar milagres, sinais, prodígios e promessas de bênçãos para atrair os pecadores; porém não é isto que vemos nosso Senhor Cristo Jesus fazendo e ensinando, não é isto que os Apóstolos fizeram! Eles usaram suas vozes, muitas vezes roucas e cansadas; não usaram a música, nem o teatro grego, não usaram o método de discurso dos filósofos, nem a forma de sabedoria rabínica – em lugar, pregaram somente o Evangelho Puro e Simples, tão estranho para a natureza decaída dos homens naqueles dias, quanto hoje ou daqui a cem anos será. Somos todos igualmente indignos da bênção Divina, igualmente indignos tanto da redenção que recebemos para servir ao Senhor, quanto de sermos utilizados por Ele para o serviço da Sua Obra; somos sim igualmente indignos, tanto o religioso cujo coração ainda está cheio do mal, mas cujas mãos temem de o praticar, quanto o mais desgraçado dos ímpios, cujo corpo é morada de legiões de demônios; somos igualmente indignos, mas a Graça de Deus e o valor do Sangue de Cristo derramado para a Salvação dos homens pode tão facilmente libertar qualquer um de nós destes cativeiros. Tão certo quanto Cristo hoje vive, pode a Sua Igreja estar revestida do Seu Poder, para, com impetuosidade e fidelidade, não haver razão em perder-se a esperança de que Ele pode e irá, sempre, converter, pela pregação do Evangelho e ação do Santo Espírito, tantos pecadores quanto Ele desejar chamar; e, sejam centenas em uma cidade, ou cinco em outra região, devemos manter-nos fiéis, vigilantes, humildes, quebrantados e insistentes em oração e no conhecimento da Escritura, sabendo que nosso Deus habita em Sua Igreja e peleja por ela. Não devemos ceder, não devemos trocar a pura pregação por métodos e ideias humanas, trocar a confiança no Senhor Eterno pela confiança nos homens. Nunca esqueçamos que não há tempos mais difíceis para Aquele que criou todos os Tempos, e todos os Ímpios, e todos os Santos; nunca devemos nos deixar roubar a Esperança de quem crê no Deus Altíssimo e Soberano, e que, segundo Seu propósito e não segundo a aparência do mundo, pode tanto trazer para Si e para Sua Igreja, centenas de homens, quanto pode deixar entregarem-se aos mais odiosos pecados, países inteiros. Tenhamos, portanto, uma mais firme fé e um mais profundo senso de humildade e dependência; dobremos nossos joelhos, não como quem repete uma pose ensaiada, mas como quem cede sob o peso do conhecimento da própria miséria. Não sejamos como o fariseu hipócrita que orava dizendo "agradeço ao Senhor que não sou como os outros homens" [Lucas 18:11]; em lugar, nos esforcemos em reconhecer nossa própria miséria, nossa pecaminosidade, nos esforcemos em destruir a altivez de nossa natureza humana e em nos vermos tão dependentes de Deus quanto verdadeiramente somos. Não sejamos sábios aos nossos próprios olhos, nem cheios de louvores a nosso próprio respeito, mesmo que, como o fariseu, disfarcemos esta soberba com a frase "dou graças ao Senhor". Não menosprezemos os que se humilham, não menosprezemos os que são fracos na fé, os que claramente dependem do Senhor. Somente se nos esforçarmos - pela Palavra e oração, pelo ouvir a pregação, pelo meditar na Palavra, estando estas coisas sob a Graça de Deus - em alcançar um coração assim morto para nós mesmos e entregue ao uso que Deus, provaremos que temos realmente abandonado a vã sabedoria humana e buscado agir de acordo com o que o Espírito nos revelou na Sagrada Escritura.</div>Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7082510166136551617.post-50090343178666886592010-12-17T15:48:00.002-02:002010-12-17T15:53:04.916-02:00Esperança em Tempos de Apostasia - Parte 14<div style="text-align: center;"><span style="font-style: italic;">“Quando, pois, vos conduzirem e vos entregarem, proponde, pois, em vossos corações não premeditar como haveis de responder, mas, o que vos for dado naquela hora, isso falai, porque não sois vós os que falais, mas o Espírito Santo. Porque eu vos darei boca e sabedoria a que não poderão resistir nem contradizer todos quantos se vos opuserem. E o irmão entregará à morte o irmão, e o pai ao filho; e levantar-se-ão os filhos contra os pais. Até pelos pais, e irmãos, e parentes, e amigos sereis entregues; e matarão alguns de vós. E de todos sereis odiados por causa do meu nome; Mas não perecerá um único cabelo da vossa cabeça. E quem perseverar até ao fim, esse será salvo. Na vossa paciência possuí as vossas almas.” [Marcos 13:11-13; Lucas 11:19]</span><br /></div><br /><div style="text-align: justify;">É realmente importante compreendermos este padrão de interpretação que estamos descrevendo aqui a partir desta exposição do Discurso Profético de nosso Senhor no Monte das Oliveiras. Santos homens de Deus no passado já se deixaram confundir e impressionar por eventos que paralelizavam com os do Discurso Profético – cabe lembrarmos aqui, como um exemplo, do grande Puritano dos Estados Unidos da América chamado Cotton Mather. Durante a vida do senhor Mather houve: um terremoto de uma magnitude de aproximadamente 7.5 pontos cujos efeitos foram sentidos ainda por três dias; uma grande fome nos anos seguintes ao terremoto; com a fome, vieram as doenças como escarlatina e varíola; duas grandes guerras se deram no mesmo período, uma contra os índios da tribo Wampanoag e outra contra os franceses; o número de dissidências religiosas aumentou grandemente, e os papistas atacaram com grande ímpeto aos protestantes em todo o mundo (inclusive na Inglaterra, onde o movimento Puritano foi sufocado pelo Ato de Uniformidade) e um “surto” de autoproclamados feiticeiros causaram uma grande histeria em determinadas regiões dos EUA, especialmente em Salém; soma-se a isto o fato de o cometa Halley, com grande visibilidade e brilho, haver cruzado os céus. Ora, aparentemente o quadro estava completo – fomes, guerras, perseguições, apostasia e mesmo “sinais no céu” - e isto levou Cotton Mather a crer que o fim estava próximo. Foram necessárias algumas décadas e a aproximação da própria morte até que Mather concebesse, em conjunto com outros teólogos e ministros da Palavra, uma visão mais clara e condizente com a perspectiva histórica Reformada e Puritana de outros eminentes estudiosos do passado, como os amados João Calvino e John Owen. Infelizmente este equívoco deixou uma triste mancha na história de Cotton Mather e o apocaliptismo inspirado por ele perturbou não poucas vidas de homens e mulheres simples que Deus entregara aos seus cuidados pastorais e a sua influência como grande teólogo da Igreja naquele país. Tenhamos em mente este exemplo para que não sejamos levados por uma hermenêutica experiencialista que interpreta a Palavra de Deus em função das notícias dos jornais; antes, sejamos sóbrios e vigilantes para submeter nossa visão de mundo à Palavra de Deus, entendendo e reagindo a tudo o que ocorre, instruídos pela Escritura.<br />Destarte, a partir do que tem sido ensinado nestas últimas edições do Jardim Clonal, continuemos a examinar o texto paralelo dos Evangelhos a respeito do Discurso Profético, sabendo que aquelas coisas que examinamos até agora foram ditas especialmente com respeito a fundação da Igreja Neotestamentária e, em paralelo, a destituição da ordem Veterotestamentária, agora envelhecida e contaminada pelo judaísmo apóstata. Entretanto, ainda que não sejam ditas especialmente a nosso respeito, as palavras deste Sermão de nosso Senhor, tem suma relevância para nós, pois quando Tempos de Apostasia chegam, e a Ira de Deus é derramada com furor, e fomes, guerras e perseguições se acumulam mais ainda do que o normal, encontraremos nestas mesmas palavras, forças, instrução e esperança, para agirmos com sabedoria e suportarmos os tempos maus (sabendo que, como o tempo de provação do primeiro século redundou no progresso do Reino deCristo e foi sucedido por eras mais tranqüilas por algum tempo, da mesma forma o tempo de provação em que Cotton Mather viveu redundou no progresso do Reino de Cristo e foi sucedido por um século de grandes homens como Jonathan Edwards, William Carey, David Livingstone e, apesar de certas ressalvas, seria injusto não citar outros como Whitefield e Rowland).<br />Até este ponto fica claro que os Apóstolos deveriam ter por certo que seriam perseguidos: antes da Destruição do Templo, antes da plena fundação e revelação da Igreja de Cristo; antes, eles padeceriam perseguições. E não somente isto mas, nas mãos de uma Igreja Apóstata, vendida aos poderes de um Estado pagão, eles seriam levados ante os Conselhos Eclesiásticos e antes as autoridades seculares, para serem ameaçados e tentados a dissuadir da Fé. Nosso Senhor, conhecendo o coração dos seus discípulos, para firmá-los e prepará-los para estes confrontos, lhes dá preciosas orientações a respeito de como eles deveriam agir quando pressionados para tornarem-se Apóstatas. E que grandes confrontos seriam estes! Pois homens simples, pobres percadores das regiões rejeitadas da Palestina, teriam de enfrentar os grandes e poderosos (e, diga-se de passagem: justos aos seus próprios olhos) sobre a Terra, teriam de defender, diante destes tais homens - homens versados em discursos e em políticas - a Verdade do Evangelho. Ora, perante tal quadro, o que fariam os discípulos? A resposta desafia a lógica humana, mas igualmente descansa no mistério de Deus: “Não se preocupem com o que irão falar, não será a sabedoria humana que convencerá a estes homens.”. A salvação ou a condenação das almas pertence somente a Deus [Jonas 2:9], não sujeita-se ao que foi dado aos homens, não está em nosso alcance, ou no poder de nossa sabedoria [1 Coríntios 2:10-13]. Não seria pelo estudo das religiões e visões políticas dos ímpios que os confrontavam que os discípulos alcançariam convencê-los; não seria pelo diálogo intererreligioso, não seria pela retórica e pela pena afiada da lógica humana, nem seria pelos seus sentimentos, nem com terror ou com promessas de toda sorte de bênçãos: não! Bastaria o que o Espírito de Deus lhes desse. E, caso houvesse algum rei ou governante ou concílio a ser convertido pela pregação, assim o seria - e isto segundo a vontade e o poder de Deus. Mas também se houvesse de ser endurecido o coração dos ímpios e punido com açoites, prisão e morte todo aquele que prega a mensagem de Cristo, assim o seria. Nenhum homem alcança a humildade necessária ao Cristão, exceto se extirpado de sua autoconfiança; e que poderosa operação esta a de humilhar os discípulos, de conclamá-los à dependência e ao descanso no Senhor ante o perigo de serem submetidos às torturas, à execração e à morte! E, se os discípulos que andaram lado a lado com nosso Senhor necessitaram desta lição, oh quanto mais nós também carecemos do mesmo! Em verdade é tão necessária esta abnegação que poderíamos afirmar que a pregação do Evangelho sem ela é impossível: se o Evangelho não for pregado com a sabedoria do alto, ele deixa de ser o Evangelho para se tornar mais uma mera filosofia humana. Cabe meditarmos em algumas palavras do amado Reformador João Calvino:<br />“Mas devemos trazer a mente que aquilo que Paulo escreveu na Primeira Carta aos Coríntios, a saber, que a pregação do Evangelho é loucura para os homens, que vêem a si mesmos como sábios [1 Coríntios 1:18,23]. Em verdade, desta forma, Deus nos humilha por causa de nossa tolice. Porque há suficiente sabedoria e boa instrução, se nós nos importarmos em atentar para tal, no céu e na terra ao redor de nós; porém nós somos cegos e fechamos nossos olhos para a sabedoria de Deus exibida na natureza. É por isso que Ele abriu para nós um novo caminho para atrair-nos até Ele mesmo – através de algo que reputamos loucura!”<br />O que Calvino explica aqui é que, uma vez tendo Cristo Jesus, o Filho Eterno de Deus, sendo naturalmente cheio de toda santidade e glória, se tornado maldição por nós e suportado a Ira de Deus e toda a ignomínia para nos Salvar, então parece claro que o caminho que Deus elegeu para a Salvação da humanidade não é um caminho de acordo com o mero raciocínio humano. Há uma razão espiritual que ultrapassa a lógica, seja a lógica helenista ou a lógica de qualquer tradição dos homens, e que é, em si, a vera lógica da qual todas as outras são inúteis e obsoletas sombras. Devemos aprender de Jesus Cristo, nosso sumo-Mestre e único Salvador, dEle que é manso e humilde de coração, devemos aprender dEle e mesmo apreender da mente dEle, para raciocinarmos com a lógica da Cruz, que humilha os homens e exalta a glória e a graça do Deus Altíssimo. Assim, João Calvino prossegue:<br /><br /><span style="font-style: italic;">“Então, nós não devemos julgar o que temos lido aqui, a respeito de como o Filho de Deus tomou sobre Si a maldição que era nossa; não devemos julgar isto pela razão humana. Em lugar, nós devemos nos deleitar em tal mistério e dar glória a Deus, por ter amado tanto nossas almas ao ponto de redimí-las a tal inestimável custo para Si.”</span><br /><br />A sabedoria que vem do alto, o santo e fiel discurso que provém de um coração quebrantado, e a unção e iluminação, ainda que na parca medida – se comparada com o derramar do Espírito sobre os Apóstolos - que nos é entregue, são mais eficazes para os propósitos Divinos do que toda eloqüência, técnica ou ciência de todos os sábios segundo a carne. Nosso Senhor deu aos santos Apóstolos e discípulos uma excepcional e ímpar boca e sabedoria e palavras do Espírito Santo para realizarem Seu propósito; e ainda hoje, por Amor a Seu Nome, o Santo Espírito distribui liberalmente uma especial sabedoria aos homens que O obedecem e buscam a Glória dEle, e nos dá a Sua Palavra escrita, Palavras do Espírito Santo, para que ninguém nos resista ou contradiga, mas para que a Sua Igreja e o Evangelho prosperem sobre a Terra. </div><blockquote></blockquote>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7082510166136551617.post-1639709473187291152010-10-18T15:16:00.005-02:002010-10-18T15:28:28.111-02:00Esperança em Tempos de Apostasia - Parte 13<p style="margin-bottom: 0cm;" align="CENTER"><span style="font-family:Times New Roman,serif;"><i><span style="font-size:130%;">Nesse tempo, muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se aborrecerão. E surgirão muitos falsos profetas e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos se esfriará.</i></span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US"><i> [Mateus 24:10-12]</i></span></span></p><br /><p style="margin-top: 0.18cm; margin-bottom: 0.18cm;" align="JUSTIFY"><span style="font-size:100%;">Temos aprendido que as </span><span style="font-size:100%;"><i>tribulações </i></span><span style="font-size:100%;">servem a um bom propósito, e que os </span><span style="font-size:100%;"><i>verdadeiros </i></span><span style="font-size:100%;">Cristãos devem </span><span style="font-size:100%;"><i>esperar por tribulações, </i></span><span style="font-size:100%;">porque é impossível haver conformidade entre o Cristão e o mundo - o Cristão não fala da mesma forma que os ímpios </span><span style="font-size:100%;"><i>[Zacarias 8:16; Tiago 2:12, 4:11; 1 Pedro 3:15]</i></span><span style="font-size:100%;">, não se veste da mesma forma que os ímpios </span><span style="font-size:100%;"><i>[1 Pedro 3:3,4; 1 Timóteo 2:9]</i></span><span style="font-size:100%;">, não tem as mesmas preocupações dos ímpios </span><span style="font-size:100%;"><i>[Mateus 6:25-34]</i></span><span style="font-size:100%;">, em suma, em tudo ele contraria o procedimento comum daqueles que estão ausentes de Deus e em tudo denuncia que há irreconciliável separação entre as obras da carne decaída e as obra do espírito redimido. Agora, não pensemos que a </span><span style="font-size:100%;"><i>aflição e a perseguição, </i></span><span style="font-size:100%;">embora operem o bem do Cristão, o fazem de forma imediata e visível para toda a Igreja. Não há dúvidas que </span><span style="font-size:100%;"><i>os eleitos do Senhor são aperfeiçoados pelo sofrimento, por causa do Espírito que a eles assiste e ensina, por causa da Palavra que o Espírito inspira e ilumina, pelo eterno desígnio de Deus em santificá-los e pelo amor ao Senhor que lhes foi gravado na alma. </i></span><span style="font-size:100%;">Contudo, há também </span><span style="font-size:100%;"><i>prejuízos temporários, visíveis, </i></span><span style="font-size:100%;">especialmente a aparência da Igreja, os quais podem demorar ainda a se revelarem benéficos para os Santos</span><span style="font-size:100%;"><i>; </i></span><span style="font-size:100%;">porque a Cruz é uma ofensa para todos quantos não são </span><span style="font-size:100%;"><i>verdadeiramente chamados pelo Senhor</i></span><span style="font-size:100%;">, e isto os levará:</span></p> <p style="margin-top: 0.18cm; margin-bottom: 0.18cm;" align="JUSTIFY"><span style="font-size:100%;">1) À </span><span style="font-size:100%;"><i>Apostasia, </i></span><span style="font-size:100%;">ou seja, ao abandono do ensino bíblico. A </span><span style="font-size:100%;"><i>perseguição, </i></span><span style="font-size:100%;">a aparente </span><span style="font-size:100%;"><i>derrota, </i></span><span style="font-size:100%;">a </span><span style="font-size:100%;"><i>fraqueza, </i></span><span style="font-size:100%;">e tudo o mais que remonta à Cruz, </span><span style="font-size:100%;"><i>são pedras de tropeço para aqueles que não têm o coração totalmente em Cristo. </i></span><span style="font-size:100%;">Nos dias de hoje </span><span style="font-size:100%;"><i>vivemos em tempos de Apostasia, </i></span><span style="font-size:100%;">como efeito das </span><span style="font-size:100%;"><i>tribulações e perseguições que a Igreja sofreu nos séculos XIX e XX - </i></span><span style="font-size:100%;">principalmente</span><span style="font-size:100%;"><i> </i></span><span style="font-size:100%;">perpetradas pelos adeptos do modernismo, materialismo, humanismo, pós-modernismo e demais filosofias e subdivisões filosóficas centradas no homem; as quais, </span><span style="font-size:100%;"><i>com a multiplicação do conhecimento e da informação, </i></span><span style="font-size:100%;">pelo endeusamento do </span><span style="font-size:100%;"><i>conhecer </i></span><span style="font-size:100%;">e dos </span><span style="font-size:100%;"><i>meios de conhecimento, </i></span><span style="font-size:100%;">se propuseram entremear à alma e a Revelação, tentando impondo condições as mais diversas (e ímpias) ao conhecimento de Deus pela Escritura. Reitero, portanto, que as </span><span style="font-size:100%;"><i>perseguições, </i></span><span style="font-size:100%;">essencialmente políticas, econômicas e sociais, sofridas pela </span><span style="font-size:100%;"><i>Igreja </i></span><span style="font-size:100%;">, cujos arautos foram tais filosofias acima citadas, geraram a </span><span style="font-size:100%;"><i>Apostasia</i></span><span style="font-size:100%;">. Quanto ao gênero deste afastamento da Doutrina Bíblica, especificamente posso nomear o Liberalismo Teológico, o NeoLiberalismo, o Ecumenismo, o NeoCalvinismo e o Misticismo (Darbista, Quaker, Oriental ou Pentecostista) como frutos </span><span style="font-size:100%;"><i>teológicos </i></span><span style="font-size:100%;">do </span><span style="font-size:100%;"><i>mau fermento filosófico. </i></span><span style="font-size:100%;">Ora, veja que é isto de tal maneira: pressionados nestas </span><span style="font-size:100%;"><i>perseguições, </i></span><span style="font-size:100%;">os </span><span style="font-size:100%;"><i>Apóstatas, </i></span><span style="font-size:100%;">para que não sejam </span><span style="font-size:100%;"><i>afligidos </i></span><span style="font-size:100%;">com os demais integrantes da Igreja, tomam um de dois caminhos - ou renegam a Fé, associando-se abertamente com os inimigos; ou </span><span style="font-size:100%;"><i>alteram </i></span><span style="font-size:100%;">a Fé, eliminando de seu escopo aquelas doutrinas e ações que mais ofendem o mundo e despertam a ira das nações, ou exacerbando as que mais fazem frente ao presente ataque (ainda que às custas de mentiras). Quantas das congregações de nossos dias cantam os Salmos, como fez a Igreja Cristã em todos os séculos e como a Escritura nos ordena? </span><span style="font-size:100%;"><i>[Efésios 5:19; Colossenses 3:16]</i></span><span style="font-size:100%;"> Quantas das congregações de nossos dias </span><span style="font-size:100%;"><i>rejeitam o uso de instrumentos musicais no culto </i></span><span style="font-size:100%;">(porque tais instrumentos pertenciam ao culto no Templo, ao sacerdócio Levítico, como o incenso e outras especificidades cerimoniais) </span><span style="font-size:100%;"><i>[1 Crônicas 25:1-6; 2 Crônicas 5:12;9:11; Neemias 12:27; Salmos 137:1-4], </i></span><span style="font-size:100%;">como também os rejeitavam os Reformadores e Puritanos, e os antigos Cristãos, e como nos ensina a Escritura? Quantas das congregações de nossos dias seguem suas </span><span style="font-size:100%;"><i>Confissões de Fé, </i></span><span style="font-size:100%;">usam seus </span><span style="font-size:100%;"><i>Catecismos, </i></span><span style="font-size:100%;">e reconhecem a Fé Cristã Histórica, mesmo em suas doutrinas mais simples e basilares, como a doutrina da </span><span style="font-size:100%;"><i>suprema autoridade da Escritura</i></span><span style="font-size:100%;">? </span><span style="font-size:100%;"><i>[2 Timóteo 3:16]. </i></span><span style="font-size:100%;">E quantas pregam a Palavra </span><span style="font-size:100%;"><i>da forma com a Escritura comanda -</i></span><span style="font-size:100%;"> com dura repreensão do pecado, com aplicação das doutrinas bíblicas, com o devido respeito pelo contexto, com solenidade e temor? E quantas rejeitam o </span><span style="font-size:100%;"><i>ministério feminino, a teologia da prosperidade e o pelagianismo</i></span><span style="font-size:100%;">? Antes, todas estes erros aqui numerados se tornaram tão comuns que há mais estranheza quando falamos do que é correto e bíblico, do que quando se </span><span style="font-size:100%;"><i>ensina e pratica o erro. </i></span><span style="font-size:100%;">Ora, o afastar-se daquilo que a Igreja, seguindo a Escritura, praticou e defendeu em todos os séculos, e o aproximar-se daquilo que sempre foi condenado (porque contraria a Escritura) é </span><span style="font-size:100%;"><i>Apostasia; </i></span><span style="font-size:100%;">e somente a Graça de Deus em Cristo Jesus pode nos impedir de </span><span style="font-size:100%;"><i>cair como todos tem caído, </i></span><span style="font-size:100%;">e pode, ao contrário, nos incitar para </span><span style="font-size:100%;"><i>corrigirmos, com arrependimento, quaisquer erros que ainda estejamos cometendo e combater o mal que ainda toleramos. </i></span><span style="font-size:100%;">Vivemos em </span><span style="font-size:100%;"><i>tempos de Apostasia, </i></span><span style="font-size:100%;">e tais tempos começaram com </span><span style="font-size:100%;"><i>perseguições. </i></span><span style="font-size:100%;">Não desprezo, contudo, a influência dos grandes eventos e </span><span style="font-size:100%;"><i>aflições </i></span><span style="font-size:100%;">mundiais nesta </span><span style="font-size:100%;"><i>Apostasia </i></span><span style="font-size:100%;">(como as duas grandes guerras e as recessões), como também não nego que, sejam nas causas imediatas ou nas mais distantes, ou seja na própria </span><span style="font-size:100%;"><i>Apostasia, </i></span><span style="font-size:100%;">a mão poderosa do Senhor esteja agindo. Assim, conforme os motivos aqui expostos, vemos que </span><span style="font-size:100%;"><i>a</i></span><span style="font-size:100%;"> </span><span style="font-size:100%;"><i>perseguição, as aflições e tribulações </i></span><span style="font-size:100%;">fazem aflorar os </span><span style="font-size:100%;"><i>falsos mestres e falsas doutrinas </i></span><span style="font-size:100%;">com temporário prejuízo para a Igreja Visível, e, muitas vezes, com uma grande e notória confusão; entretanto, confiamos no Senhor nosso Salvador, que por </span><span style="font-size:100%;"><i>estes que saíram de entre nós, não eram de nós, </i></span><span style="font-size:100%;">e que, quando este </span><span style="font-size:100%;"><i>tempo determinado </i></span><span style="font-size:100%;">houver passado, </span><span style="font-size:100%;"><i>a Igreja emergerá purificada e fortificada. </i></span> </p> <p style="margin-top: 0.18cm; margin-bottom: 0.18cm;" align="JUSTIFY"><span style="font-size:100%;">Nesta porção dos Evangelhos que examinamos, vemos que </span><span style="font-size:100%;"><i>foi também um tempo de Apostasia </i></span><span style="font-size:100%;">aquele do nascimento da Igreja Neotestamentária; um tempo em que a Igreja dos Judeus estava em </span><span style="font-size:100%;"><i>Apostasia </i></span><span style="font-size:100%;">(porque </span><span style="font-size:100%;"><i>adicinaram mandamentos de homens à Lei de Deus </i></span><span style="font-size:100%;">e renegavam ao Senhor Jesus Cristo - e, portanto, ao que Deus prescrevera na Velha Aliança que eles achavam honrar)</span><span style="font-size:100%;"><i>, </i></span><span style="font-size:100%;">e um tempo em que, pelas sucessivas </span><span style="font-size:100%;"><i>tribulações, </i></span><span style="font-size:100%;">mesmo a Igreja NeoTestamentária sofria seus </span><span style="font-size:100%;"><i>Apóstatas </i></span><span style="font-size:100%;">(judaizantes, gnósticos, nicolaítas, etc). Também naqueles dias, haviam homens </span><span style="font-size:100%;"><i>estavam conosco, mas partiram de nós, porque nunca foram verdadeiramente nossos [1 João 2:19]. </i></span><span style="font-size:100%;">Quanto a isto advertiu nosso Senhor aos discípulos na profecia que aqui analizamos: que com as </span><span style="font-size:100%;"><i>tribulações e perseguições, </i></span><span style="font-size:100%;">os traidores e impostores seriam expostos (porque renegam e negociam a Fé antes de perderam a vida pelo seu Senhor) e muitos se escandalizariam </span><span style="font-size:100%;"><i>com o fato de que sofrimentos estão apontados sobre o povo de Deus, para os aperfeiçoar, porque não alcaçarão a Coroa da Glória, sem antes carregar a Cruz - exatamente como nosso Mestre fez, abrindo-nos o Caminho vivo que nos permite, pela Graça, participar das aflições dEle pela Igreja</i></span><span style="font-size:100%;">. </span> </p> <p style="margin-top: 0.18cm; margin-bottom: 0.18cm;" align="JUSTIFY"><span style="font-size:100%;">2) À </span><span style="font-size:100%;"><i>impiedade - pois é</i></span><span style="font-size:100%;"> fácil professar a Cristo sob a luz do sol, quando somos benquistos pela nossa religiosidade e nenhum sacrifício é feito pela Fé; quando a sociedade </span><span style="font-size:100%;"><i>cristianizada </i></span><span style="font-size:100%;">considera a religião como </span><span style="font-size:100%;"><i>somente mais uma das boas coisas a se fazer para o bem do próximo, </i></span><span style="font-size:100%;">e alguns exercícios moderados de piedade são incentivados e aplaudidos por todos</span><span style="font-size:100%;"><i>; </i></span><span style="font-size:100%;">mas, quando as trevas de uma tempestade se aproximam, e o Nome de Cristo se torna sinônimo da inimizade com o mundo; quando sacrifícios tem de ser feitos e os olhos têm de serem abertos para a miséria de nossos irmãos e para a desgraça daqueles que não conhecem a </span><span style="font-size:100%;"><i>verdadeira Religião; </i></span><span style="font-size:100%;">quando não há ocasião para disfarçar a prática da piedade, e as frontes se enrugam para aqueles que buscam agradar ao Senhor, </span><span style="font-size:100%;"><i>então até mesmo a mais fraca profissão do Nome de Cristo se torna rara e aquilo que o Senhor tem por bom, mas o mundo tem por mau, é desprezado; pois aos ímpios importa agradar ao mundo e não a Deus. </i></span><span style="font-size:100%;">Quantos Cristãos vemos hoje guardando seriamente o Dia do Senhor? E quantos temos visto exercendo a autoridade ordenada na Palavra sobre suas esposas e filhos e, com a devida autoridade e poder, sob a Aliança de Deus, conduzindo sua família sob a lei da Aliança da Graça? Quantos temos visto que se vestem de forma modesta e decente, que falam de forma contida e cuidadosa, que gastam suas posses buscando o bem alheio e que afastam-se dos entretenimentos do mundo para </span><span style="font-size:100%;"><i>remir o tempo</i></span><span style="font-size:100%;">? Desobedecer ao que o Senhor estabeleceu em Sua Palavra é </span><span style="font-size:100%;"><i>impiedade. </i></span><span style="font-size:100%;">Por mais, quando a tempestade finalmente chega, e o desejo de </span><span style="font-size:100%;"><i>perserguir </i></span><span style="font-size:100%;">a Igreja é francamente manifesto, e os homens, como </span><span style="font-size:100%;"><i>rios de água que brotam da boca do Dragão Satanás, </i></span><span style="font-size:100%;">saem à caça daqueles que amam ao Senhor, então, como uma doença malígna, a </span><span style="font-size:100%;"><i>impiedade alia-se a crueldade e se tornam a regra; todos se tornam suspeitos uns para com os outros e inimigos multiplicam-se mesmo dentre os mais próximos familiares. </i></span><span style="font-size:100%;">Assim foi visto ocorrer nos países Comunistas há algumas décadas atrás (como em alguns rincões até em nossos dias), e, para citar novamente a </span><span style="font-size:100%;"><i>Ilha da Madeira, </i></span><span style="font-size:100%;">tal arroubo de </span><span style="font-size:100%;"><i>ímpia</i></span><span style="font-size:100%;"> </span><span style="font-size:100%;"><i>malignidade </i></span><span style="font-size:100%;">foi visto pelo </span><span style="font-size:100%;"><i>Rev. Kalley</i></span><span style="font-size:100%;"> em seus dias, quando populações inteiras eram incitadas pelos arautos do AntiCristo à destruição dos </span><span style="font-size:100%;"><i>Calvinistas - o que, por fim nos mostra como a Apostasia e a Impiedade caminham juntas, sob uma mesma influência pecaminosa.</i></span></p> <p style="margin-top: 0.18cm; margin-bottom: 0.18cm;" align="JUSTIFY"><span style="font-size:100%;">Isto também os discípulos logo conheceram e experimentaram em seus dias, conforme a Profecia de nosso Senhor. Traições e ódio, marcas de quem tem o Diabo por Pai, cresciam mais e mais enquanto se aproximava o </span><span style="font-size:100%;"><i>dia em que a Igreja NeoTestamentária seria revelada em Cristo Jesus. </i></span><span style="font-size:100%;">Ainda nos últimos dias da </span><span style="font-size:100%;"><i>Igreja Judaica, </i></span><span style="font-size:100%;">os traidores avultavam-se; as facções multiplicavam-se; as disputas cresciam. Os Judeus vendiam uns aos outros para defender suas visões políticas e religiosas; e logo, tomando os Cristãos como uma facção </span><span style="font-size:100%;"><i>útil para ser odiada, </i></span><span style="font-size:100%;">logo estenderam e multiplicaram suas impiedades também sobre estes; o que, igualmente, fizeram os pagãos.</span><span style="font-size:100%;"><i> </i></span> </p> <p style="margin-bottom: 0cm;" align="JUSTIFY"><span style="font-size:100%;">3) Ao </span><span style="font-size:100%;"><i>Esfriamento, </i></span><span style="font-size:100%;">pois, quando a impiedade se multiplica e a Igreja diminui em sua influência e em sua visibilidade, então, a imoralidade consome os homens e o </span><span style="font-size:100%;"><i>amor de muitos esfria, </i></span><span style="font-size:100%;">perdendo a Esperança de que o Senhor venha a trazer luz, novamente, sobre o Seu Povo. Sim, infelizmente é comum que pela multiplicação da iniquidade, pelo mal ensino e destruidor testemunho dos </span><span style="font-size:100%;"><i>falsos mestres e de suas falsas igrejas, </i></span><span style="font-size:100%;">pela destruição na alma que é causada por um </span><span style="font-size:100%;"><i>"outro evangelho" </i></span><span style="font-size:100%;">que, em verdade, não é Evangelho algum, por todas estas coisas, o </span><span style="font-size:100%;"><i>amor de muitos esfria, </i></span><span style="font-size:100%;">e o seu zelo se vai, e o desejo e a batalha por uma Igreja Pura e correta segundo a Palavra, por um Povo Santo e cheio de boas obras, enganosamente parece uma perda de tempo. Quantos, dentre os discípulos, se escandalizaram com a </span><span style="font-size:100%;"><i>tribulação, </i></span><span style="font-size:100%;">quantos não suportaram que a Igreja de Cristo fosse vitoriosa </span><span style="font-size:100%;"><i>em espírito, </i></span><span style="font-size:100%;">mas nem sempre em número e visibilidade? Quantos acharam o discurso de nosso Senhor </span><span style="font-size:100%;"><i>"muito duro" </i></span><span style="font-size:100%;">e pensaram que </span><span style="font-size:100%;"><i>ninguém suportaria </i></span><span style="font-size:100%;">cumprir o que Ele exige? Graças ao Senhor</span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US"> e toda glória seja a Ele, porque Ele edifica e preseva Sua Igreja; Ele consola e dirige os Seus para que o zelo e o amor de Seu povo encontre, ainda que nos tempos mais difíceis, amparo e vida na Palavra.</span></span></p> <p style="margin-bottom: 0cm;" align="JUSTIFY" lang="en-US"><br /></p> <p style="margin-bottom: 0cm;" align="JUSTIFY"><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US">Tendo, agora, observado mais estes versículos da Profecia vemos que, ao contrário do que muitos gostariam, há menos </span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US"><i>mistério </i></span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US">nestas palavras e, sem dúvida, mais piedade, mais enunciação dos deveres Cristãos, mais exaltação da Glória de Cristo. Não há </span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US"><i>nada </i></span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US">sobre nosso futuro, </span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US"><i>nada </i></span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US">sobre o que esperar para nossos filhos ou os filhos de nossos filhos; </span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US"><i>nada, </i></span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US">exceto aquilo que se pode esperar de cada Cristão em cada geração - que haverá </span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US"><i>muitas batalhas e dificuldades, </i></span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US">que </span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US"><i>estreita é a porta e estreito o caminho que conduz ao céu; </i></span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US">e que tal caminho não poderia ser trilhado por alguém cuja natureza permanece em pecados, mas somente por aqueles que, pela Fé somente, pela Graça de Deus, foram transformados e receberam, mediante o ouvir da Palavra, poder do alto, dos céus, para viverem de forma Santa, </span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US"><i>em franco contraste e desafio àquilo que o mundo considera desejável. </i></span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US">E, o que para nós é a realidade de dois mil anos de Igreja, para os discípulos era o desvelar de </span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US"><i>um novo mundo, pois o velho mundo logo se desfaria em chamas, trazendo à lume a plena realidade da Igreja. </i></span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US">Esta plena realidade que aqui contemplamos, </span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US"><i>universal </i></span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US">em lugar de nacional, </span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US"><i>espiritual </i></span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US">em lugar de política, </span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US"><i>era uma grande novidade para a mente daqueles homens. </i></span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US">Portanto, esta Profecia lhes falava ainda mais profundamente do que nos fala e, sinceramente, se a maravilhosa realidade da Igreja e os deveres aqui expostos de mortificação e de consagração </span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US"><i>obtidos deste texto</i></span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US">, não te movem em nada - preocupa-te, porque falta a vida em sua alma; preocupa-te muito, porque podes estar separado do Inferno por apenas poucos passos, e em risco de precipitar-te no Abismo sem fim tão logo sua vida se encerre em um instante. </span></span> </p> <p style="margin-bottom: 0cm;" align="JUSTIFY" lang="en-US"><br /></p> <p style="margin-bottom: 0cm;" align="JUSTIFY"><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US">Porém, para todos quantos têm contemplado ao Senhor e o conhecem; e para quem o busca e deseja conhecer, aprendamos, por fim, como Deus suscita Sua Glória pela </span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US"><i>tribulação e sofrimento </i></span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US">de Seu Povo:</span></span></p> <p style="margin-bottom: 0cm;" align="JUSTIFY" lang="en-US"><br /></p> <p style="margin-bottom: 0cm;" align="JUSTIFY"><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US">1) A </span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US"><i>perseguição e a tribulação </i></span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US">trazem notoriedade para o povo de Deus; muitas atenções se voltam para </span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US"><i>aqueles que seguem o Caminho </i></span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US">têm</span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US"><i>, </i></span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US">suas vidas observadas minuciosamente, motivos são buscados para os difamar - </span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US"><i>e quando os inimigos vêem somente o bem em suas vidas, quando a perseverança na Fé e no Amor de Cristo demonstra a certeza das promessas de Deus, </i></span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US">então o Nome do SENHOR é glorificado, e a verdadeira religião exaltada grandemente. O povo de Deus é </span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US"><i>transformado por Ele em um testemunho vivo do poder do Altíssimo [Lucas 21:13]. </i></span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US">Muitos, ainda na época dos Apóstolos, quando se cumpriu o que foi predito no Dirscurso Profético de nosso Senhor, foram atraídos à Palavra pelo silencioso e fiel testemunho dos Cristãos que, mesmo sob </span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US"><i>perseguição dura, </i></span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US">mesmo </span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US"><i>sendo lançados às feras e torturados publicamente, </i></span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US">mantinham-se mansos e resolutos, amáveis e corajosos; oh, que belo testemunho os discípulos nos legaram; e quão grande a nossa vergonha que, sendo </span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US"><i>perseguidos </i></span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US">de uma forma que </span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US"><i>ainda </i></span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US">não é física, não demonstramos a Fé que professamos.</span></span></p> <p style="margin-bottom: 0cm;" align="JUSTIFY" lang="en-US"><br /></p> <p style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US">2) A </span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US"><i>perseguição e a tribulação </i></span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US">fazem a Palavra ser divulgada entre os </span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US"><i>perseguidores; </i></span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US">diante de reis e tribunais, e diante do povo quando a situação permite. Quão precioso foi o testemunho dos mártires da Reforma na Inglaterra, e como impressionaram seus inquisidores, torturadores e o público de suas execuções com discursos firmados na Escritura, com um claro e poderoso anúncio do Evangelho, com pias orações e conversas. Em tudo o Senhor os assistiu e, em lugar de desespero e blasfêmia (como é comum entre os </span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US"><i>Apóstatas </i></span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US">mesmo ante a menor tribulação) apresentaram </span></span><span style="font-size:100%;"><span lang="en-US"><i>palavras cheias da Sabedoria que vem do alto.</i></span></span></p> <p style="margin-bottom: 0cm;"><br /></p> <p style="margin-bottom: 0cm; padding: 0cm 0cm 0.04cm;" align="JUSTIFY"> <span style="font-size:100%;">Tomemos, pois, todas estas coisas como exemplos, e nos exercitemos em toda piedade e em toda a Sã Doutrina; não negociemos nossa Fé, nem nos rendamos ante às pressões da sociedade; não diminuamos as exigências que o Senhor faz, não neguemos os preceitos da Aliança. E não nos desesperemos por causa das </span><span style="font-size:100%;"><i>tribulações, da Apostasia, do amor de muitos que esfria e da impiedade generalizada; </i></span><span style="font-size:100%;">porque o Senhor tem preciosas promessas: Ele nos sustentará mesmo ante as mais malignas gerações, Ele fará fiel o nosso testemunho, Ele suscitará (e tem suscitado) para Si aqueles que O obedeçam e preguem o Evangelho, </span><span style="font-size:100%;"><i>sofrendo por isso </i></span>mesmo grandes perdas, e entregando tudo o que tem por amor ao grande tesouro que encontram em Cristo Jesus, nosso Salvador e Rei. </p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7082510166136551617.post-88715202248056673732010-08-30T00:02:00.001-03:002010-08-30T00:04:12.179-03:00Esperança em Tempos de Apostasia - Parte 11<span lang="PT-BR"><p dir="ltr" align="justify">Os versículos seguintes dos textos sinóticos dos Evangelhos, examinados em nosso presente estudo, continuam falando dos <i>sinais e dos tempos proféticos. </i>Mais uma vez ressalto que os Judeus em geral esperavam que com o advento do Messias, acompanhado de algum cataclismo, seria estabelecido o Reino Teocrático em Israel e a nação governaria sobre todos os povos do mundo; eles esperavam que esta <i>era de ouro</i>, este <i>mundo porvir, </i>fosse imediatamente e plenamente introduzido com o advento do messias, que destruiria toda a <i>presente ordem dos séculos. </i>Entretanto, biblicamente, iluminados pelo Espírito com a mais clara luz do Novo Testamento, aprendemos nestes nossos estudos que o <i>mundo porvir, sendo de natureza espiritual, é um Reino supranacional e invisível, uma nação santa espalhada por toda a Terra (e além dela, nos domínios celestiais onde habitam os Cristãos já falecidos), composta de todos os homens chamados pelo Evangelho e unidos, pela Fé, a Cristo Jesus, o Rei e Sumo-sacerdote de nossa confissão; e que, portanto, o Reino de Cristo e o mundo vindouro são uma realidade presente, não introduzidos pela destruição da primeira Criação, mas pela Nova Criação (fruto da obra Redentora de Cristo Jesus), aplicada pelo Espírito de Deus nas almas dos homens que Ele chama eficazmente ao arrependimento e à fé. </i>É muito triste quando, à semelhança da cegueira daqueles Judeus, os homens que professam ser Cristãos em nossos dias, <i>têm seus olhos voltados para os poderes políticos, as riquezas e o fluxo das nações, quando têm seus olhos fixos na beleza das construções dos seus luxuosos templos, na pompa e ritualismo das suas cerimônias e nos números das multidões que atraem com seus artifícios criados para entreter e exaltar os homens. </i>É triste porque a Escritura nos deixa claro que o <i>vero templo </i>está <i>em Cristo Jesus, </i>que os Cristãos devem habitar, viver e reunir-se humildemente; que a presença de Deus está na Palavra retamente pregada do púlpito, ministrada nos sacramentos e vivida pelo povo. Devemos ter nossos olhos <i>no Reino de Cristo, </i>e não naquilo que é passageiro e temporal; devemos desejar e buscar a substância da vida Cristã e não nos contentarmos com as <i>sombras </i>e os <i>restos </i>que agradam aos pagãos. Veja que o <i>mundo porvir</i> sobrepõe-se à <i>presente era, </i>eles coexistem para que, tendo sido chamados por Cristo enquanto <i>habitando a presente era, morramos para o mundo e vivamos segundo a natureza do nosso celestial e eterno chamado. </i>Tendo ainda em vista que estas realidades coexistem somente enquanto o Reino, como a rocha que cai sobre a estátua vislumbrada em sonhos por Nabucodonozor, despedaça primeiro os <i>pés de ferro </i>(coexistindo com a o resto da estátua)<i> </i>e cresce, pouco a pouco, até esmiuçar todos os reinos ali representados até finalmente estender-se por todo a Terra <i>[Daniel 2:34,35]</i>. Hoje, tendo <i>já destruído a força e a expressão dos antigos rudimentos – a religião, o Estado e o templo judaicos, assim como a religião e o Estado romanos - o mundo porvir </i>cresce, em Cristo, destruindo <i>os outros rudimentos, os reinos e estados e templos antiCristãos, </i>em uma série de duras e longas tribulações e batalhas. Tudo o que é <i>falso, </i>tudo o que é <i>meramente humano, </i>toda a riqueza, todas as multidões que buscam <i>seus interesses mesquinhos em lugar de buscar a glória de Deus, </i>todos estes artifícios, invenções, imaginações, sombras e restos, tudo isto perecerá com o passar dos séculos e seus ímpios autores sofrerão a mais horrível condenação no Dia da Ira de Deus. Seja nosso coração aplicado à certeza da realização das promessas do Evangelho - mesmo aquelas que sequer vislumbramos - e seja nossa alma afastada de toda cobiça, avareza e mundanismo, de toda glória exterior e assim prossigamos a examinar o Discurso Escatológico de nosso Senhor:</p><p dir="ltr" align="justify"></p><i><p dir="ltr" align="justify">"Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino. Quando ouvirdes falar de guerras e revoluções, não vos assusteis; pois é necessário que primeiro aconteçam estas coisas. Haverá pestes, terremotos em vários lugares e também fomes. Mas o fim não será logo, todas estas coisas são o princípio das dores." [Mateus 24:7,8; Marcos 13:8; Lucas 21:9]</p></i><p dir="ltr" align="justify"></p><span style="font-size:100%;"><p dir="ltr" align="justify">Quando o Senhor deu estas palavras a Seus discípulos, o ano provável era 29 ou 30 d.C. Passou-se ainda mais de duas décadas antes que todo o mundo houvesse sido tomado de revoluções e guerras, precisamente como o Senhor houvera predito. Quanto mais se aproximava o <i>fim da era judaica </i>e a plena revelação da Igreja de Cristo, mais a ordem política e social se desintegravam no Império Romano. A <i>presente era </i>mais e mais era abalada pela aproximação da Revelação da Igreja; conforme o Altíssimo mesmo disse que faria quando prometeu <i>abalar as fundações e as montanhas da Terra com Sua ira, para exaltar a Cristo e a Seu Povo [Salmo 18:7]. </i>O reinado de Tiberius, ainda na terceira década do século I, foi perturbado por suas crises paranóicas, pelas quais plantara as sementes de futuras conspirações e desavenças; morrera no ano 37 d.C., sendo sucedido por Gaius (mais conhecido como Calígula), que logo tornara-se patentemente insano e terrivelmente cruel, terminando seus dias assassinado no ano 41 d.C. O caos crescente encontra no reinado de Nero ainda mais instabilidade, opressão e loucura, que culminam no seu suicídio no ano 68 d.C. Durante este reinado, na Judéia, sob o governo de Festo, a anarquia predominava; sacerdotes rivais competiam pela autoridade religiosa entre os Judeus e seus seguidores batalhavam na ruas e cidades. Albino, o sucessor de Festo, seguia de perto a crueldade e tirania de Nero, porém, substituído por Floro, foi ainda superado em violência e imoralidade por este último. Em tal cenário, com o suicídio de Nero, a <i>Revolta Judaica, </i>incitada por tantos daqueles <i>falsos cristos e falsos profetas dos quais falamos na última edição, </i>conflagrou-se uma guerra civil; os <i>batavos, </i>povo guerreiro de uma província na região aproximada da atual Holanda, <i>também </i>se rebelaram e diversas batalhas internas irromperam por toda a extensão do Império, mesmo na Capital. Acompanhando as sangrentas guerras civis, veio a fome, causada tanto pelos ataques contra as fontes de suprimento, como pelo desvio dos recursos para alimentar as tropas. Porém, com o <i>julgamento Divino, </i>uma grande fome antecedeu o reinado de Nero <i>[Atos 11:28], </i>tornando escassos os suprimentos <i>desde antes das guerras</i>; vindo então as revoluções e revoltas, a escassez, ainda que não tenha se tornado tão intensa como aquela prevista por Agabus (e que já houvera passado) tornou-se vasta e generalizada em todo o Império. Contudo, o mais terrível episódio destas <i>fomes </i>foi, sem dúvida, durante o cerco à Jerusalém: o ápice da <i>Ira de Deus derramada sobre o judaísmo hipócrita, </i>quando as coisas mais degradantes voltaram a ocorrer dentre os Judeus, como aquelas citadas pelo profeta Jeremias <i>[Lamentações 4:3-5;9-10]. </i>E, destas acumulativas violências e fomes, não é estranho que brotaram <i>pestilências; </i>como parte dos <i>julgamentos </i>vindos do Altíssimo, as <i>pestilências </i>ceifam mesmo aos que se abstêm das lutas ou os que são mais robustos e resistentes à inanição. Não bastasse isto, à todas estas coisas somou-se a devastação causada pelos <i>terremotos</i>, que tornavam as casas dos homens em suas sepulturas e cidades inteiras em cemitérios. Não foram poucos os <i>tremores </i>naqueles dias próximos ao <i>nascimento da Igreja, </i>quando, mediante a voz do Senhor, <i>abalaram-se </i>os céus e a terra <i>[Hebreus 12:25], </i>tanto naturais quanto espirituais, para <i>sacudir </i>dos Seus domínios os <i>ímpios [Jó 38:13], e fazer vir o longamente desejado Messias e Libertador às nações com grande glória em Seu vero Templo - a Igreja [Ageu 2:6-7]. </i>Vemos estes <i>abalos </i>no Capítulo 4 de <i>Atos dos Apóstolos </i>e, posteriormente, no Capítulo 16; além destes registrados no Novo Testamento, houve terremotos em Roma (51 d.C.), Phlegon (60 d.C.), Campânia e Crete (63 d.C.), e ainda outros mais em Smyrna, Miletus, Chios, Samos, Laodicéia, Hierápolis, Colosso e Judéia - alguns destes causando a destruição de cidades inteiras. Mas <i>o fim não viria logo. </i>Estes sinais foram somente <i>o início das dores - "odin" é o que diz o grego original e significa " dores de parto" - </i>porque a Ira de Deus que começou a ser derramada sobre aqueles que recusaram o Evangelho, não mais se recolherá até que <i>todos os inimigos de Cristo sejam postos por escabelo de Seus pés [Salmo 110:1; Hebreus 10:13]; </i>com <i>dores de parto cada vez mais freqüentes e fortes até o dia do seu julgamento, Jerusalém foi destruída e a Igreja fortalecida (como já temos feito notar nestes estudos); </i>com <i>dores de parto cada vez mais freqüentes e fortes, cada nação e cada homem rebelde serão julgados, e os eleitos chamados e convertidos, assim será até o dia do Julgamento Final [Isaías 66:7-9; Romanos 8:22; Gálatas 4:19; Apocalipse 12:2-6]. Dores de parto, </i>súbitas em seu aparecimento, porém freqüentes e cada vez mais violentas depois disto, anunciando um nascimento que pode tardar, mas certamente virá; <i>dores de parto </i>que são um sinal da Queda <i>[Gênesis 3:16] </i>e, ao mesmo tempo, são o sinal da esperança da Redenção <i>[Gênesis 3:15]. </p></i><p align="justify">Cabe a cada um de nós atentarmos para estes <i>sinais, </i>tendo em mente esta dicotomia - Queda e Redenção - e nos apropriarmos dela entendendo-a tanto em relação à nossa união com Cristo (e, portanto, na nossa incorporação nos atos de Redenção que Deus opera através da Igreja), quanto em relação à nossa pessoal Aliança com o Senhor. Cabe a cada um de nós, ao nos depararmos com as guerras, terremotos, pestes e fomes, clamarmos ao nosso Senhor para que <i>"Seu Reino venha a nós" </i>e <i>"Sua vontade seja feita", </i>para que Ele vivifique Sua Igreja e nos capacite, individualmente e como organismo, a levar fielmente a Palavra que é capaz de trazer a <i>vera paz e afastar a Ira de Deus de sobre as nações. </i>Cabe a cada um de nós, ao sermos acometidos pelas guerras, terremotos, pestes e fomes, clamarmos ao nosso Senhor por misericórdia, porque nossa individual maldade, a maldade no meu coração e no seu, é o motivo de todos estes <i>julgamentos [Gênesis 6:5-7]</i>; cada um de nós merece (eu mereço, você merece), tanto mais sofrimento quanto o causado por cada ato da Divina vingança contra nossos pecados; nós somos a vera causa dos males do mundo. Cabe a cada um de nós, ainda tendo enxergado por estes <i>sinais </i>a marca da nossa própria miséria, olhar para Cristo, o Senhor, que deu Sua vida para tomar para Si algumas destas miseráveis criaturas - que somos nós - e constituir nelas, com o poder de Seu precioso Sangue, uma <i>Nova Criação, </i>uma natureza <i>redimida, </i>liberta da escravidão dos pecados, chamada para a Santidade. Cabe a cada um de nós olharmos ainda para as guerras, tragédias, doenças e privações pessoais e enxergar nelas, novamente, a nossa miséria e, a partir desta denúncia, buscarmos o arrependimento e a humilhação diante do Salvador, estendendo para Ele as mãos trêmulas e necessitadas, de quem, além do pecado, não tem nada em si que possa apresentar com sinceridade ao Senhor e aguardar na misericórdia e graça dEle, para que nos perdoe, acolha e vivifique, na Sua obra de Redenção; que nos faça, ainda que com muitas <i>dores, </i>ainda que com <i>dores sofridas e compartilhadas com aqueles que pela Igreja e por aqueles que por nós oram e trabalham [Gálatas 4:19; Romanos 8:18; Colossenses 1:24], </i>nos faça <i>nascer de novo, convertendo-nos verdadeiramente do mal caminho de nossa alma, </i>firmando-nos os pés na <i>estreita, porém reta, estrada que leva à Vida Eterna.</p></i></span></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7082510166136551617.post-70660549785559548782010-08-30T00:00:00.004-03:002010-10-18T15:16:14.905-02:00Esperança em Tempos de Apostasia - Parte 12<span lang="PT-BR"><br /><p dir="ltr" align="center">"Haverá também coisas espantosas, e grandes sinais do céu. Mas antes de todas estas coisas lançarão mão de vós, e vos perseguirão, entregando-vos aos concílios, às sinagogas e às prisões para serdes atormentados e açoitados; conduzindo-vos à presença de reis e presidentes para lhes servir de testemunho - sereis odiados de todas as nações por amor do meu nome. Nesse tempo, muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se aborrecerão." </p><br /><p dir="ltr" align="center">[Mateus 24:9-10; Marcos 13:9-10; Lucas 21:11-13]</p><br /><p dir="ltr" align="justify"></p><br /><p dir="ltr" align="justify">Há certa controvérsia quanto às <i>"coisas espantosas, e grandes sinais do céu". </i>Não porque o registro da profecia seja impreciso ou porque faltem dados históricos, mas porque o <i>racionalismo </i>assaltou a Igreja de Cristo, especialmente desde o surgimento da <i>Teologia Liberal. </i>Digo isto porque os antigos homens de Deus, até por volta do século XVIII, não temiam afirmar que o <i>inexplicável </i>e o <i>insólito </i>existiam também fora das páginas da Escritura; não temiam dizer que, apesar de os <i>dons e ofícios extraordinários </i>(como o Apostolado, ou a Profecia) haverem cessado <i>há muito </i>(desde os tempos da fundação da Igreja neotestamentária), os <i>milagres, </i>ou seja, as ações <i>de Deus que manifestam Seu controle sobre a Criação e Seu poder de operar sobre e através de quaisquer "leis naturais" teorizadas pelo homem (elaboradas usualmente com base na regularidade dos comuns acontecimentos e, portanto, alheias a qualquer firme fundamento senão o desta regularidade) </i>não cessaram e jamais cessarão – são parte da prerrogativa da Soberania e Majestade do Altíssimo. O Reformador João Calvino, ao comentar sobre estes presentes versículos do <i>Evangelho de São Mateus,</i> encaminha o leitor para a obra chamada <i>"As Guerras Judaicas"</i> do historiador judaico-romano Flávio Josefo; advertindo que, embora não haja registro <i>inspirado </i>do cumprimento desta parte do Discurso Profético de nosso Senhor, há <i>um registro histórico, tão confiável quanto pode ser qualquer escrito humano. </i>Os Puritanos John Lightfoot e Matthew Henry fazem menção à esta mesma obra de Flávio Josefo. E o que há nesta obra que relaciona-se com a presente profecia, afinal? O referido livro - <i>"As Guerras Judaicas" -</i> narra sinais nos céus, estrelas ou cometas, dentre outros acontecimentos <i>estranhos</i>, que ocorreram em Jerusalém antes da destruição em 70 d.C. Ora o <i>racionalismo, </i>e mais específicamente a idéia de que não só a <i>razão, </i>mas a ciência deve explicar determinado fenômeno para que seja crido, impediu que tais relatos <i>fantásticos </i>de Flávio Josefo fossem tomados como relatos <i>aceitáveis </i>e <i>consideráveis </i>quanto ao cumprimento desta profecia. Esta elevação da <i>ciência </i>a um lugar que não lhe pertence, ou seja, o lugar de <i>juíza da verdade e mãe de todo o conhecimento, </i>causou ainda uma reação extrema em certo seguimento da Igreja; muitos, para negarem o <i>racionalismo</i>, se tornaram místicos e deificaram a ignorância, recusando qualquer evidência e informação, mesmo qualquer conhecimento, que esteja fora da Escritura e da sua <i>revelação particular </i>a respeito da mesma - o que, na prática, quanto ao presente caso, teve o mesmo efeito. Note que os Reformadores e Puritanos, não nos legaram nenhum dos extremos, como, em verdade, o consenso dos antigos mestres dos primeiros séculos da Igreja também não nos legaram. Antes, estes preciosos homens nos mostram, pela Escritura, que o conhecimento obtido pela experiência própria e pela experiência alheia deve ser testado pela Palavra e não por qualquer método <i>naturalista, cartesiano </i>ou seja lá o que for. Assim, <i>muitas coisas espantosas e sinais dos céus, </i>segundo o testemunho da História, e em acordo com a Profecia bíblica, ocorreram naqueles anos próximos a 70 d.C. para anunciar a grande obra que o Senhor realizou naqueles dias, a <i>fundação da Igreja Neotestamentária e a revelação da Nova Aliança em Cristo Jesus: sim, a notícia do Evangelho e o poder para Salvação dos pecadores irromperam ao mundo, pela misericórdia, graça e ação de nosso Senhor, marcando para sempre aqueles dias como um tempo absolutamente único na História humana, verdadeiramente um tempo onde os poderes foram abalados e um novo céu e uma nova terra trazidos ao universo temporal. </i></p><i></i><br /><p dir="ltr" align="justify"></p><br /><p dir="ltr" align="justify">Mas antes da Igreja estar plenamente fundada e antes mesmo do Evangelho correr o mundo anunciando nosso Salvador amado e o poder de Sua ressurreição, <i>os discípulos e Apóstolos haveriam de padecer muito sofrimento. </i>Veja que quando o Estado e a Religião interceptam os negócios um do outro, quando tal é feito na forma de instituições e hierarquias anti-bíblicas, quando tal é feito para domínio de um sobre o outro, então a Igreja sofre e o mundo triunfa. E esta era a situação da Igreja Judaica naquele momento, esta era a situação da Religião bíblica naquele momento - o Estado e a Religião Judaica se confundiam, se interceptavam; polêmicas teológicas logo se tornavam polêmicas políticas e partidos políticos logo se tornavam seitas do Judaísmo. Com o Evangelho sendo pregado e, portanto, desafiando as seitas predomimantes da religião Judaica a comprovarem se verdadeiramente seguiam a Escritura e obedeciam ao Senhor, logo esta questão teológica e religiosa atravessou as fronteiras da organização eclesiástica <i>(os concílios e sinagogas), </i>para os domínios estatais <i>(prisões, reis e presidentes). </i></p></span><span lang="EN">Quanto a isto, há duas lições para nós: <p></p><br /><p dir="ltr" align="justify">1) Que <i>importa que com muitas tribulações se entre no Reino de Deus [Atos 14:22].</i></p><i></i><br /><p dir="ltr" align="justify">2) Que mais uma vez a natureza espiritual do Reino, que constrasta com as expectativas judaicas (conforme já vimos nas edições passadas), é tão destacada que <i>aquilo que parece uma derrota, como as perseguições e as prisões, </i>em verdade, fortalece a Igreja.</p><br /><p dir="ltr" align="justify"><br />Com detalhes, reflitamos sobre cada um destes dois pontos, iniciando com <i>a necessidade de muitas aflições para entrar no Reino de Deus. </i></p><i></i><br /><p dir="ltr" align="justify">Em primeiro lugar, note que o texto <i>[Atos 14:22] </i>diz que <i>importa; </i>não é opcional, não é facultativo, não é <i>somente para aqueles homens que ouviram imadiatamente estas palavras </i>(embora, sem dúvida, seja especialmente para estes) - antes, <i>importa, é necessário, é uma condição. </i>Igualmente, na profecia, a perseguição é certa e, como ordenada por Deus, necessária e boa. Todos os Filhos de Deus, todos os que entram no Reino de Deus, todos os Cristãos, <i>devem esperar tribulações e perseguições neste caminho.</i> Há uma aliança entre os reis mundanos, entre os líderes que propagandeiam o pecado, entre os povos e massas de não-convertidos; há uma união e um acordo deles no pecado, na vã imaginação, na revolta contra o verdadeiro Rei - Cristo Jesus <i>[Salmo 2:1-3; Romanos 1:18-32] e, portanto, contra Seu povo. </i>Há uma natural inimizade entre o Cristão e o ímpio, <i>"O ímpio maquina contra o justo, e contra ele range os dentes. O ímpio espreita<span style="font-size:100%;"> ao justo, e procura matá-lo." [Salmos 37:12,32]. </span></i><span style="font-size:100%;">Portanto, quando o Cristão se submete ao Reinad</span>o de Cristo, presente e espiritual (como já temos aprendido), quand<span style="font-size:100%;">o o Cristão luta para que seja visível este reinado, para que <i>venha a nós o Reino e seja feita a vontade de Deus na terra; </i>quando o Cristão vive e traz consigo a Palavra, quando diz ao ímpio <i>"Tu certamente morrerás" [Ezequiel 33:8a]; </i>quando condena os prazeres dos ímpios, odeia os seus entretenimentos e se separa deles visivelmente; quando difere deles no vestir, no falar e no uso do tempo e do dinheiro; quando o Cristão, com força e poder, pela Graça de nosso Senhor, faz visível e audível a sua Fé, então <i>o ímpio o considera abominável e o odeia [Provérbios 28:4; 29:27]. </i>Portanto, <i>importa</i> <i>sofrer tribulações, importa ser perseguido, importa ser odiado. </i>Se o seu <i>cristianismo </i>é tão frágil e insignificante que não desperta o ódio do mundo e não te traz nenhuma limitação quanto a sua vida em sociedade, quanto às companhias que você desfruta, quanto à forma como você passa o Domingo, quanto às coisas às quais você expõe seus olhos, quanto aos objetivos que você nutre e para os quais se dirige; enfim, se o seu <i>cristianismo </i>não te traz nenhuma tribulação, tema! Porque um homem morto no meio de homens mortos conhece paz, mas um homem vivo não repousa entre cadáveres! Tema e veja se acaso os abutres não estão a devorar suas mãos ou a banquetear-se de seus órgãos, enquanto você engana a si próprio considerando-se um bom Cristão, porque a alma daquele cuja <i>religião é somente um hábito, está corrompida em pecados!</i> <i>Importa sofrer tribulações e, se você não as tem sofrido, tema e busque arrependimento junto ao Senhor e fé e determinação, na Graça e no poder do Sangue do Senhor, para que Ele, no Seu Espírito, misericordiosamente sopre sobre você e te torne vivo. </i>E assim, quanto àqueles que lançaram as bases de nossa Igreja, os Apóstolos e Profetas no primeiro século, tanto mais <i>importou que neles se completassem as aflições de Cristo, pela Igreja [Colossenses 1:24]. </i>O <i>sofrer aflições por causa da retidão </i>é precioso, e comprova que <i>como ovelhas, somos entregues à morte todos os dias, porque reputamos nosso próprio bem por menos do que o bem ao próximo e, sobretudo, toda nossa vida na Terra por menos do que o valor de nossa</i> <i>alma e da alma daqueles a quem anunciamos à Cristo, e este Crucificado, como Aquele desejado das nações, o único que abre-nos caminho ao céu. </i></span></p><span style="font-size:100%;"><br /></span><p dir="ltr" align="justify"><span style="font-size:100%;">Ora <i>importa sofrer por Cristo, importa sofrer pelos irmãos, importa sofrer pela Verdade, </i>mas não é de se ter alegria se um Cristão sofre <i>justamente, </i>ou seja, se sofre porque seus pecados, erros e maldades exigem reparo diante dos homens e diante do Altíssimo Juiz. Ser atribulado porque você falhou na criação dos seus filhos e, fora da Aliança, eles gastam suas vidas em bebederias, casamentos desfeitos e brigas; ser atribulado porque você se entremeteu ambiciosamente em negócios ilegais ou imorais, em <i>espertezas </i>que te proporcionam uma rápida ascensão social ou satisfazem seus desejos de deleitar-se nos prazeres do mundo; ser atribulado porque não consegue controlar suas paixões e perde seu tempo, equilíbrio e dinheiro com loterias, diversões baixas, ou na aquisição de carros e motos que mal cabem em seu orçamento; ser atribulado <i>por causa de seus pecados, </i>isto não é o que está aqui sendo destacado, nem é uma característica distinta do Cristão; antes, é uma característica de quem tem a ira de Deus sobre si e, eventualmente, uma característica de um Cristão ainda displicente e negligente em suas batalhas; entretanto, é, propriamente característica de um ímpio. Assim, <i>importa sofrer aflições, por causa da justiça e retidão, por causa do Evangelho e de Cristo em nós, por causa da Igreja, do amor pela comunhão dos Santos; </i>mas <b>não pela injustiça e pela maldade que praticamos.</b></span></p><span style="font-size:100%;"><br /></span><p dir="ltr" align="justify"><span style="font-size:100%;">Importava, portanto, que antes que os <i>novos céus e nova terra onde habita a justiça </i>se revelessam, os Apóstolos e discípulos fossem <i>confirmados em suas almas e engajados a continuarem na fé, por meio de muitas tribulações</i>. Tal é a Igreja Cristã, e tal é o Reino de Cristo, tão contrário aos Impérios da Terra, que não encontra seu crescimento pelo domínio, nem pela força, nem pelo número de seus exércitos; mas pela submissão às autoridades civis (mesmo àquelas que proporcionam o mal) <i>[</i></span></p></span><span style="font-size:100%;"><i><span style="font-family:Times New Roman;"><span style="font-family:Times New Roman;"><span lang="PT-BR">1 Timóteo 2:1-2; Romanos 13:1-7; 1 Pedro 2:17]</span></span></span>, </i></span><span style="font-size:100%;">por fazer o bem aos inimigos e orar por eles (e não por perseguí-los física ou politicamente)<i>[</i><i><span style="font-family:Times New Roman;"><span style="font-family:Times New Roman;"><span lang="PT-BR">Mateus 5.44-48]</span></span></span></i></span><span style="font-size:100%;">, pela fraqueza (que nos leva ao martírio e não às armas) <i>[Atos 4;35;5:40-42; 2 Coríntios 12:9]</i>, pela pobreza (porque o que temos, entregamos para os pobres e empregamos em tudo o que traz benefício espiritual e, ainda quando ricos, nos fazemos todos pobres, tendo, não prata ou ouro, mas o poder da Palavra) <i>[Atos 3:6; Deuteronômio 15:7; Tiago 2:6; Efésios 4:28], </i>e pela loucura (porque Deus escolheu a loucura da pregação para converter ao mundo) <i>[1 Atos 26:24; Coríntios 1:18-25; 2:14]</i>. Ora, <i>a tribulação confirma os Santos, em lugar de os desanimar e afastar, porque a natureza da Igreja não é natureza do mundo; </i>eis um Reino Espiritual, que tem glória naquilo que o mundo rejeita e, quando sofre o que para o mundo seria uma derrota, na verdade triunfa. Tal natureza da Igreja é tão fixa que, ainda quando, em determinado tempo ou lugar, temos um grande número em nossas fileiras e abundância em nossas mesas, é nosso dever contar com as mesmas armas espirituais de antes, não confiando nas temporais providências, mas mantendo os olhos no Senhor e, em amor, compartilhando nossos bens e número com aquelas partes da Igreja que não se encontram sob a mesma bonança. A Igreja está <i>sempre em tribulações</i>, porque <i>tudo está encerrado sob pecado, para manifestação da Graça, </i>e <i>sofrimentos determinados, para manifestação de Cristo em nós; </i>sim, mais uma vez destaco - eis que temos um Reino Espiritual; mas não em luta contra um reino material, antes, sobre e além de todas as riquezas e recusos temporais. Assim, aqueles que com Cristo, nosso Rei, se assentam, aqueles a quem foi destinado o reino, <i>há de ser aquele que serve e que, antes da glória, suporta a Cruz [Lucas 9:23; 22:23-30]. </i>Como já constatamos, nada poderia constrastar mais com as expectativas Judaicas de um <i>Reino Teocrático estabelecido pelo Messias, </i>do que esta realidade constantemente frisada pelo Senhor em Seu Discurso Escatológico.<p></p><br /><p dir="ltr" align="justify">Logo após serem enunciadas estas preciosas palavras, vieram as perseguições por parte dos Judeus; posteriormente, vieram as perseguições por parte dos pagãos; e logo, como suas sinagogas e assembléias maldosamente usavam suas influências para manobrar os poderes políticos do mundo e uniam as mãos com aqueles que perversamente ocupavam o poder, maldosamente se colocando ao mau serviço dos líderes corruptos, servindo e obedecendo primeiro aos homens e depois ao Criador (se, no todo, chegassem a obedecer algo da Palavra), andando junto com aqueles que <i>deveriam beijar o Filho e servir como instrumentos de Deus [Salmo 2:9-12]</i>; por tanto logo vieram as perseguições por parte do Estado, inicialmente sob Nero César. Boatos e propagandas espalharam o ódio contra os Cristãos e era dito que <i>"os Cristãos odeiam a humanidade", "crêem em uma superstição levada a limites extravagantes", "uma superstição mortífera"; </i>que eram <i>"ateus" </i>e <i>"canibais", "incestuosos e imorais". </i>Chamavam ao Cristianismo de <i>superstição </i>porque suas filosofias e suas religiões tradicionais não explicavam a Verdade Cristã; diziam <i>odiarmos a humanidade </i>porque conhecemos a miséria do homem natural, <i>morto em delitos e pecados, </i>e anunciamos a Ira de Deus sobre a humanidade; éramos <i>extravagantes </i>e <i>mortíferos </i>porque o Cristão dirigia toda sua vida à estrita obediência a Escritura e estava disposto a desgastar-se pela Fé; <i>ateus </i>porque não criam no que a sociedade comumente acreditava e, por fim, <i>canibais </i>porque a <i>carne e o sangue de Cristo, tomados no Sacramento, </i>eram tidos com tão grande estima e temor, que, pela Fé, ao falarem sobre a ordenança, o faziam de tal forma que <i>verdadeiramente convenciam os ouvintes a respeito da sacralidade do que ali performavam; </i>e <i>incestuosos </i>porque a fraternidade que havia entre os Cristãos era tão notável, e o amor que os unia era tão genuíno que muitos criam que as comunidades Cristãs eram formadas por <i>irmãos cosangüíneos, filhos de um mesmo pai terreal, </i>e não por <i>irmãos espirituais, filhos de um mesmo Pai Celestial . </i>Assim, eram odiados e perseguidos, contrariavam o mundo e exaltavam a nosso Senhor. Como nos falta esta Fé hoje, como estamos distantes de tais acusações <i>por termos negociado e abrandado nosso testemunho e esfriado em nossa piedade.</i></p> É verdade que há muitos que dizem que as <i>perseguições e tribulações </i>encontram fim quando uma nação se <i>cristianiza; </i>porém, se a comunhão nacional da Igreja se nacionaliza, em lugar da nação se tornar Cristã, então, isolada em seu território nacional e dividindo o coração entre a Fé e o nacionalismo, tal comunhão nacional encontra a <i>paz ilusória de um sepulcro caiado. </i>Agora, quando o Senhor concede prosperidade a Sua Igreja em determinada região, de tal modo que ela influencia e <i>abriga a nação sob a sombra de suas folhas </i>e tal comunhão nacional se entrega à defesa e auxílio das congregações que, em outras partes do mundo, sofrem e lutam para pregar o Evangelho e levar luz às trevas, então <i>não lhes faltará aflições. </i>Veja que a <i>Ilha da Madeira, </i>no século XIX, era um lugar pacífico; pessoas do mundo inteiro viajavam para aquelas terras para descansar e recuperar sua saúde, o clima era agradável e o relevo belíssimo; homens cultuavam ao Senhor em suas casas, estrangeiros reunidos pacificamente <i>enquanto não pregassem para o povo da ilha, que permanecia sob as garras da Igreja Romana. </i>Quando o <i>Rev. Robert Kalley </i>e, porteriormente, o <i>Rev. Hewitson, </i>chegaram aquele lugar e <i>a Palavra foi manifesta ao povo, </i>então, a paz daqueles que <i>têm nome de Igreja mas não o são, </i>se dissipou e podia-se ouvir novamente o clamor de que <i>"Estes que têm transtornado o mundo chegaram também aqui" [Atos 17.6]. </i>Que nossas orações sejam para que o Senhor, em Sua Graça, nos conceda tal espírito, de <i>transtornar a Terra e sofrer aflições por causa da Justiça e de nosso Amor a Cristo Jesus e ao Evangelho.</i><p></p><i></i></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7082510166136551617.post-52813924195705831012010-06-16T12:27:00.002-03:002010-08-10T17:29:23.398-03:00Esperança em Tempos de Apostasia - Parte 10<p style="margin-bottom: 0.42cm; text-align: justify;" class="western"><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;">Na última edição do Jardim Clonal, nos concentramos na primeira parte do Discurso Escatológico de nosso Senhor, sobre a </span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i>espiritualidade </i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;">do Reino de Deus, e iniciamos o estudo sobre </span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i>os sinais e os tempos </i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;">descritos ali. É a partir deste ponto, sobre os </span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i>sinais e os tempos, </i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;">que prosseguiremos nosso estudo.</span></span></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;" class="western"><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><b>Segunda Parte do Discurso: </b></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><b>Os Sinais e os Tempos (</b></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><b>continuação)</b></span></span></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="margin-bottom: 0.42cm; text-align: justify;" class="western">“<span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">Então, Jesus lhes respondeu: Vede que ninguém vos engane. Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu! Eu sou o Cristo. E também: Chegou a hora! E enganarão a muitos. Não os sigais. E certamente, ouvireis falar de guerras e rumores de guerras, e revoluções; vede, não vos assusteis, porque é necessário que primeiro aconteçam estas coisas; mas ainda não é o fim, e o fim não será logo.” [Mateus 24:4-6; Marcos 13:5-7;Lucas 21:8-9]</span></i></span></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="western"><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">Como é perfeita a Escritura! Somente o Espírito do Santo Deus poderia ter inspirado tais palavras, somente o Cristo, o Filho de Deus, poderia tê-las dito em momento tão oportuno – pois, enquanto os discípulos contemplavam a glória dos homens, pensavam nas coisas terreais e inquiriam curiosamente quanto aos secretos decretos Divinos pertinentes a História vindoura, nosso Mestre Jesus dirigiu-os para o cuidado com suas almas desde o presente e para as preocupações concernentes ao seu destino Eterno. Nosso Senhor (e seus Apóstolos, que sendo transformados pelo Espírito, assim também se tornariam posteriormente) é eminentemente piedoso – pastoral e prático, poderíamos dizer - professor da mais clara Verdade Bíblica, que nos alimenta a alma, e nisto frutifica visivelmente em nosso viver. Conhecer os </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:100%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">“</span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">sinais do fim dos tempos” </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">é menos importante do que ter em si os </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:100%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">“</span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">sinais do novo nascimento” – </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">sem o </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">nascer do alto, </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">jamais se pode </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">ver </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">realmente</span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:100%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;"> </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">o Reino dos Céus, ainda que se conheça todos os seus sinais -</span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:100%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;"> </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">por conseguinte, nosso Senhor Cristo Jesus começa Seu Sermão Escatológico com aquilo que </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">ainda não é o fim [Mateus 24:6], </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">mas que é, sobretudo, </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">uma indelével marca de que haverá um fim, de que a Redenção da Criação ainda não se concretizou plenamente; de que o novo céu e a nova terra, que já adentraram a presente era, ainda estão sendo edificados para a Eternidade; de que o pecado ainda consome e destrói as almas dos homens; de que devemos temer por nossas almas e buscar, com verdadeiro arrependimento enquanto ainda há tempo, Àquele único que pode salvá-las. </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">Deste modo, aquele que se preserva em Cristo e nEle, por meio de Sua Graça, aparta-se de todo mal – aquele que teme a condenação certa que paira sobre o mundo e sobre todos os que amam o presente século - resistirá a qualquer tribulação, seja qual for. Este é, portanto, o alerta de nosso Mestre: </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:100%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">“</span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">Vede que ninguém vos engane”; </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">donde, entende-se “</span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">tenhais zêlo pela Verdade do Evangelho, que pode libertar-vos dos vossos pecados e desviar de vós a Ira de Deus; sigais-me e não sejais seduzidos para outros caminhos, mantenhais-vos atentos à Palavra.” </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">Repito ainda mais uma vez: que precioso alerta nosso Senhor nos deu! Pois notemos que mesmo os discípulos </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">já estavam, </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">de certa forma</span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">, seduzidos por uma falsa esperança de segurança, uma falsa esperança de uma breve e descomplicada vitória [Marcos 10:37] - </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">contaminados que estavam pelo </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">fermento da doutrina Judaica - </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">a qual, por sua vez, semeia a apostasia ao infundir nos homens tal confiança carnal, bem como a perversa impressão de que importa que Deus antes os livre dos seus perseguidores e das tribulações do que de seus pecados e indulgência. Os </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">falsos mestres </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">amam as elucubrações escatológicas complexas, as quais prometem apaziguar a carne e alimentam </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">um maldito orgulho espiritual, </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">dando aos homens a impressão de que decifraram os </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">secretos decretos do Altíssimo [1 Tessalonicenses 5:1,2; 2 Tessalonicenses 2:2; Atos 1:7]. Ora, </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">desde os dias dos Apóstolos até ao fim da História haverá </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">falsos Cristos, falsos profetas e falsas igrejas. </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">Muitos se arvoraram e se arvorarão em levantarem suas Bíblias e dizer </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:100%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">“</span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">Jesus Cristo é o Senhor”; </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">muitos </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">falsos mestres</span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:100%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;"> </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">gritaram esta frase nas praças públicas e exaltaram a si próprios com extravagantes exorcismos </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">[Atos 19:13]</span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">, e muitos ainda gritarão; e escreverão, como já tem escrito, estes dizeres na frente de seus templos e na porta de suas casas; porém, </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">não basta dizereem “Jesus Cristo é o Senhor”, e não basta ostentarem este lema (ainda que o escrevessem em suas próprias frontes), não basta acercar-se de milagres e grandes prodígios, não basta – antes, ter estes fenômenos em tão alto apreço é mais um tropeço do que um auxílio [João 4:48;20:29; Atos 8:13,18-23; 1 Coríntios 1:22-25; 2 Tessalonicenses 2:9; Apocalipse 13:13;16:14; Deuteronômio 13]. Em verdade, nem todo o que se proclama servo do Altíssimo é um Cristão [cf. Mateus 7:21]; pelo contrário,</span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:100%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;"> </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">aqueles que </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">tem aparência de Cristo, o manso Cordeiro, muitas vezes falam como o Dragão, que é Satanás, a antiga serpente [cf. Apocalipse 13:11]. </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">Muitos se dizem Cristãos, muitos se dizem </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">mestres, sábios e poderosos, “muitos virão em meu nome … e enganarão a muitos” [Mateus 24:4-6]. </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">Contudo, em verdade, bem poucos são os Cristãos verdadeiros </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">[Mateus 20:16; 22:14]. </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">Deste modo, em Seu Discurso Escatológico, o Senhor Cristo Jesus aponta, em primeira ordem, para este grande perigo que são aqueles que podem nos desviar do Caminho e nos atrair, mesmo que temporariamente, para desvios mortíferos; para aqueles que utilizando o </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">nome de Cristo, </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">pregam falsas doutrinas e, pretensiosamente, clamam ter poderes e prerrogativas que pertencem somente ao Salvador; homens que se colocam em lugar de Cristo, ousando evocarem bênçãos e maldições, pretensamente condenarem e salvarem, e conclamarem os homens para que, por sua própria força, vontade e decisão, dominem sobre o mundo, como se a semelhança daquelas ilusões judaicas que quase seduziram os discípulos pudessem trazer o Reino de Deus à Terra (ou à si mesmos). Quando tais </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">enganadores vêm, </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">devemos resistí-los pela Palavra. Amados irmãos, se curvem somente ao que a Escritura ordena: não se deixem enganar por promessas de vitória e conquista, por devaneios e imaginações daqueles que pensam que Deus se agrada de ser adorado segundo as vontades dos homens - miseráveis e corruptas criaturas Suas. Vejam que foram promessas de </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">instantânea paz ao mundo, </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">de </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">riqueza e poder temporais e imediatos; foram messianismos; </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">foram ilusões de que Deus pode ser </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">manipulado segundo os interesses humanos </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">e de que as Suas Palavras podem ser usadas</span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:100%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;"> </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">também segundo estes mesquinhos interesses; </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">foram coisas como estas</span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:100%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;"> </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">que, nos dias dos Apóstolos, irromperam em grande número, da forja corrupta que é a </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">mente dos apóstatas</span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">. Sim, naquele tempo se levantaram inúmeros impostores </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">[cf. Atos 5:36-39; 8:9-11; 2 Pedro 2:1-21; 1 Timóteo 1:3-11; 1 João 2:18], </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">mais ainda do que temos visto hoje, e arrebataram multidões atrás de si.</span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:100%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;"> </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">E assim, </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">em todos os períodos da História, </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">quando o julgamento de Deus visita-nos </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">(para condenar os ímpios e aperfeiçoar os justos)</span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">, Ele muitas vezes o faz através das tentações de apostasia e da ameaça dos inimigos da Fé [cf. Juízes 3:1,2]; e, quando sua Igreja, então provada e refinada, quebrantada e suplicante, levanta-se em Santidade, o Senhor nisto os abençoou e fortalecerá [cf. Êxodo 15:25; Juízes 2:18;Isaías 51:13-16;61:1-11; Jeremias 9:7; Salmo 66:5-12]. </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">Como os ímpios rejeitam a voz dos verdadeiros profetas, cujas palavras estão permanentemente fixadas na Escritura, o Senhor os entrega aos </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">falsos profetas [Deuteronômio 13:3; Isaías 29:10] </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">para que sejam enganados e pilhados po tais; e tanto mais, tendo acumulado sobre si mesmos o sangue dos profetas do Senhor, e tendo chamado sobre si mesmos o Sague do próprio Senhor e Cristo, a Jerusalém foi, como parte e prenúncio da sua derrocada, rejeição e destruição, entregue aos </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">falsos cristos e demais enganadores, </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">que dividiram ainda mais o povo em partidos e facções rivais que fomentaram revoluções e reveldias tais que somente aumentaram e atrairam sobre si a espada do Império, que não era outra senão a espada da Ira de Deus.</span></span></span></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="western"><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">Nosso Senhor alertou também para o que seriam</span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:100%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">“</span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">guerras e rumores de guerras” </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">as quais, igualmente, servem de instrumento em Suas mãos para provar os justos e para destruir os homens (e os reinos) malignos. Quando Cristo nasceu, houve uma grande paz entre as províncias de toda aquela região e isto foi uma grande obra da Providência para o progresso do Evangelho; mas não foi para trazer ou manter a paz que o Senhor veio ao mundo </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">[Lucas 12:51], </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">e, uma vez tendo sido perseguido pelos Judeus, uma vez tendo sido objeto de escárnio e afronta, então a paz foi então retirada de entre eles e não mais se apartou de seu meio a já citada espada da Vingança Divina. Ora, naquela grande Revelação da Glória, quando os </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">velhos céus e a velha terra passaram </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">(a saber, o Estado e a Religião Judaicas, cujas sombras prenunciavam a perfeita religião que há em Cristo Jesus), quando, pelas dores de parto se anunciava o nascimento da Igreja, então uma dramática quantidade de </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">falsos mestres, falsos cristos </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">e </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">guerras </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">assolaram o mundo conhecido, especialmente a região da Judéia; a paz, em todos os sentidos, foi retirada de entre aqueles povos (e isto foi de tal maneira que de 66 d.C. até 71 d.C, todo o Império esteve terrivelmente atribulado, e cinco césares se sucederam no trono, com um intervalo de poucos meses entre eles, tendo todos morrido de forma violenta). À cada nova visita e revelação da Glória, à cada nova </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">visita, julgamento e vivificação que o Senhor, em Seu Espírito, traz ao mundo, pela Palavra e Graça, </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">assim também, outras dramáticas guerras e outros</span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:100%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;"> </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">falsos mestres e falsos cristos têm se levantado: </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">assim foi no tempo da Reforma Protestante, quando Deus novamente visitou com glória Sua Igreja para vivificá-la e edificá-la, para exaltar a Cristo e fazer conhecido o poder de Sua Palavra; Reforma que foi acompanhada de malignos adversários da Palavra, hereges que desafiavam aos Reformadores e escandalizavam o Evangelho, bem como de muitas e terríveis guerras, com grandes julgamentos de Deus, (destruições enviadas sobre países inteiros, como as revoluções anabatistas e o saque de Roma); da mesma forma sucedeu no tempo dos Puritanos, com terríveis perseguições, revoltas e massacres na Inglaterra e Europa. Ouviremos de </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">guerras e rumores de guerras e de falsos Cristos e falsos profetas </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">em todas as eras da humanidade, enquanto o Senhor </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:100%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">“</span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">julga entre os povos e corrige as nações e estas convertem suas espadas em arados e não mais levantem a espada contra outra nação, nem mais aprendam a guerra” [cf. Isaías 2:4]: I</span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">sto é esperado a todos os que, como fizeram os Judeus do primeiro século, rejeitarem a Cristo Jesus e a Sua Palavra de Salvação portada por Seus ministros; sim, a todos os que recusarem a Salvação que o Evangelho anuncia e se fizerem rebeldes contra o Deus dos Exércitos, que lhes diz: </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:100%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">“</span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">Sede prudentes; deixai-vos advertir, juízes da terra. Servi ao SENHOR com temor e alegrai-vos nEle com tremor. Beijai o Filho para que se não irrite, e não pereçais no caminho; porque dentro em pouco se lhe inflamará a ira” [cf. Salmo 2:10-12]. </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">Portanto, nem nós, hoje, bem como nem os discípulos e os Apóstolos, naquele tempo em que o Senhor proferiu Seu Discurso Profético, devemos nos </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">conturbar quando virmos estas entristecedoras marcas da Queda; </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">antes, isto nos consolará pois</span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">, ainda que não seja o fim, é um firme sinal de que ele virá. Sim, </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">não devemos nos perturbar, antes confiarmos no Senhor e vigiarmos para não sermos aturdidos em nosso progresso Cristão, na mortificação de nossos pecados, na edificação da Igreja; devemos descansar no Senhor, sabendo que Ele opera tudo para o bom propósito da Glória de Seu Nome e para a Salvação daqueles que Ele elegeu desde antes da fundação do mundo; sabendo ainda que é necessário que o Senhor derrame Sua ira sobre os povos (ainda que nem sempre o faça de maneira clara), para assim restringir a maldade do mundo e, como já foi dito, para assim </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">acrisolar Seu povo</span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">; sabendo igualmente que é necessário remover, como outrora Ele o fez com Jerusalém, e abalar, as coisas antigas e velhas para que aquilo que é Eterno se estabeleça [Hebreus 12:11,27-29]. Outrossim, d</span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">a mesma forma como a destruição de Jerusalém foi </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">o fim do mundo antigo e a inauguração da revelação do mundo vindouro, este mesmo sinal se repetirá </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">ainda muitas vezes, confirmando o que ele mesmo tipifica: que o Senhor cumprirá todas as promessas dadas pelos Seus profetas desde o início dos tempos. </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">Haverá falsos cristos, falsos mestres e falsos profetas, </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">haverá </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">guerras e rumores de guerras, e isto ainda não é o fim; temos, portanto, razão para Esperança, razão para enfrentarmos cada tribulação, seja pessoal ou global, cada apostasia, cada heresia, sabendo que o Senhor nos prova em cada uma destas coisas e que, sendo boníssimo e misericordioso, Ele nos </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">acrisola, como acrisola-se a prata, </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">e retira de nós, por muitas batalhas, a escória que é o nosso pecado natural; sirva-nos isto de alerta para que fique suficientemente claro o quão corrupta é a natureza do homem, o quão grave é a morte a que nos levou a Queda de Adão e o quanto o Pecado é a pior de todas as pragas e chagas que o Universo conhece, sendo necessário combatê-lo por tão violentos métodos, tanto quanto são estes, os quais o Senhor, em toda Sua Sabedoria, Paciência e Amor, escolheu aplicar. Graças ao Senhor, e Glória e Louvores, pois Ele governa a História e jamais permitirá que tão peçonhento inimigo domine sobre Sua Igreja; pelo contrário, como veremos na próxima edição, os </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">sinais e promessas a respeito do fim da História </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">são doces, para que, em meio a esta guerra espiritual contra o Pecado, tenhamos uma firme visão da Vitória do Evangelho e do poder de Deus para fazer todas as coisas convergirem para a Glória de Cristo Jesus, nosso Rei, Profeta e Sacerdote Eterno.</span></span></span></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-indent: 0.42cm; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;" class="western"><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">Os versículos seguintes do nosso presente estudo continuam falando dos </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">sinais e dos tempos proféticos. </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">Mais uma vez ressalto que os Judeus esperavam que com o advento do Messias, possivelmente com algum cataclismo, o Reino Teocrático seria estabelecido em Israel, que dominaria todo o mundo; eles esperavam que esta </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">era de ouro</span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">, este </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">mundo porvir </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">fosse imediatamente e plenamente introduzido por ocasião do advento do messias, que destruiria toda a </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">presente ordem dos séculos. </span></i></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">Entretanto, biblicamente, iluminados pelo Espírito com a mais clara luz do Novo Testamento, aprendemos aqui que o </span></span></span></span><span style="font-family:Times New Roman, serif;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-weight: normal;">mundo porvir, sendo de natureza espiritual, é um Reino supranacional e invisível, uma nação santa espalhada por toda a Terra, composta de todos os homens chamados pelo Evangelho e unidos, pela Fé, a Cristo Jesus, o Rei e Sumo-sacerdote de nossa confissão.</span></i></span></span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7082510166136551617.post-27272190671865039562010-05-21T12:25:00.001-03:002010-05-21T12:27:23.633-03:00Esperança em Tempos de Apostasia - Parte 9<!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Font Definitions */ @font-face {font-family:Tahoma; 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previsões que, erroneamente, muitos dirigem para um futuro distante, contudo, como veremos a seguir, falam de um momento que para nós é passado (a queda de Jerusalém e a destruição do Templo em 70 d.C.), enquanto nos dão, ao mesmo tempo, uma preciosa lição do Governo de Deus sobre a História para que, a partir daí, no desenvolver do discurso, vislumbremos o Fim da História com a <i>segunda vinda</i> de Cristo Jesus.<i> <o:p></o:p></i></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i><span style="font-size: 11pt;"><o:p> </o:p></span></i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style=""><span style="font-size: 11pt;">Primeira Parte do Discurso: <i style="">O</i> <i style="">Reino de Cristo é Espiritual<o:p></o:p></i></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style=""><i style=""><span style="font-size: 11pt;"><o:p> </o:p></span></i></b></p> <p class="MsoBodyText" style="text-align: justify;"><i style=""><span style="font-size: 11pt;">“...dizendo alguns a respeito do templo, que estava ornado de formosas pedras e dádivas” [Lucas 21:5]... quando Jesus ia saindo do templo, aproximaram-se dele os seus discípulos para lhe mostrarem a estrutura do templo.[Mateus 24:1] ...disse-lhe um dos seus discípulos: Mestre, olha que pedras, e que edifícios! [Marcos 13:1] E, respondendo Jesus, disse-lhe: Vês estes grandes edifícios?... [Marcos 13:2] ...Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará pedra sobre pedra que não seja derrubada” [Mateus 24:2]<o:p></o:p></span></i></p> <p class="MsoBodyText" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt;">Assim inicia-se o já tão referido Discurso, mas não sem um elucidativo contexto antecedente – no <i style="">Evangelho de São Marcos </i>e no <i style="">Evangelho de São Lucas </i>ele é precedido pela <i style="">Parábola dos Vinhateiros [Marcos 12:1-12; Lucas 20:9-19] </i>que anuncia o fim da <i style="">administração judaica </i>e a passagem da <i style="">vinha </i>para <i style="">outros administradores, </i>que <i style="">darão o devido fruto. </i>Note que a figura da <i style="">vinha, </i>usual no <i style="">Velho Testamento, </i>fora usada para representar <i style="">Israel [Salmo 80:8-16; Isaías 5:1-7; Jeremias 2:21; Ezequiel 15:1-8; 17:5-10, 19:10-14; Oséias 10:1]</i>, porém com um objetivo específico: diferenciar entre a <i style="">semente fiel </i>que o Senhor plantara e <i style="">o fruto degenerado </i>que a nação produziu. Introduz-se, portanto, também pela figura da <i style="">vinha</i>, o conceito da Graça do Senhor, que elege e sustenta um remanescente, uma porção fiel, um <i style="">Israel verdadeiro, espiritual, oculto, </i>visivelmente unido<i style="">, porém espiritualmente separado</i> da nação apóstata e dos povos pagãos<i style=""> – </i>a <i style="">vinha do Senhor era a manifestação da Santidade dEle na Aliança, pela Graça, em conformidade com o Espírito Santo, que escrevia a Lei no coração destes </i>homens escolhidos e chamados pelo Altíssimo; a corrupção se distinguia e exaltava quando esta, a <i style="">verdadeira vinha, </i>esta que era o fruto da <i style="">Salvação em Cristo, </i>era quase que totalmente envolvida por uma <i style="">outra vinha, de uvas bravas, donde não brotavam justiça, paz ou misericórdia. </i>O soberbo <i style="">judaísmo apóstata </i>transformou a <i style="">vinha </i>no símbolo do <i style="">nacionalismo judaico</i>, chegando até mesmo a cunhar moedas contendo este símbolo, à época dos Macabeus<i style="">; </i>o tradicionalismo, o tribalismo, a etnicidade suplantou a <i style="">misericórdia e a justiça. </i>Entretanto, nosso Senhor, o Cristo, destrói as ilusões de superioridade do <i style="">judaísmo</i> – a <i style="">vinha </i>foi tirada daquela <i style="">nação, </i>a boa semente, <i style="">outrora oculta, </i>foi visivelmente entregue aos novos signatários de uma <i style="">Nova Aliança; </i>uma nova nação, sem fronteiras territoriais, tribais ou étnicas. Por isso nos diz nosso Senhor, segundo o <i style="">Evangelho de São João</i>: <i style="">“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador... Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem.” [João 15:1,5-6].</i> No <i style="">Evangelho de São Mateus </i>a declaração é ainda mais clara, pois são pronunciados oito <i style="">ais </i>sobre os Escribas e Fariseus, representando neles <i style="">o espírito do judaísmo de Jerusalém </i>e<i style="">,</i> assim, personificando neles a <i style="">própria Jerusalém Terrena, corrupta, apóstata </i>a qual terá sua <i style="">casa tornada deserta [Mateus 23], </i>exatamente como nos mostra a figura dos ministros da Palavra no Velho Testamento, que pronunciaram <i style="">ais </i>contra os falsos profetas e ímpios de seu tempo <i style="">[Isaías 5:8-30; Jeremias 23:1-6]. </i>É impressionante como o paralelismo entre a <i style="">Parábola dos Vinheteiros</i> e os <i style="">ais</i> do <i style="">Evangelho de São Mateus</i> (e mesmo de <i style="">Isaías 5</i>) é explícito e perfeitamente articulado, especialmente se tomamos como um dos eixos as palavras do <i style="">Evangelho de São</i> <i style="">Mateus, Capítulo 23, versículos 34 até 36</i>, onde está escrito: “<i style="">Por isso, eis que eu vos envio profetas, sábios e escribas. A uns matareis e crucificareis; a outros açoitareis nas vossas sinagogas e perseguireis de cidade em cidade; para que sobre vós recaia todo o sangue justo derramado sobre a terra, desde o sangue do justo Abel até o sangue de Zacarias, filho de Baraquias, a quem matastes entre o santuário e o altar. Em verdade vos digo que todas estas coisas hão de vir sobre a presente geração.</i>” <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoBodyText" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt;">Tendo determinado e encontrado o padrão e quadro que descreve o juízo vindouro sobre Jerusalém, podemos recuar alguns Capítulos no <i>Evangelho de São Mateus </i>e perceber que, já há algum tempo, <i>aquela geração estava sendo advertida </i>por sua falsidade e hipocrisia <i>[Mateus 23:3,28,33; cf. 21:30], </i><span style="">reveladas na grande </span>pretensão de substituir o arrependimento e fé verdadeiros pelos ditames de sua falsa religião, intentando tomar somente para si a esperança celeste, <i>[Mateus 23:23-24]</i>, e fazer de si mesmos a única<i> </i>porta para o céu <i>[Mateus 23:13,14,16; cf. Mateus 15:6]. </i>Em lugar desta pretensão, o <i>judaísmo </i>dos Escribas e Fariseus, na verdade era uma porta para o inferno, concebida e alimentada por Satanás <i>[Mateus 23:17-19,24; 15:6; João 6:44;] - <span style=""> </span></i><span style="">colocavam-se, portanto, temerariamente no lugar que é devido somente ao Senhor<i>. </i></span>Foi nesta tão maligna obra que eles encontraram razão para perseguir e matar os profetas, e foi nesta doutrina maligna que encontraram seus motivos para perseguir e matar a nosso Senhor, bem como aos Cristãos da Igreja Primitiva <i>[Mateus 23:29-35; cf. 21:36-39; 22:6; Atos 6:12-15]; </i>igualmente foi nesta <i>sinagoga de Satanás </i>que se fez transbordar o cálice da Ira de Deus, o qual já vinha sendo, pouco a pouco, preenchido pela <i>vinha brava de uvas bravas </i>chamada Israel. E assim a sentença fora dada: serão estes excluídos do Reino dos Céus e entregues ao fogo e às trevas da Vingança Divina<i> [Mateus 23:35, 38; cf. 21:31, 41, 43-44; 22:7]</i>. O que foi um breve castigo sobre a nação, mas uma prova final sobre o remanescente fiel, à época do profeta Jeremias, se torna então em um aviso que ecoa nas palavras de Cristo – ao que Jeremias outrora anunciara:<i> “Mas se não derdes ouvidos a estas palavras, juro por mim mesmo, diz o SENHOR, que esta casa se tornará em desolação” [Jeremias 22:5]. </i>Esta mesma sentença Cristo agora ratifica e promete a execução: <i>“Eis que vossa casa ficará deserta” [Mateus 23:38].</i> Como na época descrita no <i>Livro de Juízes, </i>o povo que aparentemente se arrependera, veio posteriormente a se tornar pior do que a geração de seus pais. E é neste ponto então, que a Glória de Deus visita o Templo pela última vez, a Glória que nem o Templo de Salomão presenciara, a perfeita imagem do Deus invisível – Cristo Jesus <i style="">[Colossenses 1:14,15]</i>. Glória que não mais voltaria ao Templo, uma vez que o <i>verdadeiro Templo é a verdadeira videira </i><i style="">[João 1:14; 2:18-22]</i>, a saber, nosso Senhor, a <i style="">pedra de topo e a pedra fundamental de um Templo de pedras-vivas unidas misticamente nEle [Mateus 21:42-44; Atos 4:11; 1 Pedro 2:1-9] – </i>o Sumo-sacerdote da nossa Fé e o último e eficaz sacrifício pelos nossos pecados <i style="">[Hebreus 4:14-16; Hebreus 9:26; Hebreus 10:10; João 19:30]. </i>O Templo de Jerusalém, que havia se tornado um <i style="">covil de ladrões</i>, foi purificado de uma vez por todas ao ter, somente em Cristo, seu caráter <i style="">espiritual </i>revelado e seu propósito cumprido. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoBodyText" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt;">O que aos discípulos fora motivo de autoglorificação e confiança carnal em sua herança sangüínea, para Cristo era apenas a triste visão do ícone de um povo perdido em sombras, povo este que amou as trevas e rejeitou a<i style=""> vera luz, o vero Templo e o vero Sacrifício </i>que se lhes apresentou em Jesus. Somente em Cristo a Glória derradeira de Deus habita entre nós e, com Ele, pela Sua Graça e benevolência, esta se faz presente em Sua Igreja; nEle o sacrifício vicário pelos pecados de Seu povo, de Sua nação, que é a Sua Igreja, derradeiramente se cumpre; nEle a comunhão e as orações de Seu povo, de Sua nação, de Sua Igreja, são recebidas por Deus Pai, revestidas na Justiça de Cristo; dEle flui o rio de águas vivas, que, no Espírito Santo, pelo Evangelho nos regenera e nos desperta para a <i style="">Verdade</i>. Assim nEle se cumpre tudo o que prefigurava o Templo e as suas cerimônias <i style="">[Gálatas 4:9; Colossenses 2:14- 17; Efésios 2:15]. </i>No <i style="">Evangelho de São João, </i>Capítulo 4, versículo 21, nosso Senhor aborda esta questão precisa quando diz: <i>“a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai.” </i>e explica, no versículo 23, <i>“Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.”. </i>Esta gradual revelação da <i>espiritualidade </i>do culto, tanto pela ausência de um centro geográfico de adoração, quanto pela ênfase na <i>Verdade – </i>verdade doutrinária a ser pregada, verdade litúrgica a ser obedecida, verdade de vida em arrependimento e fé – carrega consigo a notícia do fim das sombras veterotestamentárias e do crescimento do Sol da Justiça com Sua inigualável luz, a qual atinge <i>todos os povos da Terra para libertá-los do pecado e guiá-los para além dos rudimentos do mundo</i> (o que vemos anunciado também no <i>Evangelho de São Mateus</i>, Capítulo 21, versículo 13, como referência à promessa messiânica do <i>Livro do Profeta</i> <i>Isaías, </i>Capítulo 56, e ao alerta contra a carnal confiança no Templo constante no <i>Livro do Profeta</i> <i>Jeremias, </i>Capítulo 7 – e que já iniciava o tratamento do referido tema do <i>Evangelho de São Mateus, </i>Capítulo 23, <i>cuja aplicação e extensão escatológica </i>se encontram no capítulo seguinte, sobre o qual temos voltado nossa atenção e meditação).<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoBodyText" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt;">Concluímos, portanto, que a primeira parte do Discurso Escatológico de Cristo é o prenúncio da concretização da <i>realidade espiritual </i>constante dos desígnios de Deus em todo o Velho Testamento, mas oculta em sombras até o <i>dia da Revelação de Cristo Jesus e do firme estabelecimento visível de Seu Reino e de Seu Povo, como Seu Templo-vivo de pedras-vivas, com Seu sacrifício vicário final e perfeito, com Seu sacerdócio Santo e Eterno. </i>O Templo seria destruído, e com grande Ira, é o anúncio de Cristo - porque <i>já não há mais lugar para ele – </i>tendo a <i>vera </i>Luz vindo ao mundo, não há mais necessidade das velhas sombras. Não ficará pedra sobre pedra daquele <i>velho mundo e </i>daquela <i>antiga era, </i><span style="">daquilo que era <i>inferior e obscuro, e que se tornara, pela economia Divina, obsoleto </i></span><i style="">[Hebreus 9:8-15; 10:1-3; 8:4-13]</i>. Tudo isto nos mostra o quanto era vã a confiança no <i style="">sistema mosaico como se, per si, o exercício externo da religião pudesse levar ao conhecimento de Deus, </i>bem como hoje é<i style=""> </i>vã a expectativa de parte dos atuais Judeus (e mesmo de parte do <i style="">cristianismo judaizado e sionista</i> dos dispensacionalistas e de alguns dominionistas) de que haja, no futuro, a reconstrução do Templo de Jerusalém. Reitero: o único Templo que agrada ao Senhor <i style="">já foi erguido, </i>e não por mãos humanas <i style="">[Atos 7:48; 17:24] – </i>a reconstrução d<i style="">o tabernáculo caído de David<span style=""> </span>e do Templo de Zorobabel </i>se realizaram, pelas Divinas mãos, na ressurreição de Cristo e na Sua Glorificação, as quais tomamos parte como Igreja, como <i style="">Corpo de Cristo</i> <i style="">[Atos 15:18; Amós 9:11,12; I Coríntios 12:27; Efésios 2:21; 4:12,16; 5:23; 1 Pedro 2:5-9]. <o:p></o:p></i></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style=""><span style="font-size: 11pt;"><o:p> </o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style=""><span style="font-size: 11pt;">Segunda Parte do Discurso: <i style="">Os Sinais e os Tempos<o:p></o:p></i></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style=""><i style=""><span style="font-size: 11pt;"><o:p> </o:p></span></i></b></p> <p class="MsoBodyText" style="text-align: justify;"><i style=""><span style="font-size: 11pt;">“E, assentando-se ele no Monte das Oliveiras, defronte do templo, Pedro, e Tiago, e João e André lhe perguntaram em particular:<span style=""> </span>Dize-nos quando serão estas coisas, e que sinal haverá quando todas elas estiverem para se cumprir - a sua vinda e o fim do mundo?”[Marcos 13:3,4;Mateus 24:3]<o:p></o:p></span></i></p> <p class="MsoBodyText" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt;">Sentado sobre o Monte das Oliveiras, observando toda a cidade, sob o sol poente, destacava-se mais ainda a beleza e a grandiosidade do Templo – beleza e grandiosidade tais que eram opostas ao que aquele edifício havia se tornado, <i style="">um lugar vazio da verdadeira religião</i>. Contemplando esta pequena distopia, os discípulos dirigem-se ao Senhor e formulam uma dupla questão: (1) <i style="">quando </i>estas coisas preditas ocorrerão; e (2) <i style="">como </i>tal coisa chegará a ocorrer. Ao mesmo tempo, eles classificam o <i style="">objeto </i>de suas indagações como: <i style="">a sua vinda e o fim do mundo.</i> Atentemos que há um sentido em que esta <i style="">sobreposição </i>– <i style="">a vinda de Cristo e o fim do mundo</i> – é verdadeira; a concepção dos discípulos, naquele momento, ainda é imatura e ingênua, mas a sua apreensão daquilo que já estava sendo descrito por Cristo há algum tempo, ou seja, o fim <i style="">da velha ordem </i>e o estabelecimento da <i style="">Nova Aliança</i>, é o que sustenta esta múltipla pergunta. Relembremos o que foi descrito nas últimas edições:<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoBodyText" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt;">1) Na escatologia veterotestamentária a distinção entre <i style="">“a era porvir ou o mundo vindouro” </i>e o advento do Messias é muito tênue. Portanto, a extensão temporal da introdução da<i style=""> era messiânica </i>sobre a <i style="">presente era </i>se dissolvia na perspectiva profética; o que leva os discípulos (em menor escala) e os judeus a espera de uma introdução cataclísmica da<i style=""> era porvir </i>com o advento do Messias e a suposição de que a <i style="">era porvir </i>não seria mais do que um <i style="">mundo presente </i>superabundante e dominado pelo Estado Teocrático de Israel.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt;">2) O termo <i style="">“fim do mundo” </i>no <i style="">Evangelho de São Mateus, Capítulo 24, versículo 3, </i>pode ser mais precisamente traduzido como <i style="">“fim da era” ou “fim dos tempos”</i>, do grego <i style="">aion</i>, o que não se refere ao <i style="">fim </i>do <i style="">mundo físico</i>, da <i style="">Criação</i>, mas de um determinado estágio da <i style="">administração </i>de Deus sobre a História; em 70 d.C., quando a destruição do Templo ocorreu, a <i style="">era judaica, </i>o <i style="">tempo da nação de Israel, </i>ou seja, a <i style="">administração </i>da História na qual os <i style="">oráculos de Deus </i>foram entregues e guardados por<i style=""> um povo em especial, </i>chegou ao fim. O termo <i style="">“fim da era” </i>refere-se, portanto, à aurora da <i style="">“era messiânica”</i>, ou seja, da revelação da Igreja neotestamentária e da introdução, pouco a pouco, da redenção da Criação pela qual Cristo deu Seu Sangue precioso na Cruz – Ele morreu pelos nossos pecados, para que aqueles que foram Eleitos na Eternidade passada sejam Salvos e, no futuro sem fim, vivam com o Senhor na <i style="">Jerusalém Celestial [Filipenses 3:20,21]. </i>O <i style="">“fim da era”</i>, conforme descreve o Apóstolo Paulo, <i style="">chegou sobre a geração de Cristãos do século I [cf. 1 Coríntios 10:11], </i>assim como chegou sobre eles (e sobre nós <i style="">já é</i>)<i style="">, </i>o <i style="">“mundo vindouro”, no qual já estamos inseridos pela nossa união com Cristo [cf. Efésios 1:3,20;2:6;10:3; Apocalipse 5; Gálatas 2:20; Colossenses 1:13; Hebreus 12:18-24; Romanos 8:9-11]. Já é chegado o Reino de Deus: </i>pois Cristo, na <i style="">plenitude, </i>no <i style="">cumprimento, </i>ou seja, <i style="">no fim dos tempos, </i>fez o último e perfeito sacrifício pelos pecados <i style="">[cf. Hebreus 9:26]! <span style="color: rgb(153, 51, 0);"><o:p></o:p></span></i></span></p> <p class="MsoBodyText" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoBodyText" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt;">Portanto, a resposta distribuída, recapitulada e explanada cuidadosamente na extensão dos Capítulos 24 e 25 do <i style="">Evangelho de São Mateus </i>(e nos textos sinópticos), assim como em pequenos trechos até culminar no fechamento, profético e escatológico do Capítulo 28, visa explicitar o caráter <i style="">espiritual </i>do <i style="">Reino de Cristo</i>, tanto em sua <i style="">expansão e vitória </i>futuras, quanto em relação às batalhas e dificuldades constantes em todo o tempo desta <i style="">expansão e vitória, </i>até <i style="">o dia final</i>, quando em Glória voltar o Senhor para encerrar a História. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoBodyText" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt;">É com este entendimento a respeito do contexto histórico e teológico em que os discípulos discutiam e entendiam - e posteriormente explicaram - a Escatologia Bíblica, que continuaremos, na próxima edição, o estudo do Discurso Profético de nosso Senhor no Monte das Oliveiras.<o:p></o:p></span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7082510166136551617.post-47917909115247849902010-04-06T17:24:00.001-03:002010-04-08T11:37:33.467-03:00Milagres! - Parte 2<p class="Textopr-formatado" style="text-align: justify;"><span style="font-size:100%;"><b>O Problema do Naturalismo<o:p></o:p></b></span></p> <p class="Textopr-formatado" style="text-align: justify;"><span style="font-size:100%;">Vimos na última Edição que o <i>espírito moderno </i>crê em algo chamado <i>Naturalismo. </i>Vimos que esta idéia afeta todas os pensamentos subseqüentes do homem que foi capturado por este <i>espírito, </i>pois leva esta homem a articular toda sua compreensão do Universo baseado na ausência total ou prática do Deus Soberano. Finalmente, mostramos que o conflito que o descrente trava com as Doutrinas que a Escritura ensina repousa neste nicho, pois a acusação subentendida em todas as críticas do descrente é contra a Soberania de Deus e não contra a lógica ou o conteúdo do ensino Cristão isolado. Por isso, quando o <i style="">espírito moderno </i>diz que <i style="">não acredita na Escritura porque é impossível, pelas Leis da Natureza, que o Mar Vermelho se abra</i>, na verdade o que ele está dizendo é que <i style="">não acredita na Escritura porque ele já crê em outros deuses e nenhum deles poderia fazer o Mar Vermelho se abrir, e que ele mesmo, como seu próprio deus, não poderia fazer tal coisa. </i>O que os <i style="">deuses </i>dos cientistas não podem fazer, eles chamam de <i style="">impossível. </i>Então, alguém me pergunta: <i style="">você está me dizendo que, um cientista que duvida da Bíblia, o faz porque crê em deuses pagãos e porque crê que ele mesmo é um deus?! </i>Sim. Talvez você nunca tenha percebido isto porque não conhece o suficiente sobre a Filosofia da Ciência, sobre a Filosofia da Bíblia e sobre o paganismo para relacionar estas três coisas. Homens de reconhecida inteligência, Filósofos da Ciência e possuidores de algum conhecimento da Escritura concordariam comigo, embora usassem suas próprias palavras para dizê-lo. Posso citar entre tais homens: Albert Einstein, Thomas Edison, Sir Martin Rees e Karl Popper. Para os tais há um abismo entre a realidade percebida pelo empirista, ou seja, pelo homem que confia somente em seus sentidos para determinar a Verdade, e a realidade <i style="">última, </i>afinal, <i style="">o ato de medir perturba o sistema</i> – não que estes homens não acreditassem em uma realidade estável, mas que assumiam, com sabedoria e humildade, que a realidade <i style="">última </i>é mais estranha e inacessível do que geralmente se pensa. Acrescento que não defendo com isto o <span style="font-style: italic;">"deus das lacunas"</span>, ou seja, que a validade ontológica do argumento sobre a existência de Deus que se baseia na ignorância humana; antes chamo a atenção para uma compreensão menos determinista das chamadas <span style="font-style: italic;">Leis Físcas </span>(e mais<span style="font-style: italic;"> "cega"</span>, por si só fenomenologicamente caótica na interação dos meios, ainda que metafisicamente ordeira quanto ao fim) - assim, não é uma questão de desconhecermos o Universo, mas de conhecermos que as tais Leis têm, na Realidade, remendos e saídas de emergência que nos permitem vislumbrar a harmônica e lógica ligação entre o comum e o raro, onde uma regular imprevisibilidade dá o tom à sinfonia dos sistemas. Voltando ao tópico anterior, note que estes são apenas uns poucos de uma lista de centenas de Filósofos cientistas, que compreendem e anunciam sem temor o fato de que a ciência, conforme tudo que foi brevemente exposto acima, é, especialmente dada a natureza da Realidade e a limitação do método empírico, <i style="">pura especulação, </i>desprovida, então, de qualquer relação firme entre as suas teorias e a “<i style="">real </i>realidade”. Exatamente como os deuses pagãos, a ciência é apenas uma <i style="">elaborada Mitologia. </i>Afinal, o<i style=""> </i>que eram estes deuses pagãos mitológicos? Eram forças, ditas incompreensíveis, autogovernadas, personificadas e usualmente representadas através de contos e narrativas. Para muitos dos Filósofos pagãos, no entanto, as personificações eram apenas ilustrativas, enquanto as forças representadas nestas personificações eram reais. Assim, um Filósofo poderia usar o nome Zeus ou Brahma (nomes de deuses pagãos) para representar a idéia de um evento cósmico que deu início ao processo natural e daí especular sobre a origem da<i> natureza, </i><span style="">ou o nome Gênio para especular sobre os diferentes sistemas do organismo humano e a complexa cadeia de sua interdependência<i>. </i></span>Quando um cientista inventa uma entidade cósmica como a <i style="">Gravidade</i>, ele está fazendo exatamente isto – supondo a idéia de um ser que poderia preencher a lacuna daquilo que o cientista não pôde explicar a respeito da Criação. Agora alguém me pergunta: <i>Você está me dizendo que a Gravidade é como um deus mitológico? </i>Sim, estou. Não que<i> os efeitos associados ao nome Gravidade</i> sejam mitológicos<i> –</i> se eu arremessar uma pedra para cima, ela cairá na minha cabeça. <i>Mitológica </i>é a idéia de que existe uma <i style="">força </i>onipresente e irresistível (porém invisível) responsável por fazer as coisas caírem – isto é apenas um conceito concebido artificialmente para preencher os requerimentos necessários a certo número de cálculos e teorias em um sistema específico. A observação dos efeitos e a medição dos efeitos são coadunadas no conceito <i style="">Gravidade </i>– a <i style="">Gravidade</i> <u>em si</u>, como objeto ou ente, não existe no mundo real, mas é uma simplificação <i style="">mitológica </i>da realidade, elaborada com um fim específico. Quando novos dados surgem, a ciência abole este <i style="">mito </i>e o substitui por outro – basta comparar a física de Newton e a física Quântica para ver esta mudança de paradigma. Não há, no entanto, nenhuma garantia de que a mudança de <i style="">mitos </i>seja uma aproximação maior da realidade. Muitas vezes a ciência gira ao redor do mesmo assunto, sem concluir nada durante séculos. Famoso é o caso da <i style="">quintessência ou éter luminoso </i>que por um pouco é aceito como científica, logo é descartado e novamente retomado,<i style=""> </i>então<i style=""> com um novo nome</i>. Para trazer um exemplo mais próximo ao homem comum, pensemos um pouco sobre o <i>Átomo. </i>Quando você estuda sobre <i>Átomos </i>na escola, você aprende que eles são feitos de Prótons, Elétrons e Nêutrons. Este <i>Átomo </i>que você estudou na escola é <i>Mitológico. </i>Ele não existe de verdade – foi criado por algum cientista para responder a certas perguntas sobre a <i>natureza</i> e elaborar algumas teorias. Outros cientistas elaboraram outros modelos de <i>Átomos</i> antes disso, modelos que não possuíam estas subdivisões e, após isto, outros têm elaborado modelos que possuem várias outras partículas além de Prótons, Elétrons e Nêutrons. Imagine que a Bíblia possuísse algum versículo sobre Elétrons – uma passagem que mostrasse um objeto de metal desferindo um choque de grande voltagem em alguém. Os cientistas da época em que não se conhecia Elétrons diriam: <i>isto é impossível; um objeto não tem eletricidade em si mesmo para ser capaz de fazer tal coisa, não acreditaremos neste milagre, ele é contrário às Leis da Natureza, não pudemos sequer reproduzir tal coisa em laboratório, mesmo com toda nossa tecnologia. </i>O que, segundo vimos acima, significa: <i>nenhum dos deuses da ciência tem este poder; então, não aceitaremos que o seu Deus o tenha. </i><span style="">Já o</span>s cientistas da época em que os Elétrons foram descobertos diriam: <i>isto não é um Milagre, são apenas Elétrons sendo descarregados pelo objeto. </i>E esta última frase mostra o quanto o <i>Naturalismo </i>é inútil – se algo não couber nas <i>Leis da Natureza </i><span style="">conhecidas daquela época </span>(ou seja, nos <i>poderes dos deuses inventados pelos cientistas</i>), então <i>é impossível que tal milagre aconteça. </i>Se couber nas <i>Leis da Natureza</i> conhecidas naquela época<i> </i>(ou seja, nos <i>poderes dos deuses dos cientistas)</i>, então <i>não é um milagre, é apenas uma coisa natural. </i>Você percebe a incoerência? O <i>espírito moderno </i>pressupõe que a <i>natureza funciona por si só, e é composta de diversos pequenos poderes que se limitam uns aos outros </i>e sequer avalia que esta é uma proposição <i>que exige uma fé cega</i><span style="">,<i> </i></span>e que<i>, </i><span style="">portanto,</span> é incapaz de interagir com a descrição do Universo proposto pela Bíblia<i>.</i><span style=""> Não estou dizendo que <i>seria esperado do ímpio cientista em questão um respeito pela Escritura</i>, mas que o sistema lógico do <i>Naturalismo</i> é incapaz de escapar de si mesmo!<i> </i>Se confrontado com algo que as <i>Leis da Natureza </i>inventadas ou interpretadas pelos cientistas não explicam, então é <i>impossível; </i>se for algo que elas explicam, então, não é um Milagre. Ou seja, o homem que se acha tão <i>racional e científico </i>está impedido de pensar neste assunto porque, antes mesmo da discussão, <i>já foi capturado pela armadilha naturalista </i>e simplesmente não <i>sabe mais pensar fora deste script.</i> </span>Lembremos, para ilustrar nosso exemplo, do que a Sagrada Escritura nos diz sobre Eva: ela foi criada a partir da costela de Adão. Quando a ciência desconhecia a clonagem, dizia-se que era impossível uma pessoa ser criada <i>a partir da costela de outra. </i>Hoje os cientistas têm de silenciar a esse respeito. Como foi exposto com detalhes nas edições 10 até 14 do <i style="">Jardim Clonal</i>, a Escritura não pode ser avaliada <i>à luz da ciência, </i>simplesmente porque a Ciência é constituída de tal modo que a Verdade é o fim do caminho que ela ainda está trilhando e, que, portanto, por definição, a Verdade está fora da Ciência para que ela seja considerada <i style="">verdadeiramente </i>Ciência. A Escritura, no entanto, pensa a realidade no sentido inverso, pois conta a história dos caminhos já trilhados pela Verdade desde o início dos tempos – a Escritura <i style="">pressupõe </i>a Verdade que ela contém para ser <i style="">verdadeiramente</i> Divina. Enquanto a Ciência busca a Verdade por experimentação, a Escritura já possui a Verdade e simplesmente a declara. Por isso a aproximação da Escritura com a Ciência não pode ser feita como se uma validasse ou negasse a outra. <o:p></o:p></span></p> <p class="Textopr-formatado" style="text-align: justify;"><span style="font-size:100%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="Textopr-formatado" style="text-align: justify;"><span style="font-size:100%;">Para finalizar este capítulo, e evitar que alguém compreenda mal a questão da Ciência como <i style="">Mito, </i>esclareço que o <i style="">Mito </i>não é ruim em si mesmo, desde que seja compreendido <i style="">como Mito </i>e não como Verdade. Mas como um <i style="">Mito</i> pode ser útil? Porque toda <i style="">Mitologia </i>é<i style=""> </i>uma sombra da Verdade Divina, embora distorcida pelo pecado inerente ao coração humano – e é possível, com muito discernimento, selecionar e aproveitar esta porção de Verdade e descartar aquilo que se mostrar pecaminoso. <o:p></o:p></span></p> <p class="Textopr-formatado" style="text-align: justify;"><span style="font-size:100%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="Textopr-formatado" style="text-align: justify;"><span style="font-size:100%;"><b>A Cosmovisão Bíblica<o:p></o:p></b></span></p> <p class="Textopr-formatado" style="text-align: justify;"><span style="font-size:100%;">Se a Escritura Sagrada opõe-se a visão de que a <i>natureza </i>é composta por diversos pequenos poderes que competem entre si (e que, por sua vez, estão aprisionados dentro da própria <i>natureza</i>) - o que, então, a Escritura ensina? A Escritura ensina que Deus <b style="">não é</b> <i>ex machina, </i>ou seja, que o Criador não está ausente do Universo<i>. </i>O Deus da Escritura comanda a Criação em todos os seus detalhados aspectos: nós acordamos e respiramos porque o SENHOR nos sustenta <i>[Salmo 3:5; Salmo 54:4; Atos 17:28];</i> Ele dá à terra as chuvas e as colheitas <i>[Salmo 65:9; Salmo 67:6; Jó 5:10; Jó 37:6]; </i>Ele faz os terremotos e as fomes <i>[Salmo 104:32; Salmo 105:16; Salmo 107:43,35]; </i>nenhum bem ou mal sucede fora de Seu controle <i>[Amós 3:6; Tiago 1:17; Isaías 45:7]</i>. Todos os eventos (históricos ou orgânicos, climáticos ou cósmicos) obedecem ao comando estrito do Deus que rege o Universo pela Sua Palavra. Portanto não existe, na Escritura, diferença entre o <i>natural </i>e o <i>sobrenatural</i>, sequer existe esta divisão – todas as coisas estão sob o direto comando de Deus, cada átomo e cada molécula, cada <i style="">aeon </i>da existência. Por isso, a Criação se comporta de maneira ordeira, previsível; porque o Deus que a dirige é Deus de ordem e não de confusão <i>[1 Coríntios 14:33]. </i><span style="">Segundo a Escritura Sagrada,<i> </i></span>esta é a origem das aparentes Leis Naturais – a ordem e imutabilidade do Deus que tudo comanda. A Criação que a Escritura nos mostra, é infinitamente superior ao <i>estranho</i> <i>relógio </i>que os <i>naturalistas (e “semi-naturalistas”) pensam existir: </i><span style="">ela<i> </i></span>é infinitamente superior a uma <i>máquina que funciona sozinha. </i>O Universo descrito pela Escritura é a <i style="">máquina perfeita</i> – uma máquina tão sensível à vontade de seu Criador e Operador que O obedece, todo o tempo em tudo o que Ele ordena - diferentemente da <i style="">máquina mecânica </i>do <i style="">Naturalismo. </i>A <i style="">máquina perfeita,</i> que jamais faz algo que o seu Criador não ordena ou deseja, é obviamente melhor do que uma <i style="">máquina programada</i> que executa roboticamente seu programa, e aprisiona o seu operador nos limites deste mesmo programa. Deus é o Soberano Criador e Operador da <i>máquina perfeita, </i>portanto, Ele participa dela na mesma medida em que é distinto dela. Ele habita na Eternidade e na Santidade, mas fala no Tempo com os homens corrompidos; Ele existe além dos céus na luz inacessível, mas ocupa toda a Terra e até o mais profundo do Abismo. Ele é o Deus Altíssimo e Temível e nada pode escapar do Seu conhecimento e de Seu poder.<o:p></o:p></span></p> <p class="Textopr-formatado"><span style="font-size:100%;"><o:p> </o:p></span></p> <span style="font-size:100%;">Tendo compreendido melhor os assuntos que permeiam a Teologia dos Milagres, voltaremos, na próxima edição, ao tema do início desta série de artigos: o ensino Bíblico a respeito da Soberania de Deus, o qual está diretamente ligado ao ensino Bíblico sobre os Milagres. Notemos, a este respeito, que é o fato de toda a Criação ser controlada diretamente por Deus (e, assim, não estar aprisionada pelas próprias leis nem pelos poderes nela manifestos), que permite a existência daquilo que chamamos Milagre.</span><span style="font-size:12pt;"><span style="font-size:100%;"></span><o:p></o:p></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7082510166136551617.post-50599227248925424102010-03-10T09:55:00.003-03:002010-03-10T09:59:16.962-03:00Esperança em Tempos de Apostasia - Parte 8<p style="color: rgb(0, 0, 0);" align="justify"><span style="font-size:100%;">Já há algumas edições o Jardim Clonal tem tratado da Esperança; a Escritura nos diz que a Esperança é um dos pilares da Verdade em Cristo, como aspecto da Fé – confiança nas promessas do Senhor e certeza do porvir, baseadas ambas na fidelidade dAquele em quem a Eterna Aliança da Graça está firmada <i>[1 Coríntios 13:13; Romanos 4:18; Efésios 1:18; Colossenses 1:27; Hebreus 10:23].</i> O ímpio, portanto, não possui verdadeira esperança; antes, com entenebrecido temor ou ilusória calma, aguarda apenas o fim de sua inútil existência, sem aperceber-se realmente a cerca do terrível sofrimento que sobrevirá à sua alma após a morte – o ímpio mente para seu próprio coração e obscurece sua própria mente, negando até a revelação contida na lei natural que testemunha da Ira de Deus sobre toda impiedade. O Cristão, porém, tem um duplo dever: não só deve ter e viver a Esperança, mas deve conhecê-la, viver segundo ela e ser capaz de transmití-la a outros conforme a promessa da Palavra <i>[1 Pedro 1:3; Hebreus 10:36; Tito 2:11-14] </i>para firmar-se no “<i>novo céu e nova terra”,</i> o qual recebemos, pela Graça, como herança em Cristo Jesus. Mas, há realmente um <i>firme fundamento</i> para a <i>Esperança da Glória</i>? Sim, temos razão em nutrí-la, pois há algo que <i>já foi</i> feito, algo irreversível, irrevogável, que <i>afetou céus e terra</i>, renovou-os e alterou o Universo para sempre: <i>Cristo Jesus veio ao mundo e inaugurou a obra de redenção da Criação.</i> A certeza de que tal obra foi iniciada e tem providencialmente progredido é edificada sobre os eventos bíblicos do <i>século I –</i> eventos estes que começaremos a observar nesta edição, a partir de textos paralelos dos Evangelhos, especialmente do Discurso Escatológico de Cristo.</span></p> <p style="text-decoration: none; color: rgb(0, 0, 0);"> </p> <p style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-size:100%;"><b>Mais reflexões sobre Escatologia</b></span></p> <p style="color: rgb(0, 0, 0);" align="justify"><span style="font-size:100%;">A estrutura escatológica da Escritura nos fala de duas <i>eras </i>ou <i>mundos</i>: “<i>este mundo ou a presente era”</i> e o “<i>mundo vindouro ou era porvir”.</i> Temos visto que há uma direta relação entre o que a Escritura chama “<i>últimos dias”</i> e “<i>fim desta era ou deste mundo”</i> e o que a Escritura chama “<i>mundo vindouro ou era porvir”</i> - ambos relacionam-se à “<i>era messiânica”,</i> ou seja, ao período a partir do advento de Jesus, o Messias anunciado pelos profetas do Velho Testamento e aguardado pelos Israelitas. Porém, ao contrário daquilo que os Judeus pensavam e expressavam em sua escatologia, a “<i>era porvir”</i> não foi imediatamente ou instantaneamente realizada pelo advento do Messias: a revelação do Novo Testamento nos trouxe a clareza de que o reino messiânico de Jesus é pouco a pouco revelado nesta realidade, como um fermento que leveda a massa ou um pequeno arvoredo que alcançará ainda muitos metros de altura (apesar de a cada ano cresce somente alguns centímetros). Portanto, há uma necessária tensão entre a <i>porção já realizada </i>do <i>Reino de Cristo </i>e a <i>porção ainda virtual do mesmo </i>(a qual reside nas promessas de Deus e no mundo espiritual). E exatamente nesta tensão que o Cristão encontra forças e a firme base para sua Esperança, como nos ensina o Santo Apóstolo Paulo, em sua Epístola a Tito<i>:“Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos no presente século, sensata, justa e piedosamente, aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória de nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus” [Tito 2:11-14].</i> Notemos que nesta passagem, o fato de o Cristão ainda viver no <i>presente século ou na presente era </i>é contrastado com o que nos aguarda quando plenamente chegar a chamada <i>era porvir. </i>Assim, a <i>era messiânica </i>que os Judeus aguardavam é justaposta a <i>este mundo</i> conduzindo os eleitos de Deus, pela Graça, em peregrinação do Império de Satanás (manifesto no <i>presente século mau) </i>para o Reino Eterno de Cristo (que é <i>o bendito mundo porvir</i>), peregrinação esta realizada através de uma especial estrada sob a jurisdição e poder do Eterno Rei Jesus. Frustrando as expectativas judaicas de um reino terreal e de libertação política, o primeiro advento de Cristo Jesus, e, portanto, a aurora da verdadeira <i>era messiânica</i>, revelou ante toda a humanidade a Graça de Deus (que outrora estava oculta nas sombras da igreja judaica), e o fez, não na figura de um libertador regendo suas milícias e coortes, mas na pessoa do servo sofredor que foi <i>moído pelas nossas iniqüidades para nos libertar do domínio do pecado e sobre quem o castigo que nos traz a paz foi lançado.</i> Esta revelação é a base da nossa Fé e, portanto, a matéria com a qual o Espírito opera nosso novo nascimento, o que nos conduz, pela Graça, segundo a Palavra do Evangelho e a obra do Espírito, às boas obras de gratidão ao nosso amado Salvador, as quais são uma prévia e uma comprovação de nossa sublime chamada e viagem rumo ao <i>mundo porvir.</i> Mundo que se revelará plenamente quando nosso Senhor vier em seu segundo advento, aperfeiçoando a ainda imperfeita visão daquilo que, no entanto, <i>já perfeitamente possuímos, um mundo no qual já fomos plenamente inseridos, e no qual já habitamos em glória, a direita de Deus, em Cristo [Colossenses 2:19; 3:1-4]. </i>Em Seu estado de humilhação, no primeiro advento, Cristo veio trazendo o anúncio da salvação aos pecadores; em Seu estado de glória, no segundo advento, Cristo virá completando a salvação dos eleitos e a redenção da Criação, ressuscitando os mortos e transformando-nos segundo a glória de Seu ser. No primeiro advento, a fundação da Igreja Neotestamentária foi lançada tendo Cristo como a pedra basilar; no segundo advento, o edifício da Igreja de todos os séculos se completará e Cristo, a pedra angular, será posto sobre ele por coroa e sustentáculo <i>[Atos 4:11]</i>. Nesta tensão – repito – o Cristão encontra firme base para sua Esperança, fazendo a progressiva passagem da certeza da obra realizada por Cristo para a certeza e apropriação da promessa e herança eterna, aguardada – de tal modo que o conflito com o pecado e a corrupção atual presta solene testemunho da nossa maior ambição e desejo, a saber, a perfeição da glória prometida. Se nos falta o anseio desta glória, nos falta o alvo da caminhada; igualmente assim vagaremos perdidos e desorganizados, como indivíduos comprometidos somente com suas próprias experiências; se nos falta o anseio desta glória, nos falta o sentido de Igreja, de corpo unido e predestinado ao mesmo fim. Se, por outro lado, nos falta a certa compreensão do primeiro advento, comprometemos a apreensão da segurança de nossa salvação e poder que, pelo Espírito, provém daí para entregar-se por Cristo e cumprir a Vontade dAquele que nos envia como mensageiros de Seu Reino ao <i>presente e condenado mundo. </i>Tanto o <i>premilenismo </i>(em toda as suas vertentes, mas especialmente na vertente dispensacionalista), quanto as escatologias modernistas, liberais ou excessivamente alegóricas, roubam do Cristão o equilíbrio que a Fé Histórica e Bíblica nos dá, equilíbrio que permite contemplar tanto a presente vitória de Cristo, quanto o crescimento do Reino de Deus, de glória em glória, até a plenitude da glória no segundo advento. Esta Esperança e compreensão impulsionou os grandes missionários da História a sacrificarem tudo o que possuíam por amor e intenso desejo de que logo a vitória de Cristo fosse manifesta ao mundo e que Ele retornasse para estabelecer com Sua Igreja o Seu Reino eterno e fazer visível toda a maravilhosa graça que habita os <i>novos céus e nova terra </i>(os quais Cristo fez nascer na consumação da Sua humilhação). Relembrando a preciosa herança dos puritanos escoceses (a qual também nos foi legada por Robert Kalley), ouçamos a um de seus gigantes, Samuel Rutherford, o qual expressa com grande iluminação do Espírito o anseio pela glória que a sã escatologia bíblica faz brotar na alma do crente:</span></p> <p style="color: rgb(0, 0, 0);" align="justify"><span style="font-size:100%;">“<i>Ó, quando iremos nos encontrar? Quão longe está ainda a aurora do dia de nosso casamento? Ó doce Jesus, dê passos largos! Meu Senhor, venha sobre as montanhas com um amplo caminhar! Ó, meu Bem-Aventurado, fuja como um gamo ou um jovem cervo sobre os montes da separação. Ó, se Ele desejasse dobrar os céus conjuntamente como uma velha capa, e tirar com uma pá o tempo e os dias removendo-os do caminho, e fazer disposta a se apressar a esposa do Cordeiro para seu marido! Céus, mais rápido! Tempo, corra, corra e traga logo o dia do casamento; pois o amor se atormenta com as esperas! Veja o leste: o céu da manhã está surgindo. Não pense que Cristo perdeu a hora, ou se arrasta inadequadamente. A noiva do Senhor estará de pé ou deitada, sobre as águas, a nadar ou mesmo sob as águas, afundando, até que seu soberano e poderoso Redentor e Marido faça-se ver através dos céus, e venha com sua límpida coorte para desembaraçar todos estes argumentos, e dar a eles a longamente aguardada herança.”</i></span></p> <p style="color: rgb(0, 0, 0);" align="justify"><span style="font-size:100%;">Note que o amado puritano Samuel Rutherford, poeticamente, expressa a mesma doutrina que temos aqui exposto, o que se pode notar por:</span></p> <p style="margin-left: 1.27cm; text-indent: -0.64cm; color: rgb(0, 0, 0);" align="justify"><span style="font-size:100%;">1) Há uma considerável distância entre o <i>agora </i>e o <i>segundo advento</i>, a qual podemos perceber pela maneira como ele roga para que Cristo se apresse e transponha grandes distâncias e remova dias e tempos de seu caminho, bem como pela maneira como afirma que não devemos pensar que Cristo demora, mas devemos compreender Sua longanimidade;</span></p> <p style="margin-left: 1.27cm; text-indent: -0.64cm; color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-size:100%;"><i>2)</i><i> </i>Há um dever implícito, toda vez que se fala da volta de Cristo, e este dever é que <i>a noiva, (ou seja a Igreja de Cristo), se apresse e diligentemente se ponha a serviço de Seu mestre; </i></span></p> <p style="margin-left: 1.27cm; text-indent: -0.64cm; color: rgb(0, 0, 0);" align="justify"><span style="font-size:100%;">3) A Igreja passará por muitos percalços, em algumas épocas em grande e visível vitória e outras em dificuldades; porém, quando Cristo vier, a História será encerrada, a epopéia da Igreja chegará ao fim e os crentes receberão, de imediato, sua incorruptível herança.</span></p> <p style="color: rgb(0, 0, 0);" align="justify"><span style="font-size:100%;">Destarte, tendo conosco John Owen, João Calvino, Jonathan Edwards e Samuel Rutherford, dentre alguns dos Santos que Deus proveu como professores para a Igreja - sem contar com todos aqueles que elaboraram conjuntamente as Confissões de Westminster e Savoy - reafirmamos o que a Escritura diz: a volta de Cristo é impendente, porém não imediata; ela não foi esperada pelos Apóstolos para o primeiro século (exceto, talvez, antes da descida do Espírito Santo, quando seus olhos ainda permaneciam semicerrados para muitas das Verdades do Novo Testamento) e constantemente, ainda que com mais clareza no Novo Testamento, foi anunciada como sendo precedida por certos eventos, o que poderemos observar ainda nos vários textos da Escritura que examinaremos nesta e nas futuras edições do Jardim Clonal, com a Graça de Deus. </span></p> <p style="color: rgb(0, 0, 0);"> </p> <p style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-size:100%;"><b>A Escatologia no Discurso de Cristo Jesus no Monte das Oliveiras</b></span></p> <p style="color: rgb(0, 0, 0);" align="justify"><span style="font-size:100%;">Quando nos voltamos ao estudo desta porção das Escrituras, se mantivermos em mente aquelas regras da correta interpretação da Bíblia que foram honradas por muitos séculos na antiga Escola Teológica de Antioquia (localizada na Síria e fundada no início do século IV), revividas na Reforma Protestante e exaltadas pelos Puritanos (regras estas conforme delineamos nas edições passadas do Jardim Clonal), então nos ateremos ao sentido histórico e gramatical do texto e respeitaremos o que a própria Escritura nos indica sobre o significado do mesmo. Seguindo esta piedosa regra de interpretação evitamos o erro que recaiu sobre a escatologia rabínica dos Judeus da época de Cristo - o erro de achatar a perspectiva profética da Escritura e imaginar uma total separação entre <i>a presente era </i>e a <i>era porvir, </i>como se o advento do Messias levasse imediatamente ao estabelecimento de um glorioso reino o qual, para os Judeus, era uma sublimação da <i>presente era</i>. A Escritura, no entanto, apresenta-nos uma <i>era porvir </i>e um <i>reino messiânico </i>que se desdobram em uma corrente perspectiva profética desde o Éden, em sucessivas e maiores revelações de Deus em Cristo, assim como uma sucessiva e crescente maturidade da Igreja. Na Escritura, o esquema escatológico que relaciona a <i>presente era </i>e a <i>era porvir </i>não é um esquema de extremos opostos ou de um cataclísmico fim do mundo; na Escritura, a <i>economia de Deus </i>se desdobra sobre si mesma como um telescópio que se abre, conjunto de lentes por conjunto de lentes, até que a visão através dele seja nítida o suficiente para permitir a chegada ao desejado porto seguro. Aqueles de nossos dias que se apresentam sob o nome de Igreja, não atentam para a promessa da glória em Cristo, para a constante edificação que Ele tem feito de Sua Igreja verdadeira desde a fundação do mundo. Isto tudo poderemos observar no texto paralelo do Discurso Escatológico em Mateus 24, Lucas 21 e Marcos 13. </span></p> <p style="color: rgb(0, 0, 0);"> </p> <p style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-size:100%;"><b>Introdução ao Discurso do Monte das Oliveiras</b></span></p> <p style="color: rgb(0, 0, 0);" align="justify"><span style="font-size:100%;">Um dos principais eixos que dá sentido e faz a ligação entre o Discurso do Monte das Oliveira nos Evangelhos é o versículo que diz a respeito do suntuoso Templo: “<i>Não ficará pedra sobre pedra que não seja derribada” [Marcos 13:2; Mateus 24:2; Lucas 21:6]. </i> A importância desta passagem no contexto deste Discurso de nosso Senhor é a de que aqui está o primeiro indício da temporalidade do que se seguirá, indício tão importante que, como um indicador da doutrina a ser tratada é lançado logo na introdução de seu sermão. Ora, sabemos da história que esta é uma clara referência ao ano de 70 d.C., quando os Romanos, com seus exércitos idólatras e cruéis, marcharam sobre Jerusalém e destruíram a cidade e o Templo com tanta violência que os homens daqueles dias afirmaram que era como se jamais tivesse existido uma civilização ali. Veja, prezado leitor, que isto é algo notável – quantas grandes obras, muito menores, entretanto, que aquele Templo, ainda hoje permanecem de pé ou, ao menos, permanecem como ruínas? O Parthenon, as Pirâmides do Egito e os Templos Maias viram tantas mais guerras que o Templo de Jerusalém e em nada se comparam à sua poderosa estrutura, entretanto estes permanecem de pé enquanto nem o alicerce pode ser encontrado. O Templo de Jerusalém foi construído no ápice da riqueza e influência de Herodes, como prova do poder e prosperidade romanos, e fora construído de tal forma que era, ao mesmo tempo, em conjunto com os seus arredores, uma verdadeira cidadela e fortaleza e uma obra de beleza arquitetônica ímpar – fora edificado com grandes pedras do melhor mármore verde e branco (diz-se que algumas pedras tinham até 20 metros de comprimento), trazido da capital do Império especialmente para sua construção, tendo muros esculpidos como imitações das ondas do mar – uma visão impressionante <i>[Marcos 13:1; Lucas 21:5]. </i>Ademais, a forma de construção do Templo, se relaciona com a forma do Tabernáculo mosaico e, intenta reproduzir em si, por seus múltiplos compartimentos e diversas estruturas, enfeites e utensílios, representando em si a Criação, como se o Templo mesmo fosse um sinal e uma miniatura do Universo – uma parte denotando os mares, a qual representa também os prosélitos e servos gentios; outra, mais interna, representando a terra, e nisto a Aliança de Deus com os israelitas; e outra, ainda mais interna (chamada Santo dos Santos), na qual o Sumo-Sacerdote penetrava uma vez por ano para fazer expiação por todo o povo, representando a habitação de Deus em Glória nos céus. Não é, portanto, sem motivo que os discípulos incitaram Cristo Jesus a falar sobre a “glória” do Templo, conforme costumeiramente os Rabis faziam nos sermões nos quais discursavam sobre a certeza da presença de Deus com o povo judeu fazendo longas analogias sobre a organização, os serviços e a construção do Templo – para os Judeus o Templo era o sustentáculo da Criação e o centro do Universo. Entretanto, ouviram do Senhor <i>que o Templo seria totalmente devastado e destruído </i>– um anúncio de tão grande Ira Divina que se assemelha aos julgamentos lançados sobre as nações pagãs do Velho Testamento. Logo, a partir desta introdução o Senhor mesmo dá Seu sermão e já podemos vislumbrar que o assunto do mesmo é a <i>quebra dos ramos infrutíferos daquela oliveira da qual o Senhor, por séculos, estava cuidando [Romanos 11:19; Mateus 3:10]</i> – era o julgamento de Deus sobre a apóstata nação judaica do primeiro século <i>[Lucas 21:20].</i></span></p> <p style="text-decoration: none; color: rgb(0, 0, 0);"> </p> <p style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-size:100%;">Na próxima edição prosseguiremos a exposição do <i>Sermão Profético de Cristo</i>, mostrando a equilibrada compreensão destas profecias, que tem poder de expurgar de nossas mentes os erros do dispensacionalismo e futurismo e nos reestabelecer naquela boa compreensão da Escritura que nos foi legada por aqueles santos homens do passado que permanecem em nossa constante lembrança e reconhecimento, como os já tão citados Jonathan Edwards, John Owen e João Calvino.</span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7082510166136551617.post-63126282354109052682010-02-11T11:42:00.003-02:002010-03-10T09:59:53.730-03:00Esperança em Tempos de Apostasia – Parte 7<p class="gtxtbody" style="text-align: justify;"><span style=";font-size:11pt;color:black;" >Na última edição vimos que São Pedro nos ensina que <i>nos últimos dias, </i>ou seja, no tempo de estabelecimento do Reino de Cristo, <i>os céus e a terra antigos seriam substituídos por novos céus e nova terra</i> e <i>os rudimentos do mundo seriam derretidos –</i> o que significava dizer que <i>a ordem religiosa e política Judaica seria substituída pelo vero Reino de Deus e que o tempo da Velha Aliança havia chegado ao fim</i>. A base desta afirmativa do Apóstolo está no Livro do Profeta Isaías, Capítulo 65, o qual também é citado em outras partes do Novo Testamento com igual objetivo e contexto. Interessantemente, podemos notar que assim como ocorreu com o Capítulo 28 do Livro de Isaías, a profecia dos Capítulos 65 e 66 também possui uma série de tipos e sombras em seu cumprimento: tanto ela corretamente predisse o retorno de Isreael a sua própria terra após seu cativeiro (o que é um tipo <i>do Evangelho</i>), quanto ela prediz <i>especificamente as bênçãos da Igreja do Novo Testamento desde sua fundação até o dia do Juízo Final. </i>Os <i>céus e a terra se foram</i>, mas o Evangelho de Cristo jamais desvanecerá, nEle as <i>velhas coisas passaram e tudo se fez novo [2 Coríntios 5:17], novos céus e nova terra onde habita a justiça. </i>Em Cristo Deus recriou os <i>céus </i>reconciliando consigo homens que haviam sido destruidos pela rebelião do pecado, por estes homens Deus reconcilia consigo a terra e diz: <i>o mundo, a morte, a vida, as coisas presentes e as futuras, tudo é vosso e vós, de Cristo – eis que faço novas todas as coisas [1 Coríntios 3:22,23; Apocalipse 21:5]. </i>Em Cristo, na <i>nova Criação, o lobo e o cordeiro se alimentam juntos [Isaías 65:25], </i>enquanto os <i>inimigos de Israel somente podiam ser detidos pela força, </i>os ímpios e mesmo os inimigos da Igreja convivem com os Santos fazendo-lhes oposição mas sem lhes desejar a destruição –<i> qual é aquele que vos fará mal, se fordes zelosos do bem? [1 Pedro 3:13]; </i>e os Santos de Deus não precisam destruí-los, antes <i>zelam pelo bem deles<span style=""> </span>- se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça [Romanos 12:20]. </i>Na <i>nova Criação, o leão comerá palha como boi, </i>o homem mal será regenerado e sua natureza modificada de tal forma que é como se um leão deixasse sua natureza de predador para se tornar um animal do campo, e até mesmo o mais terrível leão, Satanás <i>[1 Pedro 5:8], foi acorrentado, limitado em sua antiga ferocidade [Apocalipse 12:9,20:1-3; Mateus 12:29; João 12:32; Colossenses 2:15]; e entregue a sua antiga condenação – pó será a comida da serpente. </i>Esta é a presente realidade da Igreja de Cristo, este é <i>o novo céu e a nova terra na qual nós habitamos. <o:p></o:p></i></span></p> <p class="gtxtbody" style="text-align: justify;"><span style=";font-size:11pt;color:black;" >Agora, afaste-se um pouco da cena que enfocamos, ajuste a visão e contemple a poderosa mão de Deus que rege não só a História Universal, como a particular história de cada um de nós: fomos escolhidos desde a Eternidade no Pacto do Supremo Conselho do Deus Triúno; fomos justificados no tempo quando o Espírito cravou em nosso coração o amor de Cristo pelo que Ele fez por nós; somos santificados conforme o Espírito Santo opera em nós a Palavra de Cristo pelos meios que Ele escolheu para distribuir Sua Graça; e, finalmente, seremos glorificados quando nEle formos ressurretos no dia final - nosso amado Senhor Cristo Jesus é o poder e a causa desta maravilhosa Salvação que recebemos pela Graça de Deus. Ele a opera eficazmente em nós conforme Seu plano perfeito; nEle a Criação decaída em Adão é restaurada, nEle as profecias messiânicas se cumprem majestosamente. Contemplá-lO verdadeiramente somente pode redundar em adorá-lO verdadeiramente, compreender Seu poder só pode nos fazer curvarmo-nos com reverência e<span style=""> </span>bendizê-lO! Glorificado seja o Misericordioso e Justo Deus que nos amou quando ainda éramos pecadores, que amou o <i>cosmos </i>e deu Seu único filho para redimí-lo, que contempla Seu Povo na pureza do imaculado Cordeiro! E como se admira o Santo Apóstolo Pedro ao vislumbrar a glória de Cristo em nós, o futuro da Igreja após a destruição de Jerusalém, como se admira da incomparável obra de Cristo! São Pedro então exclama: <i>que tipo de pessoas, quão santos e piedosos, nós seremos quando todas estas coisas ocorrerem? [2 Pedro 3:11].</i> Que <i>tipo de pessoas, quão santa e piedosa a Igreja de Cristo, será em sua maturidade! </i>Após lançado o firme fundamento dos Apóstolos e Profetas, sobre a preciosa pedra de esquina que é nosso Senhor e Salvador. Oh, quando isto ocorrer, <i>quão grandiosa e quão perfeita será a Igreja de Cristo! </i>Contemplar esta <i>glória futura</i> faz São Pedro repetir no versículo <st1:metricconverter st="on" productid="12 a">12 a</st1:metricconverter> profecia do Juízo de Deus para, então no versículo 13, demonstrar <i>quão glorioso é o futuro da Igreja – ela é os novos céus e nova terra onde habita a justiça. <o:p></o:p></i></span></p> <p class="gtxtbody" style="text-align: justify;"><span style=";font-size:11pt;color:black;" >Ora, amados irmãos, percebamos que Jerusalém <i>já caiu há quase dois milênios. </i>O vislumbre que São Pedro teve dos <i>novos céus e nova terra </i>é, para nós, presente. Nós <i>somos novo céu e nova terra </i>reitero, as coisas velhas passaram <i>[2 Coríntios 5:17; Hebreus 12:26:28]. </i>Temos sido coerentes com isto? Podemos <i>nós </i>afirmar que <i>habita a justiça em nosso meio? </i>Somos <i>tais que nossa piedade e santidade </i>são coerentes com <i>a Jerusalém Celestial, </i>nossa vera pátria, e não somente<i> um pouco melhor do que o mundo ao nosso redor? </i>Ah, irmãos, oremos ao nosso Senhor para que Ele nos faça ver a manifestação desta santidade e piedade para as quais a Igreja foi comprada por Cristo, e nas quais devemos nos <i>empenhar para sermos achados nelas</i> <i>[2 Pedro 3:14]. </i>Não há descanso para cada um de nós, não há descanso para a Igreja até que sejamos <i>achados por Cristo </i>sem mácula e irrepreensíveis <i>[2 Pedro 3:14].<o:p></o:p></i></span></p> <p class="gtxtbody" style="text-align: justify;"><i><span style=";font-size:11pt;color:black;" ><br /></span></i><b><span style=";font-size:11pt;color:black;" >Não sobrou nada para o futuro?<o:p></o:p></span></b></p> <p class="gtxtbody" style="text-align: justify;"><span style=";font-size:11pt;color:black;" >Se nós somos o <i>novo céu e a nova terra</i>, o que restou para o futuro? A resposta, de certa forma, já foi dada: resta a glorificação, resta a total Redenção que ainda não se operou. Nós somos os<i> primeiros frutos </i>do <i>novo céu e da nova terra, </i>portanto<i>, já não somos deste mundo, </i>mas sim do vindouro. O Profeta Isaías, no capíulo 66, nos versículos finais, mostra o crescimento da amplitude dos <i>novos céus e nova terra até a eternidade. </i>No penúltimo versículo deste Capítulo, toda a Criação aparece Redimida e no último versículo os ímpios estão eternamente condenados ao Inferno. Da mesma forma, na Segunda Epístola de São Pedro e no Capítulo 28 de Isaías, o uso de termos que <i>poderiam significar um julgamento de maiores proporções </i>prefigura o que ocorrerá no <i>fim dos tempos</i>. Assim, é lícito compreender que, da mesma forma como, com a proximidade do <i>Juízo sobre Jerusalém, </i>os Cristãos foram exortados a <i>apressarem a vinda do Juízo (</i>ao se santificarem e trabalharem para que aqueles que ainda haviam de se arrepender chegassem verdadeiramente à Fé), com a proximidade do <i>Juízo Final, </i>os Cristãos estão exortados a <i>apressarem a volta de Cristo </i>(santificando-se e trabalhando para que aqueles que ainda hão de se arrepender cheguem a verdadeira Fé). No Capítulo 66 do Livro do profeta Isaías, assim como na Segunda Epístola de São Pedro, isto é representado pela longanimidade de Deus, pela transtemporalidade de Deus e pelo desejo que Ele expressa de que todos os eleitos sejam Salvos. Em Isaías vemos todas as nações dos gentios vindo ao Senhor e vemos os gentios se empenhando em levar o Evangelho aos outros povos <i>[Isaías 66:19] </i>e também aos Judeus <i>[Isaías 66:20]</i>, para que em todas as nações e línguas haja uma Igreja Santa e Pura, dando testemunho da Glória do nosso Senhor. Este caráter <i>parcial </i>da Redenção, que primeiro se manifesta na <i>conversão dos homens </i>e depois nos atos destes e, conseqüentemente, na Igreja que eles edificam, explica o porquê das profecias do Velho Testamento misturarem a promessa de bençãos terreais com a promessa de bençãos eternas – <i>a Igreja não está fisicamente fora do mundo, mas espiritualmente está. </i>Fisicamente sofremos as aflições da terra decaída, mas espiritualmente <i>já </i>nos assentamos com Cristo em lugares Celestiais. Esta realidade espiritual, como comentamos na última edição, invade o tempo pouco a pouco, conforme cada <i>novo Juízo de Deus</i> destrói as manifestações corruptas do mundo e faz a Glória de Cristo ser vista mais claramente. Pouco a pouco, Deus opera grandes Providências para Seu povo; pouco a pouco, o cetro com que Cristo rege todas as nações se torna mais visível; pouco a pouco, toda a Terra é modificada pelo Evangelho e a <i>batalha final se aproxima. </i>Enquanto todas as nações não se renderem ao Evangelho, <i>há firme razão para esperança de que o cetro de Cristo despedaçará os atuais apóstatas revelerando Sua glória com mais poder ao mundo e conquistando mais e mais povos para serví-lO. </i>Tanto mais se aproxima este Dia, maior é o dever da Igreja Fiel em ser achada em paz e sem contaminações. Como nosso Senhor prescreveu o dever e, na boca dos Profetas, disse que isto assim se sucederia, podemos considerar que tanto mais se aproxima este Dia, mais a Igreja Fiel será, pela Graça de nosso Senhor e pela ação do Seu Espírito na habitação da Palavra, achada pura e obediente em todas as coisas. Ah, quão grande a esperança que temos então, na Glória futura da Igreja, no progresso futuro do Evangelho e quão grande emergência e anseio temos em nos empenharmos nesta tarefa de reformarmos a Igreja e direcionarmos nossa alma para toda sorte de deveres piedosos e santos que sejam conforme a Vontade de nosso Senhor para o Seu povo e o poder dAquele que opera em nós.<o:p></o:p></span></p> <p class="gtxtbody" style="text-align: justify;"><span style=";font-size:11pt;color:black;" >Para finalizar esta edição, evoco três testemunhos da História da Igreja. Vejamos o que o <i>grande reformador João Calvino </i>afirmou sobre a presente realidade e crescimento do reino previsto pelo profeta Isaías:<o:p></o:p></span></p> <p class="indent" style="text-align: justify;"><i><span style=";font-size:11pt;color:black;" lang="EN-US">“ A Jerusalém que é de cima é livre e é a mãe de todos nós. Nas graças e confortos os quais os crentes tem em e de Cristo, nós devemos esperar estes novo céu e nova terra. É no Evangelho que as coisas velhas passaram e tudo se fez novo .. as novas coisas as quais Deus cria em e por Seu Evangelho são e serão matéria da alegria perene de todos os crentes. A igreja será a matéria de sua alegria, tão prazeirosa, tão [espiritualmente] próspera será sua condição ... Deus não só se alegrará no bem-estar da igreja, mas irá ele mesmo se alegrar em fazer-lhe o bem e em descansar no amor que tem por el<a name="_Zeph_3_17_0_0">a</a> [Zacarias 3:17] ... Todos os inimigos da igreja de Deus, que são sutis e venenosos como serpentes, serão conquistados e<span style=""> </span>subjugados, e lhes será feito lamber ao pó, Cristo reinará como Rei na Sua Sião, que é a Sua Igreja, até que todos os inimigos de seu reino sejam postos por escabelo de seus pés, e também uns dos outros.”<o:p></o:p></span></i></p> <p class="gtxtbody" style="text-align: justify;"><span style=";font-size:11pt;color:black;" >Um dos maiores teólogos de todos os tempos, o Puritano <i>Jonathan Edwards</i>, em perfeita sintonia com Calvino, disse:<o:p></o:p></span></p> <p style="text-align: justify;"><i><span style=";font-size:11pt;color:black;" lang="EN-US">“Os céus e a terra começaram a tremer, caminhando para sua dissolução [na Igreja Neotestamentária], de acordo com a profecia de Ageu, pouco antes de Cristo vir ao mundo, de tal modo que somente aquelas coisas que não podem ser abaladas permaneçam, ou seja, que aquelas coisas que tem fim cheguem ao fim, e que apenas permaneçam aquelas coisas que durarão toda a eternidade. Então, em primeiro lugar, as ordenanças carnais da adoração Judaica chegaram a um fim, para brir caminho para o estabelecimento da adoração espiritual,a adoração de coração, a qual perdurará toda a eternidade. Este é um exemplo do mundo temporal chegando ao fim e do início do mundo eterno. Então, depois disto, o templo externo e a cidade externa de Jerusalém, chegaram ao fim, para dar lugar para o templo espiritual e a cidade espiritual, que durarão pela eternidade”<o:p></o:p></span></i></p> <p class="gtxtbody" style="text-align: justify;"><span style=";font-size:11pt;color:black;" >Por fim, o Puritano <i>John Owen</i>, um dos maiores<i> exegetas </i>da Igreja, traz sua voz na <i>Declaração de Savoy </i>(que é a principal <i>Confissão de Fé Congregacional</i>):<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i><span style=";font-size:11pt;color:black;" lang="EN-US"><br />“Como o Senhor, em Seu cuidado e amor em relação a Sua Igreja, tem, em Sua infinitamente sábia Providência, exercido este amor e cuidado de diferentes maneiras em todos os séculos, para o bem daqueles que O amam, e para Sua própria glória; enão, de acordo com Sua promessa, esperamos que nos últimos dias, a medida que for se realizando a derrota do AntiCristo, a conversão dos eleitos dentre os Judeus, e a quebra dos adversários do reino de Seu amado Filho; com as igrejas fiéis a Cristo ampliando seu alcance, e sendo edificadas através de uma livre e abundante comunicação da Luz e da Graça, então, as igrejas gozarão neste mundo de uma condição mais quieta, pacífica e gloriosa do que dantes experimentaram”<o:p></o:p></span></i></p> <p class="MsoNormal" style=""><span style=""><o:p> </o:p></span></p> <p class="gtxtbody" style="text-align: justify;"><span style=";font-size:11pt;color:black;" ><o:p> </o:p></span></p> <p class="gtxtbody" style="text-align: justify;"><span style=";font-size:11pt;color:black;" ><o:p> </o:p></span></p> <p class="gtxtbody" style="text-align: justify;"><span style=";font-size:11pt;color:black;" >Seja, portanto, exaltado e louvado nosso Senhor, que tem em Sua Igreja <i>o Seu Santo Monte, </i>onde habita em Glória inefável, <i>Sua nova Criação </i>a qual <i>permanece geração após geração e jamais será abalada [Isaías 65:25]. </i>Temamos o Nome do Grande e Santo Deus que tem chamado, por Sua Graça sobrexcelente, a<i> Igreja Kalleyana </i>para ser depositária da<i> Fé Cristã Histórica</i> de homens como Calvino e os Puritanos.Temamos e lutemos pela Reforma em nosso meio, para que vivamos conforme a Escritura em todas as coisas, sendo agradáveis a Deus em Cristo – tenhamos firme propósito e abençoada esperança de que o futuro da Igreja, conforme a promessa e a eficácia de nosso Senhor, é a Sua Glória; não precisamos fugir do confronto com o mundo e <i>nos refugiarmos na estranha expectativa da saída de emergência chamada Arrebatamento, </i>antes podemos confiar que a batalha não é nossa, mas de Deus mesmo, e que em lugar de retirar o Seu povo da terra para que ele não sucumba, nosso Senhor nos guiará até o Dia Final em inabalável certeza de Fé para <i>cumprir em nós seus desígnios de que haja uma igreja santa e uma para pregar o Evangelho em todo o mundo e fazer discípulos em todas as nações, antes que Ele volte para julgar os vivos e os mortos e encerrar a História da Redenção.<o:p></o:p></i></span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7082510166136551617.post-10695975039987557272010-02-11T10:54:00.001-02:002010-03-10T10:00:21.385-03:00Esperança em Tempos de Apostasia – Parte 6<p class="body" style="margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="font-size:11pt;">Estivemos observando, nas Edições passadas, a maneira como o Dia do Senhor, anúncios de grande destruição e da chegada dos últimos dias estão conectados nas profecias do Velho Testamento e são aplicadas pelos autores inspirados do Novo Testamento em relação aos seus próprios dias <i>[Joel 2:1; Atos 2:17; Deuteronômio 32:22; Hebreus 12:26; Isaías 65:17; Isaías 66:21,22; 2 Pedro 3:13]. </i>Observamos também que o cumprimento especifico destas profecias se deu nos dias dos Apóstolos, mas que as conseqüências dos maravilhosos eventos daqueles dias não foram ainda totalmente manifestas. É como quando uma grande bomba explode: primeiro a luz é percebida, então o impacto da massa de ar deslocada é sentido, depois o calor e a energia em si atinge os arredores e, por último, após o assentar da poeira, pode-se perceber qual foi a conseqüência daquele ataque. Nosso Senhor ao adentrar a História (ainda sendo Eterno); ao nascer (permanecendo sem começo); ao sofrer (mesmo Todo-Poderoso); ao morrer (contudo sustentando tudo o que vive); ao ressuscitar em Glória (contudo habitando sempre em Glória inefável) e ao enviar Seu Espírito Santo (para chamar para si pecadores) - nosso Senhor, ao assim revelar-se (no seu Ser Incompreensível) causou um impacto tão poderoso na Criação que toda a história da Igreja até hoje não foi mais do que o vislumbrar da luz e o sentir dos primeiros impactos da explosão. Ainda havemos de esperar que todo o efeito da primeira Vinda de Cristo seja visível para que, no abaixar da poeira, contemplemos plenamente o que <i>já foi feito</i> e <i>já nos foi dado</i> nEle.<o:p></o:p></span></p> <p class="body" style="margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="font-size:11pt;">E é neste<span style=""> </span>ponto que retomamos nossa exposição da Segunda Epístola Universal de São Pedro.<o:p></o:p></span></p> <p class="body" style="margin-top: 0cm; text-align: justify;"><b style=""><span style="font-size:11pt;">De volta ao Capítulo três da Segunda Epístola de São Pedro<o:p></o:p></span></b></p> <p class="gtxtbody" style="text-align: justify;"><span style=";font-size:11pt;color:black;" >No início da Edição 19, vimos que os Cristãos Judeus enfrentavam muitas e árduas dificuldades. Dois dos quatro pontos que listei tinham uma origem em comum, e os outros dois tinham um pilar em comum. Ocorre que esta origem e este pilar eram, na verdade, uma mesma causa: o <i>J</i><i style="">udaismo</i> anti-Cristão (as seitas dos <i style="">judaizantes </i>e dos <i style="">libertinos - </i>dentre os quais havia tanto <i>herodianos,</i> quanto <i>helenistas diversos</i> e, até mesmo, um grupo de <i>zelotes -</i> além dos seus próprios parentes, <i style="">fariseus, saduceus e de outras seitas judaicas, </i>em conjunto com as forças políticas de Jerusalém pressionavam os Cristãos Judeus para que estes deixassem a Cristo e voltassem a religião tradicional da sua etnia). Sim, por mais estranho que possa parecer para nós, os <i style="">libertinos </i>e até mesmo os <i style="">guerrilheiros </i>eram bem tolerados entre a nação de Israel, enquanto os Cristãos sofriam todo tipo de sanção e vexame, principalmente por parte dos poderes <i style="">farisaicos </i>e <i style="">herodianos.</i> Na Epístola aos Hebreus vemos esta perseguição, estas sanções e todas as alegações dos Judeus: eles acusavam os Cristãos de não terem templo, de não terem sacerdócio, de não terem nação. Em face a todos estes enfrentamentos os Cristãos advertiam - conforme a própria Epístola aos Hebreus anuncia - que Cristo Jesus <i style="">iria tomar vingança e dar a paga a iniquidade de Israel</i>,<i style=""> </i>assim como Ele <i style="">voltaria para tornar visível a Sua Glória em todo o mundo e dar fim à História [Hebreus 6:1-12;10:25-39;9:28]. </i>Esta é a origem da zombaria de que nos fala o Apóstolo Pedro. Os Judeus - <i style="">libertinos, judaizantes, zelotes, fariseus e herodianos - </i>que governavam a religião e o Estado na Judéia, desafiavam os Cristãos dizendo que a <i style="">vingança sobre Jerusalém </i>e a <i style="">volta de Cristo </i>eram apenas fábulas, e que Cristo, portanto, não era Salvador suficiente para suas almas; note que a insistência do Santo Apóstolo a respeito de relembrar as Palavras de Cristo e dos Profetas se justifica também nisto: que o conhecimento do Discurso Escatológico de Cristo e das Profecias veterotestamentárias nas quais ele estava baseado era necessário para desfazer esta confusão entre a expectativa de <i style="">um reino visível de um messias político</i> e o <i style="">reino invisível do Messias espiritual. </i>Os escarnecedores diziam: <i>já passou muito tempo e estamos no ano 68; os primeiros Cristãos, os pais desta seita, já morreram e o Judaismo tem progredido, o Templo continua de pé, pedra sobre pedra, e seu Cristo não voltou para reinar! Tudo permanece como desde o início da Criação, e as nações continuam na sua impiedade! Onde está o reino do Messias, onde está o cumprimento das Profecias?</i> <i>[2 Pedro 3:4] </i>O Santo Apóstolo porém, nos ensina que este escárnio é fruto do amor pelas trevas que jaz no coração dos ímpios e que os faz forçosamente ignorar o Poder e a Soberania do Deus Todo-Poderoso, que pela Palavra, que é Cristo, criou os céus e a terra, assim como os fez perecer <i>[2 Pedro 3:5,6]. </i>O Senhor os advertiu pela pregação de Noé, mas os ímpios de seu tempo amaram os pecados e a terra em que viviam, recusando-se a deixar tudo e adentrar, pela Fé, à arca. Esta mesma obstinação e ignorância repousava agora sobre Jerusalém, onde o pecado estava sendo abundante, mas a expectação do Dia do Juízo que estava por vir <i>[2 Pedro 2:9]</i>, ausente. Atentemos mais uma vez para o modo como o Apóstolo emprega suas palavras: há um contraste entre <i>o céu e a terra ... daquele tempo </i>(o tempo de Noé)<i> [2 Pedro 3:5,6] </i>e <i>os céus que agora existem [2 Pedro 2:7]. </i>Sabemos que não houve destruição ou mudança nos <i>elementos constitutivos </i>do céu ou da terra por causa do Dilúvio (não algo que possa ser comparado com a mudança que imaginamos ser causada pelo <i>fogo [2 Pedro 3:7] </i>com a qual efetivamente é comparada por São Pedro). O motivo de tal coisa é que aqui não está em vista a destruição<i> da matéria do céu ou da terra, </i>mas <i>um julgamento de Deus para destruição dos homens ímpios e para fazer calar os judeus inconversos [2 Pedro 3:7], </i>como se fora mais um Dia do Juízo tal houve sobre Sodoma e Gomorra, e de maneira semelhante à destruição da ordem social e religiosa, corrupta,<i> libertina, </i>hipócrita, que zombava da pregação de Noé <i>[2 Pedro 2:9;3:7] . </i>Um grande e único Juízo viria sobre Jerusalém, um evento de grande importância na História da Redenção, a saber, a retribuição de Deus sobre o povo que <i>mata os profetas e apedreja os que o Senhor lhe enviara [Mateus 23:37], </i>Jerusalém corrupta que <i>espiritualmente se chama Sodoma e Egito [Apocalipse 11:8]. <o:p></o:p></i></span></p> <p class="gtxtbody" style="text-align: justify;"><i><span style=";font-size:11pt;color:black;" ><br /></span></i><b><span style=";font-size:11pt;color:black;" >O Senhor não retarda a Sua promessa<o:p></o:p></span></b></p> <p class="gtxtbody" style="text-align: justify;"><span style=";font-size:11pt;color:black;" >Há aqui uma pausa no desenvolvimento do raciocínio do Apóstolo. Uma lição sobre a maneira como Deus rege seus julgamentos deve ser dada antes que ele prossiga. O intuito desta lição é prevenir os leitores da soberba; pois a soberba, como terrível mal da alma, pode tomar ocasião da bondade de Deus para fazê-los pecar. O pecado é <i>excessivamente maligno </i>e constantemente nos tenta a torcer as Escrituras para glorificar os ídolos do Velho Homem. Por isso, antes de prosseguir, o Santo Apóstolo exalta a Soberana Graça de Deus e humilha o homem, golpeando a nossa maligna natureza, ao explicitar que:<o:p></o:p></span></p> <p class="gtxtbody" style="margin-left: 36pt; text-indent: -18pt; text-align: justify;"><i><span style=";font-size:11pt;color:black;" ><span style="">1)<span style="font: 7pt 'Times New Roman';"> </span></span></span></i><span style=";font-size:11pt;color:black;" >O Deus Eterno é sobre e além do tempo, pois para Ele tanto 1000 anos são como 1 dia, quanto 1 dia é como 1000 anos <i>[2 Pedro 3:8];<o:p></o:p></i></span></p> <p class="gtxtbody" style="margin-left: 36pt; text-indent: -18pt; text-align: justify;"><i><span style=";font-size:11pt;color:black;" ><span style="">2)<span style="font: 7pt 'Times New Roman';"> </span></span></span></i><span style=";font-size:11pt;color:black;" >Não há limite para a realização daquilo que Deus anunciou; nada O impede de fazer cumprir aquilo que Ele mesmo determinou em Sua Palavra <i>[2 Pedro 3:9] ;<o:p></o:p></i></span></p> <p class="gtxtbody" style="margin-left: 36pt; text-indent: -18pt; text-align: justify;"><i><span style=";font-size:11pt;color:black;" ><span style="">3)<span style="font: 7pt 'Times New Roman';"> </span></span></span></i><span style=";font-size:11pt;color:black;" >Somente a longanimidade de Deus pela qual Ele mesmoo decretou a Salvação de muitos homens em toda o mundo e aguarda até que este número se complete, é a causa de que a Ira dEle não recaia, de imediato, sobre a humanidade e de que toda a História seja, desde já, encerrada <i>[2 Pedro 3:9].<o:p></o:p></i></span></p> <p class="gtxtbody" style="text-align: justify;"><span style=";font-size:11pt;color:black;" >Somente então, após esta exaltação da Majestade e Benignidade do Altíssimo, que São Pedro volta ao assunto que desenvolvia. Seu aviso principal chegou: <i>O Dia do Senhor virá como um ladrão para fazer passar a terra e as suas obras. </i>O Dia do Senhor, que profeticamente é um sinônimo de <i>últimos dias </i>(como vemos em <i>Atos 2:17</i> onde São Pedro chama de <i>últimos dias </i>o que o Profeta Joel, na passagem citada do Velho Testamento, chamou de Dia do SENHOR <i>[Joel 2:1]</i>). Neste tempo de Juízo e Restauração, neste evento onde a Glória de Cristo seria trazida mais claramente ao mundo do que em todos os o tempos anteriores, o Apóstolo nos diz que, assim como ocorreu com o Dilúvio, os <i>céus passarão [2 Pedro 3:10]. </i>Os <i>rudimentos do mundo </i>(em algumas traduções aparece a palavra <i>elementos – </i>a palavra grega original é<i> stoicheia </i>e sua tradução comum nos outros versículos onde aparece é <i>rudimentos), </i>são a forma de religião externa e supersiciosa judaica <i>[cf. Gálatas 4:3; Colossenses 2:20; Hebreus 5:12;6:1;9:14], </i>e esta mesma forma <i>será desfeita em brasas e derretida [2 Pedro 3:10;12], </i>caracterizando com detalhes uma profecia a respeito de como Jerusalém, e mais especificamente o Templo, seriam destruidos no ano de 70 d.C. <o:p></o:p></span></p> <p class="gtxtbody" style="text-align: justify;"><b><span style=";font-size:11pt;color:black;" >Novos céus e nova terra, nos quais habita a Justiça</span></b><i><span style=";font-size:11pt;color:black;" > <o:p></o:p></span></i></p> <p class="gtxtbody" style="text-align: justify;"><span style=";font-size:11pt;color:black;" >Santo Apóstolo, encerrando esta profecia cita, mais uma vez o Profeta Isaías, o qual anunciara o advento de <i>um novo céu e uma nova terra [Isaías 65:17;66:22]. </i>É muito comum ouvirmos que este termo se refere <i>somente à eternidade</i> ou que que se refere a um suposto <i>milênio de paz</i>. (A teoria do milênio é absurda demais para sequer ser refutada novamente - já o fizemos indiretamente nas Edições 16 e 17, e constantemente este assunto é tratado com detalhes nos estudos do <i>Pequeno Catecismo Congregacional Kalleyano</i>. Ademais, desde o século V o <i>milenarismo </i>foi condenado como <i>superstição judaica. </i>Portanto, vamos tratar diretamente do texto da profecia, sem nos determos na heresia <i>milenarista.</i>)<i> </i>Tanto a <i>eternidade </i>quanto o <i>milênio dispenscionalista, </i>são comumente situados como eventos que ocorrem <i>após a ressurreição dos mortos. </i>Vejamos, portanto, se as palavras de<i> Isaías </i>poderiam ser aplicadas ao tempo<i> pós-ressurreição: </i>nestes <i>novo céu e nova terra, </i>diz o Profeta Isaías, <i>morrer aos cem anos será morrer ainda cedo [Isaías 65:20]; casas serão edificadas e vinhas plantadas [Isaías 65:21]; não se trabalhará debalde nem se terá filhos para a calamidade [Isaías 65:23]; o lobo e o cordeiro pastarão juntos e o leão comerá palha como o boi [Isaías 65:25]. </i>Ora, estas coisas não são possíveis <i>na eternidade, após a ressurreição, </i>pois lá não haverá lobos, nem cordeiros, nem leões, nem se terá filhos na <i>eternidade, </i>muito menos se morrerá na <i>eternidade.</i> Nem podem estas coisas serem tidas como <i>tipos da eternidade</i>, pois nada há que as traduza no texto – o que é um perigoso pretexto para toda sorte de <i>alegorização.</i> Mas será que o texto nos conduz a uma compreensão mais plena? Vejamos o que mais o Profeta nos diz sobre <i>estes novos céus e nova terra:</i> t<i>odas as nações e línguas serão ajuntados para servir ao Senhor e pregar o Evangelho [Isaías 66:19], de Társis, Pul, Lude, Tubal e Javã até as terras do mar mais remotas [Isaías 66:20], de todas as nações serão feitos sacerdotes e levitas [Isaías 66:21]. </i>Agora temos expressões mais claras do que as do capítulo anterior, e que, igualmente não podem estar falando do tempo da <i>eternidade. </i>Vemos agora, contudo, que <i>também não é possível tratar-se </i>de qualquer outro tempo <i>pós-ressurreição, </i>pois<i> após a ressurreição </i>não poderia haver alguém que <i>jamais ouviu falar do Senhor [Isaías 66:19]. </i>Veja que exatamente os versículos de 19 até 21 são a chave para compreender os <i>novos céus e a nova terra -</i> o que está ali anunciado é claramente uma referência ao Reino de Cristo. Reino este que desponta, como os primeiros sinais do sol ainda pela madrugada, muito fraco e discreto, no nascimento de nosso Senhor; se torna um pouco mais visível em Sua pregação e ainda mais visível na Crucificação e mais na Ressurreição; mais ainda na Ascensão e na descida do Santo Espírito e, por fim, na destruição de Jerusalém, na completude do Cânon da Escritura e na disseminação do Evangelho em todo mundo pela Igreja uma vez já firmemente fundada. Este é o <i>novo céu e a nova terra </i>que São Pedro e os Cristãos a quem escreve esperavam para depois do<i> julgamento dos ímpios – uma nova Criação, a Redenção do Universo adquirida por Cristo na Eternidade e consumada em seu primeiro Advento, Redenção que pouco a pouco penetra o Tempo e restaura o Universo decaído através da manifestação de Cristo em nós [cf. 2 Coríntios 5:17; 1 Coríntios 15:45; Efésios 2:10; Romanos 8:18-25]. <o:p></o:p></i></span></p> <p class="gtxtbody" style="text-align: justify;"><span style=";font-size:11pt;color:black;" ><br />Quão admiráveis são os desígnios do Senhor, que nos ressuscitou pela Fé <i>[Colossenses 2:12] </i>e oculta nossa vida nEle, à direta de Deus Pai <i>[Colossenses 3:1-4]. </i>Em Cristo, Deus reconciliou consigo todas as coisas, quer sobre o céu, quer sobre a terra <i>[Colossenses 1:17-20] </i>pelo Sangue derramado na Cruz,<i> </i>para reunir nEle um povo santo e irrepreensível <i>[Colossenses 1:22], uma nova humanidade para glória do nosso Redentor [Gênesis 12:3; Zacarias 9:9-10; Efésios 3:5-6].</i> Façamos, pois, morrer a <i>nossa</i> <i>velha natureza</i>, e nos apresentemos em conformidade com tão maravilhosa Graça - a de sermos feitos <i>Nova Criação</i> em Cristo Jesus. Estejamos firmes na Palavra da Verdade, o Evangelho da nosso Salvação, edificados e confirmados na Fé e vivamos de modo digno do Senhor e para inteiro agrado do nosso Amado.<o:p></o:p></span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7082510166136551617.post-23620715697321878792009-12-09T14:12:00.005-02:002009-12-14T10:28:14.915-02:00Milagres! - Parte 1<!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} @page Section1 {size:612.0pt 792.0pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:36.0pt; mso-footer-margin:36.0pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--> <p class="MsoNormal" style=""><b>Um mundo científico e racional?<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Vivemos em uma época onde agrada aos homens classificarem-se como modernos, racionais e científicos. É uma época na qual todos pedem provas de tudo, onde todos querem explicações <i>racionais</i>. Seguindo o <i>espírito desta época,</i> muitos têm se voltado contra o Cristianismo, dizendo que a Bíblia não oferece provas suficientes, nem mesmo explicações <i>racionais </i>do que ela diz. Infelizmente, estas pessoas não percebem que a base deste pensamento a favor da <i>racionalidade </i>e a condição necessária para a existência de provas estão na<i> própria religião Bíblica </i>a qual tentam contradizer<i> – </i>fora da explicação bíblica que põe a causa da <i>racionalidade humana </i>na imagem de Deus impressa na alma do homem <i>[Gênesis 2:7], </i>não há sequer <i>racionalidade verdadeira </i>a qual se apegar.<i> </i>Na série <i>A Incapacidade Científica</i>, abordamos este assunto mais profundamente. Como pudemos aprender nesta já publicada série, é uma situação muito triste usar a base do pensamento Cristão (sem saber que se está fazendo isto), e tentar tornar esta mesma base de pensamento contra a própria Bíblia, sendo que esta é a sua origem. É triste e ridículo, porque mostra a fragilidade do indivíduo contemporâneo, mostra quão <i>grande é a sua ignorância ao mostrar-se arrogante e certo em uma discussão sobre um assunto que mal compreende. </i>Imagine como seria ridículo para um mecânico profissional ter de suportar os palpites de uma criança qualquer, com seus oito anos de idade, uma criança que nunca desmontou<i> nem seus carrinhos de brinquedo </i>mas que, por ignorância e imaturidade, teima em ter certeza sobre todos os detalhes do automóvel de seu pai (e isto, por causa de umas poucas palavras que <i>o próprio mecânico lhe dissera</i>)<i>. É exatamente</i> assim que o <i>espírito desta época</i> leva as pessoas a se portarem em relação à religião – sem nenhum conhecimento de Teologia e Filosofia, elas ousam discordar de grandes gênios da antigüidade (e de grandes gênios do último século também) e ousam <i>inventar suas próprias concepções religiosas, sem base alguma.</i> O que ocorreria se todos se portassem assim em relação à Biologia? Imagine quão bizarro ver homens falando: <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">- <i>Eu não acredito em células e mitocôndrias! Eu tenho estudado por minha conta, no meu tempo livre, os livros de segundo grau do meu filho e encontrei meu próprio conceito de Biologia com o qual eu tenho me sentido muito bem. Eu acredito até que exista um Sistema Nervoso, mas ninguém me convenceu que existam células. Decidi-me, inclusive, parar de tomar remédios feitos por médicos que crêem em células.<o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Qual a resposta que o <i>espírito moderno </i>inventou para este meu exemplo? Eles dizem: <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">- <i>Não. A Biologia não é assim porque é uma ciência. Mas religião não é ciência; a religião não é baseada em fatos, mas somente na fé. <o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Cuidado! Esta é <b>a armadilha</b><i> </i>do pensamento <i>viciado do modernismo e do pós-modernismo – </i>ele finge que não tem uma filosofia própria, finge que é <i>imparcial,</i> mas na verdade esconde a filosofia a que adere, esconde a <i>parcialidade com que o método científico pode ser usado </i>e com que estas idéias da<i> modernidade </i>foram concebidas<i>. </i>A Teologia e a Filosofia são ciências tão nobres e (apesar da redundância) tão científicas quanto a Biologia e a Matemática. Na verdade, sem Teologia e Filosofia não haveria Biologia nem Matemática, porque o <i>método científico em si, </i>assim como a forma da articulação das idéias e os pressupostos de todas as outras ciências, provém da Teologia e da Filosofia. Quando nos imaginamos no lugar daquele homem hipotético, que <i>tem a sua própria concepção de Biologia, </i>e<i> </i>quando repensamos o <i>espírito moderno </i>por este ângulo, percebemos que esta ideologia não é tão <i>racional e científica</i> assim. Claro, os defensores deste <i>espírito </i>repetem aquela mesma resposta que deram acima, eles a repetem levemente modificada: <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">- <i>Uma célula é objetiva, pode ser observada pelo microscópio, ninguém pode duvidar que ela exista! <o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Ao que, repondo: <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">- <i>Ela é objetiva para um observador informado, com o instrumento adequado. E, ainda assim, ela só é uma célula porque alguém a denominou assim. Para alguém que não tenha ou não esteja usando sua visão, ou para quem não tem ou não use um microscópio, ou para quem possui uma outra fonte de informações, a célula não é tão óbvia ou objetiva assim. Ademais, mesmo a observação da célula não prova nada exceto que a observação ocorreu. <o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Como foi explicado na série <i>A Incapacidade Científica, </i>o <i>método científico empírico </i>tem, <i>em si, </i>uma grande falha lógica. Por isso, muito me alegro que você, amado leitor, destacou-se da multidão <i>que caiu na armadilha do pensamento modernista </i>e começou uma jornada que pode levá-lo aonde você jamais imaginou: se você não desfalecer, nem desanimar, mas investigar tudo o que for apresentado aqui, com insistência e cuidado, você estará caminhando para conhecer ao Deus Criador do Universo, conforme Ele mesmo estará trazendo você à Verdade. Como diz a Escritura Sagrada: <i>quem de si mesmo ousaria aproximar-se de mim? [Jeremias 30:21].</i></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /><i><o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style=""><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style=""><b>Surge o Conflito<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Este mundo que se diz <i>racional e científico </i>(mas que em verdade não o é),<i> </i>encontra seus primeiros conflitos com a religião Bíblica quando, ao passar pelos textos da Escritura, se depara com o que chamamos de Milagre. A moral da Escritura é razoavelmente tolerada pelo mundo moderno, a sabedoria da Escritura é bem-vinda pelo mundo moderno, mas os Milagres da Escritura e a Soberania do Deus da Escritura são completamente rejeitados pelo mesmo mundo moderno. Do <i>faça-se a Luz </i>em Gênesis, passando pelo <i>nascimento virginal de Cristo </i>e estendendo-se até ao Apocalipse, o mundo não aceita quando a Escritura diz que Deus opera com a realidade da <i>maneira</i> <i>como Ele quer. </i>Por isso, o desejo comum deste mundo é cortar a Bíblia em partes, jogar fora as referências à Majestade de Deus fora, e usar a sabedoria e a moral bíblicas em proveito próprio. Porém a própria Escritura Sagrada não permite isto: <i>se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade santa e das coisas que se acham escritas neste livro [Apocalipse 22:19].</i> E, pelo contrário, a Escritura diz: <i>Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra<span style=""> </span>[2 Timóteo 3:16.17].</i> É, portanto, por causa daquela mesma ignorância, da qual já falamos, que um homem pensa que há algum sentido em aceitar as partes da Escritura que não apresentam Milagres (ou onde a Soberania de Deus não se mostra tão óbvia), enquanto rejeita as outras. Esta, contudo, não é uma ignorância desculpável e sem malícia, pois estas duas doutrinas que causam temor e rejeição são duas doutrinas poderosas – juntas, elas asfixiam até a morte o <i>espírito moderno </i>em todas as suas atuações; apagam, explicam e respondem todas as suas alegações. Perceba, por exemplo, que a Soberania de Deus (que é a justificação dos Milagres na Escritura) corta a raiz de todas as religiões <i>centradas no homem </i>e de todas as formas de pensamento <i>centradas no homem.</i> Como o <i>espírito moderno é totalmente centrado no homem,</i> o entendimento da Soberania de Deus desfere-lhe um golpe mortal.<span style=""> </span>Mas o que é a Soberania de Deus? É o ensino de que Deus é governante absoluto do Universo – Ele é a causa primária de tudo o que ocorre no <i>Cosmos</i> e o sustentador de todas as coisas. Nada acontece fora da Vontade de Deus e tudo o que Deus deseja, Ele faz. Esta afirmação – de que Deus é o governante absoluto de todas as coisas – causa dois conflitos específicos quanto ao <i>espírito moderno, </i>no deslocar do eixo da existência dos homens para Deus<i>:<o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">1) O <i>espírito moderno</i>, como já citei, em lugar de ser <i>imparcial e oposto à religião </i>como alega, na verdade é comprometido com noções Teológicas e Filosóficas contrárias às do Cristianismo, noções ligadas ao <i>Paganismo, </i>dentre as quais se destaca o chamado <i>Naturalismo. </i>Assim, para o <i>espírito moderno, </i>a questão não é ser <i>científico </i>ou não, mas ser <i>pagão </i>ou não! Como a Bíblia definitivamente não é <i>pagã, </i>então ela é constantemente atacada. Esta forma oculta de <i>paganismo </i>no <i>modernismo </i>é centrada no homem, pois ao fabricar milhares de deuses falsos e fracos (como eram os deuses pagãos), os homens encerram por não reconhecerem e não se submeterem ao Deus Verdadeiro (e, sem reconhecer e se submeter ao Deus verdadeiro, o homem pensa poder reinar absoluto como <i>seu próprio deus, </i>evocando esquemas e poderes que manipularão aqueles milhares de deuses falsos e fracos). Por isso, o homem moderno pensa que pode criar sua própria religião – ele tem esperanças de ser o seu próprio deus.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">2) O <i>espírito moderno</i>, dentro destes seus comprometimentos, está aliado também ao <i>Empirismo. </i>Conseqüentemente, a questão contra a Bíblia, mais uma vez, não é se ela é <i>científica </i>ou não, mas se ela apóia o <i>Empirismo </i>ou não. O <i>Empirismo </i>é completamente centrado no homem e é uma peça chave no arcabouço filosófico que o homem <i>moderno </i>usa para tornar-se a si mesmo em um deus, já que o <i>Empirismo </i>reza que o Universo só pode ser desvendado e compreendido através do uso das faculdades mentais humanas na análise daquilo que os homens compreendem em seus cinco sentidos.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style=""><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style=""><span style="font-size:10;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style=""><b>O Problema do Naturalismo<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Voltemos-nos à primeira das duas questões propostas: o problema do Naturalismo. Primeiro, vamos entender o que é este Naturalismo que o espírito moderno tenta nos vender apressadamente. Atente bem para esta questão do Naturalismo, porque o espírito moderno apresenta constantemente este produto filosófico, e sempre insiste muito que não o examinemos,<span style=""> </span>desvia-nos com toda sorte de conversas e sempre repete o slogan de que seu produto já funcionou com muita gente antes e não precisaria ser testado de novo. Pois bem, este tal produto filosófico de segunda mão chamado Naturalismo é a crença de que o Universo é um grande relógio que funciona sozinho e que desenvolve suas próprias peças de reposição e ampliação. Para o Naturalista o Universo é um grande robô, cego, mecânico, determinado a seguir certos rumos previsíveis de ação. O Universo do naturalista está aprisionado por suas próprias leis e criações, é uma vítima de si mesmo em um processo infindável e cíclico de desconstrução e reconstrução. Vê-se que este é um conceito tipicamente pagão. Os deuses hindus, segundo a mitologia deste povo, viviam em um Universo exatamente como o Universo do Naturalista – um Universo que funcionava sozinho, como um relógio, como um moinho puxado por animais. Os deuses gregos, segundo a mitologia deste povo, também eram apenas atores em um palco Universal que não dependia deles. Tanto os deuses gregos quanto os deuses hindus estavam sujeitos a Natureza e obrigados a operar de acordo com determinadas leis: ao deus das tempestades, por exemplo, não era permitido comandar sobre vulcões; e sobre todos estes falsos deuses, dominava a concupiscência de suas paixões. A própria palavra natureza, em sua origem romana, traz em si o sentido de autonomia – no latim, natura significa nascido, o que remete à idéia de algo que brota por si mesmo; em grego, physis está ligado a crescimento, remete ao brotar da semente, o crescimento da planta. Em ambos os casos, a idéia pagã de natureza se expressa e tenta se referir a algo que ocorre de si mesmo, espontaneamente. Na Escritura Sagrada, no entanto, a linguagem Semítica se refere ao Universo como Criação (não como Criador ou co-Criador, não como espontâneo) fazendo uma clara distinção entre Aquele que governa o Universo e a Criação que é governada por Ele, e deixando claro que esta Criação não brota ou cresce por si mesma. Na Bíblia, nenhuma palavra semelhante a natureza nunca é usada para se referir ao Universo ou às supostas leis que o regem. Perceba que esta diferença crucial de conceitos faz com que qualquer discussão de um tema mais complexo seja inútil. Por exemplo, quando um descrente diz que a Escritura Sagrada não poderia ter sido inspirada por Deus, sua crítica real não é voltada contra o texto da Escritura mas contra a idéia de que Deus governa sobre o Universo. Se a discussão prosseguir nos termos do descrente, ele conduzirá os argumentos sempre no sentido de provar que Deus não interfere no Universo. Por causa desta concepção inicial errada a discussão inteira será inútil, até que o descrente compreenda que é absurdo discutir sobre a interferência de Deus, quando, na Verdade, Deus permanentemente governa sobre todas as coisas. Desta forma Deus é o poder que causa e sustenta todos os livros do Universo, e não só a Escritura. Na Escritura a diferença não está na quantidade de governo exercido por Deus, mas na quantidade de Verdade que Ele determinou que o autor expressasse ao escrever. <o:p></o:p></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7082510166136551617.post-83221423548393491812009-11-30T10:15:00.002-02:002009-11-30T10:23:34.278-02:00Esperança em Tempos de Apostasia – Parte 5<style> <!-- /* Font Definitions */ @font-face {font-family:Tahoma; panose-1:2 11 6 4 3 5 4 4 2 4;} @font-face {font-family:"Lucida Sans Unicode"; panose-1:2 11 6 2 3 5 4 2 2 4;} @font-face {font-family:TimesNewRomanPSMT;} /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman";} p.body, li.body, div.body {margin-top:14.0pt; margin-right:0cm; margin-bottom:14.0pt; margin-left:0cm; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman";} p.gtxtbody, li.gtxtbody, div.gtxtbody {margin-top:5.0pt; margin-right:0cm; margin-bottom:5.0pt; margin-left:0cm; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman";} @page Section1 {size:595.3pt 841.9pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style><br /><br /><div class="Section1"> <p class="body" style="margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style=";font-size:11;color:black;" >Na última edição, iniciamos nosso estudo da Segunda Epístola Universal de São Pedro, pela qual vimos, dentre outras questões, que a expressão <i>últimos dias, </i>na Escritura, refere-se a tempos de <i>julgamento </i>quando Deus desfere um poderoso golpe na ordem corrupta e pecaminosa então presente, e revela a Glória de Seu Filho de forma cada vez mais clara. Quanto aos contextos examinados, <i>os últimos dias </i>são uma referência ao evento <i>escatológico </i>mais importante de toda a História, os dias da <i>encarnação, morte e ressurreição de Cristo </i>e do estabelecimento de Sua Igreja. De certa forma todos os <i>julgamentos</i> contra as nações ímpias são uma sombra deste julgamento, da mesma forma como todas as <i>libertações </i>que o povo de Deus recebe<i> </i>são uma sombra da liberdade conquistada na Cruz. Isto não significa que cada texto da Escritura tenha mais de um sentido verdadeiro (o que seria uma violação da <i>hermenêutica, </i>ou seja da <i>regra de interpretação bíblica, </i>explicada na Edição 17), mas que, muitas vezes (especialmente nas profecias) o Espírito Santo inspira o escritor a usar elementos verdadeiros da cultura e história próximas ao seu tempo para falar sobre um evento futuro que não poderia ser plenamente compreendido nem pelo próprio profeta <i>[cf. 1 Pedro 1:12]</i>. Esta <i>linguagem e perspectiva profética</i> nos ensina que Deus age de maneira ordenada sobre Sua Criação, regendo a História de uma forma regular e compreensível – e nisto há grande consolo para todos os Filhos Seus, pois é através desta <i>filosofia da história bíblica </i>que compreendemos que não importam quão negras as trevas da impiedade pareçam, nem quão atrozes e enganadores sejam os <i>anticristos</i> a atacar a Igreja - o Senhor permanece para sempre sobre o trono e o dia da vingança não tarda a vir sobre os ímpios. É por este motivo que o fim da História no Segundo Advento de nosso Senhor é profeticamente próximo e, muitas vezes, até sobreposto ao Primeiro Advento nas profecias do Velho e do Novo Testamentos.</span></p> <p class="body" style="margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style=";font-size:11;color:black;" >Prosseguiremos agora com a parte do estudo que outrora realizávamos.</span></p> <p class="body" style="margin-top: 0cm; text-align: justify;"><b><span style=";font-size:11;color:black;" >E nos Últimos Dias virão escarnecedores...</span></b></p> <p class="body" style="margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style=";font-size:11;color:black;" >Como foi comentado na abertura desta edição, há um paralelo notável entre as diversas profecias que falam do Primeiro e do Segundo Adventos de nosso Senhor. Encontramos este paralelo, por exemplo, dentro da seção da Segunda Epístola de São Pedro e dentro do Discurso Escatológico de nosso Senhor Cristo Jesus nos Evangelhos. Tanto a Epístola de São Pedro, quanto o Discurso Escatológico, tratam dos mesmos temas, usam as mesmas figuras e profetizam os mesmos eventos (as conseqüências da Primeira e da Segunda Vindas). Infelizmente, muita confusão foi lançada sobre a interpretação do Discurso Escatológico, e, por isto, na Edição 22 iremos analisá-lo em seus pormenores dentro de uma <i>Harmonia dos Evangelhos</i> que será aqui apresentada. Parte desta confusão é devida à disseminação de intérpretes <i>futuristas e dispensacionalistas, </i>que consideram os textos contidos no Evangelho de São Mateus, Capítulo vinte e quatro; no Evangelho de São Lucas, Capítulo vinte e um; e no Evangelho de São Marcos, Capítulo treze como referindo-se apenas a eventos <i>futuros. </i>No entanto, quando olhamos para a História da Igreja, desde São Policarpo no século I até João Calvino e John Owen nos séculos XVI e XVII, vemos que a posição destes homens era outra. Estes textos escatológicos eram vistos como, em parte falando especificamente da destruição de Jerusalém no ano 70 d.C., (o que para nós é <i>passado)</i>, e, em parte, falando especificamente da volta de Cristo (um evento <i>futuro). </i>Há, no entanto, certa controvérsia quanto a quais partes dizem respeito <i>especificamente </i>a quais eventos, ainda que haja concordância quanto ao fato de que mesmo as partes <i>passadas </i>são valorosas para nós quanto ao conhecimento da Providência de Deus e de Seu cuidado, e como instrução para Cristãos que enfrentem situações semelhates. É importante, contudo, ter-se cuidado ao extrair os ideais e aplicações destes textos - relembrem-se sempre daquelas pequenas regras da Edição 17 para evitar ler no texto algo que seu autor original jamais intencionou. </span></p> <p class="body" style="margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style=";font-size:11;color:black;" >Prosseguindo a exposição destes textos, notemos as palavras, simples e diretas, de nosso Mestre no Evangelho de São Mateus: <i>e esta geração não passará até que se cumpram todas estas coisas [cf. Mateus 24:34]. </i>Aquela presente geração, os homens vivos daquela época, presenciariam “todas estas coisas” - o <i>fim dos tempos da Velha Aliança</i>, a destruição terrível que caiu sobre Jerusalém, o nascimento da Igreja e a ascensão de Cristo. É para seus discípulos que Cristo faz o discurso no Monte das Oliveiras e é também para eles que nosso Senhor adverte:<i> </i></span></p> <p class="gtxtbody" style="text-align: justify;"><i><span style=";font-size:11;color:black;" >“</span></i><i><span style="font-size:11;">Acautelai-vos, que ninguém vos engane; Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos...</span></i><span style="font-size:11;"> <i>Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos.... Mas, <b>quando virdes Jerusalém cercada de exércitos</b>, sabei então que é chegada a sua desolação. Então, <b>os que estiverem na Judéia, fujam para os montes</b>; os que estiverem no meio da cidade, saiam; e os que estão nos campos não entrem nela. Porque dias de vingança são estes, para que se cumpram todas as coisas que estão escritas. Mas ai das grávidas, e das que criarem naqueles dias! Porque haverá grande aperto na terra, e ira sobre este povo. E cairão ao fio da espada, e para todas as nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem... Em verdade vos digo <b>que não passará esta geração</b> sem que todas estas coisas aconteçam.” [Mateus 24:4-5,24; Lucas 21:20-24]</i> </span></p> <p class="gtxtbody" style="text-align: justify;"><span style="font-size:11;">Portanto, como se pode claramente notar, tanto o <i>cerco de Jerusalém</i>, quanto a <i>fuga para os montes</i>, bem como os <i>falsos cristos e falsos profetas, </i>são sinais para <i>aquela geração. </i>Conquanto não possamos agora examiná-los aqui (espero fazê-lo, como disse, ao terminar a exposição da Epístola de São Pedro) isto já é o bastante para compreendermos a referência e o modo de interpretar o que o Apóstolo Pedro escreveu pois, igualmente, o foco principal de seu texto é <i>o julgamento de Jerusalém</i> e <i>os falsos cristos e falsos profetas </i>que serão abundantes nesta época – enganados por estes <i>falsos mestres </i>e enganadores com eles, <i>frios em seu amor pela Palavra, </i>ali estão os <i>escarnecedores </i>que perturbam os Cristãos Judeus da dispersão, conforme preditos por Cristo Jesus. </span></p> <p class="body" style="margin-top: 0cm; text-align: justify;"> </p> <p class="body" style="margin-top: 0cm; text-align: justify;"><b><span style=";font-size:11;color:black;" >Os textos do Antigo Testamento</span></b></p> <p class="body" style="margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size:11;">Como já citei, esta presente exposição está longe de ser uma <i>novidade teológica, </i>ao passo que é filha dos trabalhos dos primeiros reformadores e de grandes Puritanos como o já citado John Owen. Faremos agora como estes homens (que eram profundamente conhecedores da Escritura e possuíam uma acurada capacidade de interpretá-la e explicá-la) nos ensinaram a fazer, e uma vez mais, buscaremos que a própria Escritura fale sobre seus textos mais difíceis através dos seus textos mais claros. Como há um paralelo entre o Discurso Escatológico e o texto de São Pedro, há também uma continuidade entre as profecias messiânicas do Velho Testamento e estes textos proféticos do Novo. Invariavelmente, quando um autor neotestamentário fala de algum aspecto do Reino Messiânico ainda não plenamente apreendido pelos seus leitores, ele o faz usando um texto do Velho Testamento. Quanto a nossa busca por identificar os <i>escarnecedores </i>citados na Segunda Epístola de São Pedro, ele nos diz que devem ser identificados tanto no ensino de Cristo Jesus quanto nos <i>profetas [2 Pedro 3:2]. </i>Há uma referência no livro do Profeta Isaías que é citada no Novo Testamento duas vezes pelo Apóstolo Pedro <i>[Atos 4:11; 1 Pedro 2:6] </i>e que avisa sobre a existência de <i>notáveis escanecedores </i>no Tempo do Fim. É o Capítulo 28 do livro do referido profeta Isaías, onde podemos ler nos versículos 14 até 16 que <i>homens escarnecedores </i>dominariam sobre o povo que está em Jerusalém no tempo em que Deus enviaria uma <i>pedra preciosa, angular, na qual tropeçariam </i>e pela qual seriam derrubados. Estes <i>escarnecedores </i>pregariam a <i>mentira [Isaías 28:15] </i>e escravizariam os judeus com <i>preceitos sobre preceitos [Isaías 28:13]. </i>Eles seriam advertidos (conforme ocorreu do tempo do Pentecostes até a execução do Juízo na destruição de Jerusalém) por <i>línguas estranhas</i> <i>[Isaías 28:11], </i>mas mesmo assim não temeriam e se considerariam <i>seguros, pensando</i> que a <i>ira de Deus anunciada por Cristo não viria sobre eles [Isaías 28:15]. </i>A admoestação final deste trecho de Isaías é uma base clara da <i>profecia </i>de São Pedro: <i>Agora, pois, não mais escarneçais, para que os vossos grilhões não se façam mair fortes; porque já do Senhor, o SENHOR dos Exércitos, ouvi falar de uma destruição, e esta já está determinada sobre toda a terra [Isaías 28:22]. </i>No início desta edição<i> </i>foi explicado como os profetas usualmente falam de algo que é verdadeiro sobre seu tempo ou sobre um tempo próximo do seu quando, porém, o Espírito lhes revela algo de um tempo ainda bastante distante. Chamamos isto de <i>tipo, </i>uma prefiguração de um evento cósmico vindouro na História da Redenção<i>. </i>Esta profecia do Livro de Isaías é um excelente exemplo disto: o que é dito aqui é verdadeiro a respeito do ataque dos Assírios à Israel, que ocorreria em 740 a.C., porém, como vemos a partir do uso que os Apóstolos fazem do texto <i>[cf. 1 Coríntios 3:11;14:21-22; Romanos 9:33;10:11; Efésios 2:20; 1 Pedro 2:4-8] </i>o que está sendo especificamente profetizado aqui é a Vinda do Cristo Jesus, o conseqüente juízo contra a<i> escarnecedora </i>Israel Apóstata e a revelação da Israel Espiritual na Igreja Neotestamentária através da Nova Aliança. Exatamente o mesmo tema que o Apóstolo Pedro trata em sua Segunda Epístola. Até mesmo a linguagem é semelhante: veja que o profeta Isaías prediz a destruição que virá sobre <i>toda a terra. </i>O Apóstolo igualmente fala de <i>uma destruição vinda sobre toda a terra. </i>Em nenhum dos dois casos a referência específica é <i>o mundo inteiro, </i>mas sim <i>toda a terra de Jerusalém. </i>Isto fica óbvio se olhamos para o <i>tipo </i>realizado da profecia – o exército Assírio não destruiu <i>a criação inteira, </i>mas somente a Terra de Israel.</span><span style="font-size:11;"> O próprio Apóstolo dá mais uma evidência disto quando, sobre o dilúvio, diz: <i>pela qual veio a perecer o mundo daquele tempo, afogado em água [2 Pedro 3:6]. </i>Sabemos que não foi a<i> criação inteira </i>que pereceu no dilúvio, mas somente <i>a geração má e adúltera que recusou a pregação de Noé, </i>pregação esta que o Apóstolo considerou ser ação do próprio Cristo, em Espírito <i>[1 Pedro 3:19-20]</i> <i>.</i></span></p> <p class="body" style="margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size:11;">Sejamos nisto admoestados para que ouçamos ao Senhor que nos fala e nos chama a obedecê-lO. Se grande foi a Sua Ira contra o povo da época de Noé, e grande foi a Sua Ira contra o povo de Israel, porque recusaram a ouvir quem, divinamente, os advertia – muito menos nós, sobre quem veio tão grande Graça e tão maravilhosa e clara Revelação em Cristo Jesus, devemos nos desviar dAquele que, pela Escritura, desde os céus nos adverte <i>[cf. Hebreus 12:25]</i>. Temamos e tremamos ante o poder de Deus e ante o Seu chamado que temos recebido, para sermos Santos e Irrepreensíveis nEle, em Amor.</span></p> <p class="MsoNormal"> </p></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7082510166136551617.post-81089081765568599492009-11-11T11:49:00.003-02:002010-03-10T10:00:57.922-03:00Esperança em Tempos de Apostasia – Parte 4<o:smarttagtype namespaceuri="urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" name="PersonName"></o:smarttagtype><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><!--[if !mso]><object classid="clsid:38481807-CA0E-42D2-BF39-B33AF135CC4D" id="ieooui"></object> <style> st1\:*{behavior:url(#ieooui) } </style> <![endif]--><style> <!-- /* Font Definitions */ @font-face {font-family:Tahoma; panose-1:2 11 6 4 3 5 4 4 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:swiss; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:1627421319 -2147483648 8 0 66047 0;} @font-face {font-family:TimesNewRomanPSMT; mso-font-alt:"Times New Roman"; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:roman; mso-font-pitch:auto; mso-font-signature:0 0 0 0 0 0;} @font-face {font-family:"Lucida Sans Unicode"; panose-1:2 11 6 2 3 5 4 2 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:swiss; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:-2147476737 14699 0 0 63 0;} /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:none; mso-hyphenate:none; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Lucida Sans Unicode"; mso-fareast-language:#00FF;} p {margin-top:14.0pt; margin-right:0cm; margin-bottom:14.0pt; margin-left:0cm; mso-pagination:none; mso-hyphenate:none; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Lucida Sans Unicode"; mso-fareast-language:#00FF;} p.body, li.body, div.body {mso-style-name:body; margin-top:14.0pt; margin-right:0cm; margin-bottom:14.0pt; margin-left:0cm; mso-pagination:none; mso-hyphenate:none; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Lucida Sans Unicode"; mso-fareast-language:#00FF;} @page Section1 {size:612.0pt 792.0pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:36.0pt; mso-footer-margin:36.0pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} /* List Definitions */ @list l0 {mso-list-id:9; mso-list-template-ids:9; mso-list-name:WW8Num10;} @list l0:level1 {mso-level-text:"%1\)"; mso-level-tab-stop:36.0pt; mso-level-number-position:left; text-indent:-18.0pt;} @list l0:level2 {mso-level-tab-stop:54.0pt; mso-level-number-position:left; margin-left:54.0pt; text-indent:-18.0pt;} @list l0:level3 {mso-level-tab-stop:72.0pt; mso-level-number-position:left; margin-left:72.0pt; text-indent:-18.0pt;} @list l0:level4 {mso-level-tab-stop:90.0pt; mso-level-number-position:left; margin-left:90.0pt; text-indent:-18.0pt;} @list l0:level5 {mso-level-tab-stop:108.0pt; mso-level-number-position:left; margin-left:108.0pt; text-indent:-18.0pt;} @list l0:level6 {mso-level-tab-stop:126.0pt; mso-level-number-position:left; margin-left:126.0pt; text-indent:-18.0pt;} @list l0:level7 {mso-level-tab-stop:144.0pt; mso-level-number-position:left; margin-left:144.0pt; text-indent:-18.0pt;} @list l0:level8 {mso-level-tab-stop:162.0pt; mso-level-number-position:left; margin-left:162.0pt; text-indent:-18.0pt;} @list l0:level9 {mso-level-tab-stop:180.0pt; mso-level-number-position:left; margin-left:180.0pt; text-indent:-18.0pt;} ol {margin-bottom:0cm;} ul {margin-bottom:0cm;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><span style=";font-size:100%;" >Na última edição, observamos que a Escritura nos dá três sinais principais que precederão a volta de Cristo, e que, portanto, este evento escatológico não é <i>iminente</i>. Os três sinais são:<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left: 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt; color: rgb(0, 0, 0);"><!--[if !supportLists]--><span style=";font-size:100%;" ><span style="">1)<span style=";font-family:";" > </span></span></span><!--[endif]--><span style=";font-size:100%;" >A Evangelização dos Gentios;<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left: 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt; color: rgb(0, 0, 0);"><!--[if !supportLists]--><span style=";font-size:100%;" ><span style="">2)<span style=";font-family:";" > </span></span></span><!--[endif]--><span style=";font-size:100%;" >A Evangelização dos Judeus;<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left: 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt; color: rgb(0, 0, 0);"><!--[if !supportLists]--><span style=";font-size:100%;" ><span style="">3)<span style=";font-family:";" > </span></span></span><!--[endif]--><span style=";font-size:100%;" >A Ira de Satanás.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><span style=";font-size:100%;" >Foi apresentado, como prova para a não iminência, alguns versículos destacadamente da Segunda Epístola Universal de São Pedro e textos do Discurso Escatológico de Cristo, nos Evangelhos. Iremos, a partir desta edição, deixar que o texto destas porções da Escritura falem por si mesmos e sejam expostos em seus devidos contextos, conforme o Espírito de Deus, que os inspirou, igualmente determinou que fossem entregues aos seus primeiros destinatários na Igreja Primitiva. Esta, conforme o entendimento dos Puritanos e Reformados, é a forma ideal de aprendermos da Escritura e evitarmos que idéias pré-concebidas contaminem nossa leitura do texto. Iniciemos, pois, com a Segunda Epístola Universal de São Pedro.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-size:100%;"><br /></span><span style=";font-size:100%;" ><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><span style=";font-size:100%;" ><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-size:100%;"><b><span style="">O Contexto da Carta e o Primeiro Capítulo<o:p></o:p></span></b></span></p> <p style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-size:100%;">Esta epístola foi escrita pelo Santo Apóstolo Pedro, provavelmente não de próprio punho, mas com o auxílio de seus discípulos, já no fim de sua vida<i> [2 Pedro 1:14]</i>. Como tal, a intenção de Pedro é legar à Igreja uma forte arma para exortar-la à prática da piedade e para forte condenação dos<i> falsos mestres [2 Pedro 1:15]</i>. O Apóstolo concentra-se aqui em um tipo especial de <i>falso ensino</i>: aquele que se baseia na Graça e Soberania de Deus para buscar escusa para pecar. Não é, entretanto, esta a única intenção da carta. Mas, provavelmente pela insistência destes hereges, São Pedro combate repetidamente estes <i>libertinos</i>, exaltando a completude do dom de Deus para Salvação – os eleitos do Senhor, quando chamados pela pregação do Evangelho, <i>confirmam </i>a veracidade de sua eleição Eterna através da diligente obediência a Cristo <i>[2 Pedro 1:10]</i>. Com isto o Apóstolo demonstra que os hipócritas, cuja profissão de fé é falsa e superficial, enfrentarão a mais terrível ira de Deus.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-size:100%;">O Apóstolo expande a visão deste conflito entre os <i>falsos mestres ímpios </i>e os <i>santos de Deus, eleitos e chamados, </i>demonstrando a crescente intrusão das Eternas Perfeições de Deus na pecaminosa realidade temporal humana e, centralizado na Redenção em Cristo, São Pedro descreve este agir de Deus na História. <o:p></o:p></span></p> <p style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><span style=";font-size:100%;" >A certeza do Evangelho é confirmada, segundo o Apóstolo, por esta constante ação de Deus sobre o mundo. Primeiro, na comprovação da promessa da Velha Aliança por Cristo, através do testemunho da Glória revelada nEle no Monte da Transfiguração <i>[2 Pedro 1:17]</i>, depois, na Palavra da Escritura que eternamente testemunha a revelação de Cristo –<i> </i>sendo, portanto, a mais completa, perfeita e derradeira Profecia <i>[2 Pedro 1:19]. </i>A Escritura, portanto, confirma o testemunho dos Apóstolos e permanece na Igreja após a morte deles <i style="">[2 Pedro<span style=""> </span>1:14]</i> como firme fundamento para a <i>esperança </i>que São Pedro anuncia ser a base do impulso Cristão de negação do mundo – a <i>esperança da volta de Cristo - </i><span style="">vividamente representada na transfiguração que o Apóstolo testemunhara e da qual a Escritura testemunhará perpetuamente<i>.</i></span> Além disto, a suficiência e perfeição da Escritura, bem como o anúncio da Eterna Glória dado no Monte da Transfiguração, apontam para a presente realidade da Igreja, onde Cristo <i>já habita em Glória, e </i>onde Sua futura <i>parousia já é vivida [1 Pedro 1:3,4].<o:p></o:p></i></span></p> <p style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><span style=";font-size:100%;" >Os destinatários originais desta Epístola escrita pelo <i>Apóstolo da Circuncisão</i> <i>[Gálatas 2:8] </i>são os Cristãos Judeus na dispersão <i>[1 Pedro 1:1]</i>. São chamados, no prefácio da Primeira Epístola, de <i>estrangeiros</i>, pois verdadeiramente o são, uma vez não estão na própria terra. Com isto, o Apóstolo intenta também fazê-los recordar o estado de todos os Cristãos – <i>estrangeiros nesta vida</i>, peregrinando rumo à Jerusalém Celestial. O fato da presente ordem ser temporária é usado como ponto de partida para incentivar o dever de meditar-se e desejar-se aquilo que é <i>Eterno </i>e de desapegar-se daquilo que é temporal e corrupto <i>[1 Pedro 1:14;2:5;3:7-17]. </i>É nisto que os Cristãos Judeus deviam se apoiar para suportar as perseguições e tentações às quais eles estavam constante e excesivamente expostos. É importante compreender a situação destes Cristãos Judeus, que enfrentavam, em crescente grau: <o:p></o:p></span></p> <p style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><span style=";font-size:100%;" >1) a perseguição por parte do Império Romano, por serem Cristãos; <o:p></o:p></span></p> <p style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><span style=";font-size:100%;" >2) a perseguição por parte dos seus próprios parentes e dos poderes políticos judaicos por terem “desertado” da nacionalismo religioso dos Judeus; <o:p></o:p></span></p> <p style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><span style=";font-size:100%;" >3) as tentações das seitas <i>judaizantes </i>que, fingindo-se discípulos do Apóstolo Pedro, diziam oferecer a reconciliação entre os Judeus e o Cristianismo (quanto a doutrina que pregavam, era a heresia de que os sacramentos do Velho Testamento e as superstições judaicas eram parte do Evangelho); <o:p></o:p></span></p> <p style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><span style=";font-size:100%;" >4) as tentações das seitas <i>libertinas </i>que, fingindo-se discípulos do Apóstolos<i> </i>Paulo, diziam oferecer a reconciliação entre os costumes gentios e o Cristianismo (pregando a heresia de que, como a Salvação é pela Soberana Graça de Deus, o homem salvo poderia ser indulgente e cometer diversos pecados sem, com isto, ofender ao Senhor).<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><span style=";font-size:100%;" >Assim, este era um <i style="">tempo trabalhoso</i> para estes Cristãos, de tão maior tribulação quanto a que podemos imaginar.<br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-size:100%;"><br /></span><span style=";font-size:100%;" ><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><span style=";font-size:100%;" ><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-size:100%;"><b><span style="">O Capítulo Três<o:p></o:p></span></b></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><span style=";font-size:100%;" >A completude do dom de Deus em Cristo, na perfeição da Escritura e na Santificação do Crente (conforme anunciado no Capítulo Um) é aplicado, no Capítulo Dois, para explicar que os <i style="">falsos mestres </i>nunca <i style="">foram verdadeiramente Cristãos </i>e, como a natureza deles jamais foi mudada, seus pecados os escravizavam ainda agora <i style="">[2 Pedro 2:22]. </i>A habitação do pecado nos <i style="">falsos mestres, </i>trará sobre eles o salário do pecado, que é a morte <i style="">[Romanos 6:23]</i>, com repentina destruição, da mesma maneira como Deus já fizera com os <i style="">falsos profetas </i>e os <i style="">anjos caídos. </i>Então, a carta atinge o clímax ao tocar a realidade escatológica no Capítulo Três. Nos primeiros versículos deste capítulo, o Santo Apóstolo Pedro novamente exalta a necessidade de se ter uma impressão mental vívida das palavras da Escritura. Ele novamente evoca os Profetas e os Apóstolos e faz referência aos Evangelhos <i>[2 Pedro 3:2]</i> evidenciando, claramente, o conjunto do Cânon da Escritura que, então, Deus estava providencialmente completando para a fundação de Sua Igreja. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><span style=";font-size:100%;" >Admiremos e imitemos a alta estima que o Espírito inspira São Pedro a expressar acerca da Palavra de Deus! Ela é exaltada sobre o extinto <i>ofício de profeta [cf. 2 Pedro 1:1,19;3:2]; </i>ela é honrada como fiel ensino dos Apóstolos; ela é a portadora das Palavras de Cristo Jesus; ela é o único guia a se recorrer para que a fidelidade da promessa do Senhor seja preservada quando o <i>falso ensino </i>ataca a congregação.<i> </i>Enquanto<i> o</i> <i>bom servo de Cristo </i>recorre às Escrituras, os <i>malditos e escarnecedores </i>recorrem aos seus próprios desejos <i>[cf. 2 Pedro 3:3]. </i>Esta evocação à toda a Escritura feita no Versículo Dois do presente capítulo, evocação do Velho e Novo Testamentos em conjunto, mostra também o cuidado de Pedro ao se aproximar de um tema complexo. É como se ele estivesse dizendo: <i>Perseverai nestas coisas com vigilância e oração, pois são coisas difíceis de entender, para as quais devemos ter o conhecimento da Escritura e a sabedoria que o Espírito de Deus pode nos conceder. Tirai a sandalha de vossos pés, humilhai-vos em vosso espírito e não torçais o que Palavra nos diz. Ao assim procederem, podereis resistir ante as mentiras dos falsos mestres que perturbam a paz em vosso meio. <o:p></o:p></i></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><span style=";font-size:100%;" >Temos, antes de prosseguir, de ter cuidadosa atenção (conforme recomendada pelo amado Apóstolo) e de compreender duas questões que nos darão a chave para a última porção deste Capítulo, onde somos instruídos quanto aos temas que temos abordado neste periódico:<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><span style=";font-size:100%;" ><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><span style=";font-size:100%;" >1) O que são os <i>últimos dias, </i>referidos no Versículo Três?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><span style=";font-size:100%;" >2) A quem se refere a citação feita de <i>escarnecedores com o seus escárnios?</i></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-size:100%;"><br /></span><span style=";font-size:100%;" ><i><o:p></o:p></i></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-size:100%;"><i><span style=""><o:p> </o:p></span></i></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><span style=";font-size:100%;" >Passemos, então, a analisar estas duas questões:</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-size:100%;"><br /></span><span style=";font-size:100%;" ><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><span style=";font-size:100%;" ><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-size:100%;"><b><span style="">Os Últimos Dias<o:p></o:p></span></b></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><span style=";font-size:100%;" >Na Primeira Epístola Universal de São Pedro, Capítulo Um, Versículo Vinte, podemos ler a seguinte afirmação: <i>“[o sangue de Cristo], conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós”. </i>Podemos entender, portanto, que Cristo foi manifestado ao mundo no <i>fim dos tempos</i>. O Santo Apóstolo Pedro nos confirma que é <i>exatamente este </i>o seu pensamento, quando, na ocasião do Pentecostes, cita a profecia do Livro de Joel, aplicando-a ao Pentecostes, profecia esta que diz: <i>“E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne” [Atos 2:17]. </i>Portanto, para São Pedro, a <i>manifestação de Cristo </i>define o que são <i>os últimos dias </i>e <i>o fim dos tempos</i>. Como pode <i>a manifestação de Cristo </i>ser um sinal dos <i>últimos dias? </i>Exatamente porque o que se tem em vista nesta expressão, usualmente, é que os últimos dias são <i style="">um <span style="">julgamento que Deus perpetra. </span></i>Podemos perceber isto no contexto do Capítulo Dois do Livro do Profeta Joel, onde o <i>derramar do Espírito </i>é seguido por <i>sangue, fogo e colunas de fumaça </i>e pelo<i> sol se convertendo em trevas, e a lua, em sangue </i>ao que se seguirá o <i>grande e terrível Dia do SENHOR [Joel 2:30,31]. </i><span style="">Por isto, em outras partes, </span>o período dos<i> últimos dias </i><span style="">também é chamado <i>o fim ou a consumação dos séculos [1 Coríntios 10:11, Hebreus 9:26] </i>e é usado em oposição aos dias da Velha Aliança, como exortação para que os Cristãos percebam que <i>aquela época em que eles viviam eram os últimos dias [1 João 2:18; Judas 18; 1 Coríntios 10:11]</i>. Por isso nos é dito no Evangelho:<i>“</i></span></span><span style="font-size:100%;"><i>E, por último, enviou-lhes seu filho, dizendo: Terão respeito a meu filho” [Mateus 21:37].<b> </b></i></span><span style=";font-size:100%;" >Deus enviou <i>por último, nos últimos dias, </i>Seu próprio Filho<i>, </i>como<i> última chance de redenção aos maus lavradores de Sua vinha [Mateus 21:33]</i>. Porém, eles O mataram. “</span><span style="font-size:100%;"><i>Quando, pois, vier o senhor da vinha, que fará àqueles lavradores? Dizem-lhe eles: Dará afrontosa morte aos maus, e arrendará a vinha a outros lavradores, que a seu tempo Lhe dêem os frutos” [Mateus 21:40,41]. </i></span><span style=";font-size:100%;" >Assim Deus <i>executou</i></span><span style=";font-size:100%;" > um <i>julgamento sobre Jerusalém, </i><span style="">pondo fim aos dias da Velha Aliança e entregando a vinha a lavradores que Lhe dêem os frutos. Portanto, o <i>julgamento sobre Jerusalém </i>é também o <i>fim dos dias</i> do paganismo, pois <i>todas as nações da terra </i>são agora a vinha do Senhor,<i> todas as nações são chamadas no Evangelho </i></span>para serem lavradores da vinha <i>[Isaías 2:2]. </i><span style="">É este mesmo o <i>fim do tempo</i> <st1:personname productid="em que Satan£s" st="on">em que Satanás</st1:personname> era livre para enganar todo o mundo <i>[Apocalipse 20:1,2]</i>. É este mesmo o fim dos <i>rudimentos do mundo – </i>conforme a Escritura chama tanto o <i>judaísmo </i>quanto o <i>paganismo [</i></span></span><span style="font-size:100%;"><i style="">Gálatas 4:9, Colossences 2:20]</i><i><span style="">.</span></i></span><span style=";font-size:100%;" > Os <i>últimos dias, </i>portanto, podem ser compreendidos como <i>especificamente </i>os dias da fundação da Igreja, o fim do estado religioso Judeu, o fim do domínio dos pagãos <i>[Gênesis 49:1; Números 24:14; Miquéias 4:1; Isaías 2:1]</i>; dias tais que vieram acompanhadas de grandes perseguições, dores e tribulações, de grandes sinais nos céus e na terra. Naqueles <i>últimos dias, </i>a realidade espiritual do <i>novo céu e da nova terra onde habita a justiça, </i>ou seja, da <i>nova criação que é a Igreja de Cristo, </i>irrompe no mundo e abala todas as fundações e estruturas existentes <i>[Hebreus 12:26-27]</i>. Por isso o Velho Testamento, quando fala do julgamento sobre Jerusalém e do surgimento da Igreja, usa uma linguagem altamente simbólica e impressionante, para que a grandeza do que ocorreu <i>naqueles últimos dias </i>seja apercebida por nós que vivemos ainda o “assentar da poeira” daqueles eventos cósmicos e a <i>sombra </i>dos <i>últimos dias. </i>Tantos são os versículos e textos que reafirmam esta definição que se poderia expor de Gênesis a Apocalipse sobre a realidade desta <i>escatologia bíblica. </i>E mais, afirmo que simplesmente você não encontrará na Escritura nada que diga que <i>os últimos dias </i>se referem exclusivamente ao <i>tempo do fim do mundo</i>, mas sim, específicamente ao <i>tempo da fundação da Igreja </i>e às conseqüências desta fundação. E isto é muito importante para compreendermos a presente e a futura vitória da Igreja de Cristo e para nos maravilharmos e glorificarmos ao Senhor pela inenarrável grandeza da <i>presente realidade espiritual da Igreja</i>.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-size:100%;"><br /></span><span style=";font-size:100%;" ><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><span style=";font-size:100%;" ><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-size:100%;"><b><span style="">Desdobramentos desta compreensão<o:p></o:p></span></b></span></p> <p class="body" style="margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:100%;color:black;" >Ao olharmos para o aspecto <i>realizado da escatologia</i></span><span style=";font-size:11px;color:black;" ><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:100%;" >, conforme começamos a evidenciar no contexto da Segunda Epístola de São Pedro, então o propósito de Deus na História se torna mais claro para nós, assim como a verdadeira natureza da Igreja. Nosso Senhor e Salvador Cristo Jesus deixou a Glória inefável dos ceús e suportou a humilhação na terra, Ele sofreu as dores que eram nossas e morreu na Cruz pelos nossos pecados <i>[Filipenses 1:5-8; Isaías 53:5-7]</i>; e <i>o SENHOR se agradou de moê-lO </i>pois <i>a vontade do SENHOR prosperará nas Suas mãos [Isaías 53:10] –</i> este Sacrifício único e inigualável, o sangue Santo do Filho de Deus, como só Ele é digno, venceu o poder do reino das trevas. A <i>hora do julgamento deste mundo e da expulsão do seu príncipe [cf. João 12:31] </i>se fez presente no advento de Cristo e agora,<i> pela Cruz, Ele atrairá todos os povos para Si [cf. João 12:32; Gênesis 49:10]. </i>Nosso Senhor <i>completou o penoso trabalho de Sua alma, para justificar a muitos com o Seu conhecimento [Isaías 53:11] </i>e, de então até o final da História, todas as coisas cooperarão para a Glória dEle, para provê-lO daquilo que <i>Ele comprou com Seu<span style=""> </span>Sangue,</i> a saber: a Sua Igreja <i>[cf. Atos 20:28; 1 Coríntios 6:20]</i>. A cada novo ato da <i>justiça Divina, </i>mais e mais glória é dada ao Senhor: tanto mais glória Ele recebeu quando Jerusalém foi julgada pelo sangue dos profetas; tanto mais glória Ele recebeu quando o Império Romano foi julgado pelo sangue dos mártires; tanto mais glória Ele recebeu quando a Igreja Romana foi abalada pela Reforma Protestante, e quanto mais glória Ele receberá quando Sua Igreja, segundo o Espírito deseja e opera, conquistar-Lhe <i>homens de toda raça, tribo, povo e nação! </i>Povo de Deus, atentai para o que somos, atentai para o que Cristo comprou para Si, atentai para o infinitamente alto preço que pagou! Vivamos conforme a <i>veracidade de nosso chamado</i>, conforme a eleição de que fomos alvo, glorificando ao Senhor diligentemente com o testemunho de nosso amor pelo Evangelho, para que <i>todos os povos da terra conheçam que a mão do SENHOR é forte [Josué 4:24]</i> e que a Cristo Jesus, nosso Senhor, <i>já foi dado todo o poder e autoridade no céu e na terra, para fazer discípulos de todas as nações! [cf. Mateus 28:18]</i>.</span><o:p></o:p></span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7082510166136551617.post-17178986415042495662009-10-13T08:21:00.008-03:002010-03-10T10:16:17.020-03:00Esperança em Tempos de Apostasia – Parte 3<span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 0);font-family:georgia;font-size:100%;" >O que é apostasia?</span><br /><div style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);">Há duas edições tenho falado de <span style="font-style: italic;">falta de esperança</span>, de uma crença que tomou de assalto a Igreja, uma crença de que o amanhã é incerto e tenebroso. Isto é comum em todas épocas de apostasia – e é isto que estamos vivendo hoje. Uma época de <span style="font-style: italic;">afastamento</span>, uma época onde a <span style="font-style: italic;">verdadeira religião</span> está mais associada, visivelmente e na mente do povo, às falsificações deploráveis do que à verdadeira igreja, uma época onde os <span style="font-style: italic;">falsos mestres</span> exploram o povo, <span style="font-style: italic;">devoram os pobres como se fossem pão</span>, mentem, trapaceiam, pregam <span style="font-style: italic;">falsas doutrinas</span>, causam escândalos, restabelecem costumes do Velho Testamento abolidos em Cristo, e, no entanto, <span style="font-style: italic;">aparentemente nenhum mal lhes sobrevêm</span>. Isto é uma época de apostasia. Também é comum, quando a Igreja <span style="font-style: italic;">se afasta da sã doutrina de Cristo</span>, que o amor se esfrie, que os ânimos se apaguem, que menos homens entreguem suas vidas pela fé, que menos dedicação, menos santidade e menos glória sejam vistos no meio do povo que se chama pelo nome do Altíssimo. O mundo também padece por causa da apostasia, pois, se a Igreja é a luz do mundo, quando esta luz está fraca, todo o mundo habita em trevas. As luxúrias então substituem o prazer divino da Palavra de Deus, e o orgulho substitui a constrição e o arrependimento. Isto é uma época de apostasia e é visível a todos olhos que vivemos numa destas épocas. Teria a <span style="font-style: italic;">Verdade</span> mudado, ou a Escritura perdido Seu poder? Obviamente não. A Igreja sofre por causa daqueles que <span style="font-style: italic;">são seus aparentes membros</span>, é a apostasia individual que abastece a miséria do abandono geral da Verdade. São os homens que<span style="font-style: italic;"> introduzem cerimônias que nunca foram ordenadas no culto ao Senhor</span>, são os homens que toleram e elogiam <span style="font-style: italic;">os lobos em pele de cordeiro</span> e não repreendem o mal com o vigor que deveriam, são os homens que não vivem conforme a justa representação que deveriam fazer da Verdade e da Santidade de Cristo Jesus. Em suma, o problema <span style="font-style: italic;">somos nós</span>. O problema <span style="font-style: italic;">sou eu</span>, meu pecado, meu fraco combate, minha falta de fé. O problema é você. Não basta olhar para a igreja ao lado nem para o irmão do banco da frente; em primeiro lugar, <span style="font-style: italic;">nós mesmos somos a apostasia</span>. O Senhor nos adverte: <span style="font-style: italic;">“Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então verás bem para tirar o argueiro que está no olho de teu irmão” [Lucas 6:42]. </span>Devemos temer que Ele olhe para nós e declare "<span style="font-style: italic;">insensatos, desobedientes, extraviados, servindo a várias concupiscências e deleites, vivendo em malícia e inveja, odiosos " [Tito 3:3]. </span>Ah, povo de Deus! Nação eleita desde a eternidade: Teria Cristo sangrado em vão, para comprar homens e mulheres que consideram Seu sangue um artigo barato? Teria Cristo sangrado e sofrido na Cruz para nos comprar <span style="font-style: italic;">uma reuniãozinha social aos domingos</span> e nos livrar das coisas que fazem mal para nós mesmos como<span style="font-style: italic;"> fumo, bebida e farra</span>? Ou teria Ele trabalhado arduamente em Sua alma para comprar para Si homens e mulheres cujos passos sejam os mesmos de Estevão e de Filipe, passos de fé conforme o Evangelho - humildade, temperança, benignidade, zêlo, cruz? Não diminuamos a exigência que nos é feita! A Escritura é clara: todo aquele que foi Salvo pela Fé anda conforme as obras da luz e dá sua vida pelo Reino de Cristo, nega-se a si mesmo e segue seu Salvador, perdendo a própria vida para ganhar a que <span style="font-style: italic;">já lhe foi dada. [cf. 1 João 1:6, Mateus 10:32-39] </span> Porém, andar em uma <span style="font-style: italic;">rua larga, com uma vida regalada</span>, junto a multidão sem número, todos justos aos seus próprios olhos, é andar <span style="font-style: italic;">na estrada da apostasia rumo ao tormento do inferno e as câmaras da morte</span>. Para olharmos a Esperança bendita que a Escritura anuncia para a Igreja, devemos ter a segurança da bendita Esperança de Cristo em nós. Devemos ter a clara certeza e o claro testemunho de que as obras da carne não são manifestas em nós, de que as obras da carne não prosperam em nossa vida, de que não vivemos em <span style="font-style: italic;">"adultério, prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas" [Gálatas 5:19-21]</span>. Porque estas são as abominações derramadas como pragas sobre toda multidão de apóstatas e <span style="font-style: italic;">“os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus” [Gálatas 5:19-21].</span> Ou vive em nós o poder do Evangelho segundo a piedade, em uma vida plena em Cristo, ou teremos sérios motivos para listar nossos próprios nomes entre aqueles que renunciaram a Graça e a Sabedoria do único Senhor e Cabeça da Igreja. Isto é apostasia – o fruto podre da hipocrisia, da presunção de salvação através de um exercício externo de religiosidade. É no coração pecaminoso de cada um de nós que ela começa e é lá que ela deve ser combatida primeiro.<br /></div><br /><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 0);">A Razão da Esperança</span><br /><div style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);">Agora, se somos a <span style="font-style: italic;">verdadeira Igreja de Cristo</span>, se temos combatido arduamente nossos pecados, com todos os meios espirituais que o Senhor nos provê, se temos tido vitórias e mortificado cada vez mais nosso Velho Homem, então há razão para Esperança, há razão para regozijo, para aguardar no Senhor que Ele nos visite e habite a Sua Igreja com a Glória que só Ele possui. Graças ao Senhor por que<span style="font-style: italic;"> a nossa esperança em Cristo não se limita apenas à esta vida [cf. 1 Coríntios 15:19]</span>, mas conhecemos o poder dAquele que ressuscitou dentre os mortos e <span style="font-style: italic;">reina hoje</span>, para ressuscitar conSigo sua Igreja quando ela, aparentemente, está derrotada <span style="font-style: italic;">[Apocalipse 11:11]. Soberanamente</span>, Deus opera a vivificação de nosso <span style="font-style: italic;">espírito</span>, conforme Seu Santo querer, e a vivificação de Sua Igreja, conforme Lhe apraz em Sua vontade. Cabe a nós nos humilharmos diante dEle, com corações quebrantados, arrependidos; cabe a nós orarmos, jejuarmos, clamarmos e nos dedicarmos à Deus com todas as forças e todo entendimento da Escritura, e <span style="font-style: italic;">esperarmos nEle</span>. A <span style="font-style: italic;">Soberania </span>de Deus é a <span style="font-style: italic;">razão da nossa esperança</span> – o Seu poder que não foi vencido nem pela morte, nem pelo inferno; a Sua mão que não pode ser impedida, esta é a <span style="font-style: italic;">nossa esperança</span>; esperança anunciada pela ressurreição de Cristo Jesus, da qual tomamos parte pela fé, e a qual prenuncia a vivificação da Igreja, a redenção que ela operará no mundo e a redenção final e cósmica na Nova Jerusalém.<br /></div><div style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);">Contudo, muitos perguntam: <span style="font-style: italic;">Como pode ser lícito orar por vivificação e restauração, e esperar tal coisa se as profecias anunciam que tudo se tornará cada vez pior e que estamos vivendo a Grande Apostasia antes do fim?</span> Respondo: primeiro, que a Escritura não é precisa em suas datas proféticas (nem tem o intuito de nos fazer conhecer o futuro através de datas) e segundo, de que há profecias a respeito da <span style="font-style: italic;">vitória da Igreja e do Evangelho</span> (e que tais profecias não manifestaram ainda seu maior grau de cumprimento). Ademais, ao relembrarmos nossas últimas edições percebemos que a <span style="font-style: italic;">hermenêutica experiencial</span> e a influência de teorias como o arminianismo e o futurismo são os maiores responsáveis pela idéia corrente de que o <span style="font-style: italic;">futuro da Igreja é tenebroso</span>. Não há, portanto, razões bíblicas para <span style="font-style: italic;">nos acuarmos e aguardarmos o retorno iminente de nosso Senhor</span> - nosso Salvador não voltará sem que antes <span style="font-style: italic;">certos eventos,</span> eventos de um <span style="font-style: italic;">rica bem-aventurança na Igreja</span>, ocorram. Não é em nossas forças e métodos, nem em nossas riquezas terrenas, nem em uma igreja visivelmente próspera que devemos confiar, mas devemos manter nossos olhos fitos nos céus, junto ao trono de nosso Senhor que, como já citamos na outra edição, <span style="font-style: italic;">aguarda até que Seus inimigos sejam postos por escabelo de Seus pés [cf. Atos 2:33-36].</span><br /></div><br /><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 0);">Estamos na iminência da Volta de Cristo?</span><br /><div style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);">Em Atos dos Apóstolos está escrito: “<span style="font-style: italic;">Esse Jesus, que dentre vós foi levado para o céu, há de vir assim como para o céu o vistes subir” [Atos 1:11]</span>. Portanto, sabemos que nosso Mestre voltará. Este testemunho, esta esperança da glória final, é uma das mais basilares doutrinas Cristãs. Além de Atos (também em <span style="font-style: italic;">Atos 17:31</span>), nós a ouvimos também nas Epístolas de São Pedro, São Paulo, São Tiago, São João e no Apocalipse. E podemos encontrá-la no Credo Apostólico: <span style="font-style: italic;">“de onde há de vir para julgar os vivos e os mortos”.</span> A volta de Cristo é, ainda, como consumação de toda a escatologia e como toda escatologia deve ser, uma doutrina para nos dirigir à santidade, para nos desligar da confiança naquilo que se pode ver e nos centrar em Cristo, para que tudo façamos por amor a Ele. A escatologia segundo a piedade versa que, como, quanto ao mundo, <span style="font-style: italic;">“todas as coisas hão de ser desfeitas”</span>, devemos viver <span style="font-style: italic;">“em santo procedimento e piedade”</span> e nos empenhar para sermos<span style="font-style: italic;"> “achados por Ele em paz, sem mácula e irrepreensíveis” [cf. 2 Pedro 3:11,14]</span>. Toda nossa reflexão neste tema deve ser tão profunda de tal modo que produza mudança sensível em nosso proceder diário. O santo Apóstolo Pedro nos diz que devemos viver de maneira que <span style="font-style: italic;">apressemos </span>a vinda do Senhor Jesus <span style="font-style: italic;">[cf. 2 Pedro 3:12]</span>. A tradução desta passagem é diferente em algumas versões da bíblia, porém a palavra grega aqui usada no original (<span style="font-style: italic;">speudo</span>), segundo o contexto e seu uso mais comum, significa <span style="font-style: italic;">apressar </span>e não <span style="font-style: italic;">ansiar </span>ou <span style="font-style: italic;">desejar ardentemente</span> - como alguns dispensacionalistas tentam mostrar. Outras traduções inseriram o pronome<span style="font-style: italic;"> vos,</span> criando a expressão <span style="font-style: italic;">apressando-vos</span>. Este pronome também não está no texto original e, se a tradução for ao menos honesta com a intrusão, você notará o itálico no pronome <span style="font-style: italic;">vos </span>impresso em sua Bíblia, indicando que este pronome <span style="font-style: italic;">não faz parte do texto original.</span> Assim, o sentido original do texto grego é simples e direto, ainda que desafie a teologia de certas tradições <span style="font-style: italic;">dispensacionalistas ou fatalistas</span>, pois neste texto, o Deus Eterno mais uma vez nos ensina que Seus decretos imutáveis incluem os meios comuns. O Santo Espírito de Deus ordenou tais palavras nesta passagem e Ele nos comunica aqui que uma<span style="font-style: italic;"> espera diligente</span>, ativa, por parte da <span style="font-style: italic;">Verdadeira Igreja</span>, é um sinal da vinda de Cristo. Uma <span style="font-style: italic;">espera passiva, acuada</span>, é um sinal de esfriamento espiritual e de que Cristo <span style="font-weight: bold;">não está às portas.</span> Isto nos mostra que o conselho eterno de Deus, no qual Deus Pai determinou o dia da volta de Cristo Jesus foi, como toda a História, decretado em conjunto com outros elementos, com todo um cenário histórico montado por Deus. Foi assim na primeira vinda, que só se concretizou depois que o tempo profético – <span style="font-style: italic;">a plenitude dos tempos </span>– chegou. O santo Apóstolo Pedro nos mostra aqui que a vinda de Cristo demora porque Ele é longânimo para conosco<span style="font-style: italic;"> [2 Pedro 3:9] </span>e aguarda com que todos os seus eleitos sejam chamados pelo anúncio do Evangelho <span style="font-style: italic;">[Marcos 13:10]</span>. Uma Igreja que ora pelo cumprimento da Grande Comissão [<span style="font-style: italic;">Lucas 11:2]</span>, obedece ao Senhor com uma vida santificada em Cristo <span style="font-style: italic;">[2 Pedro 3:11], </span>e evangeliza toda raça, povo, tribo e nação <span style="font-style: italic;">[Apocalipse 5:9;7:9] apressa </span>a volta de nosso Amado. A <span style="font-style: italic;">esperança </span>da Nova Jerusalém que desce dos céus, a <span style="font-style: italic;">esperança </span>dos novos céus e da nova terra, onde habita a justiça, é a <span style="font-style: italic;">esperança </span>desta Igreja, destes crentes, que <span style="font-style: italic;">já vivem</span> de maneira condizente com esta esperança e <span style="font-style: italic;">já almejam e trabalham pela redenção do mundo</span>, pela <span style="font-style: italic;">justiça e santidade </span>que os aguarda em plenitude no estado futuro perfeito. Concluímos, portanto, que:<br /></div><span style="color: rgb(0, 0, 0);">1) </span><span style="font-style: italic; color: rgb(0, 0, 0);">Eventos importantes deverão ocorrer</span><span style="color: rgb(0, 0, 0);"> antes que o Senhor Cristo Jesus retorne;</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 0);">2) Nós somos parte ativa da realização destes eventos;</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 0);">3) A volta de Jesus </span><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 0);">não é iminente</span><span style="color: rgb(0, 0, 0);">.</span><br /><div style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);">Mas a Epístola aos Hebreus capítulo 10, versículo 37 e o livro de Apocalipse capítulo 22, versículo 7, dentre outras passagens, ensinam que Cristo virá <span style="font-style: italic;">“logo e sem demora”</span>. Não se surpreendam com o que vou dizer, mas Cristo virá <span style="font-style: italic;">logo e sem demora</span>! Sim, quando olhamos o mundo da perspectiva do Eterno para quem<span style="font-style: italic;"> “mil anos são como um dia” [2 Pedro 3:8]</span>, então Ele <span style="font-style: italic;">virá logo</span>. Todavia, quando olhamos pela perspectiva temporal, então há uma mudança, há uma cronologia, há uma <span style="font-style: italic;">demora</span>. No capítulo 24 do Evangelho de São Mateus, os discípulos perguntam para nosso Senhor: <span style="font-style: italic;">“Quando será o dia de Sua vinda?”</span>. Este capítulo deve ser examinado minuciosamente porque, embora Cristo soubesse exatamente o que o panorama futuro Lhe reservava, os <span style="font-style: italic;">discípulos </span>estavam confusos e ainda não haviam aprendido a distinguir <span style="font-style: italic;">o futuro do Israel segundo a carne</span>, e <span style="font-style: italic;">o futuro do Israel segundo o Espírito;</span> eles confundiam <span style="font-style: italic;">a bem-aventurança do povo da Jerusalém Celestial </span>com <span style="font-style: italic;">a bem-aventurança do povo da Jerusalém Terrena</span>. Nosso Senhor lhes responde traçando um corte no tempo, sobrepondo e contrastando com o futuro da Igreja e o futuro de Israel. Voltarei a este capítulo em outra edição, mas por hora é suficiente notarmos algumas coisas na resposta que nosso Senhor forneceu aos Seus discípulos:<br /></div><br /><div style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);">1) Sua vinda será precedida pela evangelização dos gentios: <span style="font-style: italic;">“E este evangelho do reino será pregado no mundo inteiro, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim”</span>. Todas as nações terão testemunho do Evangelho, haverá <span style="font-style: italic;">discípulos de Cristo, conhecedores de Deus e da Verdade das Escrituras</span> e haverá <span style="font-style: italic;">verdadeiras Igrejas, fiéis na Palavra e nos Sacramentos</span> testemunhando<span style="font-style: italic;"> a todo povo, raça, língua e nação [Mateus 8:11;13:31,32;28:18-20, Marcos 13:10,Lucas 2:32; Atos 15:14; Romanos 9:24-26; Efésios 2:11-20]</span>.<br /></div><br /><div style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);">2) Sua vinda será precedida pela evangelização dos judeus: <span style="font-style: italic;">“Porque não quero, irmãos, que ignoreis este mistério: ... que veio o endurecimento em parte a Israel, até que haja entrado a plenitude dos gentios. E, assim, todo o Israel será salvo...” [Romanos 11:25,26].</span> É verdade que quanto ao poder e alcance do Evangelho não há diferença entre judeu e gentio<span style="font-style: italic;"> [Gálatas 3:28]</span>, e que a Aliança de Deus não está mais confinada ao âmbito nacional ou étnico, mas, agora claramente, é universal e espiritual <span style="font-style: italic;">[João 4:21;Romanos 9 e 10]</span>. Ainda existe, no entanto, um grupo de pessoas que estão arraigados no Velho Testamento, chamando-se pelo nome de judeus e praticando a religião da extinta nação de Israel. Este povo, que ainda guarda as leis abolidas em Cristo e permanece com um véu sobre seu coração de pedra, verá ser chamado de entre eles um remanescente, segundo a eleição da Graça, que, junto da <span style="font-style: italic;">“plenitude dos gentios”</span>, sem qualquer privilégio especial, integrará a Igreja de Cristo, a chamada <span style="font-style: italic;">Israel de Deus [Gálatas 6:16]</span> referido no versículo acima como <span style="font-style: italic;">“todo o Israel”</span>. Junto aos gentios eles participarão desta espiritualmente próspera e notável Igreja que a promessa de Deus fará visível no futuro <span style="font-style: italic;">[Zacarias 12.10; 13.1; 2 Coríntios 3.15, 16; Isaías 27:9,59:20-21; Jeremias 31:33,34]</span>.<br /></div><br /><br /><div style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);">3) Sua vinda será precedida pela ira de Satanás: <span style="font-style: italic;">“Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar contra os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus” [Apocalipse 12:17].</span> Quanto mais Satanás vê seu tempo se esgotando, tanto mais se encoleriza. Por isso, <span style="font-style: italic;">imediatamente </span>antes da vinda de Cristo, após <span style="font-style: italic;">a bem-aventurança da Igreja</span>, a<span style="font-style: italic;"> falsa Igreja com seus falsos profetas</span> e o <span style="font-style: italic;">mundo</span>, se unirão de tal maneira nunca vista e terão o firme propósito de destruir a Igreja de Cristo, com todo o poder de Satanás e seus prodígios de mentira. Será um tempo de perseguição como <span style="font-style: italic;">nunca antes visto</span> e a batalha se tornará tão terrível nestes últimos tempos de existência do mundo, que estes dias <span style="font-style: italic;">serão abreviados</span>. Graças ao Senhor que Sua Igreja será cheia de santidade, fé, perseverança e amor<span style="font-style: italic;"> como nunca antes fora</span>.<br /></div><br /><div style="text-align: justify;"><span style="color: rgb(0, 0, 0);">Vemos, nestes sinais que a Escritura nos dá, que a vinda de nosso Senhor não é </span><span style="font-style: italic; color: rgb(0, 0, 0);">iminente</span><span style="color: rgb(0, 0, 0);">. Que há um futuro de triunfos na perspectiva profética da Igreja. Que por mais que as forças do mal se levantem, o propósito de Deus é a vitória do Evangelho em todo o mundo. A partir da próxima edição, cada um destes pontos será detidamente exposto com seus devidos textos da Escritura para que conheçamos mais da nossa esperança futura e nos empenhemos em trabalhar para realizar o propósito dAquele que nos tem chamado, o firme propósito de nosso Senhor a quem foi dada toda a autoridade no céu e na terra </span><span style="font-style: italic; color: rgb(0, 0, 0);">[Mateus 28:18].</span><span style="color: rgb(0, 0, 0);"> O firme propósito de que Sua Igreja seja Santificada no Espírito, cheia da Palavra, com um só coração e uma só mente, para revelar ao mundo o caráter e a glória de Cristo Jesus.</span><br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7082510166136551617.post-19004806983552567622009-08-17T11:22:00.009-03:002010-03-10T10:14:37.122-03:00Esperança em Tempos de Apostasia – Parte 2<xml> <w:worddocument> <w:view></w:view><w:punctuationkerning><w:validateagainstschemas><w:compatibility><w:breakwrappedtables><w:snaptogridincell><w:wraptextwithpunct><w:useasianbreakrules><w:browserlevel></w:browserlevel> </w:useasianbreakrules></w:wraptextwithpunct><!--[endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Font Definitions */ @font-face {font-family:Tahoma; panose-1:2 11 6 4 3 5 4 4 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:swiss; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:1627421319 -2147483648 8 0 66047 0;} @font-face {font-family:"Lucida Sans Unicode"; panose-1:2 11 6 2 3 5 4 2 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:swiss; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:-2147476737 14699 0 0 63 0;} @font-face {font-family:"Wingdings 2"; panose-1:5 2 1 2 1 5 7 7 7 7; mso-font-charset:2; mso-generic-font-family:roman; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:0 268435456 0 0 -2147483648 0;} @font-face {font-family:TimesNewRomanPSMT; mso-font-alt:"Times New Roman"; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:roman; mso-font-pitch:auto; mso-font-signature:0 0 0 0 0 0;} @font-face {font-family:StarSymbol; mso-font-alt:"Arial Unicode MS"; mso-font-charset:128; mso-generic-font-family:auto; mso-font-pitch:auto; mso-font-signature:0 0 0 0 0 0;} @font-face {font-family:"\@StarSymbol"; mso-font-charset:128; mso-generic-font-family:auto; 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Orem e vigiem, pois devemos estar alertas às sutis ciladas do Diabo, ciladas como estes <i>farrapos de falta de esperança </i>que o <i>dispensacionalismo </i>nos legou, e como os problemas de hermenêutica que tão despercebidamente somos tentados a absorver do <i>pentecostismo </i>e do <i>liberalismo teológico</i>.Ressalto, para termos mais exata noção desta questão, que até aexistência do <i>dispensacionalismo</i> está diretamente relacionada ao problema de uma má hermenêutica – isto é, a adoção de uma maneira inadequada de interpretar os textos da Escritura. Sei que não é raro ouvir alguém fazer pouco caso desta questão, alegando que não é necessário um princípio hermenêutico para interpretar corretamente a Escritura, mas somente a <i>“ação do Espírito”</i>. Ora, temos dois erros nesta afirmação: primeiro porque a Escritura nos ensina que os meios e o conhecimento comuns são indistintamente ordenados pelo Espírito de Deus para fins extraordinários <i>[cf. João 5:39; 1 Coríntios 14:26; Atos 17:28; 2 Timóteo 4:13] </i>– o que nos leva a entender que as imprescindíveis horas de oração sincera cooperam para com o estudo, mas não o substituem; e, segundo, porque a idéia de que não é necessário um princípio hermenêutico para a interpretação bíblica é, em si, um princípio de uma hermenêutica relativista. Concluímos, portanto, que toda vez que alguém se aproxima do texto da Escritura está (conscientemente ou não) comprometido com determinado sistema de interpretação. Como não há uma forma neutra de se aproximar da Bíblia, cabe conhecermos os sistemas de interpretação existentes e optarmos pelo sistema que possua a maior consistência interna e que não nos leve a interpretar textos da Escritura como se a Palavra de Deus estivesse em contradição à ela mesma ou ao nosso sistema de interpretação. Alerto, principalmente, contra os perigos dos seguintes tipos de interpretação: </span></span><p class="MsoNormal" style="margin-left: 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt; color: rgb(0, 0, 0);"><!--[if !supportLists]--><span style=";font-family:StarSymbol;font-size:100%;" ><span style=""></span></span><!--[endif]--><span style="font-size:100%;"><i><i><span style="font-family:TimesNewRomanPSMT;">Alegórica –</span></i></i></span><span style=";font-family:TimesNewRomanPSMT;font-size:100%;" >é a interpretação dos textos da Escritura de maneira subjetiva, buscando um <i>“sentido espiritual mais profundo”</i> do que aquile que poderia ser naturalmente compreendido do texto, ou de seu contexto imediato. É puramente arbitrário, como por exemplo: um teológo medieval dizia que os 7 filhos de Jó representavam os 12 apóstolos porque 7 é 4 somado com 3, e 4 multiplicado por 3 é igual a 12; outro dizia que as duas varas mencionadas em Zacarias 11:7 são a Ordem Franciscana e a Ordem Dominicana; o movimento espiritualista diz que <i>“o outro consolador” [João 14:16] </i>é o espiritualismo; já alguns maometanos dizem que foi este Maomé. Nenhuma destas interpretações considera o texto em si segundo o seu próprio contexto e o seu significado mais natural. A interpretação <i>Alegórica,</i> por ser tão subjetiva, admite também a possibilidade de que a mesma passagem possa ter vários sentidos e significados, inclusive conflitantes;<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-left: 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt; color: rgb(0, 0, 0);"><!--[if !supportLists]--><span style=";font-family:StarSymbol;font-size:100%;" ><span style=""><i>●<span style=";font-family:";" > </span></i></span></span><!--[endif]--><span style="font-size:100%;"><i><i style=""><span style="font-family:TimesNewRomanPSMT;">Histórico-crítica </span></i></i></span><span style=";font-family:TimesNewRomanPSMT;font-size:100%;" >ou<i style=""> liberal –</i> ao interpretar o texto bíblico, o adepto deste tipo de interpretação recusa partes claras e evidentes do texto (como a parte da narrativa de quando Jonas é engolido por um grande peixe, de quando Isaías profetiza sobre Ciro, ou de quando Cristo ressuscita), porque estas partes desafiam a visão de mundo <i>cientificista </i>e <i>racionalista </i>que se popularizou a partir do fim do século XIX;<o:p></o:p></span></p><i> </i><p class="MsoNormal" style="margin-left: 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt; color: rgb(0, 0, 0);"><!--[if !supportLists]--><span style=";font-family:StarSymbol;font-size:100%;" ><span style=""><i>●<span style=";font-family:";" > </span></i></span></span><!--[endif]--><span style="font-size:100%;"><i><i><span style="font-family:TimesNewRomanPSMT;">Experiencial – </span></i></i></span><span style=";font-family:TimesNewRomanPSMT;font-size:100%;" >é a interpretação da Escritura com o objetivo de encontrar nela as bases que justifiquem uma determinada experiência subjetiva ou uma determinada crença. É o caso dos <i>pentecostistas </i>que costumam balizar suas crenças nos pretensos dons, visões e outras manifestações estranhas à Escritura usando frases como<i> “aconteceu comigo” </i>ou <i>“eu já vi acontecer” </i>e, a partir daí, buscar textos isolados que sirvam de comparação às suas experiências<i>. </i>Quando a Escritura claramente desabona algo, ou quando ela não possui uma norma direta e clara sobre determinado assunto, não importa o que <i>eu vi</i> ou <i>eu experimentei, </i>porque<i> eu</i> sou passível de erro e de toda sorte de engano, enquanto a Palavra de Deus não – se a Escritura estabelece algo, então tenho bases firmes para crer nisso; se ela nega, silencia ou não provê suficientes detalhes sobre certo assunto, então<span style=""> </span>simplesmente não há <i>rocha firme </i>sobre a qual construir um ensino;<o:p></o:p></span></p><i> </i><p class="MsoNormal" style="margin-left: 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt; color: rgb(0, 0, 0);"><!--[if !supportLists]--><span style=";font-family:StarSymbol;font-size:100%;" ><span style=""><i>●<span style=";font-family:";" > </span></i></span></span><!--[endif]--><span style="font-size:100%;"><i><i><span style="font-family:TimesNewRomanPSMT;">Hiperliteralista, </span></i></i></span><span style=";font-family:TimesNewRomanPSMT;font-size:100%;" >é a interpretação literal de quase todos os textos da Escritura, até aqueles evidentemente simbólicos ou metafóricos. Considera, por exemplo, que o Templo descrito nas profecias de Ezequiel seria um Templo literal a ser construído no futuro, apesar do relato sobre o rio no capítulo 47 contradizer esta idéia.<i><o:p></o:p></i></span></p><i> </i><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><span style=";font-family:TimesNewRomanPSMT;font-size:100%;" >Tendo enumerado os erros mais comuns, agora nos é proveitoso avaliar o método mais adequado para o estudo da Escritura (aquele mesmo que foi utilizado pelos Apóstolos no século I, pela escola teológica da Igreja de Antioquia nos séculos II e III, por inúmeros santos homens do passado, pelos<span style=""> </span>Reformadores do século XVI e pelos Puritanos nos séculos seguintes): o princípio hoje chamado histórico-gramatical. Podemos resumí-lo em 4 princípios básicos:<i><o:p></o:p></i></span></p><i> </i><p class="MsoNormal" style="margin-left: 54pt; text-align: justify; text-indent: -18pt; color: rgb(0, 0, 0);"><!--[if !supportLists]--><span style=";font-family:StarSymbol;font-size:100%;" ><span style=""><i>●<span style=";font-family:";" > </span></i></span></span><!--[endif]--><span style=";font-family:TimesNewRomanPSMT;font-size:100%;" >A Escritura é a única medida e meio de informação infalível e inerrante, capaz de ensinar-nos acerca da Salvação de nossa alma, do conhecimento de Deus, da confiança nEle e da forma perfeita da obediência que é devida ao Senhor <span style="font-style: italic;">[Romanos 1:19-21,2:14-15; 2 Timóteo 3:15-17; Isaías 8:20; Lucas 16:29; Efésios 2:20].</span> Nem homem algum, nem instituição alguma, tem autoridade superior àquela contida na Bíblia, que é a Palavra de Deus<span style="font-style: italic;"> [2 Pedro 1:19-21; 2 Tessalonicenses 2:13; 1 João 5:9]</span>; portanto, a Bíblia é o único intérprete infalível da própria Bíblia, trazendo, em suas partes mais claras, luz suficiente àquelas de mais difícil entendimento;<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left: 54pt; text-align: justify; text-indent: -18pt; color: rgb(0, 0, 0);"><!--[if !supportLists]--><span style=";font-family:StarSymbol;font-size:100%;" ><span style="">●<span style=";font-family:";" > </span></span></span><!--[endif]--><span style=";font-family:TimesNewRomanPSMT;font-size:100%;" >Há somente um único sentido pleno e verdadeiro para cada passagem da Escritura, que<span style=""> </span>é o sentido originalmente desejado pelo autor humano para com os seus leitores. Este sentido deve ser buscado com afinco e defendido com fé e diligência, pois proveio da vontade do Espírito de Deus que inspirou o autor imediato do texto à expressão exata do que o Senhor intentou legar à Sua Igreja <span style="font-style: italic;">[2 Pedro 1:20,21; Atos 15:15-16];</span><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left: 54pt; text-align: justify; text-indent: -18pt; color: rgb(0, 0, 0);"><!--[if !supportLists]--><span style=";font-family:StarSymbol;font-size:100%;" ><span style="">●<span style=";font-family:";" > </span></span></span><!--[endif]--><span style=";font-family:TimesNewRomanPSMT;font-size:100%;" >Tal sentido único é obtido pela interpretação mais natural e imediata do texto, segundo a gramática comum e o bom uso da lógica. Quando, no entanto, houver controvérsias quanto à esta interpretação, tais dúvidas devem ser dirimidas por homens piedosos e capacitados pelo Espírito de Deus, com bom conhecimento das línguas originais da Escritura (especialmente pelos teólogos e mestres da Igreja) ou pela consulta à excelentes traduções (no caso de leigos). Mais luz será lançada sobre o texto, pela necessária consideração de seu tipo literário e da cultura, época e ocasião em que foi escrito. Por último, recomenda-se buscar o auxílio de bons livros que Santos homens do passado escreveram sobre o assunto investigado;<i><o:p></o:p></i></span></p><i> </i><p class="MsoNormal" style="margin-left: 54pt; text-align: justify; text-indent: -18pt; color: rgb(0, 0, 0);"><!--[if !supportLists]--><span style=";font-family:StarSymbol;font-size:100%;" ><span style=""><i>●<span style=";font-family:";" > </span></i></span></span><!--[endif]--><span style=";font-family:TimesNewRomanPSMT;font-size:100%;" >A Revelação de Cristo é a substância do início, do decorrer e da consumação de tudo o que é informado na Escritura <i>[Lucas 24:27; Apocalipse 1:8; Colossenses 1:16]. </i>Sendo, portanto, um livro de tal teor espiritual e divino, a Escritura só é plenamente compreendida em seu caráter como Revelação de Cristo, mediante a iluminação do Santo Espírito <i>[João 6:45; 1 Coríntios 2:9-12]</i>. Isto não dá subsídios para uma interpretação <i>alegórica,</i> porque a maneira como cada texto da Escritura nos leva a Cristo é determinada pelo contexto, intenção do autor, tipo literário e interpretação das passagens relacionadas da própria Bíblia. <o:p></o:p></span></p><i> </i><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><span style=";font-family:TimesNewRomanPSMT;font-size:100%;" >Confesso que esta introdução à exposição dos textos referidos na última edição fez-se um tanto extensa; porém, é necessária pois, sem a correta base hermenêutica, não só a compreensão das profecias que estudaremos ficaria comprometida, como todo o modo de enxergamos a Escritura pereceria. Por isso, insisto ainda que todos nossos leitores orem por nossos presbíteros e pregadores para que estes cresçam a cada dia no Conhecimento do Amor de Cristo e na habilidade para nos conduzir, pela Graça do Senhor, à pureza, verdade e santidade que a Igreja de Cristo deve ter. E este é, sobretudo, o objetivo de todo o nosso estudo: que a meditação no ensino da Escritura sobre as <i style="">últimas coisas </i>floresça na forma de uma viva esperança cotidiana e, portanto, na forma de um apelo crescentemente sensível, do Espírito de Deus, para que nos consagremos ao Senhor com inteireza, rejeitando toda <i>falsa doutrina</i>, e, assim, onde quer que estivermos e seja qual for a vocação que o Senhor nos tem dado junto ao mundo, sejamos reconhecidos pela diligência e prontidão na luta pela expansão e progresso do Reino de Deus na terra. Retomo então nosso tema nestes estudo que é a <i style="">Esperança em Tempos de Apostasia</i>, a <i style="">esperança em Cristo </i>e em Sua Palavra, <i style="">esperança</i> sobre a qual a Escritura nos diz: <i style="">“Todo aquele que nEle tem esta esperança, purifica-se a si mesmo, assim como ele é puro” [1 João 3:3].</i></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><span style=";font-family:TimesNewRomanPSMT;font-size:100%;" ><i style=""><br /></i></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-size:100%;"></span><span style=";font-family:TimesNewRomanPSMT;font-size:100%;" ><i><i style=""><o:p></o:p></i></i></span></p><i> </i><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-size:100%;"><o:p><i> </i></o:p></span></p><i> </i><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-size:100%;"><b style=""><span style="font-family:TimesNewRomanPSMT;">Futurismo, uma arma de pessimismo e desânimo</span></b><i><b style=""><span style="font-family:TimesNewRomanPSMT;"><o:p></o:p></span></b></i></span></p><i> </i><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><span style=";font-family:TimesNewRomanPSMT;font-size:100%;" >Como dissemos no início, a correta interpretação da Escritura é <i>necessária </i>para a saúde dos crentes, pois foi de uma má hermenêutica que surgiram heresias como o <i>dispensacionalismo. </i>E é no coração do <i style="">dispensacionalismo </i>que<i style=""> </i>encontramos outro fruto vindo de homens que distorcem as Escrituras. Sim, lá encontramos um velho romanista, da pior espécie, um servo da obra-prima do Diabo chamada Igreja Católica Romana. Este romanista atende pelo nome de<i style="">: futurismo. </i>O <i>futurismo </i>a que me refiro<i> </i>é uma escola de interpretação das profecias da Escritura, que surgiu por volta do século XVII, pelas mãos calculistas de um Jesuíta. Esta escola defende que <i>todas </i>as profecias que não se cumpriram <i>literalmente </i>terão um cumprimento futuro. Esta idéia está baseada em uma divisão arbitrária do Apocalipse em partes, onde o capítulo 2 e o 3 são um resumo da história da Igreja em todos os séculos e o capítulo 4 em diante demonstra, cronologicamente, as coisas que “<i>ainda hão de acontecer</i>”. Esta armadilha escatológica foi uma daquelas armas forjadas nos porões sujos dos mais ímpios servos de Roma, assim como o fora o <i>Arminianismo</i> (a ligação entre <i style="">certos </i>romanistas semi-pelagianos com <i style="">Jacobus Arminius </i>é bem documentada na História) e o <i style="">Misticismo Cristão </i>(segundo um antigo cardeal da Igreja Romana, esta instituição <i>não é o resultado da revelação de Cristo</i> vivificando a herança judaica, mas a <i>sincretização</i> dos conceitos neotestamentários <i>com as religiões pagãs</i> – não é sem porquê que o <i style="">Misticismo Cristão </i>é considerado o pai dos movimentos pentecostais e, sobretudo, dos neo-pentecostais).<i> </i>O <i>futurismo </i>foi criado com um intuito certeiro: fazer-nos esquecer que o trono do Papa <i>já</i> é o trono do Anticristo. Coisa que esta escatologia faz ao mover o advento do Anticristo para um futuro distante, quase inatingível e ao condicionar a interpretação do Apocalipse às crises geopolíticas e desastres da época do intérprete (o que, além de todo o mal já citado, ainda incitou muitos ao pecado da <i>prognosticação</i> – basta consultar a história dos <i>Adventistas do Sétimo Dia</i> ou das<i> Testemunhas de Jeová</i> para entender quão destruidor é o <i>futurismo</i>). É válido notar que, desde antes da Reforma, muitos homens haviam aprendido e ensinado que o Apocalipse é um livro <i>para hoje</i><span style=""> </span>(e não para o <i>futuro </i>distante) e que a manifestação do <i>homem da iniqüidade -</i> que se assenta no meio do povo de Deus dizendo ser ele mesmo <i>o deus [2 Tessalonicenses 2:4; Apocalipse 13:1-8] -</i> já havia se iniciado. Sabia-se também que Roma seria sua cidade <i>[Apocalipse 17:9] </i>e que ele derramaria o sangue dos Santos de Deus <i>[Apocalipse 13:7,18:24]. </i>No século XIV, quando centenas de milhares já haviam sido mortos pela Igreja Romana, por discordar de seus dogmas antibíblicos, o Papa Bonifácio declarou: “<i>Eu tenho a autoridade de Rei dos reis, eu sou tudo em todos e sobre todos, assim que Deus, Ele mesmo e eu, o Vigário (</i>substituto<i>) de Deus, temos uma só autoridade, e eu sou capaz de fazer quase tudo que Deus pode fazer. O que podem me considerar senão Deus?</i>”. Então a antiga suspeita se fez mais do que confirmada. Quando a Luz da Palavra de Deus iluminou o mundo através da Reforma Protestante, a denúncia da real identidade espiritual do Papa se alastrou e foi conhecida em toda parte. No magistral documento confessional do Congregacionalismo mundial (a Declaração de Savoy), John Owen toma como suas as palavras dos puritanos de Westminster e diz: <o:p></o:p></span></p><i> </i><p class="MsoNormal" style="margin-left: 35.45pt; text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><span style=";font-family:TimesNewRomanPSMT;font-size:100%;" ><i>Não há outro cabeça da Igreja senão o Senhor Jesus Cristo. <i>[Colossenses 1:18; Efésios 1.22]</i> Nem pode, portanto, o papa de Roma, em nenhum sentido ser o cabeça; Mas ele é aquele Anticristo, aquele homem do pecado, o filho da perdição, que se exalta a si mesmo, na Igreja, contra Cristo e a tudo que se chama Deus, a quem o Senhor destruirá com o resplendor de Sua vinda. <i>[Mateus 23:8-10; 2 Tessalonicenses 2:3,4,8,9; Apocalipse 13:6]<br /><o:p></o:p></i></i></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=";font-family:TimesNewRomanPSMT;font-size:11pt;color:black;" ><span style="font-size:100%;">E esta era a crença generalizada de todos as Igrejas Reformadas até o século XVIII quando o <span style="font-style: italic;">futurismo</span> conseguiu infiltrar-se no aprisco Cristão pelas ações dos emissários de Roma. Com o fermento do <span style="font-style: italic;">futurismo</span>, no século seguinte cresceu o <span style="font-style: italic;">pré-milenismo</span> – soma da concepção hiperliteralista de que o milênio de <span style="font-style: italic;">Apocalipse 20</span> trata de 1000 anos literais que terão um cumprimento futuro e da idéia cronológica de que os eventos do <span style="font-style: italic;">capítulo 20 </span>ocorrem imediatamente após os eventos do <span style="font-style: italic;">capítulo 19</span>. Com a junção das doutrinas do arminianismo, futurismo e misticismo (incorporado pelos movimentos pietistas radicais) o cenário para a Apostasia na igreja completou-se e os eixos do pensamento cristão moderno, já abalado por outros ataques ideológicos, moveu-se para longe da verdade da Escritura. Este processo transformou o discurso cristão. A pregação histórica do Evangelho centrado em Cristo mudou-se em uma pregação de um outro evangelho cujo objetivo é satisfazer a carne. A determinação ousada dos antigos Cristãos que conheciam, pela Escritura, a história da Redenção do mundo pelo poder da Palavra de Cristo, tornou-se no retraimento e mundanismo dos atuais cristãos que crêem que a Bíblia conta a narrativa da recorrente derrota da Igreja de Cristo até o dia da fuga em massa. Este veneno de Roma, esta visão deturpada arminiana, futurista e mística (que, desde a última década, é hegemônica no meio evangélico) está nos catapultando de volta à idade média ao ensinar que Satanás reina sobre o mundo com constante triunfo e, portanto, a única esfera de ação do Evangelho é a vida para a igreja e na igreja. Se já não bastasse nos atemorizar com a história de um invencível cerco dos exércitos das trevas, somos apresentados ainda a um sempre eminente Armagedon, a uma estranha doutrina de que fim do mundo está sempre às portas (apesar de ser claramente absurdo dizer que sempre estamos quase no fim). O resultado?! Perdemos a noção de que a obediência à Lei moral de Deus é dever de todas as nações, de todos os povos e de todos os governos, (não somente da Igreja) e de que a responsabilidade pela derrocada e falência moral do mundo e da igreja visível é nossa – a presente geração do povo de Deus. Perdemos a visão de quem são nossos inimigos e de como podemos vencê-los, perdemos a visão de que o Anticristo já está no nosso meio (há séculos!) e que deve ser combatido com a Palavra. Perdemos a compreensão de quais são os objetivos da Igreja e de como podemos estabelecê-los, em lugar de nos acuarmos amaldiçoando o mundo e lamentando que somos os últimos fiéis na Terra. Por isso, nos primeiros textos bíblicos que estudaremos aqui, com a boa hermenêutica da Reforma e a Graça do Espírito de Deus sobre nós, buscarei expor as promessas que o Senhor nos deu para nos conservarmos vigorosos e otimistas em cada dura batalha as quais, se amarmos ao Reino de Deus, nos disporemos a enfrentar daqui por diante. Como dissemos na última edição, sabemos que a Escritura promete tribulações e perseguições para a Igreja até o retorno de Cristo e que não há notícia na Bíblia de que um dia, antes do fim, o mundo e/ou a Igreja, se tornarão completamente puros. Porém, há na Escritura uma poderosa escatologia de vitória para a Igreja de Cristo, escatologia esta que já perdemos muito ao ignorá-la.</span><o:p></o:p></span></p></w:snaptogridincell></w:breakwrappedtables></w:compatibility></w:validateagainstschemas></w:punctuationkerning></w:worddocument></xml>Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7082510166136551617.post-19460427942193196082009-07-16T13:33:00.003-03:002009-07-16T13:40:32.552-03:00Maravilhosa Graça<!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Font Definitions */ @font-face {font-family:"Lucida Sans Unicode"; panose-1:2 11 6 2 3 5 4 2 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:swiss; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:-2147476737 14699 0 0 63 0;} /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:none; mso-hyphenate:none; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Lucida Sans Unicode"; mso-fareast-language:#00FF;} @page Section1 {size:595.25pt 841.85pt; margin:2.0cm 2.0cm 2.0cm 2.0cm; mso-header-margin:36.0pt; mso-footer-margin:36.0pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1; mso-footnote-position:beneath-text;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--> <p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">Você sabe que possui uma alma imortal. Todos sabemos. Ainda que você asfixie esse conhecimento natural, sua própria consciência testemunha de que a sua existência não se extinguirá depois que o seu corpo se for. É uma perturbadora e constante idéia diante da qual nem eu, nem você, nem ninguém permanece impassível. E é uma idéia da qual não podemos fugir: pois quando olhamos ao nosso redor, o Infinito nos dá seu testemunho. Lá está o céu sem fim, cujas alturas se estendem além das trevas exteriores; lá está o interminável mar, seus abismos inexploráveis, suas águas há longos milênios sobre a terra; lá estão as incontáveis estrelas, com seus segredos imemoráveis. Em cada uma dessas obras o Infinito aguça ainda mais nosso desejo pelo que é Eterno, a cada um desses chamados a imortalidade da sua alma responde com júbilo. Contudo, qual o exato destino de sua alma imortal quando seu corpo descer à sepultura? Estar incerto quanto a isto, não te faz estremecer quando pensa a respeito da infindável eternidade que te aguarda? A Escritura diz “<span style="font-style: italic;">Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, pois naquela se vê o fim de todos os homens; e os vivos que o tomem em consideração</span>”<span style="font-style: italic;"> [Eclesiastes 7:2]</span>. É proveitoso pensar na morte, no fim de todos os homens. Sua alma é imortal, mas seu corpo não; por isso consideremos o inevitável crepúsculo, porque nem eu, nem você, poderemos fugir disto. E a questão necessariamente incluída neste pensamento é aquela que já nos fizemos, ainda há pouco: após a morte, pelo longo tempo no futuro sem fim, onde estará a minha alma imortal? Mais dia, menos dia, você terá de encarar esta questão e, peço ao Senhor, que Ele te conduza a fazê-lo agora, em minha companhia, pois, se deixarmos para fazê-lo depois, o súbito fim da existência pode te apanhar antes de ter lidado com esta questão da maneira como se deve lidar. Vamos, juntos, ouvir do Senhor o que Ele pode nos ensinar a este respeito. O que Ele diz que nos acontecerá depois da morte? Um Julgamento. Cada homem morre<span style="font-style: italic;"> “uma só vez”, “uma vez para sempre” ao que se segue o Juízo [Hebreus 9:27-28]</span>. Quando morrer, você se apresentará diante de Deus, o Justo Juiz dos vivos e dos mortos<span style="font-style: italic;"> [Salmo 7:11, Atos 10:42]</span>. Será que isto é bom? O Senhor nos diz que não será bom para todos. Na verdade, estar diante de Deus será terrível para muitos <span style="font-style: italic;">[Mateus 22:12-14, 2 Coríntios 5:9-11]</span>. Por quê? Porque só terá descanso o homem que, quando se apresentar diante de Deus, já estiver em paz com Ele, já estiver sob Seu favor – este homem receberá sua parte da árvore da vida e da Cidade Santa e habitará com Deus para sempre. Porém, a pessoa que se apresentar diante dEle sem estar sob o Seu favor, receberá sua parte no Lago de Fogo e tormento eterno <span style="font-style: italic;">[Apocalipse 22:14-19, 20:14,15]</span>. Portanto, devemos nos perguntar, com temor e preocupação: Como conseguir o favor de Deus? Como estaremos prontos para nos apresentarmos ao Senhor, no dia do Juízo? A surpreendente resposta é: Deus está oferecendo gratuitamente o Seu favor e a Sua paz. Ele está oferecendo-os neste momento a mim, a você e a todos quantos quiserem. Ele está oferecendo-os em Cristo. </p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">Ouçamos a Sua voz a chamar: <span style="font-style: italic;">“Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite” [Isaías 55:1]</span> <span style="font-style: italic;">“Vem! Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida” [Apocalipse 22:17]</span>. </p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">Gratuitamente Ele nos chama, não há necessidade de pagamento ou de permuta, o favor de Deus é gratuito para todo aquele que crê.<span style="font-style: italic;"> “Crê no Senhor Jesus e serás Salvo” [Atos 16.31]. </span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">Veja que há boas razões para ser assim. Dar-te-ei apenas três motivos:</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">1)<span style="font-style: italic;">“O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas. Nem é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais” [Atos 17.24,25]</span> – Deus não é servido como se de alguma coisa precisasse – Ele é completo em Si mesmo, não há nada que você possua que possa acrescentar algo ao Senhor;</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">2)<span style="font-style: italic;"> “O Salário do pecado é a Morte” [Romanos 6:23] </span>- Por causa dos seus pecados, tudo o que você merece de Deus é a Morte.</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">3)O preço suficiente para te redimir e te dar o favor de Deus já foi pago<span style="font-style: italic;"> [1 Coríntios 6:20, 7:23]</span>.O único que poderia agradar ao Senhor, o único Justo, Cristo Jesus, viveu uma vida reta e morreu uma morte que não merecia, para comprar Salvação para os que nEle crêem.</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">Agora, venha e compre sem dinheiro, venha e receba a paga pelo trabalho de Cristo. <span style="font-style: italic;">“Ora ao que trabalha, o salário não é considerado como favor e sim como dívida.”</span> <span style="font-style: italic;">[Romanos 4:4]</span><span style=""> </span>Se você tenta ganhar a salvação pelas suas obras, mas labuta também o pecado, o salário que te é devido é a morte por causa do pecado <span style="font-style: italic;">[Romanos 6.23]</span>. A Palavra nos diz que <span style="font-style: italic;">“Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos” [1 João 1:8]</span>, donde entendemos que não há homem algum isento de culpa, que todos nós, com maior ou menor malignidade, com maior ou menor dolo, pecamos. Sim, é isso mesmo que a Escritura nos diz: <span style="font-style: italic;">“todos pecaram e carecem da glória de Deus” [Romanos 3:23, cf. Salmo 51:5]</span>. Assim, se todos temos algum pecado, todos receberemos o salário do pecado, que é a morte. Simplesmente não há saída para o pecador, nenhuma de nossas boas ações podem nos livrar da escravidão do pecado <span style="font-style: italic;">[João 8:34, Romanos 6:20]</span> e de, por conseqüência disto, herdar o inferno. Por isso, tentar adquirir a Salvação e o favor de Deus como recompensa por nossas boas obras é inútil <span style="font-style: italic;">[Romanos 3:20, Gálatas 2:16]</span>. É impossível aos homens adquirirem a Salvação para si mesmos <span style="font-style: italic;">[Marcos 10:27, Mateus 19:26]</span>. </p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">Se somos tão miseráveis e estamos tão certamente condenados, como receberemos o favor de<span style=""> </span>Deus? Simples: confiando no trabalho e na retidão de Deus e não em nada que provém de nós mesmos.<span style="font-style: italic;">“Mas, ao que não trabalha, porém crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é atribuída como justiça” [Romanos 4:5]</span> Abra seus olhos e veja! Eis aqui a Maravilhosa Graça de Deus! Eis o sentido daquele chamado que ouvimos antes, eis o significado da voz do Salvador que diz: <span style="font-style: italic;">“Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite” [Isaías 55:1]</span>. Por isso você pode vir, por isso você pode comprar sem dinheiro: porque aquele que não trabalha para alcançar o favor de Deus, mas crê em Cristo Jesus, receberá o salário pelo trabalho de Cristo Jesus e será visto por Deus como Justo! O Senhor Cristo Jesus, Filho de Deus, viveu em perfeita santidade, sendo tão rico em retidão e merecedor de tão excelente favor de Deus que pode tomar da Sua retidão e entregá-la a Deus no lugar das imundas obras do pecador. Sim, repito: Nós, que somos pecadores, se crermos que Cristo é a nossa Justiça, receberemos o salário devido a Cristo pela retidão dEle e não o salário que era nosso pelo nosso pecado. Cristo já pagou o débito de todos os que crerão nEle! Venha e receba o que Ele comprou, o tesouro precioso de Salvação e da abundante vida com Deus - Ele o comprou com Seu preciso Sangue, para todo aquele que nEle crer. </p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">Ouçamos ao Senhor Jesus Cristo mesmo, que nos ensina sobre tal maravilhoso convite da Graça por meio da parábola do Fariseu e do Publicano:<span style=""> </span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="font-style: italic; text-align: justify;" class="MsoNormal">“Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho.</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="font-style: italic; text-align: justify;" class="MsoNormal">O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado.” [Lucas 18:10-14]</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">Que o Senhor tenha misericórdia de nós e não permita que sejamos cegos para a hipocrisia e altivez que espreita nossas almas! Veja que o fariseu orava para si mesmo, para obscurecer a consciência de sua dívida, confiado em sua religiosidade e em suas boas obras; por isso ele adentrou o templo sob a Ira de Deus, e sob a Ira de Deus desceu para sua casa. Nenhuma das suas boas ações, nem a sua dedicação religiosa, nem seus jejuns, nem sua obediência externa à Lei, nem seus dízimos - nada do que fez pôde torná-lo verdadeiramente Santo e Justo. E Deus não exige nada menos do que santidade absoluta e perfeita justiça para estar sob Seu Favor. <span style="font-style: italic;">“Sede santos porque Eu sou Santo” [1 Pedro 1:16] </span>diz o Senhor; Ele mesmo é o padrão da santidade que Ele exige: <span style="font-style: italic;">“Quem, SENHOR, habitará no teu tabernáculo? Quem há de morar no teu santo monte? Aquele que anda sinceramente, e pratica a justiça, e fala a verdade no seu coração; Aquele que não difama com a língua, nem faz mal ao próximo” [Salmo 15:1-3]</span> e <span style="font-style: italic;">“Nela [Nova Jerusalém] nunca jamais penetrará coisa alguma contaminada, nem o que pratica abominação e mentira” [Apocalipse 21.27]</span>.<span style=""> </span>Assim, o fariseu não obteve o favor de Deus; antes, a Sua Ira porque, por mais que se esforçasse em seus deveres, jamais alcançaria perfeita justiça; e pior, por considerar que a mínima retidão que possuía era digna do favor de Deus, ele menosprezou a santidade do Senhor e imaginou um falso deus, muito menor e mais débil que o Santo, Santo, Santo Deus Altíssimo e Eterno. O fariseu permaneceu nas suas injustiças, cego em seus pecados, porque quis alcançar ao Senhor com sua própria força, pela sua própria obediência. Mas ninguém será justificado por obras <span style="font-style: italic;">[Romanos 3:20, Gálatas 2:16]</span>. Agora atentemos para o que Jesus Cristo nos ensina acerca do ocorrido com o publicano. Ora, o pecador publicano, tão ciente de sua miséria a ponto de nem levantar os olhos aos céus, ofereceu apenas seus pecados ao Senhor; não ostentou pretensas boas ações, mas clamou por Sua misericórdia. E o que ocorreu? Ele foi declarado justo! Deus o perdoou e o enxergou como justo, pela retidão que há em Cristo, onde reside toda<span style=""> </span>Misericórdia e<span style=""> </span>Graça. O coração do publicano estava cheio de genuíno arrependimento, seu espírito sinceramente quebrantado diante do Altíssimo, sua mente tomada por ódio aos seus pecados e vergonha de sua miséria. Ele conhecia sua necessidade de perdão e conversão; ele sabia que só Deus podia dar-lhe um coração novo em Cristo. Ele se humilhou, ele implorou. E o publicano desceu para sua casa justificado.</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">Eis, sobre todos os povos, bendito Eternamente, o Deus que perdoa pecadores e converte os caminhos destes para o bem! Eis o Deus que está perto de cada um de nós, Deus Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. E é em Cristo, pela Sua perfeita justiça, que Ele pode ouvir seu clamor; em Cristo Ele pode receber sua fé e no Sangue de Seu Sacrifício, você pode ser lavado de suas iniqüidades; Sim! No Precioso e Santo sangue derramado na Cruz.</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">Desista de toda sua justiça, desista de buscar méritos em si mesmo, desista de comprar o favor de Deus com o seu trabalho. Cristo nos ensina, e toda a Escritura nos fala o mesmo: Não é o seu esforço, nem sua caridade; não são cerimônias religiosas e sacrifícios próprios, não é nenhuma<span style="font-style: italic;"> “lei cármica”</span> ou princípio de <span style="font-style: italic;">“evolução interior”</span>; enfim, nada disso liberta o homem e dá o favor de Deus. Todas estas coisas são falsas, umas são fábulas e outras nada são por si mesmas. Todas estas coisas, se consideradas como caminho de justiça, apenas farão de você um escravo e demonstrarão sua condenação nos sofrimentos causados pelos seus próprios pecados. Elas não têm nenhum poder contra as vontades malignas da carne, nem nenhum poder para Salvação. Porque Deus pôs uma pedra de tropeço para todos que tentem chegar a Ele pela sua própria força. E esta pedra é a consumação da Graça da Salvação na Cruz de Cristo.<span style="font-style: italic;"> “Está consumado!” [João 19:30]</span> disse o Cristo na Cruz. Está finalizada a obra da Salvação de todos que, por fé, olham para Jesus como <span style="font-style: italic;">“o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” [João 1;29]</span>, e como autor do sacrifício na Cruz que<span style=""> </span>cancela o escrito de dívida, que era contra nós <span style="font-style: italic;">[Colossenses 2:14]</span>. A obra da Salvação já foi feita, fora de nós, sem a nossa participação! Agora Deus nos anuncia estas Boas Novas, e aguarda apenas que todos os que haverão de se salvar, creiam! Sim, nossa Salvação vem de Deus<span style="font-style: italic;">,“não de obras, para que ninguém se glorie” [Efésios 2:9]. </span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">Quão humilhante isto é para o homem que crê poder construir o próprio caminho para o estado<span style=""> </span>eterno! Quão difícil para todos os soberbos e hipócritas que desejam fazer de si mesmos seus próprios deuses! Mas igualmente quão maravilhoso é para os fracos, quão maravilhoso para os cansados e pecadores! Ouça-me o cansado, ouça-me o aflito, ouça-me o pobre de espírito, ouça o chamado da Graça que proclamo: há esperança para o pior dos pecadores, pois Cristo não veio para os sãos, mas para os doentes; não para chamar os que se consideram justos, mas para chamar os pecadores ao arrependimento <span style="font-style: italic;">[Mateus 9:12-13]</span>. A Salvação de todo o que crer já foi feita, o Senhor Jesus Cristo já completou-a no Calvário, pendurado no madeiro, tomando sobre Si as nossas dores e recebendo a paga pelos nossos pecados. Sim,<span style="font-style: italic;"> “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus. Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.” [2 Coríntios 5:21]</span>. Oh, como é doce e suave a promessa de nosso Celeste Rei! Quão próxima e acessível está a estreita porta que leva ao estreito caminho para a morada eterna na Jerusalém Celestial! Que imensa liberdade recebem os que crêem em Cristo: são libertos dos seus pecados e das pesadas exigências dos ensinos dos homens! Que fardo terrível cai de nossas costas ao sabermos que o Senhor já comprou nossa Salvação e que somente precisamos crer para sermos salvos! Que grande peso podemos deixar aos pés da Cruz! Quão grandes são a sabedoria e o amor de Deus, pois Ele escolheu a pureza e a simplicidade do arrependimento e da fé verdadeiros para trazerem sobre o pecador o Seu perdão e favor eternos. </p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">Que o Senhor nos leve a curvarmos nossas cabeças em submissão e arrependimento; que o Senhor nos leve a abandonarmos nossa justiça própria e confessarmos nEle que o Cristo morto por nós e ressurreto para a Glória, é o Senhor de nossa Salvação; que nEle foi consumada a nossa morte por causa de nossos pecados e que somente nEle está toda retidão que precisamos oferecer a Deus. Confessemos nossa necessidade, nossa pecaminosidade e incapacidade, e busquemos-nO com coração quebrantado e arrependimento verdadeiro. Somente assim receberemos dEle a bênção de sermos feitos Seus Filhos, de sermos aceitos como justos diante dEle, de termos Seu favor, de termos Seu Espírito habitando em nós e, por isso, seguramente esperaremos o dia em que nossa alma imortal, em um corpo ressurreto e glorificado, habitará com o Senhor, na Jerusalém Celestial, para sempre e sempre.</p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7082510166136551617.post-63223966757171631382009-07-06T12:36:00.012-03:002010-04-01T09:38:52.969-03:00Esperança em Tempos de Apostasia – Parte 1<p style="color: rgb(0, 0, 0); text-align: justify;"><span style="letter-spacing: -0.1pt;font-size:100%;" >Esta nova série de artigos do <i>Jardim Clonal</i> tratará da Esperança da Igreja em Tempos de Apostasia. Serão apresentados, em várias edições, estudos em escatologia (comparando o que os textos da Epístola de São Paulo aos Romanos capítulo 11, do Livro do Profeta Daniel Capítulos 9, 11 e 12, do Evangelho de São Mateus capítulo 24, das Epístolas de São Paulo aos Tessalonicenses, da Epístola aos Hebreus e do Livro de Jeremias podem nos ensinar sobre a decadência da Falsa Igreja, a Apóstata que se deita com a Mãe de Todas as Abominações - bem como sobre a vitória e progresso da Verdadeira Igreja, a Pura Noiva de nosso Senhor Jesus Cristo). Oremos para que o Senhor nos abençoe nestes estudos, para que Sua Palavra seja apresentada aqui pura e límpida, sendo refrigério para nossas almas em tempos trabalhosos e fonte perene de esperança e forças levando-nos a conhecermos, pela Graça de Cristo, o poder das palavras do Apóstolo Paulo quando diz: </span><span style="font-size:100%;"><i>já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim [Gálatas 2:20].<o:p></o:p></i></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="margin: 13.9pt 0cm 0.0001pt; color: rgb(0, 0, 0); text-align: justify;"><span style="font-size:100%;"><b><span style="">A Fé e a Piedade dos Puritanos<o:p></o:p></span></b></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; color: rgb(0, 0, 0); text-align: justify;"><span style="font-size:100%;">Algumas vezes, nos círculos teológicos da Internet, a Igreja Congregacional Kalleyana tem sido chamada de Igreja Congregacional Puritana. A razão disto é que Robert Reid Kalley tinha todas as características de um Puritano do século XIX, características as quais temos lutado para resgatar em nosso meio desde que iniciamos o processo de Reforma em nossas congregações. Processo este que, pela Graça de nosso Senhor, deu à luz a nossa denominação. A este respeito, o tema número 32 de um de nossos Símbolos de Fé (chamado Reflexões Bíblicas) diz que “<i>o Puritanismo pode ser considerado um dos mais sublimes e santos modelos de vida cristã de todos os tempos</i>”. Esta afirmativa não é, em nada, exagerada. Portanto, ainda nos falta muito para sermos <i>realmente</i> uma Igreja Puritana. Contudo, peço ao Senhor que não nos permita esmorecer, mas que nos dê, pela Fé em Cristo, <i>uma porção do Seu Espírito </i>como a que foi derramada sobre aqueles Santos homens do passado.<i> <o:p></o:p></i></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p class="MsoNormal" style="color: rgb(0, 0, 0); text-align: justify;"><span style="font-size:100%;">A teologia e a piedade Puritanas encontram poucos pares em toda história da Igreja. Como um movimento, o Puritanismo teve mais influência sobre a história do Protestantismo do que<span style=""> </span>qualquer outro grupo isolado. A sua teologia moldou-lhes uma atitude ante o mundo que é a perfeita expressão da doutrina calvinista da Soberania de Deus. Eles realmente viviam como quem crê em um Deus que é Todo-Poderoso e <i>ordena todas as coisas para o bem daqueles que amam ao Senhor, daqueles que são chamados segundo o seu propósito [cf. Romanos 8:28]</i>. Um de seus lemas - <i>vincit qui patitur</i> (o que persevera no sofrimento, conquista) – demonstra quão firme era a expressão de sua Fé. Uma firme crença no cuidado e nas promessas de Deus, a qual é visível:<o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><ul style="color: rgb(0, 0, 0); text-align: justify;"><li><!--[if !supportLists]--><span style=";font-family:StarSymbol;font-size:100%;" ><span style=""><span style=";font-family:";" > </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: times new roman;font-family:times new roman;font-size:100%;" >Na dedicação com que escreviam seus longos livros - plenos de conhecimento teológico e de devoção pessoal; <o:p></o:p></span></li></ul><div style="text-align: justify;"> </div><ul style="color: rgb(0, 0, 0); font-family: times new roman; text-align: justify;font-family:times new roman;"><li><!--[if !supportLists]--><span style="font-size:100%;"><span style=""> </span></span><!--[endif]--><span style="font-size:100%;">Na forma como pregavam – escravos do texto Bíblico, porém entregues com todo o seu ser ao sermão que proferiam; <o:p></o:p></span></li></ul><div style="text-align: justify;"> </div><ul style="color: rgb(0, 0, 0); font-family: times new roman; text-align: justify;font-family:times new roman;"><li><!--[if !supportLists]--><span style="font-size:100%;"><span style=""> </span></span><!--[endif]--><span style="font-size:100%;">Nas suas batalhas no Parlamento -<span style=""> </span>para que a Lei do Estado fosse a mais próxima expressão da Lei de Deus; <o:p></o:p></span></li></ul><div style="text-align: justify;"> </div><ul style="color: rgb(0, 0, 0); text-align: justify;"><li><!--[if !supportLists]--><span style="font-size:100%;"><span style="font-family: times new roman;font-family:times new roman;" >E nas suas lutas nos campos de batalha - para que os monarcas tiranos e corruptos não dominassem sobre o povo e sobre a Igreja. </span><br /><br /></span></li></ul><div style="text-align: justify;"> </div><p class="MsoNormal" style="color: rgb(0, 0, 0); text-align: justify;"><span style="font-size:100%;">É verdade que muitas dessas vitórias foram transitórias, contudo, como podemos ver na história do Reverendo Puritano Robert Kalley, aquelas poucas vitórias que não são transitórias colaboram para o progresso do Evangelho de tal maneira que obscurecem até as inúmeras derrotas que os Puritanos usualmente sofriam. Porque, no sacrifício amoroso que esses homens fizeram por Cristo, gerações e gerações foram beneficiadas: dos ensinos dos Puritanos ingleses do século XVI surgiu a bela obra do Rev. Jonathan Edwards no século XVIII, renomado como um dos três maiores teólogos da Igreja, ao lado de João Calvino e de John Owen. E nas obras de Jonathan Edwards e John Owen nos foi legado o precioso entendimento da soberana obra do Espírito de Deus, que em <i>tempos de apostasia, </i>opera três grandes obras da Graça - preserva um<span style=""> </span>remanescente para Glória de Deus, reaviva o povo de Cristo e fomenta a Reforma da Igreja e do mundo. E todas estas operações do Senhor por meio desses servos encontra impulso na firme crença Puritana de que <i>nem todos os sínodos do inferno em conjunto podem<span style=""> </span>prevalescer contra a Igreja de Cristo [cf. Mateus 16:18]. </i>Foi esta firme Fé que preparou o coração dos grandes missionários do século XVII em diante e que deu força às palavras de grandes pregadores do século XIX, como William Wilberforce, que comumente instruía aos Cristãos, pela Palavra, a não ver o mundo como um navio naufragando e do qual as almas dos homens têm de escapar, mas como propriedade adquirida de Cristo, a cujo reino <i>a terra e sua plenitude</i> pertencem <i>[cf. Mateus 28:18, Atos 2:34-35]</i>. <o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="color: rgb(0, 0, 0); text-align: justify;"><span style="font-size:100%;">Como examinamos mais detidamente em um texto passado do <i>Jardim Clonal</i>, aquilo que cremos molda nossa moral - nossa prática de vida é um reflexo de nossas doutrinas. Pois a Palavra de Deus e a alma humana formam um conjunto perfeito, uma vez que a alma foi criada para que a Palavra habitasse nela. Portanto, qualquer distorção na Palavra, qualquer falha na pregação do <i>inteiro conselho de Deus</i>, gerará uma falha na alma. Ora, as doutrinas Cristãs pregadas desde os tempos Apostólicos sofreram terríveis ataques no século XX, e, com isto, a esperança e a vida Cristãs foram terrivelmente afetadas – e, portanto, a alma Cristã foi terrivelmente afetada. O Dispensacionalismo, por exemplo, é uma doutrina que inexistia até o século XIX; é oriunda de pretensos arroubos proféticos e pesadelos - forjada aos pés do herético fundador de seitas chamado Edward Irving. Antes de prosseguir, lembremo-nos de que Satanás é astuto e muito ardiloso em suas armadilhas. Digo isto porque costumamos pensar que uma vez refutada a falta de bases bíblicas- que é a divisão arbitrária das <i>dispensações </i>deste falso ensinamento - e uma vez refutado o absurdo a respeito das múltiplas voltas de Cristo e ressurreições, esta heresia está eliminada. Pensemos no que, comumente, dizem as Escrituras, ao provarmos por elas que: <o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="margin-left: 36pt; text-indent: -18pt; color: rgb(0, 0, 0); text-align: justify;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-size:100%;"><span style="">1)<span style=";font-family:";" > </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-size:100%;">Há <i>uma só promessa </i>(ou seja, um só plano de redenção em Cristo) para a qual todas as Alianças (ou Testamentos) de Deus apontam <i>[cf. Efésios 2:12] - </i>em lugar da errônea visão Dispensacionalista que propõe vários pequenos sistemas com promessas próprias e dois grandes planos (um para Igreja e um para Israel) com promessas diferentes;<o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="margin-left: 36pt; text-indent: -18pt; color: rgb(0, 0, 0); text-align: justify;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-size:100%;"><span style="">2)<span style=";font-family:";" > </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-size:100%;">Há <i>um só povo de Deus</i>, pois a Igreja sempre subexistiu oculta em Israel e, uma vez tendo sido revelada, é anunciada como parte da mesma Oliveira à qual tantas profecias do Velho Testamento se referiam e que era tida como símbolo do <i>verdadeiro Israel - </i>porque nem todos de Israel eram <i>verdadeiros Israelitas, </i>e nem todos filhos de Abraão segundo a carne eram filhos de Abraão segundo a promessa <i>[cf. Romanos 9:6-8; 11:17-24; Gálatas 6:16]</i>;<o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="margin-left: 36pt; text-indent: -18pt; color: rgb(0, 0, 0); text-align: justify;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-size:100%;"><span style="">3)<span style=";font-family:";" > </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-size:100%;">Há <i>muita inconsistência </i>nas afirmações dispensacionalistas. Por exemplo, na Primeira Epístola de Paulo aos Coríntios, Capítulo 15, versículos <st1:metricconverter productid="51 a" st="on">51 a</st1:metricconverter> 53, o Apóstolo nos diz que <i>todos seremos transformados ao ressoar da última trombeta. </i>Os dispensacionalistas dizem que esta trombeta é a do <i>“arrebatamento secreto”. </i>Porém, o Evangelho de São Mateus no Capítluo 24, versículo 31, nos fala de outra trombeta que soará durante uma Grande Tribulação em Jerusalém. Para o dispensacionalista, a trombeta de Mateus soará <i>sete anos depois da última trombeta,</i> a qual Paulo se referiu. É obviamente um absurdo que haja uma outra trombeta <i>depois </i>da última.<o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="margin-left: 36pt; text-indent: -18pt; color: rgb(0, 0, 0); text-align: justify;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-size:100%;"><i><span style=""><span style="">4)<span style=";font-family:";" > </span></span></span></i></span><!--[endif]--><span style="font-size:100%;">Há <i>somente uma segunda vinda de Cristo,</i> segundo a Escritura<i>.</i> Este evento pode ser chamado de <i>parousia, epifania ou revelação,</i> o que é claramente compreendido pela comparação dos textos parelelos sobre este acontecimento, e onde podemos notar, pela ordem e descrição, que tratam de um único evento <i>[ cf. Mateus 24:3; 1 Coríntios 15:23; 1 Tessalonicenses 3:13, 4:15,16 e 5:23; 2 Tessalonicenses 2:1,8; Tiago 5:7; 2 Pedro 3:4 e 1 João 2:28].</i> Há ainda, a afirmação clara do versículo 28 do Capítulo 9 da Epístola aos Hebreus, onde está escrito que Cristo <i>aparecerá uma segunda vez. </i>Não que nosso Senhor aparecerá uma segunda e uma terceira vezes, mas apenas <i>uma segunda vez. </i>Aparição esta que não é em nada secreta, mas com <i>voz de arcanjo e com a trombeta do Senhor, todo olho o verá, </i>sendo esta<span style=""> </span><i>parousia </i>também chamada de <i>o</i> <i>dia do Senhor, </i>dia tantas vezes citado na Escritura <i>[cf. 2 Tessalonicenses 2:1,2; Apocalipse 1:7, Atos 1:11] </i>o que contraria mais uma invenção dispensacionalista. Igualmente, a Escritura nos fala de só <i>uma ressurreição,</i>de ímpios e justos, exatamente <i>no dia do Senhor [cf. João 6:39-40, 44, 54; 11:24; Mateus 13:30].<o:p></o:p></i></span></p><div style="text-align: justify;"> <span style=";font-size:100%;" >Então, todo o fermento dispensacionalista estaria eliminado. Porém, isto não é verdade. O maior estrago que o Dispensacionalismo fez foi também o mais sutil: contaminou a posição escatológica histórica da Igreja com um injustificável fatalismo. O Dispensacionalismo transformou o Reino de Cristo revelado na Nova Aliança que, segundo o profeta Daniel, <i>é como uma rocha que despadaça os outros reinos e cresce, se tornando uma montanha até tomar todo o mundo [cf. Daniel 2:35]</i>, em um reles <i>plano B</i> de um <i>deus </i>frustrado em seus planos de transformar Israel em uma potência teocrática mundial. O Dispensacionalismo transformou a esperança Cristã de cumprir a Grande Comissão e de ver uma Igreja como a dos Puritanos – perseguida, porém capaz de transtornar o mundo pela Santidade, Poder e Palavra de Deus - em uma esperança de ser como que repentinamente resgatado de uma igreja derrotada pelo mal. A influência dispensacionalista habituou os homens à acomodação. Ao contrário do que este falso ensino diz, a Escritura nos mostra que o Senhor Jesus <i>já é </i>o Rei dos Reis cujo reino<i> já chegou</i> <i>[cf. Marcos 1:15; Atos 17:7; Apocalipse 1:5],</i> cujos inimigos estão sendo <i>pouco a pouco derrotados e postos por Seu estrado [cf. Atos 2:33-36]</i> e cuja <i>parousia, para a qual devemos estar sempre preparados, não deve ser esperada para logo [cf. Mateus 25:1-9; Lucas 19:13; 2 Pedro 3:1-15] </i>como se a batalha pela manifestação da Glória de Deus <i>na terra</i> não merecesse nossos esforços. Devemos expurgar de nossas mentes as influências do falso ensino e nos aprofundarmos nesta mesma Fé que os Puritanos e Reformadores receberam da Bíblia, pelo Espírito de Deus. Está escrito na Reflexão número 53, do Símbolo de Fé Kalleyano, que: <i>“o Reino de Deus é o domínio da Sua Vontade em todos os setores desta vida, e é promovido pela expansão da Igreja em todo o mundo”;</i> portanto, em humildade e contrição, com orações e súplicas, temos o dever de alargar os limites da nossa esperança no progresso da Igreja, ainda que cientes de que o <i>joio crescerá no meio do trigo</i> <i>no campo do mundo</i> até o fim dos tempos. O já citado grande Teólogo e Puritano congregacional John Owen, (cujas obras foram as primeiras a serem traduzidas pelo Rev. Kalley para o Português, enquanto ele ainda encontrava-se na Ilha da Madeira), disse a respeito da esperança da Igreja, em um de seus sermões: <i>“<span style="letter-spacing: -0.1pt;">Ainda que a apostasia se mostre ao nosso redor, nossa causa permanecerá tão verdadeira, certa, e infalivelmente vitoriosa, quanto é verdadeiro o trono de Cristo à mão direita de Deus. O Evangelho sempre será vitorioso. Este grande conforto refrigera minha alma.”</span></i><span style="letter-spacing: -0.1pt;"> Este sentimento e certeza, que foram contaminados pelas heresias do último século, precisam retornar à Igreja, precisam retornar à cada um de nós. Porque, se tivéssemos ao menos um vislumbre da Glória futura da Igreja segundo as promessas da Escritura, então um grande conforto e um grande poder para ação habitariam nossas almas, tendo em vista que a certeza de fé inpira a operosidade. A Escritura promete que as fiéis testemunhas conservadas pelo Senhor em meio à apostasia e à perseguição, quando aparentemente derrotados, <i>ressuscitarão dos mortos [cf. Apocalipse 11:3-13].</i> Necessitamos crer no chamado e eleição dos quais a Igreja é alvo, porque a<i> face do Senhor resplandece sobre nós, </i>e a habitação do Seu Espírito nos dá a certeza <i>da eficácia de quem opera o nosso querer e<span style=""> </span>efetuar</i>. Então, as profecias da Escritura deixariam de ser um jeito de advinhar as notícias do jornal de amanhã e se tornariam uma rica fonte das promessas e conhecimento da Aliança de Deus conosco. Lamentemos, amados irmãos, lamentemos nossa ignorância quanto à Palavra do Senhor, pranteemos nossa falta de fé, nossa negligência e falta de dedicação, arrependamo-nos da mente carnal com que temos lidado com este assunto e do modo como temos nos deixado levar pelas sutilezas de Satanás. Quão pecaminoso é clamar <i>Maranatha – vem, Senhor Jesus! </i>sem, na verdade, dedicarmo-nos a submeter o mundo ao Evangelho, de modo que a Noiva esteja completa e preparada para receber seu Amado. </span>Ah, se o Senhor nos levasse à contínua oração e obediência, e à clamar pelo mesmo conhecimento das promessas da Escritura, os quais aqueles Puritanos do passado tiveram! Ah, se o Espírito de Deus nos fizesse recuperar o senso da proeminência da Glória do Senhor e da preeminência de Cristo em todas as coisas! Então entenderíamos que o Senhor não se deixa escarnecer e que, portanto, nunca desamparará a Igreja - porque Ele ama ao próprio Nome! Quanto precisamos, arrependidos, nos humilharmos e prantearmos por tudo o que a Igreja perdeu! E nos purificarmos de todo erro e impiedade. Só assim veremos o Senhor operar novamente no nosso meio aquela firme Fé dos Puritanos e todo aquele ardor em lutar para encher toda a terra do conhecimento de Deus e na batalha pela Glória do Nome de Deus em todas as nações. </span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7082510166136551617.post-13218306922247750332009-05-14T15:22:00.002-03:002009-05-14T15:24:27.571-03:00Incapacidade Científica, parte final<!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Font Definitions */ @font-face {font-family:Tahoma; panose-1:2 11 6 4 3 5 4 4 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:swiss; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:1627421319 -2147483648 8 0 66047 0;} @font-face {font-family:"Lucida Sans Unicode"; panose-1:2 11 6 2 3 5 4 2 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:swiss; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:-2147476737 14699 0 0 63 0;} @font-face {font-family:"Segoe Print"; mso-font-alt:"Arial Unicode MS"; mso-font-charset:128; mso-generic-font-family:auto; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:0 0 0 0 0 0;} @font-face {font-family:"\@Segoe Print"; mso-font-charset:128; mso-generic-font-family:auto; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:0 0 0 0 0 0;} /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:none; mso-hyphenate:none; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Lucida Sans Unicode"; mso-fareast-language:#00FF;} @page Section1 {size:595.25pt 841.85pt; margin:2.0cm 2.0cm 2.0cm 2.0cm; mso-header-margin:36.0pt; mso-footer-margin:36.0pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1; mso-footnote-position:beneath-text;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt; font-family: Arial;">Esta é a última edição desta série de estudos sobre a relação entre a visão de mundo da sociedade descristianizada e a cosmovisão bíblica. Já mostramos as falhas da visão de mundo <i style="">pós-cristã, </i>e como seu fundamento científico não é tão confiável quanto seus proponentes afirmam ser. Já mostramos também o que a Escritura é suficiente e necessária para todo Cristão, que a Palavra está intimamente relacionada com o ser de Deus e que é o meio apontado pelo Senhor para a operação a Redenção em Cristo no coração dos homens e conseqüentemente, na sociedade. Agora, estabeleceremos um diálogo que partirá do conhecimento da Escritura em direção à cultura que nos permeia, com o objetivo de esclarecer o profundo e espiritual sentido de Gênesis e sua perfeita racionalidade, usando (e buscando equipar os Cristãos para<span style=""> </span>que saibam usar) linguagem e comparações acessíveis ao homem contemporâneo. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: 10pt; font-family: Arial;"><o:p> </o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: 10pt; font-family: Arial;">Um Esboço de Gênesis<o:p></o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt; font-family: Arial;">Primeiro, devemos compreender parte do proveito da posição desta narrativa, como primeiro capítulo da Escritura. Dizem os incrédulos: <i style="">Seria melhor começar de outra forma, este relato da criação não me convence;</i> alguns deles (ainda com menos temor e mais tolice) até sugerem: <i style="">Poderia começar com provas sobre a existência de Deus e com métodos que permitissem comprovar isto</i>. Porém a Escritura nos diz que s<i>em fé é impossível agradar ao Senhor </i>e que <i>“é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe, e que é galardoador dos que o buscam” </i>(Hebreus 11:6). Assim, a Escritura requer que quem se aproxima de Deus creia que Ele existe; quem se achega à Bíblia deve assumir, <i>anteriormente, </i>que Deus existe e que Ele recompensará esta busca – de outra forma é inútil aproximar-se da Escritura, pois o homem incrédulo, quando de coração endurecido, não será capaz, pela sua natureza perversa, de submeter-se ao que o Senhor ensina em Sua Palavra. Antes, o incrédulo, com seu entendimento entenebrecido, entra em uma disputa com o texto da Bíblia, julgando-se mais sábio e, com curiosidade maligna, inquire a Escritura para destruição e não para aprendizado. Por isso a Escritura, em seu primeiro versículo, diz apenas <i>“No princípio, criou Deus...”</i> - para que o coração humano não seja incitado ao erro de enveredar-se em pecaminosa curiosidade, mas para que seja simplesmente instruído a crer em Deus como Verdade inicial para reflexão sobre a cosmovisão Bíblica. Munidos desta compreensão obtida pela luz de Hebreus 11:6 e Gênesis 1:1 podemos perceber o início da Escritura como algo mais do que uma simples<span style=""> </span>narrativa da Criação do universo, pois, em Gênesis: <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt; font-family: Arial;">1) Moisés emparelhou e diferenciou, propositalmente, as antigas narrativas<span style=""> </span>(Gênesis 5:1, cf. Números 21:14) da Verdadeira Criação (possivelmente preservadas por profetas antediluvianos como Enoque, e pósdiluvianos da descendência de Noé) e as figuras e linguagens do antigo Oriente próximo. Desta forma, relatos míticos como o <i>Enuma Elish, </i>a<i> Epopéia de Atrahasis </i>e a<i> Epopéia de Gilgamesh</i>, são corrigidos e contrabalanceados pela Verdade da Escritura. O fato de que haviam essas histórias sobre a Criação no Oriente próximo, e de que elas guardavam certa semelhança com a base sobre a qual Moisés escreveu Gênesis, demonstra como antigas narrativas da Verdadeira Criação foram preservadas não só junto aos Hebreus, mas a todos os povos. Porém, em tais relatos míticos estrangeiros, os homens acrescentaram e alteraram a Verdade para favorecerem seus pecados. Moisés, em Gênesis, resgata a Verdade antiga mantendo a comparação com os mitos da época – de um modo que nem a Verdade foi subtraída em nada, nem a Escritura foi composta de uma forma completamente alheia ao povo. Aparentemente isto cria um hiato entre a linguagem de Gênesis e a nossa cultura, que não possui mais os símbolos e figuras dos Hebreus e do antigo Oriente. Contudo, segundo a inspiração do Santo Espírito, Moisés teceu Gênesis na forma de uma defesa da concepção de vida Cristã contra as diversas formulações filosóficas representadas por estes mitos, representações filosóficas que são basilares aos diversos sistemas de pensamentos não-Cristãos, inclusive aos que existem hoje. Como já notamos, essas mitologias haviam derivado da Verdadeira história da Criação e, por isso, podemos afirmar que suas verdades essenciais devem seus elementos à Verdade Revelada de Deus. Portanto, ocorre entre Gênesis e estes mitos de Criação, o mesmo que demonstramos, na Edição número onze, ocorrer entre a cosmovisão Cristã e a Científica: a Ciência acaba devendo ao mundo Cristão e à natureza de Deus todas as suas bases. Como os homens torcem as conseqüências dessas premissas para fugirem da condenação que o desenvolvimento lógico delas anuncia (condenação para todo o que não se submete ao Senhor), as visões de mundo produzidas por eles são sempre autocontraditórias. Por exemplo, no capítulo 1, os versículos 1, 3, 9, 11, 14, 20, 24 e 26 nos dão base para destruirmos os argumentos das filosofias <i>panteístas </i>(acreditam que seu deus e o universo são uma só coisa), e os versículos 14-18 nos instruem sobre como eliminar as premissas das cosmovisões que idolatram, direta ou indiretamente, os corpos celestes. É deste ponto que concluímos que Moisés nos legou mais do que um simples relato da Criação: Gênesis formula a base apologética da defesa da Fé Cristã – a descrição de um padrão interno à Fé, um padrão que inicia com um salto de confiança ao assumir como verdadeira uma proposta Revelada por Deus na Escritura, uma proposta que sustenta a lógica do sistema, permite a dedução de outras verdades e se retroalimenta das evidências do sistema (pelo fato do sistema não se refutar em nenhuma de suas partes).<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt; font-family: Arial;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt; font-family: Arial;">2) Há uma repetida e constante descrição dos termos da Aliança ou Pacto firmado pelo Soberano Rei do Universo com Seu Povo Escolhido. As narrativas de Gênesis ilustram a Lei de Deus (que regula a Aliança) através da aplicação histórica e do relato da origem de cada preceito. Em Gênesis 2:2-3 temos o princípio Sabático; em Gênesis 17:9-14 temos, na circuncisão, o princípio da confissão pública e corporativa de fé na admissão de um homem ao Povo da Aliança, assim como o princípio de que cada membro do Povo pertence plenamente ao Senhor – que será o provedor de seu crescimento. Note, ainda por paralelismo, que os versos do capítulo 1 de Gênesis também denotam esta noção Pactual de Deus; especificamente elas introduzem o conceito de que Deus age segundo a figura de um Suserano, ou seja, de um poderoso Rei cuja nação se apodera das relações exteriores de uma nação menor, para segurança e provisão da mesma, fazendo dela uma nação de servos e de seu rei, um vassalo. Nos três primeiros dias da Criação, Gênesis relata<span style=""> </span>Deus forjando um reino a ser dominado. São criados os céus empíreos - a habitação do trono de Deus e dos Santos anjos, a imensidão do espaço exterior e a massa desforme que seria moldada em nossa habitação (isto só no versículo 1). Segue-se a criação da Luz (Gênesis 1:3) - uma <i>superestrutura </i>de luz ainda não instanciada em nenhum veículo (o sol e as estrelas só seriam criados no quarto dia) porém já nomeando o dia e a noite segundo a separação que Deus faz entre esta luz e as trevas que <i>“haviam sobre a face do abismo” </i>(Gênesis 1:2)<i>.</i> O Senhor cria ainda, em seqüência, o firmamento (Gênesis 1:6), os mares e a terra seca (Gênesis 1:9) e a vegetação (Gênesis 1:11). Estes elementos representam a Provisão de Deus em suprir um reino, um ambiente a ser governado, uma nação de servos. Nos três dias seguintes, o Senhor provê os governantes: luzeiros para <i>“governarem o dia e a noite” </i>(Gênesis 1:18); os animais para multiplicarem-se, dominando seus ambientes (Gênesis 1:20-22), e o homem para dominar <i>“sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os<span style=""> </span>répteis que rastejam” </i>(Gênesis 1:26;28; Salmo 8:6-8). Assim o Senhor aproxima-se da própria Criação, desde seus primeiros momentos, de forma Pactual. Deus faz-se a Majestade dominante (Salmo 8:1;3) e evidente sobre toda a Criação, a quem empresta Glória na qual é louvado. Como poderoso Rei, Deus institui governos e leis sobre o reino dominado, onde cada governador é seu vassalo. Vemos, no Salmo 19 nos versículos de 4 a 6, Deus sendo louvado pela obediência do sol em cumprir seu caminho diário, segundo o Senhor o instituiu a fazê-lo. Da mesma forma como o sol <i>governa o dia</i> (Gênesis 1:20) e, como vassalo, submete-se em seu domínio ao Deus Criador, segundo os termos de uma Aliança criada e mantida somente por Deus, assim Adão foi instituído governador sobre a Criação, para submetê-la consigo mesmo ao domínio de Deus, segundo os termos de uma Aliança criada e instituída por Deus. Contudo, Adão foi feito à <i>imagem e semelhança de Deus</i> (Gênesis 1:26). Ele foi feito representante perfeito e ideal de Deus, corpo e alma, feito para relacionar-se com o Criador, para compreender e responder ao Pacto que Deus firmou com ele, andando em santos caminhos e reinando de forma benevolente. Diferente de tudo o mais na Criação, o ser humano foi criado como ser pessoal e autoconsciente, e não era impelido por nada em sua natureza, nem para obediência nem para desobediência. Teologicamente, chama-se a Aliança de Deus com Adão de <i>Aliança das Obras</i>, porque a permanência do estado de plenitude em Cristo, desfrutada por Adão, dependia de uma perfeita e absoluta fidelidade ao Senhor. Não havia misericórdia para o pecador, apenas condenação irrevogável: <i>“De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” </i>(Gênesis 3:17)<i>. </i>E Adão quebrou este Pacto com o Rei e Deus Eterno, tomando o fruto oferecido por Eva (Gênesis 4:6); nisto ele selou uma outra Aliança que perdura até hoje: a comunhão da carne com Satanás, o <i>“deus deste século” </i>(2 Coríntios 4:4). Que infeliz este Pacto com o príncipe da morte e das trevas! Porque em Adão todos caímos (Gênesis 6:5; 1 Coríntios 15:22; Romanos 5:12,19), pois, sendo ele governador de toda Criação, seu Pacto com Satanás foi um conluio entre o império das trevas e o domínio do homem intentando uma rebelião contra o Reino da Luz. Neste rebelião a própria Criação manifesta o caráter do Maligno e oculta a perfeição da Glória de Deus para a qual foi feita (Gênesis 3:17-19). Porém toda esta rebelião é imediatamente abortada quando, para Glória de Seu Santo Nome, Deus revela, na falência da <i>Aliança das Obras, </i>o <i>Pacto da Graça. </i>O Senhor não destrói Adão e Eva imediatamente, mas conserva-os na promessa da revelação futura do Mistério da Piedade que Redimirá a Criação e esmagará o astuto Enganador que seduziu Eva à desobediência (Gênesis 3:15). O conhecimento da <i>Divina Aliança da Graça</i> é o fio que conduz ao entendimento da Soberana ordem do Senhor em executar Seu plano de Redenção através da história. Somente na compreensão de que o Senhor é Javé, o <i>Deus da Aliança</i> que age por amor ao próprio Nome, repousa a confiança na Provisão e cuidados d'Aquele que preparou e preservou um <i>reminiscente puro</i> no meio de Israel corrupto e que tem feito todas as coisas cooperarem para a congregação e santificação de uma comunidade eleita e separada que peregrina pela terra rumo à Jerusalém Celestial. Somente na compreensão da <i>Aliança da Graça de Deus</i> podemos vislumbrar a perfeição da obra de Cristo, o <i>“Mediador de uma nova aliança”</i> (Hebreus 12:24) na qual todos as sombras do Velho Testamento se tornam claras em seu sentido, e a Graça se manifesta desvelada. Na <i>Aliança da Graça </i>o pecador pode se aproximar de Deus, confiado em Cristo, tendo o sacrifício dEle por expiação de seus pecados e tendo a perfeita obediência do Senhor (que venceu onde Adão falhou) como garantia da herança com os Santos na Glória, segundo a união de todos os Cristãos no Corpo de Cristo.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: 10pt; font-family: Arial;">Alguns questionamentos comuns a respeito de Gênesis<o:p></o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt; font-family: Arial;">Tendo já vislumbrado parte da profundidade de significados do Livro de Gênesis, lembrando que em tantos outros aspectos já nos confrontamos com a perversão do conhecimento humano em comparação com a perfeição do conhecimento Divino, peço ao Senhor que cada leitor esteja, cada vez mais, adquirindo uma mente espiritual, segundo a Graça de Cristo Jesus, para compreender quão mesquinhas são as questões levantadas pelos altivos homens pós-Cristãos contra este Livro da Escritura. Contudo, para que não se nos acusem de não termos respostas, e para munirmos nossos Cristãos de pontos de contatos úteis em conversas comuns com não-Cristãos, pontos que podem levar às questões mais profundas que denunciam o pecado e mostram a necessidade de arrependimento do pecador. Por estes motivos, responderemos alguns destes questionamentos:<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt; font-family: Arial;">1) Foram <i style="">seis dias </i>literais de Criação?<span style=""> </span><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt; font-family: Arial;">A forma de interpretação bíblica que se fez presente em todas as igrejas sadias na História, (a qual foi exaltada pela Reforma) é aquela que toma o texto no sentido mais natural possível, segundo a linguagem da época em que foi escrito, segundo a intenção do autor e o contexto da Escritura e do povo a quem aquela Escritura foi direcionada e, ainda, segundo o estilo literário da porção avaliada. Por isso, é importante notarmos aquelas diferenças enunciadas na última edição de nosso periódico, a respeito dos estilos do livro de Apocalipse e do livro de Gênesis. Apocalipse é enunciado como profecia simbólica, muitas vezes puramente alegórica. Gênesis, no entanto, sempre que referido na Escritura, é referido como livro </span><span style="font-size: 10pt; font-family: Arial;">histórico (Mateus 19:4-6, Marcos 10:6-8, Atos</span><span style="font-size: 10pt; font-family: Arial;"> 17:26, Romanos 1-2,5:12-21,16:20, 1 Timóteo 2:13, 1 Coríntios 11:8, etc.). Não é difícil percebê-lo quando vemos que existe uma progressão no livro, relatando Adão e Eva (cuja existência é questionada pelos aduladores do cientificismo), depois Caim e Abel, Sem e daí aos povos Semitas até a vida de Abraão (que é historicamente inquestionável) e daí em diante – não há uma divisão no livro, ele simplesmente segue a narrativa de Adão até as 12 tribos de Israel; e quando vemos que não há na Escritura casos onde elementos <i>decididamente</i> reais (como Deus, o dia, a noite, a luz, os animais, etc.), sejam citados em um sentido casual misturados com elementos simbólicos (por exemplo, Deus não aparece como Deus em nenhuma parábola, mas é representado simbolicamente, como quando é representado como<span style=""> </span>o “dono da vinha” ou como o “pai do filho pródigo”). Gênesis é, claramente, um livro histórico. Assim podemos entender Gênesis simplesmente de maneira literal (desde que, é claro, atente-se e pondere-se o uso de figuras de linguagem comuns, como o <i>antropomorfismo</i>). Os dias da Criação, por exemplo, quando estudados cuidadosamente, nos conduzem a concebê-los como dias literais. A palavra <i style="">yom</i>, que em hebraico significa dia, é usada, quanto aos <i>dias</i> da Criação em Gênesis, exatamente com seu sentido mais óbvio: de <i>um dia</i>. Um dia de 24 horas? Sim, como vemos pela repetição da frase <i style="">tarde e manhã</i> em todo relato da Criação. Se, como alguns, influenciados por idéias liberais (muitas vezes sem sabê-lo), têm afirmado, esses dias equivalessem a “Eras Geológicas” (períodos de milhões de anos) então teríamos uma grande dificuldade em explicar o que é uma “manhã” e uma “tarde” em uma era geológica. Este é um outro exemplo de interpretação da Escritura com base na Ciência; a concepção sobre a Bíblia é alterada para se amoldar à Ciência. Porém a Ciência é falha, como estabelecemos no início deste estudo e, enquanto alguns cientificistas dão a própria vida para defenderem uma Terra com bilhões de anos, outros apresentam teorias que apontam para um planeta com não mais que 10.000 anos de existência. Soma-se ainda, ao argumento a favor de que Gênesis ensina uma criação em seis dias de 24 horas o fato de que Deus descansa no sétimo dia. Teria Deus descansado durante toda a “<i style="">sétima Era</i>”? E o que significaria isto, que era foi esta? E, se Deus descansou durante um período indeterminado de tempo, sem relação proporcional com os outros períodos de tempo (pois uns seriam maiores do que os outros), que sentido tem evocar este fato para estabelecer que nós descansemos um período proporcional de dia de 24 horas em cada sete dias de 24 horas baseados no fato de Deus ter descansado um dia em sete? (cf. Êxodo 20:8-11).<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt; font-family: Arial;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt; font-family: Arial;">2) Porque Deus criou o mundo em seis dias e não instantaneamente?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt; font-family: Arial;">É muito comum as pessoas questionarem: <i>caso Deus seja onipotente, porque Ele demorou 6 dias para criar o mundo?</i> A resposta é muito simples. Como em tantas outras partes da Escritura, Deus acomodou Seu poder e ação ao entendimento humano porque desejava comunicar-nos algo. No versículo 1, vemos que o Senhor criou os céus instantaneamente (que céus, como já dissemos, é muito acertadamente compreendido como os céus empíreos, a esfera de existência celestial onde habita o Senhor e Suas hostes de Anjos). Foram feitos imediatamente perfeitos. Não havia necessidade de um criação temporal dos céus porque eles não foram feitos para que os contemplássemos e, meditando neles, aprendêssemos sobre o Criador. Porém a terra foi feita para isto, nosso mundo foi, desde o princípio, formado com o objeto de ser uma Revelação sobre o Criador, um Livro escrito em matéria que, quando lido pela imagem de Deus no homem, falasse do próprio Deus, Sua Glória e Seu poder. Portanto, Deus criou o mundo em seis dias para comunicar-nos realidades espirituais e instruir-nos no conhecimento dEle.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt; font-family: Arial;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt; font-family: Arial;">3) Como era o mundo na época da Criação?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt; font-family: Arial;">A Ciência e a Escritura concordam que a Terra também era um lugar muito diferente na sua juventude. Porém os dogmas racionalistas e materialistas do cientificismo forçam a explicação e a investigação dessas hipóteses ao campo do observável nos dias de hoje. A Escritura, no entanto, trazendo <i style="">testemunho</i> da Criação, afirma o que o cientificismo não poderá alcançar jamais, e desenha um cenário intrinsecamente mais consistente e crível do que qualquer coisa alardeada pela falsa ciência até os dias de hoje! E isto é de tal maneira impressionante que, por exemplo, a <i style="">ordem de Criação dos corpos celestes e das leis físicas</i>, foi aceita pela Ciência exatamente como narrada em </span><span style="font-size: 10pt; font-family: Arial;">Gênesis, por necessidade lógica e teórica, apesar de não ser possível comprová-la empiricamente. No primeiro versículo, Deus cria, a partir do nada, os “céus” <span style="">e a “terra”. Esta Terra era “vazia e sem forma” e estava sobre um abismo. Entende-se daqui uma massa estranha, emergente de um caos inóspito, por ação do Criador; esta massa estava solta sobre o vazio espacial. Esta indefinição é referida por Moisés também como “águas”, no sentido de que essa ordem primordial é tão indistinta quanto uma coleção de mares invadindo e ajeitando-se sobre uma terra antes represada ou como uma massa mole de argila nas mãos de um habilidoso escultor. Sobre esta massa o Espírito de Deus inspira a ordem, e Ele mesmo a preenche e sustém. Na medida que a Criação prossegue, mais e mais ordem se expressa, seguindo-se, entretanto, este princípio observado: a ordem é lógica e necessária, é demonstrada em uma crescente complexidade e estabilização e expressa-se na Providência e Sabedoria de Deus em usar tanto meios diversos, quanto em agir imediatamente sobre o mundo. O resultado primário é uma terra paradisíaca em todos sentidos, tanto na geografia quanto no clima, tanto na distribuição dos animais quanto na ausência de violência expressa no fato de que todos se alimentavam apenas de vegetais. Possivelmente, havia menor variedade de animais, de modo que Adão pudesse dar nomes a todos eles e de modo que todos estivessem presentes no Jardim. É como se cada animal de hoje possuísse um antepassado que era o protótipo geral de todos os animais semelhantes a ele; por exemplo, é como se todos seres aparentados do cavalo possuíssem um protótipo eqüestre que era o cabeça, o primeiro, o concentrador genético, de todos os animais desse tipo. Ao menos é o que se pode entender da expressão hebraica <i>baramin, </i></span>usualmente traduzida como <i>tipo</i> ou <i>espécie</i> (Gênesis 6:19), e<i> </i>pelo contexto do Livro. Adão <span style="">mesmo era o protótipo genético de todos os seres humanos; porque ele era o cabeça da espécie, e dele vieram todas as raças: brancos, negros, amarelos. Ele continha em si toda a informação primordial necessária para derivar estas raças. Além disso, algo mais era diferente: não havia doenças, nem mal algum. Todos eram extremamente longevos, creio que tanto os homens (que poderiam viver 9 séculos!) quanto os animais. O que poderia ocasionar que alguns se tornassem verdadeiros <i>gargantuas, </i></span>como o chamado <i>behemot –</i> um enorme e fortíssimo ser parecido com um dinossauro descrito no Livro de Jó, capítulo 40.<i> </i>Tudo<span style=""> isto, porém, se degenerou pela contaminação do pecado que adentrou o universo por ocasião da desobediência de Adão e Eva - surgiram venenos, doenças, catástrofes ambientais. A Criação se volta contra o próprio homem, que deveria ser seu regente. E a morte reinou sobre a terra.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 8pt; font-family: "Segoe Print";"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 10pt; font-family: Arial;">4) Com quem os filhos de Adão e Eva se casaram?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt; font-family: Arial;">Adão era um homem que, segundo os padrões que a ciência atual criou, talvez fosse considerado até mesmo como outra espécie humana. Ele não possuía nenhuma falha genética, seu DNA não conhecia mutação. Ele era perfeito em tudo. Nele não havia doenças ou síndromes hereditárias, nem tendências ao desenvolvimento de doenças quaisquer. Na verdade, como respondemos na pergunta anterior, não havia nem sequer doenças antes de Adão pecar. Porém, não nos confundamos, havia dor. Por ocasião da queda, Deus fala a Eva: <i>“multiplicarei as suas dores de parto”</i>, portanto já havia dor antes da queda, havia algo a ser multiplicado. O que, aliás, faz com que compreendamos que a dor, de modo geral, não é algo ruim em si mesmo (mas algo que já fazia parte da boa criação de Deus). Contudo, as dores se tornaram aflitivas ao ser humano, como tantos outros “<i>cardos e espinhos” </i>que surgiram por conseqüência da desobediência. Voltando à questão levantada, é por causa da pureza genética (e da longevidade citada acima) que entendemos com quem os filhos de Adão e Eva se casavam: eles se casavam entre si. Não geravam prole defeituosa porque, pela total pureza genética de Adão e Eva, pela ausência completa de defeitos e qualidades negativas em seu DNA, seus filhos não tinham como herdar tais coisas. Portanto, não havia uma maior probabilidade de que uma determinada doença ou tendência destrutiva se manifestasse pelo casamento intra-familiar. Pela decadência da humanidade, conforme os frutos do pecado se tornavam mais evidentes na Criação decaída, é que foram surgindo degradações genéticas e doenças que impossibilitaram o casamento intra-familiar.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 10pt; font-family: Arial;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><b><span style="font-size: 10pt; font-family: Arial;">Conclusão<o:p></o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt; font-family: Arial;">Depois desta longa jornada nestes embates sobre Gênesis, tenho a impressão de que passamos mais tempo expondo as bases de nossa Fé e suas aplicações, em contraste com a falta de bases da metodologia cientifica e de seus filhotes, do que falando efetivamente sobre Gênesis. A causa disto é que o problema dos falsos Cristãos, dos Cristãos débeis e das igrejas adoentadas, não está na Escritura em si, nem no que a Escritura diz. O problema está em seus espíritos. Porque suas mentes não se renderam de forma plena aos pés da Cruz, suas almas não abandonaram os sonhos e as lembranças do Egito - são pessoas que não desistiram de suas próprias idéias e experiências para aceitarem a Escritura como regra suprema e veredito final sobre todas as questões da existência. Ainda pensam como escravos e ainda querem as panelas de carne e os deuses cegos e manipuláveis daquelas terras malditas. E este não é exatamente um problema da era pós-Cristã: é simplesmente a constante ressurgência da tentativa de sintetizar o pensamento Cristão com alguma filosofia de determinada época - a ressurgência da covardia de não querer enfrentar o mundo, de não querer <i>carregar a Cruz, </i>de não querer perder tudo por amor a Cristo. Foi esta doença espiritual que acometeu os Coríntios no mais terrível grau, e contaminou aos Colossenses e aos Gálatas causando consideráveis perdas. Foi esta lepra interior que arrastou a igreja, séculos depois, em direção às pressões para alegorizar Gênesis de modo que se encaixasse na filosofia de Aristóteles – e lembremos que esta sincretização, especificamente, foi um forte assentamento para construção do trono Papal do Anticristo.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt; font-family: Arial;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt; font-family: Arial;">Por isto, convoco todos os amados leitores, sejam incrédulos, Cristãos fracos ou Cristãos já firmados em Cristo e na Palavra; convoco que contemplem Cristo em Gênesis, que contemplem comigo o anúncio final e constante do descanso eterno dos Santos. Basta seguir a estrada dos atos Soberanos de Criação e vê-lO, após seis dias de trabalho, demonstrar-nos a consumação dos séculos na figura do sétimo dia – o <i>Sabbath</i> do Senhor, o descanso de Deus. Porque tem existido um descanso prometido desde o sétimo dia da Criação (Gênese 2:2), um descanso no qual todas as gerações de desobedientes impenitentes jamais conseguiram entrar (Hebreus 4:6), ficando sem esperança, mas no qual aqueles que crêem serão bem vindos, para a vida (Hebreus 4:3). Ora, se mesmo Adão, arrependido, foi recebido na <i>Graça, </i>por causa de Cristo, porque hesitaria algum de nós em buscar perdão e retidão junto ao Senhor, com sincero arrependimento e humildade? Porque somos, se cremos na Salvação que vem do Senhor, convidados a aguardar com esperança e regozijo o cumprimento das promessas de Gênesis, de que nos uniremos com Cristo no nosso lar celestial (1 Pedro 2:11), para o qual devemos olhar constantemente enquanto marchamos, purificando-nos de toda malícia (por sabermos que seremos como o Senhor Jesus quando ele se manifestar). O crente, conhecendo as coisas que o esperam na eternidade, <i>a si mesmo se purifica ... como é puro o Senhor </i>(1 João 3.3). Se somos mesmo do Amado, reconhecemos a Soberana vontade de Deus, que nos dirige, como dirigiu a Adão, para unir-se com Ele no Seu descanso, para habitar com Ele em um incessante <i>Sabbath</i>. Ouvimos a Sua voz, e não nos escondemos, mas adoramos por cada Palavra da Escritura, que é Sobrenatural, que é Soberana em Deus, e vive em nosso Redentor para selar cada <i>Filho da Aliança da Graça</i> numa mesma união no Corpo de Cristo, preparando-nos para quando seremos, como Eva a Adão, apresentados como Noiva pura e imaculada ao amado Noivo (Apocalipse 21:2,9). Alimentemo-nos da esperança de Gênesis e busquemos em oração e súplica por todos os Santos, em toda dedicação e meditação na Palavra, lembrarmo-nos noite e dia de que nossa celeste esperança se equilibra em um prato, como uma balança, no contrapeso da aflição e do conflito contra o mundo, sendo ambos firmados, pelo centro, pendentes da Cruz de Cristo. Cristãos, portemo-nos como Igreja Militante que somos, não evitando a batalha, mas denunciando poderosamente o pecado e devastando, pelo poder da Palavra de Deus, todos os inimigos de nosso Senhor. Não aceitemos o clamor do mundo humanista a respeito de <i>neutralidade religiosa</i> e de sermos <i>politicamente corretos, </i>mas como Abraão, pela fé nas promessas do Senhor, edifiquemos altares na Canaan dos pagãos<i>.</i> Temamos todos, a Escritura é clara e a Lei de Deus perfeita: ou afirmamos, a todo custo, a mensagem do Evangelho e a condenação do pecador (exatamente como a Bíblia diz), ou estaremos dando ouvidos à mesma sedução que a Serpente instilou, quando no Éden: <i>É assim que Deus disse? Ah, é certo que a Igreja não morrerá se comer do conhecimento do mundo. Deus sabe que no dia em que dele comerdes seus olhos se abrirão e vocês reinarão sobre toda a terra!<o:p></o:p></i></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i><span style="font-size: 10pt; font-family: Arial;"><o:p> </o:p></span></i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt; font-family: Arial;">Não ouçamos a voz da Serpente! Que todo homem se afaste deste vil tentador! E seja, todo nosso coração e forças, ao Senhor Deus somente, porque dEle é toda justiça, e toda grandeza, e todo poder, e a sabedoria, e o louvor para sempre. Não atribuamos a nada, nem a ninguém, aquilo que é somente de Deus – porque toda a Glória pertence só ao Senhor que fez os céus, a terra e tudo o que neles há. Tanto nas mais impressionantes obras que nos conta Gênesis, quanto nas coisas menores e cotidianas, tenhamos compreensão de que tudo permanece ante a face do Altíssimo e, se não o Glorificamos em cada uma dessas coisas, nós as enchemos de trevas, e invertemos seu propósito; perdemos o reconhecimento da preciosidade de cada uma delas e pecaminosamente resistimos ao Espírito de Deus e deixamos de dar ao Autor da vida o Seu devido louvor.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt; font-family: Arial;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt; font-family: Arial;">Sujeitemo-nos ao Senhor, em todas as coisas, para louvor da Glória de Sua Graça, sempre. </span><span style="font-size: 10pt; font-family: Arial;" lang="EN-US">Amém.<o:p></o:p></span></p>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7082510166136551617.post-76805866746223243342009-05-05T15:12:00.004-03:002009-05-05T15:19:52.672-03:00Incapacidade Científica, parte 5<o:smarttagtype namespaceuri="urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" name="metricconverter"></o:smarttagtype><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><!--[if !mso]><object classid="clsid:38481807-CA0E-42D2-BF39-B33AF135CC4D" id="ieooui"></object> <style> st1\:*{behavior:url(#ieooui) } </style> <![endif]--><style> <!-- /* Font Definitions */ @font-face {font-family:Tahoma; panose-1:2 11 6 4 3 5 4 4 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:swiss; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:1627421319 -2147483648 8 0 66047 0;} @font-face {font-family:"Lucida Sans Unicode"; panose-1:2 11 6 2 3 5 4 2 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:swiss; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:-2147476737 14699 0 0 63 0;} /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:none; mso-hyphenate:none; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Lucida Sans Unicode"; mso-fareast-language:#00FF;} @page Section1 {size:612.0pt 792.0pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:36.0pt; mso-footer-margin:36.0pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--> <p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span style="font-size:100%;"><b><span style="font-family:Arial;">Deus e Sua Palavra, que é Vida e Razão, são inseparáveis<o:p></o:p></span></b></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Arial;font-size:100%;" >Ao Cristão só resta render-se à Escritura. Tanto nas situações nas quais temos cogitado nestas últimas edições (a respeito da relação entre a Teologia e a Ciência), quanto em qualquer outra situação. Uma vez que a<span style=""> </span>Escritura declara a si mesma como Palavra inspirada de Deus (por isso inerrante e infalível), o Cristão só conseguirá pensar com coesão, mantendo uma salutar relação entre o universo descrito na Bíblia e o universo de sua experiência, se puder ver o mundo pelas lentes da Escritura. É pela Escritura que ele julgará o que é verdade e o que é mentira, o que é proveitoso e o que é vão. “<i>Ora, mas a Escritura pode ser interpretada de diversas maneiras</i>” dizem alguns adversários de nossa ortodoxia. Para eles, respondo: A Escritura dará todo o fundamento para a vida Cristã se interpretada de maneira <i>verdadeiramente </i>Cristã. E que maneira é esta? Pela ponderada e temorosa comparação da Escritura com a Escritura, dos textos mais claros com os textos mais difíceis, enquanto se mantêm em mente o objetivo de, em todos textos, fazer visível a obra expiatória e redentora de Cristo. Sim, em cada doutrina enunciada pelos Textos Sagrados há uma estrada que nos leva ao Senhor de nossa Salvação! Estudar a Bíblia apenas como guia moral e aprender dela algo que poderia ser igualmente aprendido e dito por um muçulmano, um filósofo grego ou um budista não é ouvir o que a Escritura <i>realmente</i> tem a dizer. Ouça o testemunho do Senhor Cristo Jesus em Lucas 24:27, “</span><span style="font-size:100%;"><i><span style=";font-family:Arial;color:black;" >E, começando por Moisés, discorrendo por todos os Profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras.”. </span></i></span><span style=";font-family:Arial;font-size:100%;color:black;" >Neste versículo, nos é dito que Cristo expôs o que consta em todas as Escrituras a Seu respeito, desde os 5 primeiros livros (de Moisés) até os últimos livros (dos Profetas). Assim temos a prova de que toda a Escritura fala de Cristo: Ele é o fim da Revelação de Deus aos homens (Hebreus 1:1). Desde aí, </span><span style=";font-family:Arial;font-size:100%;" >compreendemos que todo o conhecimento das Santas Letras forma uma unidade e que não pode a Bíblia ser menosprezada em nenhuma de suas partes, mas deve ser perscrutada como um todo pelo crente – porque de toda a Escritura provém o alimento do seu espírito (Deuteronômio 8:3, Mateus 4:4). Todo conhecimento que não se coaduna com a inteireza do ensino da Escritura (segundo a revelação de Cristo), deve ser rejeitado, pois essa totalidade da Escritura é a única compreensão legítima e completa do universo. Compreensão que nos é dada e dirigida por Deus mesmo, e, portanto que não carece de adição alguma, mas é plena (2 Timóteo 3:16,17). Qualquer adição a esta perfeita trama da Verdade cria deformidades que corromperão sua estrutura, e terão conseqüências malignas sobre a crença e a prática daquele que assim proceder; porém, uma retidão de caráter será alcançada, mediante o Espírito de Deus,<span style=""> </span>por aquele que submeter-se ao completo conselho da Palavra da Verdade. Afinal, o Espírito de Deus, tendo inspirado as Escrituras (2 Pedro 1:21) até sua completude, opera agora seu ministério de glorificar ao Senhor Jesus Cristo (João 16:14), em lugar de anunciar a Si mesmo ou a novas revelações (portanto em lugar de adicionar, ou subtrair, algo à Palavra Escrita ou à Palavra Encarnada). Afinal, o Senhor Cristo Jesus, como já dissemos, é o assunto e o cumprimento de todas Santas Letras. A Escritura é, portanto, o <i>instrumento perfeito e final</i> (2 Pedro 1:19, Hebreus 1:1, 2 Timóteo 1:17) para que o Espírito dispense a Graça do Senhor e comunique-nos Sua Obra Redentora, iluminando e instruindo os crentes e chamando os pecadores ao arrependimento. Não desconsideremos, nisto, nem a necessidade de que a Palavra seja constantemente exposta à congregação por um ministro fiel (servo de Cristo, em quem habite o Espírito, para que a congregação seja edificada e aprenda a edificar-se também pela leitura e meditação particular e familiar), nem a soberania do Senhor em regenerar e quebrantar àqueles que Ele quiser, quando Ele quiser. Até os sacramentos, que também são meios da Graça de Deus, dependem da Palavra, uma vez que dependem da fé de quem os recebe, fé que é fundamentada na Palavra. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Arial;font-size:100%;" >Contudo se, sendo Cristão, ao confrontar-se com as filosofias e cosmovisões do mundo, sua dificuldade não está em aceitar a Escritura, mas em compreender certas particularidade, quanto ao Livro de Gênesis (no caso que temos estudado) ainda abordaremos algumas de possíveis dificuldades mais adiante, mostrando que crer na Palavra de Deus não é negar-se ao pensamento crítico mas aplicar a razão junto à fé, explicando com lógica e discernimento o sentido daquilo no que você acredita. Isso se obtêm em uma busca paciente, em oração, em constante leitura da Bíblia e em eventual consulta a verdadeiros mestres de tempos passados ou do presente - tendo a Escritura como regra suprema - sugiro, para evitar o engano dos falsos apóstolos, os seguintes autores: Joseph Bullinger, Charles Spurgeon, Jonathan Edwards, João Calvino ou algum dos Puritanos (destes, John Owen é um dos maiores). São em Santos servos de Deus como estes que nós, a Igreja Congregacional Kalleyana, reconhecemos o agir do Espírito de Deus no Corpo de Cristo através dos séculos, edificando-nos nas mesmas verdades e em uma una interpretação da Escritura, regida pela Cruz. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Arial;font-size:100%;" >Quanto ao homem não convertido, ao ser pego no confronto entre as visões de mundo Cristã e as não-Cristãs, que ele também preze pela verdade - e seja coerente com o que pensa: se crê em Deus, que creia em Cristo, pois quem crê em Deus mas não em Cristo, não conhece a Deus (Lucas 10:16, Mateus 10:40); se crê em Cristo, que creia na Escritura, pelas palavras do próprio Cristo e pelo testemunho vivo da Escritura (Mateus 22:29, João 5:39,10:35, Romanos 15:4,16:26); se crê na Escritura, que creia em toda ela, estude-a com afinco, humildade e em oração, e não se deixe levar por qualquer pressupostos não-bíblicos – agora, se não crê em alguma parte da Escritura, seja coerente e confesse que não crê realmente na Escritura, mas crê em si mesmo, e no que é capaz de julgar sobre a Escritura, para cortar ou adicionar o que o Eterno Autor e Preservador da Lei não apagou nem inspirou; se não crê na Escritura, confesse que não crê realmente em Cristo, apenas gosta das partes convenientes do Seu discurso, especialmente as que não o condenam; se não crê em Cristo, não crê realmente em Deus algum, pois quem ama ao Pai, ama ao Filho que Ele enviou e é uno com Ele; e se não crê em Deus, seu estado é o mais deplorável da existência humana, sua mente foi voluntariamente obscurecida contra o testemunho do seu próprio espírito, não há vida em sua vida, nem referências maiores do que si mesmo em sua mente e a boca do inferno já está aberta sob seus pés para o acolher.<br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /><span style=";font-family:Arial;font-size:100%;" ><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style=";font-family:Arial;font-size:100%;" ><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span style="font-size:100%;"><b><span style="font-family:Arial;">A Revelação de Deus nas Escrituras é o único acesso ao Conhecimento Perfeito<o:p></o:p></span></b></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Arial;font-size:100%;" >Só pode haver uma Verdade Absoluta, um Universo Verdadeiro, uma Realidade Última. Ela não está no domínio empírico das ciências, não está submissa a mente humana para moldá-la como desejar, nem em domínio algum exceto no domínio do próprio Deus revelado na religião Bíblica. Como não faz sentido que cada pessoa crie sua própria matemática e lógica, onde 3 lápis mais 3 lápis sejam 12 canetas, também não faz nenhum sentido que cada ser humano crie sua própria concepção a respeito de Deus e das coisas eternas; como existe uma regra externa ao ser humano, <i>uma lei física, </i>absoluta, real, que faz com que 3 lápis mais 3 lápis sejam sempre 6 lápis, existe <i>uma única Realidade Última</i> que delimita <i>a única relação possível</i> entre o homem e Deus e tudo o que é eterno. Aos olhos “<i>politicamente corretos</i>” e relativistas dos homens de hoje, estas afirmações parecem radicais. Isto só prova a falência de suas instituições, o que lhes causa tal nulidade de pensamento, onde nem sequer questionam aquilo a que foram condicionados por toda vida. Explico: Pode um homem compreender todos os meandros de uma máquina complexa nunca antes vista, cujos comandos estão em um idioma completamente ignorado em cada caractere, e cujo manual não pode ser consultado? Poderia um arqueólogo compreender os hieróglifos sem a Pedra de Roseta ou semelhante artifício? Obviamente não. Então, como pode uma ciência, assumidamente subjetiva como a filosofia ou disfarçadamente subjetiva como a engenharia, compreender as questões mais profundas da realidade, como as questões eternas, do infinitamente remoto princípio dos tempos ou do infinitamente distante final? Pode a ciência explicar sequer uma razão em vez de um processo, dizendo o motivo pelo qual o céu é azul em vez de informar quais acidentes causam o azul celeste? Ou explicar porque, não no sentido do processo histórico mas no sentido da razão última, exatamente o Cristianismo se espalhou por todo o mundo, moldou a moral que conhecemos e cumpriu profecias do Velho Testamento, cuja matemática indicava datas precisas? Sabemos que a ciência não pode fazê-lo, e que sua metodologia falha até no que necessariamente se abstém da Verdade Absoluta, é apenas um ponto nestas questões. Se a ciência não pode fazê-lo, quem poderá? Para entender a máquina que cogitei acima, precisaríamos de manuais servidos pelo fabricante; para decifrar os hieroglifos foi necessário uma correspondência com linguagens conhecidas, para conhecer o Reino de Deus que, tendo sido a menor das sementes, cresce de tal modo as aves do céu se aninham sob ele, é necessária uma revelação de Deus – para compreender o Universo e conhecer a Verdade é necessário que algo de fora do problema examinado nos informe. E qual outro livro, senão a Bíblia, toma para si a responsabilidade<span style=""> </span>de ser um escrito vindo de Deus, um escrito perfeito e capaz de instruir na Verdade para que o homem seja, pela Graça, recebido na eternidade? Qual outro livro o faz com capacidade para cumprir o que diz, provando-se verdadeiro pelo testemunho das suas perfeitas profecias, dos milhões de pecadores convertidos em despenseiros do Amor Divino, de nações transformadas pela sua mensagem, de seus eventos e datas precisas e de sua inegável antigüidade?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Arial;font-size:100%;" >Cabe a cada um de nós buscar a resposta última que nos mostra a saída do Universo; caso contrário, vive-se-á em mentiras, colecionando a ignorância e o vão conhecimento, como que catando os centavos que estão ao chão, enquanto não se nota a coroa de ouro que lhe é gratuitamente oferecida por alguém que permanece de pé ao teu lado.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /><span style=";font-family:Arial;font-size:100%;" ><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Arial;font-size:100%;" ><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Arial;font-size:100%;" ><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span style="font-size:100%;"><b><span style="font-family:Arial;">A Estrutura do Livro de Gênesis<o:p></o:p></span></b></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Arial;font-size:100%;" >Voltando para a questão do livro de Gênesis, se o analisarmos com a mente de Cristo, segundo a harmonia de toda a Escritura o encontraremos ímpar: um livro que soa poético, ainda que seu estilo literário não seja poesia; simbólico, ainda que trate da realidade não-alegórica; e histórico e acurado, ainda que não conte toda a história de todo o mundo de maneira detalhada. Por causa disso, é muito comum ouvirmos, dentro destes parâmetros citados, o livro mais semelhante a Gênesis seria o Apocalipse. Esta é uma afirmação perigosa, porque é verdadeira apenas se considerada de maneira estrita. É uma comparação válida quanto ao efeito geral do livro, porque Gênesis é, indubitavelmente, possuidor do poder Divino na ação do Espírito de Deus junto ao homem, para imprimir imagens vivas na nossa alma e confrontar-nos com algo em nós mesmos que naturalmente preferiríamos ignorar; neste sentido o caráter gráfico de Gênesis exibe símbolos muito mais numerosos e evidentes do que, por exemplo, o livro de Crônicas, e nos desafia de maneira semelhante ao caráter gráfico contido em Apocalipse. Somos atraídos pelo enigmático início da epopéia humana com tanto poder quanto somos pelo inevitável julgamento final. Na narrativa do fim há a abominável prostituta, na narrativa do início a imaculada e perfeita noiva - Eva; no fim vemos os pecadores santificados, no início vemos o santo Adão pecando. Ambos os livros são reais, porém além de nossa total compreensão, porque falam de estados do Universo que são desconhecidos por nós. Desconhecemos o terrível estado do Universo em que o sol queima os homens com intenso calor, como fogo (Apocalipse 18:1), porém podemos imaginar como isto será; desconhecemos o estado do Universo onde uma neblina sobe da terra e rega o solo (Gênesis 2:6), porém podemos imaginar como era. São fatos concretos, possíveis, ainda que diferentes do que conhecemos e, por isso, não compreensíveis em sua totalidade. Todavia há uma importante diferença: Apocalipse fala de si mesmo, em diversas passagens, como contendo certos textos puramente alegóricos (Apocalipse 11:8,17:5-18). E a Escritura é sempre o verdadeiro e final intérprete da própria Escritura. Em Gênesis, entretanto, nem em qualquer outro livro da Escritura, há menção de alegorias puras no relato da Criação. Tudo é sempre referido como real, ainda que possuindo símbolos. Em Hebreus 11:3a vemos que “<i>Pela fé entendemos que os mundos pela Palavra de Deus foram criados</i>”. Assim, para quem crê na Escritura, Gênesis é inquestionavelmente uma história real, recebida pela fé, ou seja, pelo conhecimento de Deus e de Sua Palavra, pela confiança em Deus e, portanto, em Sua Palavra e pelo consentimento aos mandamentos Divinos expressos na Sua Palavra.<br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /><span style=";font-family:Arial;font-size:100%;" ><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Arial;font-size:100%;" ><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size:100%;"><b><span style="font-family:Arial;">Algumas reflexões em Gênesis<o:p></o:p></span></b></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Arial;font-size:100%;" >Que grande oposição é esta que a alma do homem natural faz ao livro de Gênesis? É a reação contra o que o livro nos diz, porque nos causa vergonha sermos culpados das acusações que ele traz contra o gênero humano. Em Gênesis ouvimos sobre:<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Arial;font-size:100%;" >1) a incapacidade humana em agradar ao Criador – Adão ainda que puro, caiu em tentação e nele caímos todos nós. Ele pecou e com e como ele todos nós temos pecado; <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Arial;font-size:100%;" >2) a natureza finita do homem e de seu inevitável destino rumo ao pó, fruto da desobediência de Adão – do pó da terra foi Adão criado, ao pó da terra todos voltaremos ao morrer; <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Arial;font-size:100%;" >3) a majestade, poder e bondade de Deus em nos poupar da justa condenação de Sua Ira e em dirigir os eventos do cosmos com o objetivo de redimir alguns homens. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Arial;font-size:100%;" ><br />Quanto ao nosso propósito nestes textos, vamos centralizar nossas reflexões no item número <st1:metricconverter productid="3, a" st="on">3, a</st1:metricconverter> majestade, poder e bondade de Deus. Dentro deste aspecto, deve sobressair em nossas mentes a Majestade de Deus. O Senhor é perfeito em si mesmo, é completo na Una relação de Sua Tri-Unidade. Deus tinha perfeita alegria e prazer em Si mesmo na Eternidade Passada, antes da Criação do mundo. Não há nenhuma <i style="">necessidade </i>nEle para a Criação do universo; Ele não <i style="">necessita </i>de nada, nem sequer de algo para expressar Seu Amor, pois o Amor do Deus Trino é pleno e suficiente em Si mesmo – entre o Pai, o Filho e o Santo Espírito. Deus criou o Universo por um ato Soberano, sem nenhuma motivação externa para isto. O que não significa que o Universo não tenha um propósito, porque ele o tem. O propósito da Criação é glorificar ao Senhor (Isaías 43:6,7). A Criação é um meio de Deus glorificar a Si mesmo, é parte do simples fato que em Sua Natureza Pura e Santa, Deus adora ao Único Deus Vivo, ao Único digno de adoração: Deus presta culto a Si mesmo e faz tudo para glorificar-se (Salmo 115:13, Salmo 106:7,8, Ezequiel 20:14, Ezequiel 36:22,23,32, Isaías 48:11). Ele é o único ser que pode prestar culto a Si mesmo porque só Ele é Senhor, só Ele é Deus, plenamente bom e em quem está a suprema alegria e todo dom perfeito (Tiago 1:17,<span style=""> </span>Salmos 16:11). Portanto, em Gênesis aprendemos que o Altíssimo escolheu glorificar a Si mesmo pela Criação, e que a Criação é uma obra perfeita da Triunidade Divina. No Evangelho de João, Capítulo 1, versículo 3, Cristo, a Palavra de Deus é descrita como Criador, porque foi pela Palavra que Deus comandou cada evento de Gênesis – “<i>E disse Deus:</i>” (Gênesis 1:3). O mesmo é afirmado pelo Apóstolo Paulo na Primeira Epístola aos Coríntios Capítulo 8, Versículo 6. No livro do profeta Isaías, capítulo 40, versículo 13 e em Gênesis Capítulo 1, versículo 2, o Espírito de Deus é mencionado como participante da Criação. O Deus Trino criou o Universo, e vê-se na Criação a ação das três <i style="">hipóstases</i> do Senhor: Pai, Filho e Santo Espírito. Foi no Seu perfeito Conselho consigo mesmo (Gênesis 1:26) que o Senhor, Soberanamente, por Sua Majestade e Reino, criou tudo o que há. Raramente alguém questiona o conceito geral da Soberania de Deus na Criação; as dificuldades surgem quando começamos a pensar a respeito do que significa cada parte do relato, quando começamos a tentar entender <i style="">como </i>Deus executou Seu Soberano ato de Criação. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Arial;font-size:100%;" ><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Arial;font-size:100%;" >É edificante notar como a Soberania de Deus distingue a mensagem do relato de Criação bíblico dos relatos de todos os povos vizinhos dos Hebreus na época em que Moisés escreveu. Somente na Escritura Sagrada há um sentido de ordem, de controle, de objetivo na Criação. Em todo os outros relatos a criação é apenas um acidente e um fruto do pecado de um ou mais deuses. No entanto, no relato bíblico, as repetições e padrões e a constante evocação do Senhor demonstram Seu planejamento e execução perfeitos. Deus cria o meio onde porá o homem, e tudo o que deve existir, de modo que sempre haja o suficiente para suster a próxima etapa da criação. Então Deus cria o homem, cabeça da Criação segundo a Aliança com Deus. E, quando o homem peca contra o Senhor, Deus mostra que já havia providenciado para nós a Salvação em Cristo, antes mesmo da fundação do mundo (Efésios 1:4). Sim, Gênesis prova-se Palavra de Deus, e o início do mundo ali contido prova-se Verdade por tão sublime que é<span style=""> </span>- além de qualquer construto humano, pleno de sentido teológico e pleno de sentido prático - permanece para sempre, pois foi soprada pelo Espírito aos seus autores e perfeitamente preservado por mais de 6 milênios até nós, e será preservado por tantos milênios quantos Deus tem determinado até o fim – para comunicar-nos o Mistério Divino, e lançar as bases da História da Redenção: que é a Paz que o Senhor nos oferece para, apesar de condenados em pecados como Adão, Caim, os homens de Babel, e os homens que não creram em Noé, apesar de naturalmente possuidores de um coração como o deles, termos reconciliação com Deus por meio do Senhor Jesus Cristo, cujo coração, atos e palavras foram puros e retos como de nenhum outro homem. Gênesis, como toda a Escritura, é uma Revelação de Deus ao homem, é a Voz mesma dEle nos ensinando em Seu Espírito. É um dom concedido soberanamente por Ele e completamente fora dos anseios e desejos humanos.<br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /><span style=";font-family:Arial;font-size:100%;" ><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Arial;font-size:100%;" ><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Arial;font-size:10;" ><span style="font-style: italic;font-size:100%;" >Humilhemo-nos e exaltemos ao Senhor, agradecendo e suplicando sabedoria para não chamarmos mau ao que é bom, nem chamarmos de ignóbil o que é da mais pura sabedoria, porém além de nossa mente.</span><o:p></o:p></span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7082510166136551617.post-54550209357190592482009-03-01T20:07:00.003-03:002009-03-01T21:40:56.522-03:00Incapacidade Científica, parte 4<style> <!-- @page { margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } --> </style> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="justify"><span style=""><span lang="pt-BR"><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-style: normal;">Pelas edições anteriores, aprendemos sobre as falhas do método científico atual e as conseqüências dessas limitações; também sobre a </span><i>teologia da ciência</i><span style="font-style: normal;"> e os serviços do processo científico ao Reino de Deus. Nesta edição examinaremos as conseqüências de nossas crenças sobre nossa prática de vida, sobre nossa ética e sobre a nossa moralidade.</span></span></span></span></span></span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-style: normal;" align="justify" lang="pt-BR"><br /></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-style: normal;" align="justify" lang="pt-BR"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:85%;"><b>Deus os entregou a uma disposição mental reprovável</b></span></span></span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="justify"><span lang="pt-BR"><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-style: normal;"><span style="">Na </span><b>Epístola de Paulo aos Romanos, Capítulo 1, versículo 28 </b><span style="">o Santo Apóstolo nos diz que Deus entregou a uma disposição mental reprovável os homens que desprezaram o conhecimento de Deus. Exatamente este é o pecado a que uma falsa ciência conduz: </span></span><span style=""><i>ela intenta substituir a Revelação Escrita de Deus como detentora da Verdade Última</i><span style="font-style: normal;"> e, por conseqüência, muitas vezes acaba por </span><i>intentar substituir Deus</i><span style="font-style: normal;"> por algum conceito naturalístico da existência. Os pseudo-cientistas e os entusiastas do cientificismo desprezam o conhecimento de Deus presente na natureza, até mesmo o conhecimento de Deus manifesto na história da ciência, nos seus pressupostos necessários e nos resultados das suas investigações. Então Deus lhes entrega a uma </span><i>disposição mental reprovável –</i><span style="font-style: normal;"> Deus faz com que suas crenças idólatras os levem a um profundo abismo moral e existencial, na mesma proporção com que esses homens se firmam nestas </span><i>falsas idéias</i><span style="font-style: normal;">. Antes de prosseguirmos neste raciocínio, paremos e voltemos para a questão inicial, para levantarmos outro ponto: as dificuldades do cientificismo e de seus entusiastas quanto à interpretação de Gênesis. Na posição </span><i>mais comum</i><span style="font-style: normal;"> do que se anuncia ser a </span><i>ciência atual</i><span style="font-style: normal;">, é comumente aceito que a Terra, em outras épocas, foi um lugar muito diferente. Fala-se de outra atmosfera, de outras biodiversidades, outras formações geológicas, outra geografia e, até mesmo de outras espécies de homens, biologicamente diferentes. Diz-se que tais homens eram tão diferentes a ponto de serem classificados como de </span><i>outra espécie</i><span style="font-style: normal;">, seres brutos como </span><i>primatas-humanos.</i><span style="font-style: normal;"> Diz-se que eles deram origem, através de lentíssimos processos naturais de mutação e seleção, ao homem moderno. No entanto, a Bíblia tem outra história da Criação, que (exceto se tomada de maneira que seria estranha tanto às intenções do autor quanto aos Cristãos comuns de cerca de 65 séculos seguintes) é </span><i>incompatível</i><span style="font-style: normal;"> com a visão científica. O Cristão, conhecendo a Verdade da Escritura e a falácia da ciência, deve crer na Escritura e descartar toda idéia que contrarie a Palavra. Isto não significa que o Cristão deva ser ignorante ou beligerante quanto à cultura de sua época, mas que ele deve manter em mente a fragilidade e a provisoriedade do conhecimento humano e compará-lo com a permanência e força do conhecimento Divino revelado nas Escrituras. O Cristão não deve tentar provar cientificamente a Escritura, nem opor-se à ciência de modo irrestrito; ele deve conhecer a ciência de sua época para prová-la pela Escritura, em oração e estudo da Palavra, para reter o que é bom, o que é prático, técnico, e descartar o que vai além da mera constatação de probabilidades. Por outro lado, o Cristão deve ser capaz de explicar a Escritura em linguagem acessível para o </span><i>homem comum</i><span style="font-style: normal;">, cuja mente foi afetada pela grande oferta de pseudo-ciência na mídia. </span></span></span></span></span></span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="justify"><span lang="pt-BR"><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style=""><span style="font-style: normal;">No início de nossos textos sobre este assunto, citamos um homem hipotético que se proclamava Cristão mas não cria na </span><i>historicidade</i><span style="font-style: normal;"> de Adão. Imagino que este homem, um dia (talvez quando jovem), tenha crido sem dificuldades que Adão foi uma pessoa real em um tempo e lugar reais. Em algum momento este homem abandonou esta crença para adotar uma visão alegórica de Gênesis, como se tudo o que ali está registrado não passasse de um mito. O que este homem adotou no lugar de sua crença em Adão? Agora ele crê que a humanidade evoluiu a partir de primatas. E este </span><i>infeliz, falso ou fraco Cristão</i><span style="font-style: normal;"> acha mais lógico crer nesta segunda hipótese, porque há muita coisa sobre o que a Escritura diz que ele não sabe explicar quando desafiado pelas </span><i>últimas descobertas científicas. </i><span style="font-style: normal;">Porém, eu pergunto: Sabe este homem explicar, pela tal ciência, </span><i>todas as contradições e dificuldades inerentes a se crer que um primata pode evoluir e se tornar humano?</i><span style="font-style: normal;"> Pode ele resolver as </span><i>impossibilidades </i><span style="font-style: normal;">metodológicas e probabilísticas envolvidas? E quanto às dificuldades teológicas? Já dissemos que escolher crer na evolução como origem para o homem não é algo inteligente. Agora, retomando um pouco do que dissemos acima sobre a </span></span><span style="font-style: normal;"><b>Epístola de Paulo aos Romanos,</b><span style=""> </span><b>no Capítulo 1, versículo 21, </b><span style=""> ao falar sobre aqueles que não dão ao Senhor a glória que Lhe é devida (como a glória de ser o Criador dos céus e da terra e de tudo o que neles há), diz-se que eles </span></span><span style=""><i>obscurecem o próprio coração insensato</i><span style="font-style: normal;"> – eles preferem fazerem-se cegos para suas percepções, pervertendo suas vontades e afeições tanto quanto possível; preferem a obscuridade à Luz de Cristo, para não terem de enfrentar as terríveis conseqüências de uma consciência atormentada pelos pecados e pelo constante anúncio que faz à si mesma a respeito da existência de Deus e da honra e glória que somente ao Senhor são devidas. </span></span></span></span></span></span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-style: normal;" align="justify" lang="pt-BR"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:85%;">Cego é o homem que rejeita algo porque não compreendeu isto e, em lugar, adota uma crença que também não compreende, mas na qual se resigna! </span></span></span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-style: normal;" lang="pt-BR"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:85%;">Cego também, é aquele que adula as tradições humanas, religiosas ou científicas e não se empenha na busca da Verdade!</span></span></span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="justify"><span lang="pt-BR"><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style=""><span style="font-style: normal;">Esta já é a punição pelo seu pecado, pois em sua cegueira não tardará a cair em um profundo abismo – </span><i>a sua disposição mental reprovável </i><span style="font-style: normal;">o levará à </span><i>“coisas inconvenientes, cheios de toda injustiça, malícia, avareza e maldade; possuídos de inveja, homicídio, contenda, dolo e malignidade; sendo difamadores, caluniadores, aborrecidos de Deus, insolentes, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais, insensatos, pérfidos, sem afeição natural e sem misericórdia” </i><span style="font-style: normal;">[</span></span><span style="font-style: normal;"><b>Epístola de Paulo aos Romanos 1:28-31]</b></span><span style=""><i> </i><span style="font-style: normal;">.</span></span></span></span></span></span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="justify" lang="pt-BR"><br /></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-style: normal;" align="justify" lang="pt-BR"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:85%;"><b>Nossas crenças têm conseqüências morais</b></span></span></span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="justify"><span lang="pt-BR"><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style=""><span style="font-style: normal;">O Senhor Jesus Cristo, assim como os Santos Apóstolos (pelo que pudemos notar a respeito de Paulo nestes dois curtos exemplos em Romanos), nos ensinam que aquilo em que cremos é o que molda nossa moral. Tanto nosso Senhor quanto os Apóstolos ensinaram que Gênesis narra eventos históricos. Eles também nos ensinam que deve-se buscar compreender a Escritura, pois ali está o Testemunho de Deus, e que a Escritura deve ser vasculhada e estudada como Palavra de Deus, porém, que não deve a letra ser aceita friamente e sem reflexão, mas com vida e vigor, com entendimento, para toda prática de boas obras. Estes dois ensinos possuem a mesma relação que aquilo que comentamos a respeito de Romanos, a saber: a maneira como o conhecimento de Deus é recebido (no caso o conhecimento de Deus em Gênesis) reflete na </span><i>disposição mental </i><span style="font-style: normal;">do indivíduo, para que ele se disponha para o bem ou para o mal. Assim, Cristo Jesus e os Santos Apóstolos baseiam o ensino moral, a prática da justiça, na crença que professam em um Gênesis histórico; e não por tomar uma lição, </span><i>como de uma fábula,</i><span style="font-style: normal;"> a partir do que está escrito, mas fixando as bases na crença de que o fato enunciado é uma narrativa histórica e um testemunho de como Deus agiu e ainda age. A respeito de adultérios e divórcios, Cristo evoca </span></span><span style="font-style: normal;"><b>Gênesis 1:27; 2:24</b><span style="">. As palavras do Senhor são: </span></span><span style=""><i>“</i></span></span><i><span style="color: rgb(0, 0, 0);">Não tendes lido que, no princípio, o Criador os fez macho e fêmea e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher, e serão dois numa só carne? Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem.”</span></i><span style="color: rgb(0, 0, 0);"> e estão registradas no <b>Evangelho de Mateus 19:4-6</b>. Inspirado pelo Santo Espírito, Paulo nos ensina: </span><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><i>“Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos preciosos, mas (como convém a mulheres que fazem profissão de servir a Deus) com boas obras. A mulher aprenda em silêncio, com toda a sujeição. Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio. Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva. E Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão.”</i> segundo o escrito na sua<b> primeira carta a Timóteo 2:9-13</b>. Por conseguinte, é a crença em Adão e Eva como primeiro casal que delimita a relação entre todos os casais subseqüentes; é ali que se define o protótipo da relação ideal entre marido e mulher. Se fosse tomado apenas como uma fábula, haveria uma contradição entre a realidade do que Deus operou no Universo e a história que Ele teria contado para instrução a respeito do casamento. Explico: se a realidade fosse que o homem evoluiu de primatas (e esses de seres mais simples), então teríamos de admitir que Deus criou os <i>proto-homens </i><span style="font-style: normal;">e seus antepassados evolutivos desempenhando </span><i>outros meios de organização social </i>(e até de reprodução)<span style="font-style: normal;">, que não a família monogâmica. Se esses </span><i>proto-homens </i><span style="font-style: normal;">não foram conduzidos à evolução vivendo em famílias monogâmicas, e se, mesmo inicialmente, a instituição monogâmica não foi fixada (unicelulares não são </span><i>exatamente o que podemos chamar de monogâmicos</i><span style="font-style: normal;">...), então como teríamos que o casamento de um homem e uma mulher é uma </span><i>instituição e um preceito permanente?</i> Se, em certas épocas da evolução, foi melhor para os homens a poligamia e se em outras épocas foi imprescindível para os antepassados evolutivos do homem outras formas de reprodução, então como poderíamos asseverar que esse quadro não retornaria hoje? <span style="font-style: normal;">Esta é apenas uma das dificuldades para os que tentam conciliar a pseudo-ciência e a Escritura por um </span><i>sincretismo – que sociedade pode haver entre a luz e as trevas? Entre a mentira e a verdade?</i> Nenhuma!<span style="font-style: normal;"> Certamente, portanto, a Escritura ensina a historicidade de Adão e Eva e, delimita a partir deste </span><i>fato real, </i><span style="font-style: normal;">o modelo pretendido por Deus para o casamento. A Escritura é uma Palavra perfeita, completa e una. Se examinada como um conjunto, se interpretada pela própria Escritura, nenhuma mentira subsistirá contra ela. Quanto às conseqüências práticas de se crer em um</span><i> casal original real </i><span style="font-style: normal;">e suas aplicações no exercício da piedade,</span><i> </i>podemos aprender que<span style="font-style: normal;">: </span></span></span></span></span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="justify"><span lang="pt-BR"><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-style: normal;">1 ) </span>Adão não poderia pedir divórcio de Eva - Deus lhes ordenara que crescessem e se multiplicassem, e não haveria ninguém mais com quem pudesse Adão se casar caso repudiasse Eva, portanto, só pela manutenção de seu casamento que o casal primordial poderia cumprir a ordem do Senhor. </span></span></span></span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="justify" lang="pt-BR"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:85%;">2 ) Adão não poderia cobiçar outra mulher, nem possuir nenhuma outra, nem ser casado com mais do que uma – Deus mesmo só havia lhe dado uma. </span></span></span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="justify" lang="pt-BR"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:85%;">3 ) Adão não poderia ainda ter comportamentos homossexuais, pois Deus lhe dera a Eva, mulher. </span></span></span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="justify"><span lang="pt-BR"><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="color: rgb(0, 0, 0);">4 ) Adão não poderia queixar-se dela, pois o Senhor a criou da própria costela de Adão (por quantos séculos a <i>ciência</i> negou que isto fosse possível! Até que se descobriu sobre o DNA contido todas as células do corpo, inclusive na costela<span style="font-style: normal;">) para ser a melhor companheira possível para ele.</span> </span></span></span></span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="justify"><span lang="pt-BR"><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="color: rgb(0, 0, 0);">Assim, a Criação de um casal primordial ensina todas essas coisas tanto de maneira histórica (pelo que se depreende dos fatos), quanto por ensino direto do texto da Escritura (quando, por exemplo, a relação entre Adão e Eva é selada com a frase <i>“os dois em uma só carne”</i>). </span></span></span></span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="justify" lang="pt-BR"><br /></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="justify" lang="pt-BR"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:85%;"><b>Mais algumas evidências de que a Escritura ensina um Gênesis literal</b></span></span></span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="justify"><span lang="pt-BR"><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="color: rgb(0, 0, 0);">Em um momento anterior deste texto, citei o que o Senhor Cristo Jesus e os Santos Apóstolos nos ensinam a respeito de Adão e Eva. Existe uma grave conseqüência naquelas palavras de Cristo Jesus, quanto ao ponto que estamos discutindo, a respeito da historicidade de Gênesis. Pois, sabendo que a Escritura nos ensina a Divindade de Cristo, e conhecendo dela que Seu ensino é sublime além de qualquer concepção da sociedade ou da época em que Ele ensinou, podemos concluir seguramente que, ao instruir a respeito de Adão e Eva, falando deles em um discurso que trata-os como pessoas reais – não como parábola ou metáfora – e tratando da crença na criação especial de Deus como ponto de partida para uma moral elevada, Ele o fez ciente de que estava também afirmando a historicidade de Adão e da Criação tal como está narrada em Gênesis. Seria possível, se Cristo desejasse, explicar Adão e Eva em um contexto de parábolas, e assim, salvaguardar as gerações futuras de um entendimento literal, <i>se</i> <i>fosse errado ter um entendimento literal de Gênesis. </i><span style="font-style: normal;">Contudo o Senhor não o fez, mesmo, que como Deus, soubesse perfeitamente das conseqüências imediatas e futuras de como seriam entendidas aquelas palavras. </span>Igualmente, o Apóstolo Paulo (o qual a Escritura nos diz escrever a infalível e inerrante Palavra de Deus, pela inspiração do Espírito de Deus) recua até Adão e expressa sua crença na literalidade de Gênesis e na necessidade dessa crença para a compreensão da correta relação entre o homem e a mulher. Assim como o faz o Evangelista Lucas, que recua a genealogia de Cristo, citando pessoas reais de diversas gerações até chegar a Adão. Há muito mais nas Escrituras que atesta a intenção histórica de Gênesis, contudo, não pretendo me estender muito sobre isto, pois o genuíno Cristão é cativo da Palavra de Deus e sabe que somente a Bíblia - e <i>toda</i> a Bíblia - é perfeitamente inspirada pelo Santo Espírito de Deus, soprada por Deus aos Seus santos homens, como diz <b>a segunda carta universal de Pedro 1:21.</b> O Cristão sabe também que a Escritura inteira é capaz de conduzir à perfeição do espírito e instruir para a salvação como diz o Apóstolo Paulo em sua <b>segunda carta para Timóteo 3:16</b> e, finalmente, porque o Cristão ouve a seu Mestre, Cristo, que afirmou claramente que a Escritura não falha nem será jamais anulada como está registrado no <b>Evangelho de João 10:35</b> e no <b>Evangelho de Mateus 5:18</b>. </span></span></span></span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="justify" lang="pt-BR"><br /></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-style: normal; widows: 0; orphans: 0;" align="justify" lang="pt-BR"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:85%;"><b>Nenhuma doutrina pode ser negligenciada sem conseqüências morais</b></span></span></span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; widows: 0; orphans: 0;" align="justify"> <span lang="pt-BR"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-style: normal;">Do lado negativo, uma crença baseada no que não é perfeito, será ampliada em seu erro pela ocasião que a natureza humana maligna encontrará aí para expressar-se livremente. O Santo Apóstolo Paulo diz, na <b>epístola aos Colossenses</b> <b>1:9-10</b><span style="">: </span></span><i>“Por esta razão, também nós, desde o dia em que O ouvimos, não cessamos de orar por vós e de pedir que transbordeis de <span style="">pleno conhecimento da Sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual</span>; a fim de viverdes de modo digno do Senhor, para o seu inteiro agrado, frutificando em toda boa obra e crescendo no pleno conhecimento de Deus”. </i><span style="font-style: normal;">Notemos que o </span><i>pleno conhecimento da vontade de Deus e toda a sabedoria e conhecimento espiritual </i><span style="font-style: normal;">estão dispostos como conceitos complementares, e até, sobrepostos. Este completo conhecimento da vontade de Deus, que é uma sabedoria e um entendimento espiritual completos, resultará em </span><i>uma vida de inteiro agrado, que frutifica em toda boa obra </i><span style="font-style: normal;">e em um perfeito relacionamento com Deus. Há uma relação direta entre as duas coisas: o conhecimento, sabedoria, entendimento (do que é espiritual) e a vida em Deus (com boas obras de amor ao próximo e manifestação do amor ao Senhor). O Apóstolo Paulo, em sua <b>segunda carta para Timóteo 3:16-17</b><span style="">, afirma, como referido pouco antes em nosso texto, que o que </span></span><span style=""><i>torna o homem perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra </i><span style="font-style: normal;">é </span><i>Toda a Escritura.</i><span style="font-style: normal;"> E, em </span></span><span style="font-style: normal;"><b>Atos dos</b> <b>Apóstolos 20:27</b><span style="">, o Apóstolo Paulo fala sobre ter ensinado </span></span><span style=""><i>todo o conselho de Deus. </i><span style="font-style: normal;">Portanto, </span><i>Toda a Escritura, contém</i><span style="font-style: normal;"> </span><i>todo o conselho de Deus, o pleno conhecimento da Sua vontade, </i><span style="font-style: normal;">é capaz de dar </span><i>sabedoria e entendimento espirituais completos, para inteiro agrado ao Senhor, fazendo o Cristão andar em toda boa obra, em perfeita aliança com Deus. </i><span style="font-style: normal;">Retomo a primeira frase deste capítulo, e proponho, por conseqüência lógica e pela boa prática de interpretação da Escritura, que o o lado negativo deste ensino é: Uma fé firmada em menos do que </span><i>todo o conselho de Deus, </i><span style="font-style: normal;">em menos do que </span><i>o pleno conhecimento da vontade do Senhor, </i><span style="font-style: normal;">gerará </span><i>uma sabedoria e entendimento espiritual parciais</i><span style="font-style: normal;"> e uma vida que </span><i>agrada apenas parcialmente</i><span style="font-style: normal;"> a Deus. Ora, e um entendimento “</span><i>meio espiritual” </i><span style="font-style: normal;">é um entendimento “</span><i>meio carnal”; </i><span style="font-style: normal;">uma vida </span><i>parcialmente ao agrado de Deus, </i><span style="font-style: normal;">é uma vida que </span><i>realmente </i><span style="font-style: normal;">não agrada a Deus – ou seja, uma vida que ofende ao Senhor. Nenhuma parte da Escritura pode ser negociada, nenhum ensino da Fé Cristã pode ser negligenciado sem terríveis conseqüências. Deus criou o homem e imprimiu nele Sua imagem, a Lei do Senhor foi gravada no pilar da sua consciência, no espírito humano. Com a queda de Adão, a corrupção destruiu o poder desta imagem fazendo com que o homem se torne escravo do pecado. Porém não destruiu o testemunho desta imagem de Deus na alma do homem. Por isto, todas as notas entoadas pela Escritura, como uma música espiritual, ecoam uma Divina harmonia na imagem de Deus gravada na alma humana. A Escritura ensina Verdades primordiais para as quais o homem foi criado. Quando uma destas notas falta, a sinfonia se desfaz e os ecos são disfônicos – há uma música, mas já não é a perfeita composição de Deus no homem.</span><i> Nada pode ser removido da Escritura sem prejudicar todo o conjunto da obra de Deus na alma humana, sem desfazer a Divina sinfonia. </i>Por</span> exemplo, quanto ao que temos discutido nestes artigos, qual a conseqüência de se negligenciar a doutrina da Criação Especial do homem e se crer na evolução segundo Darwin? Vamos ouvir o que Darwin mesmo tem a dizer, mostrando-nos as conseqüências de sua doutrina:</span></span><span style="font-size:100%;"> </span></span></span><em><span lang="pt-BR"><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="color: rgb(0, 0, 0);">“Entre os selvagens, os fracos de corpo e mente são logo eliminados. Nós, civilizados, fazemos o possível para evitar essa eliminação; construímos asilos para os imbecis, os aleijados, os doentes; instituímos leis para proteger os pobres... Isso é altamente prejudicial à raça humana.”. <span style="font-style: normal;">É necessário comentar? A crença de Darwin a respeito do evolucionismo levada às suas conseqüências naturais segundo uma mente sincera (porém engodada pelo pecado) resultam em Eugenia – uma filosofia e uma política que, dentre outras coisas, inclui a esterilização de homens e mulheres considerados possuidores de uma genética ruim (como propagandeou com determinação Leonard Darwin, filho de Charles Darwin), assim como o fim (ou a diminuição) dos cuidados com os desvalidos, sejam idosos, doentes ou sindrômicos. O nazismo é adepto da Eugenia. Francis Galton, outro famoso darwinista, primo de Charles Darwin, atesta isto dizendo: “</span><i>Os homens e mulheres dos dias atuais, comparados com aqueles que queremos trazer à existência, são como os vira-latas das ruas da cidade leste comparados com nossos cães de pedigree.</i><span style="font-style: normal;">” (retirado de </span><i>Hereditary Character and Talent</i><span style="font-style: normal;"> - publicado no </span><i>MacMillan's Magazine</i><span style="font-style: normal;">, vol. 11, Novembro de 1864 e Abril de 1865, pp. 157-166, 318-327) e, sem meias palavras, Galton classifica os indígenas e os negros em termos igualmente baixos, os quais prefiro nem reproduzir. Cabe comentar que Leonard, filho de Darwin, seguiu a Galton na liderança da luta pela Eugenia. Claro, nem todos os que crêem no evolucionismo são tão radicais a maioria não aplica o conceito a grupos étnicos, mas o aplica, ainda que sem perceber, ao mercado de trabalho, por exemplo, dando a luz à </span><i>selvageria financeira</i><span style="font-style: normal;"> onde países ricos devoram países pobres e bancos endividam nações inteiras em sua </span><i>luta pela sobrevivência -</i><span style="font-style: normal;"> nada diferente da Eugenia, exceto que, em lugar de eliminar os pobres, incultos, aleijados e doentes matando-os, eles são marginalizados, cortados da sociedade, “socialmente mortos” pela exclusão ao acesso a um meio digno de trabalho e entrega à miséria e condições sub-humanas. Sem dúvida, nossas crenças quanto à origem do universo (assim como nossas crenças quanto a qualquer das doutrinas Bíblicas) afetam, e muito, a maneira como lidamos com o próximo. No caso do evolucionismo o coração pervertido que todo homem naturalmente possui, leva-o pelo desejo do pecado alimentado por esta filosofia, a transformar a vida em seqüências de competições e disputas (onde o mais apto sobreviverá) em lugar de se portar com amor e respeito pela imagem e semelhança de Deus no homem; o cuidado com os mais fracos é substituído pelo desprezo aos derrotados. </span></span><span style="font-style: normal;"><span style=""><span style="color: rgb(0, 0, 0);">A boa compreensão das Escrituras dirige os homens à Vidas Santas e Boas Obras; a mentira cientificista conduz a humanidade à bestialização e ao egoísmo. Que o Senhor tenha misericórdia de Sua Igreja, em tempos de tão grande leviandade para com a Sua Palavra, quando multidões de homens preferem crer (contra a razão e a Escritura) que são primatas sem pêlo, e preferem sustentar estas crenças (apesar de todas as conseqüências terríveis que elas trazem), em lugar de admitirem que são criados pelo Senhor para terem nEle a Vida e para O glorificar em tudo o que fizerem.</span></span></span></span></span></span></em></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7082510166136551617.post-65570029300223965072009-02-08T00:06:00.001-02:002009-02-08T00:13:14.969-02:00A Ciência não sobrevive fora de CristoEm nosso primeiro texto desta série, abordamos a incapacidade da Ciência em alcançar a Realidade Última e, portanto, sua inerente incompetência para julgar assuntos da Escritura. Também analisamos que a Ciência não trabalha com verdades absolutas de nenhum tipo e que, portanto, suas teorias não devem ser defendidas como verdade, mas acatadas como probabilidade (e probabilidade bastante baixa) e ferramenta útil para fins práticos. A Ciência não tem autoridade para dizer o que é possível e o que é impossível, nem deve ter o desejo de fazê-lo. Quando a Ciência ultrapassa estes limites ela se torna um cientificismo, uma idolatria ao conhecimento científico e perde seu trunfo de ser um conhecimento não-ideológico e em constante progresso e mutação. No segundo texto falamos sobre a existência de uma má Teologia que demoniza a Ciência e se mostra contra toda sorte de produção científica; uma má Teologia que tenta justificar a existência de Deus e Suas ações através da ignorância e do obscurantismo. Também cogitamos o erro oposto, o de submeter o conhecimento Bíblico à Ciência, tentando comprovar a Escritura através das descobertas científicas; o estudo das Escrituras se beneficia da produção científica, mas não é dependente dela – não precisamos da Teoria da Relatividade para “finalmente” termos o correto entendimento de Gênesis; o livro explica-se pela própria Escritura e, sendo a Palavra Eterna e Perfeita como Deus O é, quando a Teoria da Relatividade já houver passado, a Escritura ainda será tão capaz de falar sobre si mesma quanto era antes de tal teoria ter existido. Por fim, para harmonizar a natureza da Ciência e a natureza da Teologia, propusemos na última edição um modelo onde a Ciência submete seus interesses ao Reino de Deus e se torna um instrumento na manifestação da Glória da Redenção que há em Cristo e um arauto da Nova Criação que Ele iniciou. A aplicação desta realidade resulta em uma Ciência que deriva do ato soberano e criador de Deus o significado de seus conceitos e a realidade de seus fatos. Nem os fenômenos observados, medidos e estudados devem ser tomados como se possuíssem fim em si mesmos, tampouco os estudiosos devem ser considerados desprovidos de pecado e cheios de heróicas boas intenções. O Deus revelado na Cruz deve ser a fonte do significado de todo conhecimento e Sua Glória o objetivo final de todo processo.<p></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="justify">Nesta terceira edição sobre a relação entre a Ciência e a Teologia, pela aplicação das conclusões dos textos anteriores, demonstraremos:</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="justify"><span style="font-weight: bold;">1 ) A Ciência só existe por causa da Teologia</span> – se não houvesse o conhecimento de Cristo, não haveria Ciência como conhecemos. </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="justify"><span style="font-weight: bold;">2 ) A existência da Ciência aponta para a necessidade do Deus das Escrituras </span>– toda a estrutura que sustenta a Ciência fala de Deus, embora o conhecimento gerado por ela possa tratar, imediatamente, de assuntos não-teológicos. A Ciência anela por Deus e é impossível que um cientista ou entusiasta sincero e bem informado seja ateu.<br /></p><p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="justify"><br /></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-weight: bold;" align="justify"> A Causa da Ciência</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="justify">A Ciência, como a conhecemos, é um fenômeno Cristão. Primeiro, porque os cientistas são um produto de uma sociedade calcada em valores Cristãos (ainda que distorcidos) e é impossível que eles se abstenham de suas heranças culturais e se acheguem ao processo de pesquisa totalmente desprovidos de intenções e suposições prévias. Até mesmo os cientistas ateus têm suas mentes cheias de conceitos cuja origem e sentido está nas Escrituras, o que os faz digladiarem-se e operarem exatamente contra a idéia Cristã de Deus - afinal, se não o fizerem, seus ideais sucumbirão pela ostensividade da revelação de Deus. Segundo, porque a Ciência não se desenvolveu da maneira vigente em nenhum outro ambiente, exceto nas eras mais Cristãs, por ação de mentes Cristãs. Outros períodos da história da humanidade não apresentaram semelhante evolução tecnológica, nem uma evolução tão acentuada quanto nestas eras. Como evidência sobressalente, nunca antes houve tal desenvolvimento na investigação e sistematização da natureza do que as eras onde os cientistas sofreram grandes influências da Escritura. Isto, como já observamos, é fruto da manifestação de Cristo (o Logos Divino, a Razão de Deus, o Redentor da Humanidade) na renovação do conhecimento e da vontade Cristãs. A sabedoria que vem somente do Senhor Jesus ilumina o mundo, inclusive o mundo científico. Na verdade, não há Razão fora de Cristo. Poderemos compreender melhor isto analisando como certas doutrinas Cristãs são a base necessária para o surgimento, manutenção e progresso da Ciência:</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="justify"><span style="font-weight: bold;">A ) A Revelação de Deus na Natureza </span>- “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos” [Salmo 19:1], “porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles porque Deus lhes manifestou. Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas” [Romanos 1:19,20]. Deus se revela na natureza, portanto, a natureza não é um segredo indecifrável mas uma mensagem de Deus, a respeito de Si mesmo. Uma mensagem endereçada aos homens. Como a natureza tem algo a dizer sobre Deus, para que esta mensagem seja inteligível, a natureza tem de ter objetividade, tem de ser real, manipulável. E tem de ter acessibilidade, tem de estar ao alcance do ser humano. Não poderia a ciência ter se desenvolvido sem a influência desta doutrina Cristã? Não creio que pudesse. A antiga civilização Chinesa foi próspera em descobertas e em aquisições tecnológicas: pólvora, navegação, papel, sistema monetário. Contudo não se desenvolveu uma ciência chinesa, um sistema de teorias que ampliassem a aplicação destas tecnologias. Que isto tem haver com a doutrina Cristã da Revelação de Deus na natureza? Sendo primordialmente panteístas, os chineses consideravam a natureza como sendo parte de seu deus, não contendo uma mensagem a parte sobre Deus, mas sendo a natureza mesmo um tipo de manifestação e presença divina. E quem dissecaria a seu deus, destrincharia a seu deus, faria testes e mais testes (alguns bastante destrutivos e desonrosos) em seu deus? Quem pensaria em sistematizar o próprio deus? Antes, como deus, a natureza era temida e adorada. Resultado: nada de ciência, nenhum avanço no conhecimento. A nulidade voluntária de seus pensamentos, para negar a óbvia mensagem de que a natureza não é Deus, e que Ele deve ser adorado e obedecido como Criador e Sustentador de tudo, também anulou a capacidade daquela sociedade em fazer bom uso da Criação. E o hinduísmo, e o budismo? São religiões que consideram a realidade como mera ilusão. Se é uma ilusão é subjetiva, se é subjetiva não possui regras gerais, se não possui regras gerais não há conhecimento a ser adquirido e sistematizado – não há avanço científico. É necessário considerar que a natureza é objetiva, real, regular e que é portadora de algum tipo de mensagem, caso contrário, não há justificativa para o estudo metódico e sistemático do mundo. A Ciência depende do conceito Cristão de natureza!</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="justify"><span style="font-weight: bold;">B ) O Governo de Deus sobre a Natureza </span>- “[Deus] Faz subir as nuvens dos confins da terra, faz os relâmpagos para a chuva, faz sair o vento dos seus reservatórios.” [Salmo 135:7], “Aquele que faz sair o seu exército de estrelas, todas bem contadas, as quais ele chama pelo nome; por ser ele grande em força e forte em poder, nem uma só vem a faltar.” [Isaías 40:26]. Deus governa sobre a natureza, portanto ela não é aleatória nem falaciosa. Como Deus não muda [Tiago 1:17, 1 Samuel 15:29] e é perfeitamente cheio de bondade [Tiago 1:17, 1 Crônicas 16:34], a natureza, sob Seu governo, agirá dentro destes preceitos: com regularidade e capacidade de gerar o bem. Portanto, pode ser seguramente investigada e nela se acharão padrões de comportamento; pode ser seguramente investigada e seu esforço não será em vão pois ela não irá caprichosamente se alterar e invalidar todas suas descobertas; e, até, deve ser investigada pois há um bom propósito nela. E quanto a outras visões de mundo? No panteísmo, no animismo, no xamanismo e diversos politeísmos, a natureza: pode ser uma entidade per si, autônoma, cheia de vontades e caprichos, capaz de alterar-se, zangar-se e mentir; pode ser uma entidade sagrada, velada, parte de um grande enigma no qual está inserida junto com os homens; ou pode ser um objeto disputado por várias entidades menores, cada qual dominando com sua própria personalidade sobre determinado aspecto ou parte do todo. Em todas estas visões não-Cristãs não há sobre o que lançar confiança para investigar a natureza, não há garantia de que ela seja verdadeira e de que não haja algum tipo de vingança sobre os que adentrarem parte do seu sacro segredo. Só uma visão de mundo Cristã dá a base necessária para desnudar o universo e buscar nele regularidades e usos. Um fenômeno interessante que prova a teoria que apresento aqui: por vivermos em uma era pós-Cristã onde os homens abandonam as doutrinas da Escritura, e pela ciência estar sendo afetada por este abandono que fere suas bases necessárias, ressurge a visão mística da natureza na forma da “Mãe-Terra” vingativa (pregada pelos ambientalistas, evocada como a justa destruidora dos homens que a exploraram e penetraram seu mistério sagrado). É ao mesmo tempo triste e ridículo que cientistas e entusiastas cujo desprezo pela Escritura faz com que se auto-intitulem “destruidores dos mitos da religião”, sejam atraídos por esta noção falaciosa da natureza. Há muito mais a se ganhar econômica, social e ambientalmente com a continuidade das pesquisas científicas e a intensificação das mesmas sob uma ótica Cristã, e com a subseqüente aplicação salutar de tecnologias que mitiguem a alardeada crise ambiental, do que com as sugestões que passam pela pauta da ONU, como o plano de “retorno à vida selvagem”, onde populações inteiras seriam obrigadas a viver com recursos tecnológicos semelhantes aos do século XII para diminuir a emissão de lixo e poluentes e a necessidade de geração de energia. Sofrem o delírio messiânico, maligno e vão de “salvar o planeta aprendendo a respeitar a mãe-natureza”. Afastar-se da Verdade da Escritura é cair nos erros mais imbecis e ser alegremente vitimado pelas mais tolas idéias. Fora da doutrina Cristã do Governo de Deus sobre a Natureza, a ciência deixa de existir.</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="justify"><span style="font-weight: bold;">C ) A imagem de Deus no homem </span>- “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra.” [Gênesis 1:26]. Deus criou a natureza para que ela seja dominada pelo homem e utilizada no propósito de fazer o bem, expressando o amor de Deus pela Sua Criação, assim como Sua Santidade e Seus outros atributos. O homem é o principal ente da natureza, e sua posição especial o coloca sobre o resto do mundo criado. Se Deus criou a natureza para isto e deu esta ordem expressa e esta posição elevada ao homem, então tanto a natureza é passível de ser dominada quanto o homem é capaz de fazê-lo. Em outras visões de mundo, o homem é tido como incapaz de decifrar a natureza; isto acontece quando se tem uma concepção muito baixa da capacidade humana ou uma concepção muito alta da natureza. Assim, tanto a deidificação da natureza, quanto a bestialização do homem ou a idéia de que o homem é apenas um brinquedo nas mãos de entidades superpoderosas e imorais levarão ao mesmo erro. Há ainda outro problema para quem não compreende esta doutrina: quando se crê que o homem pode subjugar a Criação, mas não que ele deva fazê-lo para a glória de Deus, e sim, somente para seu bem estar. Destes três erros quanto a relação homem-natureza, pode surgir: uma exploração predatória da natureza e uma ciência inconseqüente que destrói a sociedade física e moralmente (lembremos das experiências realizadas pelos Darwinistas Eugênicos de Hitler) ou uma sujeição desmedida do homem ao meio que vive, um fatalismo triste, que nada faz ainda que o meio seja extremamente prejudicial à vida humana (tomemos o exemplo de povos indígenas que sofrem auguras e males terríveis em suas tribos, mas não buscam subjugar a natureza para fazer desaparecer estes males). Sem a doutrina Cristã de que a natureza foi criada por Deus para ser dominada em santidade pelo homem, não há verdadeira e proveitosa Ciência.</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="justify"><span style="font-weight: bold;">D ) A Liberdade Cristã </span>-“Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” [Romanos 14:17], “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” [Romanos 8:1], “Se morrestes com Cristo para os rudimentos do mundo, por que, como se vivêsseis no mundo, vos sujeitais a ordenanças: não manuseies isto, não proves aquilo, não toques aquilo outro, segundo os preceitos e doutrinas dos homens? Pois que todas estas coisas, com o uso, se destroem” [Colossenses 2:20-22]. Em Cristo o homem está liberto de todo formalismo religioso. Estamos isentos de regras de santidade externas, de rituais e tabus. A verdadeira religião é revelada: retidão, paz e alegria no Espírito Santo. O Reino de Deus é, sobretudo, interno. Por causa da liberdade em Cristo, os cientistas puderam fazer o que nenhuma outra religião jamais permitiu: manipular cadáveres, ferver substâncias imundas, observar e auxiliar enfermos de todo tipo, ou seja, dominar sobre a Criação. É verdade que o materialismo permite essas coisas, porém, ele elimina os limites morais e extrapola os bons usos desta liberdade, atentando contra a imagem de Deus no homem ao abusar da Criação: os atuais experimentos com embriões e as doenças causadas pelos alimentos transgênicos (ou pelo príon da vaca-louca) são exemplos disto. Somente sob a sã doutrina da liberdade em Cristo, da liberdade em Santidade por Amor ao Senhor que pagou com Seu próprio sangue por nós, somente sob esta doutrina a ciência pode experimentar o Universo sem destruí-lo.</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="justify"><br /></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="justify">Estas são apenas algumas das bases Cristãs sobre as quais a Ciência foi concebida, e com as quais ela foi edificada. Se estas verdades da Escritura não acompanharem, a priori, o desenvolvimento do conhecimento científico, este conhecimento acabará por negar as próprias fundações e ruirá em auto- contradição. Em vez de proporcionar o bem da humanidade, uma teoria assim, em desmoronamento, proporciona todo tipo de conseqüência funesta – veja o que o Darwinismo Social causa na mente humana, e você terá um vislumbre disso.</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="justify">A presença de Cristo em toda Ciência</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="justify">A Ciência deseja Deus e fala sobre Ele todo o tempo, porém sem essa consciência. Como pode ser isto? O que ocorre é que a origem de todo o conhecimento e de toda sabedoria está em Deus; o próprio ato de conhecer só faz sentido em um Universo onde exista um Deus absoluto, fonte de todo conhecimento, fonte do desejo de conhecer e justificador da necessidade de conhecimento. Posso provar isto através de qualquer teoria científica, ainda que ela pareça nada dizer em relação ao nosso Salvador. Observe a muito conhecida Lei da Gravidade. Ela já existia antes de ser descrita pelos cientistas? Obviamente já. Uma Lei científica representa uma realidade medida e provável, representa um comportamento regular na natureza (isto, por si, só já aponta para um Legislador na natureza, um regulador que crie e mantenha estas normas em equilíbrio perfeito – mas não vou tomar este caminho na minha argumentação). Esta Lei já existia antes de ser enunciada pelos cientistas e continuará existindo mesmo se for esquecida. Ela é válida para todo o tempo antes de ser enunciada e continuará sendo uma Lei existente e atuante por todo o tempo subseqüente. Ninguém pode resistir ao que ela determina, nem se pode simplesmente ignorá-la, ainda que se possa utilizá-la para efeitos variados (o avião não resiste à Gravidade, mas a utiliza para voar). O que isto significa? Que a Lei científica aponta, exige e justifica o conceito Cristão de Deus. A Lei, como verificamos, está além do tempo, portanto é Eterna. Ela não pode ser resistida, portanto é Onipotente. Ela é transcendente pois está sobre todo o Universo, exercendo seu poder. Ela é imanente pois até a menor partícula a contém. Ela é invisível, é imaterial. Os efeitos da Lei são sentidos e medidos na matéria, mas a Lei em si não faz parte da matéria. Ela é pessoal porque se comunica, é relacional, é expressa por linguagem, é uma entidade individual. É incompreensível pois é apenas uma aproximação baseada na probabilidade empírica. Eternidade, Onipotência, Transcendência, Imanência, Incompreensibilidade - são características Divinas! Toda Lei científica é uma manifestação tão direta de Deus que possui os atributos de Deus! Mas isto não é estranho? Isto significa que a Lei científica é um deus? Não. Estou dizendo que toda Lei científica é uma expressão da regularidade do Universo e que a regularidade do Universo se deve ao governo de Deus, portanto, a Lei científica é uma simplificação e uma transliteração de uma realidade teológica. Que realidade? O Logos. O Verbo, a Palavra, a Razão, a Lógica de Deus. Pois, como Deus governa o Universo? Por sua Palavra. Ele diz “faça-se a luz” [Gênesis 1:3] e a luz se torna parte da natureza. É com o poder desta Palavra que Ele chama as estrelas, chama as nuvens e os relâmpagos. E que Palavra é esta da qual toda Lei científica é, na verdade, uma expressão? “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” [João 1:1], “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez” [João 1:3], “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai ...viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” [João 1:14,29]. Toda Lei científica expressa Cristo Jesus, que é o Verbo Divino pelo qual Deus criou, sustenta e ordena todas as coisas. Por isso, a Lei científica possui atributos que apontam e representam a Divindade. </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="justify"><br /></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="justify">Assim, podemos concluir que a Ciência só tem razão de ser se calcada em doutrinas Cristãs, doutrinas que, na verdade, originaram a própria Ciência. Por ter origem na sabedoria revelada e comunicada em Cristo Jesus, e por ser designada, pela Graça, para a manifestação geral da Redenção adquirida por Cristo na Cruz, a Ciência possui a inevitável verdade de Cristo em si, o que faz com que toda Lei científica revele o Senhor que criou e governa o Universo. Quão poderosas as Palavras de Deus na Escritura, quão infinitamente sábias nos soa o que escreveu o Santo Apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito de Deus, ao afirmar: “o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas” [Romanos 1:19,20]. Não é possível desfazer a obra do Senhor, não há falsa ciência que se levante e seja capaz de ocultar o que Deus determinou que seria visível para todos! Os homens caem em suas próprias armadilhas e o Senhor é glorificado porque Sua Palavra permanece para sempre! </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="justify">Agora, aos que não tem temor de tão poderoso Senhor, ouçam o que Ele diz a respeito dos que, tendo o conhecimento evidente a respeito dEle mesmo, não Lhe dão a devida glória: “Tais homens são, por isso, indesculpáveis; porquanto tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato” [Romanos 1:21]. Arrependa-se porque “são passíveis de morte os que tais coisas praticam ... segundo a tua dureza e coração impenitente, acumulas contra ti mesmo ira para o dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus, que retribuirá a cada um segundo o seu procedimento ... tribulação e angústia virão sobre a alma de qualquer homem que faz o mal” [Romanos 1:32;2:5,9]. Como salvar-se deste caminho? “Beijai o Filho para que não se irrite e não pereçais no caminho; porque dentro em pouco se lhe inflamará a ira” [Salmo 1:12], sim, renda-se aos pés da Cruz, renda-se ao Filho de Deus, Cristo Jesus, Palavra Encarnada e Eterna que rege sobre todo o Universo, e que acolhe a todos que se arrependem e atendem por fé ao Seu chamado.</p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7082510166136551617.post-27788066877918399142009-01-19T12:34:00.005-02:002009-07-06T12:44:29.640-03:00Estudo do Pequeno Catecismo - nº1 - Quem é Deus?<p style="text-align: justify;"><span style="font-size:100%;"><em>"Assim, ao Rei Eterno, imortal, invisível, único Deus sábio, honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém"</em><br /><strong>Primeira Epístola de Paulo a Timóteo Capítulo 1, Versículo 17</strong></span><br /><br /><span style="font-size:85%;">Nos versículos anteriores após recordar a obra da Graça em si, o Santo Apóstolo Paulo volta-se ao Senhor, e, tendo a vida de Deus em sua alma pela graciosa Salvação que recebera, louva ao Senhor exaltando alguns dos atributos Divinos:<br /><br /><strong><span style="font-size:100%;">Rei Eterno</span></strong><br /><strong>Rei</strong> - O Senhor Deus é Rei pois assenta-se sobre o trono do Universo como seu regente absoluto. Cada bênção, cada alegria, cada aflição e tudo o mais, estão sob o Seu poder. Nisto, Seus Filhos encontram a paz, porém seus inimigos encontram tão grande temor que a Soberania de Deus se torna o primeiro ponto onde os falsos crentes e demais anticristos, experimental ou doutrinariamente, caem. Como é Soberano, Deus tem poder para executar o que desejar, um poder tão exclusivo como Criador e Regente, que nada pode impedir ou impelir Sua ação, exceto Ele mesmo; poder que Ele exerce de tal maneira que determina sobre si uma perfeita harmonia entre Suas ações e Sua Santidade, manifestando Seu domínio também ao tornar certas coisas impossíveis para Si (como, por exemplo, é impossível que Deus minta) e ao reter Sua justa Ira contra os pecadores para que alguns venham a se arrepender e, pela fé em Cristo, sejam poupados de terem de prestar contas quanto ao seus pecados.<br /><em>Algumas referências: Salmo 115:3; Salmo 135:6; Isaías 46:10; Daniel 4:35; Atos 7:48-50; Atos 17:25; Efésios 1:11; 2 Timóteo 2:13; Tito 1:2.</em><br /><br /><strong>Aplicações da Doutrina:</strong></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size:85%;">1 ) Todo homem deve achegar-se a Deus desprovido de qualquer confiança em si mesmo. Sendo Rei Eterno, o Senhor não necessita de nada que homem algum pudesse Lhe oferecer. Ele é Todo-Suficiente em si mesmo e Todo-Poderoso para fazer o que Lhe apraz. Amados leitores, tudo o que vocês podem apresentar diante do Senhor é desprezível para Ele pois, sendo Soberano absoluto e todo-suficiente, nada pode torná-lO mais feliz ou mais completo do que Ele já é. O Senhor, ao contrário dos conceitos populares e supersticiosos, não é um deus que necessita de amor, ou de aceitação, ou de fiéis ou de ser cultuado. Ele deve receber amor, submissão e culto porque esta é a única atitude sensata a se tomar quando se conhece quem é Deus; porém Deus não necessita dessas coisas e não se torna menor ou menos vitorioso se não as receber. Ainda, em nosso culto e em nosso relacionamento com o Deus Altíssimo, tudo o que podemos oferecer ao Senhor é nossa própria miséria e nossa necessidade dEle. Ele não aceita como ofertas nenhum bem que façamos, nem nenhum sentimento que nutramos, nem sequer nossa fé; porque todas estas coisas, sendo Ele Rei Absoluto do Universo, já pertencem a Ele e dEle mesmo provieram como parte da Sua Graça estendida a nós. Todo homem deve apresentar-se diante de Deus, o Rei, porque Ele é dono e senhor sobre todos, porque tudo o que possuímos e vivemos é dádiva dEle, porque somos infinitamente devedores a Ele, porque não apresentar-se e submeter-se ao Rei é um crime de traição. Todo homem deve apresentar-se diante de Deus, humildemente e com temor, e entregar-se como é, com todos seus pecados e falhas, com toda sua ignorância e altivez. Nada deve ser escondido do Senhor, pois, sendo Soberano, só Ele pode nos perdoar dos crimes que já temos cometido contra Suas Leis. Amados leitores, a Soberania de Deus é a base sobre a qual Ele pôde determinar que haveria um substituto voluntário para perecer no lugar do pecador que crer. A Soberania é a base para crermos nas promessas do Senhor e em Sua Palavra, e, portanto, no poder e obra da Cruz de Cristo Jesus, Filho de Deus; Ele mesmo, Rei exaltado à direita de Deus Pai e, portanto, poderoso, eficaz e suficiente Salvador dos que nEle crêem.<br /><br />2 ) Todo homem deve achegar-se a Deus segundo os termos que Ele determina. Sendo Ele Rei Todo-Poderoso, tem plena liberdade de determinar os meios pelos quais operará Sua vontade. Se Ele decreta o mal temporário, devemos glorificá-lO nisto enquanto batalhamos pelo bem futuro. Se Ele determina que os pecadores se converterão por ouvir a pregação da Palavra, não devemos tentar convertê-los pelo entretenimento ou pela pressão psicológica de um "sistema de apelos" e, se Ele determina que serão atraídos pelo Seu Espírito, não devemos atraí-los com shows e festas. O que Ele não expressamente ordenou como instrumento ou método para Seus propósitos não deve ser intentado para tal. Se Ele determina a luta contra o erro doutrinário e que só uma Palavra é a Verdade, não devemos consentir com os erros alheios e, por uma paz demoníaca, tolerar os maiores abusos e as mais bizarras práticas e ensinos em nosso meio. Um Rei Absoluto exige a mais estrita obediência e um Rei Absoluto, Santo e infinitamente Sábio exige uma obediência radical e santa. O Senhor não tolera que homens desafiem Sua suficiência e Seu poder e tentem ajudá-lO com seus métodos e idéias humanas, como se de alguma coisa Ele precisasse. Ele não divide Sua glória com ninguém!<br /><br />3 ) Todo crente deve agonizar em orações. Pois, sendo o Senhor Soberano Supremo, sendo nós desprezíveis e frágeis, impuros e falhos, só nos resta lutar com determinação e insistência, orando sem cessar diante do Senhor. Todas nossas necessidades devem ser entregues aos pés da Cruz, todas os nossos anseios devem ali ser depositados, todas as nossas dúvidas devem ali ser esclarecidas, bem como nossa fé ali fortalecida. A Cruz é a nossa porta para o Trono da Graça, é nosso único direito como pecadores e nosso maior dever para com o Rei. Irmãos, oremos dia e noite, oremos pela Igreja Cristã, tão doente em nosso País, oremos uns pelos outros, oremos por nossos ministros e por nossos púlpitos para que o Santo Espírito destrone suas concepções humanas e as substitua Soberanamente pela Antiga Verdade das Escrituras, Verdade que sempre viveu e que sempre viverá na Igreja de Cristo, Verdade pela qual, somente, ela triunfa, Verdade na qual somente o Espírito nos pode guiar. Oremos por conversões verdadeiras, por crentes cheios da Palavra e desejos de Santidade. Oremos por uma Igreja viva e eficaz, cuja voz seja a Palavra da Graça anunciando as boas-novas aos perdidos, exaltando a Cristo, mostrando o valor do penoso trabalho de Sua alma. Oremos para que os verdadeiros crentes combatam toda hipocrisia, combatam as falsas igrejas cheias de falsos dons do Espírito (pois se manifestam sem Santidade e sem glorificar a Criso), combatam tanto a frieza quanto o êxtase, tanto a letargia quanto o ativismo. Oremos por uma Igreja Pura, Santa, Unida e Poderosa na Palavra e no Espírito. Entreguemos ao Senhor todos nossos desejos e aflições. Somente Ele é Senhor para nos ouvir e nos socorrer.<br /><br /><strong>Eterno</strong> – Para Deus não há começo nem fim de dias, o próprio tempo é parte da Criação dEle. O Senhor permanece, sem fim nem começo, sem mudança ou surpresa, sem "plano B". Ele é incompreensível, infinitamente sábio, auto-suficiente. Ele existe por Si só, e permanece existindo pelo que Ele mesmo é. O Senhor é Rei Eterno e, portanto, Seu Reino e domínio também são desde antes do tempo até todo o sempre. Assim, no Senhor se sustêm toda a Criação e tudo o que é temporal, mutável, fixo, permanente ou sem fim, pois Ele é superior a todas estas coisas em poder e existência, sendo nisto também Senhor delas.<br /><em>Algumas referências: Êxodo 15:18 ; Salmos 10:16; Salmos 145:13; Romanos 11:33; 1 Timóteo 1:16; Tiago 1:17.</em><br /><br /><strong>Aplicações da Doutrina:</strong></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size:85%;">1 ) Todo homem pode firmar-se em Deus. O Senhor é Eterno e imutável, Ele não passará ou mudará de idéia. Ele é Fiel e honra o Seu próprio Nome, tem poder, desejo e existência para cumprir Suas promessas. Muitas vezes os homens confiam no que é instável; uns confiam em sua igreja ou denominação e no que ela ensina; outros confiam na casa onde residem e se acham seguros ali; outros confiam nas aplicações financeiras que fizeram em seus bancos; e outros confiam que podem velejar tranqüilamente em seu novo e bem construído veleiro. Porém Deus desmente todas estas coisas: igrejas são contaminadas por heresias (vejam o que o movimento carismático e o movimento ecumênico tem feito em toda parte, o que jamais se imaginara tem ocorrido: homens rastejam pelo chão durante os cultos dizendo que é o mover do Espírito que faz isto – e no mês seguinte são descobertos como beberrões e libertinos; homens declaram ter poder para curar doenças e profetizar e até poder para determinar o que Deus fará – e, em menos de uma década, suas previsões e curas se mostram inúteis, quando eles e seus familiares são acometidos de doenças terríveis até a morte. Enquanto isto líderes brasileiros, que se dizem evangélicos, fazem reuniões religiosas com o infame e blasfemo Reverendo Moon); casas, e até mesmo prédios, desmoronam ou são destruídos por acidentes inesperados (ou pela conseqüência de um secreto superfaturamento da obra); bancos e nações inteiras se desintegram financeiramente; vendavais e tsunamis surpreendem os meteorologistas mais bem conceituados. Porém Deus não é em nada afetado por nenhuma intempérie, nem nunca se torna perplexo ante um fato, nem nada para Ele é inesperado. Ele é além do tempo e Senhor sobre ele. Portanto, nos firmemos no Senhor, creiamos nEle, esperemos somente nEle, tenhamos Suas promessas e Seus tesouros como os mais preciosos, pois nunca se perderão nem se esgotarão.<br /><br /><strong><span style="font-size:100%;">Imortal</span></strong><br />Deus não pode ser vencido ou detido pela morte, por qualquer cessar, ou mesmo por qualquer adversário. Ele é incessante, não deixa de existir nem de atuar em nenhum momento. Assim Seu Reino é um Reino incessante, Seu vigiar é um vigiar incessante, Seu interceder é um interceder incessante e tudo quanto Deus faz, o faz sem precisar cessar, exceto se assim o quiser. Ainda, sendo a morte, para o homem, o salário do pecado, Deus, não tendo em nada pecado, nem causando imediatamente sequer a tentação nos homens, não tem para si tal salário, nem, sendo imutável, em nada pode ser corrompido de modo que venha a pecar. Para Deus o pecado é inaceitável e nem a sombra desse mal encontra abrigo na suprema luz de Seu Ser. Deus é imortal e incorruptível, e o sendo, é o doador de toda a imortalidade e incorruptibilidade, visto que só Ele tem vida em si mesmo (como único verdadeiramente imortal), sendo Ele, por isso mesmo, verdadeira fonte de águas vivas e fonte de todas fontes. Só Ele tem infinita vida para infinitamente doá-la a outros.<br /><em>Algumas referências: Levítico 11:44, 19:2; Deuteronômio 14:2; Salmos 121:4; Romanos 1:23;</em><br /><br /><strong>Aplicação da Doutrina:</strong></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size:85%;">1 ) Deus não permite que o pecado habite nEle ou permaneça em Sua presença. Sendo a Criação uma forma de expressão da Sua Glória e estando Ele incessantemente presente nela, Deus não permitirá que o pecado nela permaneça. Portanto, todo o que vive em pecado tanto apressa a própria condenação (pois se porta como inimigo de Deus), quanto corrompe a Criação (fazendo-a gemer e perecer). O Senhor punirá todo pecado. Não há escapatória, pois Deus não dorme nem deixa de vigiar sobre o que cada homem sobre a terra faz, assim como não deixa de agir providenciando que cada um receba segundo o que tem feito. Por fim, todo o que permite ao pecado viver consigo, além de diversa punição nesta vida (ainda que nem sempre essa punição seja aparente ou óbvia), receberá eterno castigo no fogo do inferno. Deus livrará Sua Criação da morte, redimirá em Cristo, com Glória, todo o Universo, renovando-o. Todo o que crer em Cristo é, por Ele, segundo o Santo Espírito de Deus opera, renovado para vida. E esta renovação encontra seu âmago no novo coração (que odeia o pecado e ama a Santidade) que o Senhor dá a todo que se arrepende de seus pecados e se entrega a Ele, com fé, para Salvação e gozo eternos. Deus não permite que o pecado habite nEle, nem que o pecado habite com Ele. O homem, igualmente, pela ação da misericordiosa Graça em Cristo, deve lutar e destruir todo pecado em sua alma, consciente de que o pecado gera a morte e ofende o caráter de Deus, que em tão grande amor nos deu Seu próprio Filho para que nEle recebêssemos a imortalidade e manifestássemos a Santa incorruptibilidade de Deus.<br /><br /><span style="font-size:100%;"><strong>Invisível</strong></span><br />O Senhor não pode ser visto por olhos mortais, nem apreendido pelos sentidos mortais. Ele é Espírito, e a Glória de Sua Santidade é tão maravilhosa que não é possível suportar tal visão – Ele habita em luz inacessível e homem nenhum jamais o viu. Cristo, no entanto, é a face do Invisível, sendo Deus e homem, sendo a única revelação do próprio Pai.<br /><em>Algumas referências: 1 Timóteo 6:16; Êxodo 33:20; João 1:18; Colossenses 1:15; Hebreus 11:27.</em></span></p><div style="text-align: justify;"><br /><span style="font-size:85%;"><p align="left"><strong>Aplicação da Doutrina:</strong></p><p align="left">1 ) Somente em Cristo contemplamos Deus. Nenhum outro meio é lícito de se contemplar Deus, nem pode qualquer percepção sensorial ser utilizada para buscá-lO, exceto aquela que busca e contempla a Cristo, pela Palavra. No Antigo Testamento, por visões e operações extraordinárias, o Senhor se fez presente a diversos Santos da Igreja de Israel: Abraão o recebera como Anjo e Moisés esteve com Ele na sarça ardente; Isaías o vislumbrou entre os Serafins. Contudo, Deus não se manifestou em Glória para homem algum, nem mesmo para Moisés; tudo o que estes homens contemplaram foi a face de Cristo na forma de sua pré-encarnação, fato comumente chamada Teofania. Ezequiel vislumbrou a Glória do Senhor e descreve que mesmo sem uma visão clara, como que à distância, foi terrivelmente impactado pelo Senhor. No Novo Testamento, o Apóstolo João também teve visões de Cristo e Cristo Glorificado. São suficientemente aterradoras para serem expressas em forma de metáforas que mal podem ser coadunadas em uma só figura. Tudo isto significa que não se deve buscar uma imagem, nem qualquer sensação física, diretamente de Deus, como se pudesse um mero homem adentrar a Glória do Altíssimo. Quanto a Igreja neo-testamentá ria, a descrição de Deus como Invisível é um apelo para a maturidade daqueles que possuem uma "mais precisa palavra profética" - andemos pela fé nas Escrituras e não pela visão, por emoções ou sensações. A Escritura é suficiente para todas as coisas na Vida Cristã, para todo fortalecimento, para toda instrução, pois ela é a Palavra pela qual o Espírito opera em nós, a Palavra que testemunha de Cristo, a Palavra que é, por Deus, exaltada sobre todas as coisas – contemplemos somente nela as Cristo, e somente em Cristo ao Deus Eterno. Tudo o que passa disso é superstição, misticismo e idolatria.</p></span><br /><span style="font-size:85%;"><p align="left"><span style="font-size:100%;"><strong>Único Deus Sábio</strong></span></p></span><br /><span style="font-size:85%;"><p align="left"><span style="font-size:100%;"><strong></strong></span>O Senhor é o Único Deus. Não há outros deuses, nem nada que se assemelhe a Ele em toda Criação. Sendo o Único Deus, todos outros deuses não passam de vaidade e mentiras, de invencionices e perversões. Ele é o Único e Bendito Deus Soberano, sendo o Soberano Rei e Salvador Cristo Jesus, o Soberano Deus Pai Criador e o Soberano Espírito Divino. O Senhor é perfeito em Seus Santos caminhos, incapaz de errar ou enganar-se, cheio de toda sabedoria. Ele mesmo é ainda a fonte de toda sabedoria que os homens podem gozar e doador dela para quem Lhe pedir. O Senhor é o Único Deus e é infinitamente conhecedor de todas as coisas que já foram, que são e que ainda serão, não somente tendo compreensão "intelectual" delas, mas relacionando- se como Deus com elas, decretando-as pela Sua soberania, tendo íntimo conhecimento de tudo, tanto quanto ao propósito, quanto à natureza.</p></span><br /><span style="font-size:85%;"><p align="left"><em>Algumas referências: Salmos 86:10; Salmos 115:3-8; Salmos 135:16-18; Isaías 40:18-20; Isaías 44:10-17; João 5:44; 1 Timóteo 6:15; Judas 1:25</em></p></span><br /><span style="font-size:85%;"><p align="left"><strong>Aplicações da Doutrina:</strong></p><p align="left">1 ) O coração humano é ardiloso pelo poder do pecado que, desde o nascimento, domina sobre ele. Assim, seu principal objetivo, no qual tem por aliados o Diabo e o Mundo, é destronar a Deus. Qualquer coisa servirá para o enganoso coração humano utilizar como instrumento na "morte" de Deus: o avanços tecnológicos, ciências, misticismos, superstições, fanatismos, amores, dinheiro, saúde. Em todas estas coisas o homem decaído encontra desculpas e falsos motivos, tanto em suas ausências quanto em suas abundâncias, para com elas roubar de Deus algum (ou vários) de Seus atributos, ainda que, de fato, só consiga fazê-lo na mente daquele que sofre o engano. O homem segundo Adão facilmente se apóia em alguma tese para duvidar de Deus como Criador; facilmente se apóia em algum fenômeno preternatural ou sobrenormal para duvidar de Deus como Soberano ou para duvidar da suficiência da Sua Palavra; facilmente se apóia em fanatismos para glorificar a si mesmo através de sua suposta dedicação religiosa ou através do que, alegadamente, diz ser "Deus operado" através dela; facilmente se encanta pelo falso amor que hoje chamam paixão, e negligencia os reais deveres para com o próximo; facilmente protela a dedicação ao Reino pensando em trabalhar ou estudar um pouquinho mais para ganhar um pouquinho mais, sem perceber que estes "pouquinhos mais" nunca terminam de o escravizar; facilmente cede ao auxílio de curandeiros e à falta de fé quando sofre "pele por pele". O coração humano é ardiloso e pervertido e não aceitará um Deus Único em Seu Ser e Único em Sua Sabedoria; o homem natural sempre lutará e desafiará ao Senhor, desejando ser ele o mais sábio e desejando escolher ele mesmo os deuses fracos e manipuláveis que entronizará sobre cada área de sua vida. Não nos rendamos aos ímpetos do coração, não sejamos enganados por ele, mas instemos em nos examinar diante do Senhor, em buscar em nossa alma tudo o que contraria a Lei de Deus, e entregar nossos pecados ao Senhor, com confissão e arrependimento. Se Deus mesmo não tarda em destruir as frágeis esperanças que a sabedoria meramente humana nutre, e isto Ele declara em Sua Palavra, ponhamos nós mesmos à morte estas vãs idéias e a altivez de nossa mente. Oremos e meditemos nos 10 mandamentos, espelho tão preciso que mostra nossas imperfeições ante a Santidade do Senhor; oremos e meditemos nos Sermão do Monte, cuja implacável ética Divina esmaga nossa auto-confianç a e nos despe ante Deus; oremos e meditemos nos Salmos e façamos das batalhas de Davi contra seus pecados as nossas batalhas, e das suas confissões as nossas. E, como Davi, a Graça nos dará a vitória de dizer: "Meu coração não se elevou, nem me exercito em grandes matérias ou coisas muito altas para mim, antes descanso no Senhor". Digamos, com sinceridade esta preciosa verdade, com entendimento e confiança perfeita em Cristo (pois pela retidão dEle, Deus nos atenderá em nosso arrependimento e súplica). Busquemos pedir ao Senhor que nos conceda livremente sabedoria, conforme Ele tem prometido que concederá a tantos quantos pedirem. Abandonemos a sabedoria deste mundo e toda esperança puramente terrena, façamos do céu o nosso lar e antegozemos as delícias que nos esperam à mão direita de Deus e nossa futura glória pela revelação de Cristo; estejam nestas coisas o nosso pensamento, repouse na Sabedoria de Deus o nosso entendimento – e, que grandes coisas nos serão dadas a conhecer e experimentar por nosso Senhor, maiores do que tudo o que, por nós mesmos, poderíamos imaginar!</p></span><br /><span style="font-size:85%;"><p align="left">Uma Palavra FinalEncerro esta pequena exposição de alguns dos atributos de Deus rogando ao Senhor que opere para edificação da Igreja, graciosamente, através deste humilde esforço de seu servo. Que Ele nos guie a meditarmos nestas coisas e a aprendermos delas, pela Escritura, segundo o Santo Espírito nos ensina. Sim, que a Igreja seja edificada nisto, pelo que cada um dos que compartilham comigo este estudo pode fazer, e que, dia após dia, mais e mais homens venham a se render ao Único Rei e Salvador, Soberano em Glória e Poder, e achem Paz ao tomarem para si a retidão de Cristo Jesus, confiando que o Senhor tomou sobre Ele, na sangrenta Cruz, os nossos pecados, recebendo a punição que nos era devida.</p></span></div><p style="text-align: justify;"></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7082510166136551617.post-31974967809137467302009-01-13T00:40:00.004-02:002009-08-17T13:31:34.035-03:00A Incapacidade Científica - parte 2<div align="justify"><span style="font-weight: bold;">A Ciência segundo a Teologia e os erros mais comuns desta relação</span><br /><br />Expomos na última edição as falhas da metodologia científica e, portanto, a incapacidade da ciência em criar teorias gerais que reflitam a realidade. Também na última edição, ensaiamos uma definição de ciência segundo as Escrituras e a comparamos com a ciência segundo os homens.<br />Partimos, nesta edição, para o meu objetivo formal neste discurso: Delegar a ciência o seu lugar devido - uma ferramenta para fins práticos - evitando assim, os erros comuns de colocá-la como oposta ou estranha à Fé Cristã. Como já foi exposto, a ciência não tem nenhuma condição de alcançar a Verdade Última, nem de alcançar um conhecimento final sobre algo; logo, aquele homem hipotético do início do texto, (um cristão professo que não crê na historicidade de Gênesis, notando especificamente isto quanto a Adão), na verdade, se afastou do ensino geral da Escritura e ausentou sua mente da capacidade crítica de um exame lógico do que lhe é apresentado, adotando uma fé cega e mundana na ciência. Ao contrário do que pensa, baseando-nos no que aqui já foi exposto, tal homem não é em nada mais sábio ou racional que os homens fiéis que crêem nas Escrituras; antes, é um tolo que não percebe o quanto está em contradição (se um verdadeiro cristão se encontra em tal estado, está espiritualmente doente por não submeter integralmente sua vida à Escritura, e não tarda a receber de Cristo e da Igreja a devida repreensão e um correto ensino, para que se arrependa. Contudo, o mais provável é que um homem assim seja um ímpio iludido que professa Cristo, sem crer sequer no que Cristo mesmo pregava). Tornar a ciência uma forma de explicar o sentido ou a origem do mundo, ou uma forma de determinar o que é verdade, é delegar a ela uma tarefa impossível, pela própria natureza da ciência. Quando assim se procede, as conclusões encontradas exigem uma credulidade obtida por complacência e culto à ciência (ou muita ignorância) e não são mais racionais do que a explicação religiosa das Escrituras. O que é pior para os seguidores da ciência é que a congruência interna das proposições científicas, na medida em que se coadunam em um sistema, é muito inferior àquela apresentada pela Sã Doutrina Bíblica quando o mesmo ocorre. Verdadeiramente “<em>Deus tornou louca a ciência do mundo</em>” (cf. I Coríntios 1:20). Assim, a fé que a ciência exige é uma fé em algo escorregadio, instável, sem uma forte estrutura, que, em menos de uma vida, trai seus seguidores – os darwinistas do século XIX, por exemplo, já em 1920 se diziam “os últimos darwinistas” pois a teoria havia sido tão modificada (quando comparada ao seu aspecto original, conforme elaborada por Darwin), que aqueles de 1920 abandonaram os do século XIX, e os consideravam arcaicos e tolos. Portanto, a todos quantos se chamam Cristãos, tenham firme certeza de que tomar a explicação científica em detrimento ao Texto Inspirado é negar a glória de Deus revelada e trazer trevas sobre a própria mente.<br />Todavia, assim como há um cientificismo maligno e uma boa ciência, há uma teologia Cristã fiel às Escrituras e uma teologia pseudo-Cristã de interesses humanos. A pura teologia Cristã, como venho aqui para torná-la conhecida, limita a ciência ao que ela realmente é, contudo, ainda aproveita-lhe a aplicação prática, e a louva como manifestação do espírito racional que Deus criou no homem (e em nenhuma outra criatura). A boa compreensão da Escritura vê, na própria necessidade de explicação do Universo, uma prova cabal de que o homem foi construído para algo mais do que o natural. Tudo isto porque a ciência, em uma sadia cosmovisão Cristã, cumpre o mandato cultural de Deus - que é a ordem dada pelo Senhor para que o homem faça bom uso da Criação, guardando-a e produzindo através dela. A Escritura diz: “<em>E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra.”</em> <strong>Gênesis 1:26</strong>, domínio este que é exercido através da tecnologia e da ciência. Notemos o que diz <strong>Gênesis 2:10-15</strong> “<em>E saía um rio do Éden para regar o jardim ... onde há ouro ... bdélio e a pedra de ônix. Tomou, pois, o SENHOR Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o lavrar e guardar.”.</em> Deus pôs Adão em um Jardim onde proveitosamente havia minerais e outros recursos naturais, ordenando a Adão que fizesse bom uso de tudo o que havia lá - tanto para o trabalho com a terra quanto para o trabalho com os minerais seria necessário o desenvolvimento de ciência e tecnologia. <strong>Gênesis 2:19</strong> diz: “<em>Havendo, pois, o SENHOR Deus formado da terra todo animal do campo e toda ave dos céus, os trouxe a Adão, para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso foi o seu nome.</em>” o que, mais uma vez nos mostra Adão em um trabalho de produção e sistematização de informações que hoje chamamos ciência, principalmente quando consideramos as evidências lingüísticas e bíblicas (<strong>Gênesis 2:23, 3:20</strong>) de que Adão não deu aos animais nomes aleatórios, mas organizadamente e com significado os nomeou. Portanto, estamos seguros em afirmar que em uma teologia bíblica, há lugar útil e definido para a ciência, lugar cujo pleno proveito se expressa quando o cientista ao elaborar a pesquisa, ou o entusiasta ao admirá-la, puder ler “Santidade ao Senhor” em cada fórmula, postulado e aplicação produzidos, uma vez que, segundo o que vimos em Gênesis, o objetivo bíblico da ciência é fazer o homem cumprir, agradecido, ao que o Senhor deseja para ele e para o Universo que criou: refletir Sua Glória e Seus Divinos atributos.<br />Há diferença (como trataremos mais pausadamente em um capítulo mais adiante) entre a Terra criada em Gênesis e a Terra na qual vivemos. A Terra na qual Adão foi posto era perfeita. Nela não havia pecado nem mal algum. Contudo, Adão pecou e nisto abriu as portas da corrupção, que como um parasita, adentrou e afixou-se no Universo. Assim, a Terra, pelo pecado, se tornou maldita e produziu, ela mesma, males, rebelando-se ao domínio humano e, por fim, alimentando-se do próprio homem em sua morte (<strong>Gênesis 3:17-19</strong>). A Criação geme e não deseja o estado em que se encontra, ela aguarda a redenção pela revelação dos filhos de Deus (<strong>Romanos 8:19-24</strong>). Essa redenção se dará, plenamente, na revelação de Cristo (<strong>Romanos 3:24, 8:25, Efésios 1:7, 1 Coríntios 1:30</strong>) contudo, na medida em que os Santos glorificam ao Senhor em tudo o que fazem e manifestam no mundo a mente de Cristo que neles habita, tal redenção se manifesta em parte. Assim, pela reconciliação com Deus que há em Cristo, podemos afirmar que a boa ciência e a tecnologia devem objetivar, segundo a Escritura, um papel duplo na glorificação de Deus:<br /><br /><strong>1)</strong> <em>Manifestar a redenção que temos em Cristo - ao operar a misericórdia de Deus em mitigar as conseqüências da queda de Adão, que corrompeu o cosmos, reconstituindo pela ação de mentes santificadas em Cristo parte da pureza e ordem originais da Criação. Pois em Cristo há uma Nova Criação da qual os Crentes são as primícias. </em></div><div align="justify"><em><br /></em><strong>2 )</strong> <em>Manifestar o favor de Deus ao mundo por Cristo – na face do bem, do cuidado, e do amor de Deus que vêm, igualmente, sobre os ímpios e justos, e por meio de ímpios ou de justos. Em Sua Soberania, o Senhor Deus, paciente, benevolente e sustentador, provê o mundo de boas dádivas e refreia a corrupção que o pecado almeja, enquanto aguarda que todos os que escolheu se salvem.</em><br /><br />Na Cruz, ao morrer para nos Salvar, Deus nos deu o sumo exemplo de amor, constrangendo-nos a ter semelhante amor pelo próximo, em Cristo. O Senhor nos mostra que devemos alimentar os famintos, vestir os despidos e curar os doentes. E, pela compreensão e ação racional da Escritura, segundo a operação do Santo Espírito nos Cristãos, a ciência, investida de amor, mostra-se uma ferramenta da Divina Providência para todas estas coisas. Logo, em ambos os papéis aqui propostos para a ciência e a tecnologia, seja ao Senhor a glória e o louvor, pois Ele é Deus sobre a ciência e a tecnologia para manifestar-se nelas, tanto pelos Cristãos que cumprem seu dever de submetê-las a Cristo, quanto por ímpios quando a graciosa vontade do Senhor assim determina. Daí, compreendemos que mesmo quando, sem intenção, providencialmente o homem descobriu a penicilina, Deus operava ali pela redenção que há em Cristo. E quando o homem, com pesquisa, trabalho e razão, utilizou-se cientificamente desta providência e encontrou aplicações benéficas para o produto descoberto, Deus foi glorificado. Quando, sem intenção, providencialmente o homem descobriu a capacidade das microondas de 2,4ghz, Deus operava ali. Quando o homem, com pesquisa, trabalho e razão, utilizou-se cientificamente desta providência e encontrou aplicações benéficas para esta freqüência de ondas, Deus foi glorificado. Louvemos, o Senhor é Deus sobre os tratamentos médicos e sobre as técnicas cirúrgicas, dEle tudo provêm, sim! O Deus das Escrituras é Deus sobre as chuvas e os mares tanto quanto o é sobre a internet, a energia elétrica e os aviões – somente a Ele toda a glória para sempre!<br />Novamente pensando a respeito das teologias pseudo-Cristãs e, ao mesmo tempo, resumindo a reflexão feita até o momento, apliquemos nosso conhecimento em:<br /><strong>1 )</strong> Nos afastarmos da teologia que separa a obra humana da obra Divina.<br />Há mais filosofia grega do que sabedoria de Cristo quando se divide a vida em compartimentos como: “secular” e “religioso”; ou “tecnológico” e “espiritual”. A realidade na qual o Senhor nos chama é a da santificação de todos os aspectos da existência e a submissão de toda Criação a Cristo - não percamos isto de vista. O Reino de Deus conquista almas aos céus, mas essas almas não transcendem imediatamente os limites da carne se tornando seres alheios, arrebatados que andam pela terra. Pelo contrário, o Reino de Deus se expressa nos Cristãos pela conquista de todas as coisas para Cristo. Os Cristãos são estrangeiros e peregrinos neste mundo, mas estão neste mundo – cabe ao Cristão, pela mente de Cristo que se forma nele, conquistar, em amor e santidade, tudo o que é “secular” para que seja redimida a existência que geme pelo pecado – o Cristão, segundo seu talento e atribuição, deve fazer e apreciar a ciência como quem serve a Deus, deve desempenhar seu trabalho como quem serve a Deus, deve fazer e apreciar a arte como quem serve a Deus; deve em tudo dar glória ao Senhor.<br /><strong>2 )</strong> Fugirmos da armadilha da teologia que confirma a Escritura através da ciência e, assim, delega a ciência o veredito final, ainda que o faça apenas nos casos onde a Escritura e a ciência concordem. Pois, se delegarmos à ciência a capacidade de confirmar a Escritura, acabamos por afirmar alguma superioridade da ciência sobre a Escritura, ou alguma dependência da Escritura em relação à ciência. Além disso, se o fizermos, ficará subentendido que concordamos com o método científico (que já vimos ser falho) e que cremos que por este método pode-se alcançar a Verdade. É muito mais proveitoso e sincero argumentar usando a Escritura como prova dela mesma, (porque ela é perfeita) e usando as falhas da mentalidade do descrente contra ele mesmo, pois todo não-Cristão crê em algo cujas bases são tão frágeis que, se corretamente confrontadas, cairão pelo próprio peso. Se há de se utilizar a ciência em conjunto com a Escritura, que seja para uma baixa crítica textual, para uma melhor compreensão histórica do ambiente de determinada época a qual se refere o Texto Sagrado ou algo semelhante.<br /><strong>3 )</strong> Evitarmos a teologia falha que confronta a ciência com mistérios.<br />Não é a falta de explicação ou de conhecimento a respeito de certas questões da natureza que nos farão (ou aos ateus e agnósticos) ver Deus; há muito mais sentido em vislumbrarmos o Criador em um Universo tão complexo e tão explorado, por ser isto (tanto a complexidade quanto a exploração) fantástico demais para ser fruto de uma coincidência, do que apreendermos a existência de Deus a partir de um Universo obscurantista onde cada ignorância se torna uma idolatria; o fato de não se conhecer, por exemplo, a real natureza do átomo não faz com que Deus esteja no átomo mais do que se o desvendássemos completamente - quando não conseguimos compreender uma questão científica, o mundo precisa de quem aprofunde-se com paixão e temor no assunto e não de quem o encerre e dogmatize declarando “isto pertence a Deus somente”, ainda que muitas coisas realmente pertençam só a Ele e nunca venham a ser cientificamente compreendidas. Quando, em alguma parte anterior deste texto, deixamos claro a incapacidade do método científico para alcançar a verdade, não estamos defendendo o obscurantismo e exaltando um completo mistério como certeza de Deus. Estamos, sim, estabelecendo o sistema teológico bíblico como a única cosmovisão Cristã possível, e, por isso mesmo, a única cosmovisão lógica, pura, útil e plenamente verdadeira, por ser a única fonte clara e certa das questões últimas da existência.<br />Nossa conclusão, neste texto é: O Cristão não é inimigo da ciência, nem da tecnologia, mas deve batalhar para que ela seja compreendida e aplicada em um lugar útil - como ferramenta dos homens para cumprir o mandato de Deus, dominando sobre a Criação por amor, para o bem, segundo a redenção que lhes foi dada em Cristo Jesus. A ciência é dinâmica e nunca encontra o fim de sua jornada, em contraste, a Verdade Cristã é imutável e completa na obra de Cristo, alardeando as Boas Novas da Graça de Deus, de que o homem pecador pode encontrar descanso e alívio no Senhor pela Cruz do Calvário. Cremos e desejamos que a ciência, os cientistas e os entusiastas tecnológicos se fixem na Rocha e não construam suas casas sobre a areia.<br />E isto é bem diferente de demonizar a ciência como um todo ou exaltar a Deus apenas nas falhas humanas que forem internas às diversas cosmovisões cientificistas.</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7082510166136551617.post-62378069574754791782008-12-09T14:01:00.002-02:002009-12-14T09:53:06.062-02:00Explicando Adão e Eva para o homem pós-Cristão - Parte 1<span style="font-weight: bold;">Introdução</span><br /><div style="text-align: justify;">Este texto faz parte de uma série de estudos cujo objetivo é expor o Livro de Gênesis de modo que o homem desta chamada “era pós-cristã” possa compreendê-lo. Muitos dos problemas na interpretação do Livro de Gênesis estão no fato de que o leitor mediano traz a mentalidade pós-cristã típica para a leitura, carregando com ela todos os seus pressupostos que vão da pseudo-ciência dos documentários e séries televisivos de qualidade duvidosa até um iluminismo cientificista que mistura Nieztche, Karl Barth e Voltaire.<br /></div><div style="text-align: justify;">Os capítulos selecionados desta obra, que apresentaremos a partir do Jardim Clonal de Dezembro, enfocam algo mui precioso para a Sã Teologia: as figuras de Adão e Eva. O objetivo é expor essas figuras para o homem pós-cristão, estabelecendo paralelos e contrastes entre sua visão de mundo e aquela sustentada pela Bíblia.<br /></div><div style="text-align: justify;">Que o Senhor, fonte da verdadeira sabedoria manifestada na Cruz, abra-nos as mentes pelo Seu Santo Espírito, de modo que se nos revele a Palavra dEle, em Cristo Jesus e na Escritura, segundo seus mútuos testemunhos, levando-nos, doce e graciosamente, cativos aos Seus pés.<br /></div><br />A Incapacidade Científica<br /><div style="text-align: justify;">Muitas pessoas criticam o Livro de Gênesis da Bíblia porque julgam os eventos ali narrados distantes da realidade que conhecem ou das teorias científicas que adotaram. Todavia, qual a justificativa para afirmar que o seu conceito de realidade ou que determinada teoria científica é o mais adequado para interpretar as informações contidas na Escritura? Não há uma justificativa real, mas um conjunto de idéias preconcebidas baseadas na predileção por determinada teoria ou filosofia – não há nada fora da mente do próprio incrédulo em que se baseie a lógica de seu julgamento, portanto, não há sequer lógica real quando o tal questiona a historicidade do Gênesis. Por exemplo: Um cristão professo, adepto de uma teologia liberal, nega que Adão tenha sido um homem real em um tempo real – aplica-lhe algum tipo de alegoria e justifica-se afirmando que a comprovada Teoria de Darwin já pôs o ponto final na discussão sobre a origem da vida. Quando confrontado a explicar como a Teoria da Evolução sustenta o que propõe, tal homem de aparência cristã repetirá alguns conceitos cristalizados que a mídia, ou alguém de boa lábia lhe ensinou. Contudo, não somente a realidade dos fatos envolvidos na coleta de dados da pesquisa cientifica é questionável, e tal dito cristão não tem como comprová-los, quanto (o que é pior), o método científico é, per si, falso. Analisemos porque afirmo que o método científico é falso: Imagine que um cientista descubra um determinado elemento químico. Ele realiza testes e obtém uma série de resultados similares; então cria uma equação que descreve o comportamento desse elemento. Tal equação não gerará sempre exatamente os resultados que um teste real geraria (porque é impossível prever todas as condições possíveis que influenciariam o tal elemento), mas, por aproximação, a equação que o cientista criou gera resultados similares àqueles dos testes. Além disto, ela não é a única equação possível para estes resultados, mas é apenas a equação que, arbitrariamente, o cientista escolheu. Ora, já neste ponto inicial da pesquisa vemos que não se trata da realidade, mas da arte do cientista em adequá-la aos seus instrumentos e idéias, uma aproximação de uma série de subprodutos similares aos objetos reais: a ciência não trabalha com provas, refutações ou fatos conclusivos, ela apenas, segundo o destacado epistemologista ateu Peter Lipton, “pesa as evidências e julga a probabilidade”. Agora preste atenção ainda mais neste detalhe: Tomando o resultado dos testes realizados por causa de uma hipótese, o cientista elabora um resultado geral – a citada equação, por exemplo. Com base neste resultado outro cientista cria uma teoria que afirma a hipótese como realidade – o que isto significa? Que o método científico tenta alcançar a verdade através de uma sucessão de dados falsos, que se aproximam da realidade. Mas ainda pior é a estruturação do argumento que baseia o método científico:<br /></div>1) Se A, então B.<br />2) B.<br />3) Portanto A.<br />Para entendermos melhor isto, vejamos os seguintes exemplos desta estrutura lógica com a qual a ciência trabalha:<br /><div style="text-align: justify;">1) “Se 100 vezes eu pressionei este botão azul e a luz azul acendeu 100 vezes, então este botão acende a luz azul; veja, esta luz vermelha acendeu quando pressionei este botão vermelho, portanto, se eu pressioná-lo 100 vezes a luz vermelha acenderá 100 vezes”<br /></div>2) “Se a roupa do meu bebê ficou exposta à Lua Cheia enquanto secava e neste dia meu bebê teve cólica, então a Lua Cheia sobre a roupa do bebê causa cólica; hoje, repentinamente meu bebê teve cólica de novo, portanto, a roupa dele ficou exposta a Lua Cheia e ninguém deve ter percebido.”<br /><br /><div style="text-align: justify;">Percebem a incongruência de usar esta ordem de pensamentos? Ela facilmente nos conduz à conclusões absurdas! Esta forma de raciocínio é o que se chama de falácia formal: ela tenta passar uma informação como verdadeira apesar dos argumentos serem insustentáveis. Que diremos então, de uma falácia baseada em dados que não correspondem à realidade? Como é esta a natureza do método científico (pura indução e especulação), concluímos que: Como o método de pesquisa científica atual se baseia em empirismo e especulações, e toda lei científica é baseada em raciocínio falacioso – note, um argumento falacioso é um argumento falso – então, toda teoria científica, e as conclusões que vierem dela, são igualmente falsas, no sentido de que não são uma representação verdadeira do Universo.<br /></div><div style="text-align: justify;">Karl Popper, célebre autor que escreve sobre a filosofia da ciência, diz: “Pode ser até mesmo mostrado que todas as teorias, incluindo as melhores, têm a mesma probabilidade, a saber, zero”. Bertrand Russell, matemático, logicista e inimigo do cristianismo – cito mais um anti-Cristão para provar que o que aqui ensino não é partidarismo Cristão – diz, a respeito das falácias inerentes ao método científico: “Se eu fosse promover tal argumentação, certamente pensariam que sou louco, todavia, ela não seria fundamentalmente diferente do argumento sobre o qual todas as leis científicas são baseadas”.<br /></div><div style="text-align: justify;">Repito: O método científico usa informações falsas para abastecer argumentos falaciosos. Assim, (sinto desapontar os adoradores da idéia científica) não há outra coisa a fazer exceto admitir que a ciência deixada por si só é pervertida e vã. Os cientistas mesmo sabem disto, quando são honestos. Cito mais uma vez Karl Popper que, por sua vez, cita Einstein a respeito da sua teoria, referindo aos seguintes dizeres de Einstein: apesar de ser “uma melhor aproximação da realidade do que a teoria de Newton”, “sua teoria era falsa” até quando todos os resultados eram os esperados. A causa dessa falsidade não é, segundo Popper e Einstein, um erro na teoria, mas resultado da natureza da ciência. Com o mesmo sentido, Sir Martin Rees, presidente da Royal Society (sociedade que reúne os principais cientistas da Inglaterra), conclui, em seu livro Cosmic Habitat, que algumas questões fundamentais da existência acabam “além da ciência”. Logo, para o bem da humanidade, de sua própria racionalidade, e do destino Eterno de sua alma, é bom recuar um passo antes de depositar na ciência uma confiança e uma esperança que os grandes cientistas mesmo admitem que não lhe cabe.<br /></div><br /><span style="font-weight: bold;">A Boa Ciência versus o Cientificismo</span><br /><div style="text-align: justify;">Não é estranho que a ciência seja assim pois, de outro modo, não poderia negar-se como comumente se nega, com suas teorias caindo e sendo constantemente substituídas por outras. A ciência é mutável e esta é a sua beleza, e o homem que conhece esta beleza e o tipo de conhecimento que a ciência gera não se torna um defensor aguerrido das suas teorias, nem as usa para amoldar sua compreensão de mundo, mas busca o lugar delas no cenário já composto. A ciência extrai seu conteúdo da natureza, e a natureza proclama a Deus sem levar a um perfeito conhecimento dEle – a natureza faz Deus conhecido sem, no entanto, expressar-se em termos científicos, Cristãos ou panteístas. Se homens têm reconhecido o Deus Cristão na natureza, eles só o têm feito porque Deus se revelou a eles primeiro, pelo poder do Santo Espírito operando o Evangelho; o homem a quem Deus não tocou se fixa na ignorância de Seu Ser. Assim, se a natureza não impõe uma visão teísta sobre a ciência, também cabe à ciência não impor uma visão científica sobre o conhecimento de Deus. A boa ciência comunica, a respeito de Deus, o mesmo que a natureza comunica. Mas a boa ciência tem sido contaminada por mero cientificismo. O cientificista, por seus erros e exageros, limita seu olhar sobre o universo adotando o mote “não há verdade fora da verdade científica”. Isso o guiará ao naturalismo (a negação do sobrenatural porque não se pode prová-lo empiricamente), ao materialismo (a negação de que algo transcendente exista), ao evolucionismo filosófico (a aplicação do darwinismo a todas as áreas humanas), ao humanismo científico ou à outros extremos perniciosos. Essa ciência infecciosa está nos livros escolares, documentários, filosofias políticas e filmes de ficção; ela é religiosa, no pior sentido do termo – seus adeptos são fariseus super-iluministas, grotecos fundamentalistas de raciocínio obscurecido. O cientificismo é inimigo de todo verdadeiro conhecimento, tanto o científico quanto o Cristão.<br /></div>Não cometamos injustiça: ainda existe a boa ciência, que não emite vereditos sobre o que não é capaz de alcançar, porque não tira conclusões de onde não é possível tirar. Não há inimizade entre a boa ciência e a Escritura, pois a boa ciência submete a Criação ao homem, segundo o mandato de Deus. Aprendemos, exatamente do Livro de Gênesis, que o Criador do Universo é também o Senhor da Ciência e da Tecnologia. Em Êxodo 35:31-32a lemos: “E o Espírito de Deus o encheu de sabedoria, entendimento e ciência em todo artifício, e para inventar invenções...” assim também no versículo 35 e no capítulo seguinte, como também se depreende de Gênesis 4:20-22 onde Jubal, Jabal e Tubalcaim inauguram gerações de criadores de gado, músicos e mestres de toda obra de cobre e ferro. Há ainda Gênesis 2:9-15 que descreve o Jardim do Éden como possuindo metais preciosos e pedras preciosas para o deleite e trabalho do homem. A boa ciência revela a comunicação do Criador através da Criação, e glorifica-O com humildade e reverência, tomando para si o belo e conhecido dito do grande astrônomo chamado Kepler: “Ó Deus, graças Te dou por me haveres permitido pensar os Teus pensamentos depois de Ti”. Por isso, o mote da boa ciência é: “A verdade está fora da ciência, mas nos é permitido tocar na orla de seu manto”.Unknownnoreply@blogger.com0