A Ciência não sobrevive fora de Cristo

Em nosso primeiro texto desta série, abordamos a incapacidade da Ciência em alcançar a Realidade Última e, portanto, sua inerente incompetência para julgar assuntos da Escritura. Também analisamos que a Ciência não trabalha com verdades absolutas de nenhum tipo e que, portanto, suas teorias não devem ser defendidas como verdade, mas acatadas como probabilidade (e probabilidade bastante baixa) e ferramenta útil para fins práticos. A Ciência não tem autoridade para dizer o que é possível e o que é impossível, nem deve ter o desejo de fazê-lo. Quando a Ciência ultrapassa estes limites ela se torna um cientificismo, uma idolatria ao conhecimento científico e perde seu trunfo de ser um conhecimento não-ideológico e em constante progresso e mutação. No segundo texto falamos sobre a existência de uma má Teologia que demoniza a Ciência e se mostra contra toda sorte de produção científica; uma má Teologia que tenta justificar a existência de Deus e Suas ações através da ignorância e do obscurantismo. Também cogitamos o erro oposto, o de submeter o conhecimento Bíblico à Ciência, tentando comprovar a Escritura através das descobertas científicas; o estudo das Escrituras se beneficia da produção científica, mas não é dependente dela – não precisamos da Teoria da Relatividade para “finalmente” termos o correto entendimento de Gênesis; o livro explica-se pela própria Escritura e, sendo a Palavra Eterna e Perfeita como Deus O é, quando a Teoria da Relatividade já houver passado, a Escritura ainda será tão capaz de falar sobre si mesma quanto era antes de tal teoria ter existido. Por fim, para harmonizar a natureza da Ciência e a natureza da Teologia, propusemos na última edição um modelo onde a Ciência submete seus interesses ao Reino de Deus e se torna um instrumento na manifestação da Glória da Redenção que há em Cristo e um arauto da Nova Criação que Ele iniciou. A aplicação desta realidade resulta em uma Ciência que deriva do ato soberano e criador de Deus o significado de seus conceitos e a realidade de seus fatos. Nem os fenômenos observados, medidos e estudados devem ser tomados como se possuíssem fim em si mesmos, tampouco os estudiosos devem ser considerados desprovidos de pecado e cheios de heróicas boas intenções. O Deus revelado na Cruz deve ser a fonte do significado de todo conhecimento e Sua Glória o objetivo final de todo processo.

Nesta terceira edição sobre a relação entre a Ciência e a Teologia, pela aplicação das conclusões dos textos anteriores, demonstraremos:

1 ) A Ciência só existe por causa da Teologia – se não houvesse o conhecimento de Cristo, não haveria Ciência como conhecemos.

2 ) A existência da Ciência aponta para a necessidade do Deus das Escrituras – toda a estrutura que sustenta a Ciência fala de Deus, embora o conhecimento gerado por ela possa tratar, imediatamente, de assuntos não-teológicos. A Ciência anela por Deus e é impossível que um cientista ou entusiasta sincero e bem informado seja ateu.


A Causa da Ciência

A Ciência, como a conhecemos, é um fenômeno Cristão. Primeiro, porque os cientistas são um produto de uma sociedade calcada em valores Cristãos (ainda que distorcidos) e é impossível que eles se abstenham de suas heranças culturais e se acheguem ao processo de pesquisa totalmente desprovidos de intenções e suposições prévias. Até mesmo os cientistas ateus têm suas mentes cheias de conceitos cuja origem e sentido está nas Escrituras, o que os faz digladiarem-se e operarem exatamente contra a idéia Cristã de Deus - afinal, se não o fizerem, seus ideais sucumbirão pela ostensividade da revelação de Deus. Segundo, porque a Ciência não se desenvolveu da maneira vigente em nenhum outro ambiente, exceto nas eras mais Cristãs, por ação de mentes Cristãs. Outros períodos da história da humanidade não apresentaram semelhante evolução tecnológica, nem uma evolução tão acentuada quanto nestas eras. Como evidência sobressalente, nunca antes houve tal desenvolvimento na investigação e sistematização da natureza do que as eras onde os cientistas sofreram grandes influências da Escritura. Isto, como já observamos, é fruto da manifestação de Cristo (o Logos Divino, a Razão de Deus, o Redentor da Humanidade) na renovação do conhecimento e da vontade Cristãs. A sabedoria que vem somente do Senhor Jesus ilumina o mundo, inclusive o mundo científico. Na verdade, não há Razão fora de Cristo. Poderemos compreender melhor isto analisando como certas doutrinas Cristãs são a base necessária para o surgimento, manutenção e progresso da Ciência:

A ) A Revelação de Deus na Natureza - “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos” [Salmo 19:1], “porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles porque Deus lhes manifestou. Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas” [Romanos 1:19,20]. Deus se revela na natureza, portanto, a natureza não é um segredo indecifrável mas uma mensagem de Deus, a respeito de Si mesmo. Uma mensagem endereçada aos homens. Como a natureza tem algo a dizer sobre Deus, para que esta mensagem seja inteligível, a natureza tem de ter objetividade, tem de ser real, manipulável. E tem de ter acessibilidade, tem de estar ao alcance do ser humano. Não poderia a ciência ter se desenvolvido sem a influência desta doutrina Cristã? Não creio que pudesse. A antiga civilização Chinesa foi próspera em descobertas e em aquisições tecnológicas: pólvora, navegação, papel, sistema monetário. Contudo não se desenvolveu uma ciência chinesa, um sistema de teorias que ampliassem a aplicação destas tecnologias. Que isto tem haver com a doutrina Cristã da Revelação de Deus na natureza? Sendo primordialmente panteístas, os chineses consideravam a natureza como sendo parte de seu deus, não contendo uma mensagem a parte sobre Deus, mas sendo a natureza mesmo um tipo de manifestação e presença divina. E quem dissecaria a seu deus, destrincharia a seu deus, faria testes e mais testes (alguns bastante destrutivos e desonrosos) em seu deus? Quem pensaria em sistematizar o próprio deus? Antes, como deus, a natureza era temida e adorada. Resultado: nada de ciência, nenhum avanço no conhecimento. A nulidade voluntária de seus pensamentos, para negar a óbvia mensagem de que a natureza não é Deus, e que Ele deve ser adorado e obedecido como Criador e Sustentador de tudo, também anulou a capacidade daquela sociedade em fazer bom uso da Criação. E o hinduísmo, e o budismo? São religiões que consideram a realidade como mera ilusão. Se é uma ilusão é subjetiva, se é subjetiva não possui regras gerais, se não possui regras gerais não há conhecimento a ser adquirido e sistematizado – não há avanço científico. É necessário considerar que a natureza é objetiva, real, regular e que é portadora de algum tipo de mensagem, caso contrário, não há justificativa para o estudo metódico e sistemático do mundo. A Ciência depende do conceito Cristão de natureza!

B ) O Governo de Deus sobre a Natureza - “[Deus] Faz subir as nuvens dos confins da terra, faz os relâmpagos para a chuva, faz sair o vento dos seus reservatórios.” [Salmo 135:7], “Aquele que faz sair o seu exército de estrelas, todas bem contadas, as quais ele chama pelo nome; por ser ele grande em força e forte em poder, nem uma só vem a faltar.” [Isaías 40:26]. Deus governa sobre a natureza, portanto ela não é aleatória nem falaciosa. Como Deus não muda [Tiago 1:17, 1 Samuel 15:29] e é perfeitamente cheio de bondade [Tiago 1:17, 1 Crônicas 16:34], a natureza, sob Seu governo, agirá dentro destes preceitos: com regularidade e capacidade de gerar o bem. Portanto, pode ser seguramente investigada e nela se acharão padrões de comportamento; pode ser seguramente investigada e seu esforço não será em vão pois ela não irá caprichosamente se alterar e invalidar todas suas descobertas; e, até, deve ser investigada pois há um bom propósito nela. E quanto a outras visões de mundo? No panteísmo, no animismo, no xamanismo e diversos politeísmos, a natureza: pode ser uma entidade per si, autônoma, cheia de vontades e caprichos, capaz de alterar-se, zangar-se e mentir; pode ser uma entidade sagrada, velada, parte de um grande enigma no qual está inserida junto com os homens; ou pode ser um objeto disputado por várias entidades menores, cada qual dominando com sua própria personalidade sobre determinado aspecto ou parte do todo. Em todas estas visões não-Cristãs não há sobre o que lançar confiança para investigar a natureza, não há garantia de que ela seja verdadeira e de que não haja algum tipo de vingança sobre os que adentrarem parte do seu sacro segredo. Só uma visão de mundo Cristã dá a base necessária para desnudar o universo e buscar nele regularidades e usos. Um fenômeno interessante que prova a teoria que apresento aqui: por vivermos em uma era pós-Cristã onde os homens abandonam as doutrinas da Escritura, e pela ciência estar sendo afetada por este abandono que fere suas bases necessárias, ressurge a visão mística da natureza na forma da “Mãe-Terra” vingativa (pregada pelos ambientalistas, evocada como a justa destruidora dos homens que a exploraram e penetraram seu mistério sagrado). É ao mesmo tempo triste e ridículo que cientistas e entusiastas cujo desprezo pela Escritura faz com que se auto-intitulem “destruidores dos mitos da religião”, sejam atraídos por esta noção falaciosa da natureza. Há muito mais a se ganhar econômica, social e ambientalmente com a continuidade das pesquisas científicas e a intensificação das mesmas sob uma ótica Cristã, e com a subseqüente aplicação salutar de tecnologias que mitiguem a alardeada crise ambiental, do que com as sugestões que passam pela pauta da ONU, como o plano de “retorno à vida selvagem”, onde populações inteiras seriam obrigadas a viver com recursos tecnológicos semelhantes aos do século XII para diminuir a emissão de lixo e poluentes e a necessidade de geração de energia. Sofrem o delírio messiânico, maligno e vão de “salvar o planeta aprendendo a respeitar a mãe-natureza”. Afastar-se da Verdade da Escritura é cair nos erros mais imbecis e ser alegremente vitimado pelas mais tolas idéias. Fora da doutrina Cristã do Governo de Deus sobre a Natureza, a ciência deixa de existir.

C ) A imagem de Deus no homem - “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra.” [Gênesis 1:26]. Deus criou a natureza para que ela seja dominada pelo homem e utilizada no propósito de fazer o bem, expressando o amor de Deus pela Sua Criação, assim como Sua Santidade e Seus outros atributos. O homem é o principal ente da natureza, e sua posição especial o coloca sobre o resto do mundo criado. Se Deus criou a natureza para isto e deu esta ordem expressa e esta posição elevada ao homem, então tanto a natureza é passível de ser dominada quanto o homem é capaz de fazê-lo. Em outras visões de mundo, o homem é tido como incapaz de decifrar a natureza; isto acontece quando se tem uma concepção muito baixa da capacidade humana ou uma concepção muito alta da natureza. Assim, tanto a deidificação da natureza, quanto a bestialização do homem ou a idéia de que o homem é apenas um brinquedo nas mãos de entidades superpoderosas e imorais levarão ao mesmo erro. Há ainda outro problema para quem não compreende esta doutrina: quando se crê que o homem pode subjugar a Criação, mas não que ele deva fazê-lo para a glória de Deus, e sim, somente para seu bem estar. Destes três erros quanto a relação homem-natureza, pode surgir: uma exploração predatória da natureza e uma ciência inconseqüente que destrói a sociedade física e moralmente (lembremos das experiências realizadas pelos Darwinistas Eugênicos de Hitler) ou uma sujeição desmedida do homem ao meio que vive, um fatalismo triste, que nada faz ainda que o meio seja extremamente prejudicial à vida humana (tomemos o exemplo de povos indígenas que sofrem auguras e males terríveis em suas tribos, mas não buscam subjugar a natureza para fazer desaparecer estes males). Sem a doutrina Cristã de que a natureza foi criada por Deus para ser dominada em santidade pelo homem, não há verdadeira e proveitosa Ciência.

D ) A Liberdade Cristã -“Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” [Romanos 14:17], “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” [Romanos 8:1], “Se morrestes com Cristo para os rudimentos do mundo, por que, como se vivêsseis no mundo, vos sujeitais a ordenanças: não manuseies isto, não proves aquilo, não toques aquilo outro, segundo os preceitos e doutrinas dos homens? Pois que todas estas coisas, com o uso, se destroem” [Colossenses 2:20-22]. Em Cristo o homem está liberto de todo formalismo religioso. Estamos isentos de regras de santidade externas, de rituais e tabus. A verdadeira religião é revelada: retidão, paz e alegria no Espírito Santo. O Reino de Deus é, sobretudo, interno. Por causa da liberdade em Cristo, os cientistas puderam fazer o que nenhuma outra religião jamais permitiu: manipular cadáveres, ferver substâncias imundas, observar e auxiliar enfermos de todo tipo, ou seja, dominar sobre a Criação. É verdade que o materialismo permite essas coisas, porém, ele elimina os limites morais e extrapola os bons usos desta liberdade, atentando contra a imagem de Deus no homem ao abusar da Criação: os atuais experimentos com embriões e as doenças causadas pelos alimentos transgênicos (ou pelo príon da vaca-louca) são exemplos disto. Somente sob a sã doutrina da liberdade em Cristo, da liberdade em Santidade por Amor ao Senhor que pagou com Seu próprio sangue por nós, somente sob esta doutrina a ciência pode experimentar o Universo sem destruí-lo.


Estas são apenas algumas das bases Cristãs sobre as quais a Ciência foi concebida, e com as quais ela foi edificada. Se estas verdades da Escritura não acompanharem, a priori, o desenvolvimento do conhecimento científico, este conhecimento acabará por negar as próprias fundações e ruirá em auto- contradição. Em vez de proporcionar o bem da humanidade, uma teoria assim, em desmoronamento, proporciona todo tipo de conseqüência funesta – veja o que o Darwinismo Social causa na mente humana, e você terá um vislumbre disso.

A presença de Cristo em toda Ciência

A Ciência deseja Deus e fala sobre Ele todo o tempo, porém sem essa consciência. Como pode ser isto? O que ocorre é que a origem de todo o conhecimento e de toda sabedoria está em Deus; o próprio ato de conhecer só faz sentido em um Universo onde exista um Deus absoluto, fonte de todo conhecimento, fonte do desejo de conhecer e justificador da necessidade de conhecimento. Posso provar isto através de qualquer teoria científica, ainda que ela pareça nada dizer em relação ao nosso Salvador. Observe a muito conhecida Lei da Gravidade. Ela já existia antes de ser descrita pelos cientistas? Obviamente já. Uma Lei científica representa uma realidade medida e provável, representa um comportamento regular na natureza (isto, por si, só já aponta para um Legislador na natureza, um regulador que crie e mantenha estas normas em equilíbrio perfeito – mas não vou tomar este caminho na minha argumentação). Esta Lei já existia antes de ser enunciada pelos cientistas e continuará existindo mesmo se for esquecida. Ela é válida para todo o tempo antes de ser enunciada e continuará sendo uma Lei existente e atuante por todo o tempo subseqüente. Ninguém pode resistir ao que ela determina, nem se pode simplesmente ignorá-la, ainda que se possa utilizá-la para efeitos variados (o avião não resiste à Gravidade, mas a utiliza para voar). O que isto significa? Que a Lei científica aponta, exige e justifica o conceito Cristão de Deus. A Lei, como verificamos, está além do tempo, portanto é Eterna. Ela não pode ser resistida, portanto é Onipotente. Ela é transcendente pois está sobre todo o Universo, exercendo seu poder. Ela é imanente pois até a menor partícula a contém. Ela é invisível, é imaterial. Os efeitos da Lei são sentidos e medidos na matéria, mas a Lei em si não faz parte da matéria. Ela é pessoal porque se comunica, é relacional, é expressa por linguagem, é uma entidade individual. É incompreensível pois é apenas uma aproximação baseada na probabilidade empírica. Eternidade, Onipotência, Transcendência, Imanência, Incompreensibilidade - são características Divinas! Toda Lei científica é uma manifestação tão direta de Deus que possui os atributos de Deus! Mas isto não é estranho? Isto significa que a Lei científica é um deus? Não. Estou dizendo que toda Lei científica é uma expressão da regularidade do Universo e que a regularidade do Universo se deve ao governo de Deus, portanto, a Lei científica é uma simplificação e uma transliteração de uma realidade teológica. Que realidade? O Logos. O Verbo, a Palavra, a Razão, a Lógica de Deus. Pois, como Deus governa o Universo? Por sua Palavra. Ele diz “faça-se a luz” [Gênesis 1:3] e a luz se torna parte da natureza. É com o poder desta Palavra que Ele chama as estrelas, chama as nuvens e os relâmpagos. E que Palavra é esta da qual toda Lei científica é, na verdade, uma expressão? “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” [João 1:1], “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez” [João 1:3], “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai ...viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” [João 1:14,29]. Toda Lei científica expressa Cristo Jesus, que é o Verbo Divino pelo qual Deus criou, sustenta e ordena todas as coisas. Por isso, a Lei científica possui atributos que apontam e representam a Divindade.


Assim, podemos concluir que a Ciência só tem razão de ser se calcada em doutrinas Cristãs, doutrinas que, na verdade, originaram a própria Ciência. Por ter origem na sabedoria revelada e comunicada em Cristo Jesus, e por ser designada, pela Graça, para a manifestação geral da Redenção adquirida por Cristo na Cruz, a Ciência possui a inevitável verdade de Cristo em si, o que faz com que toda Lei científica revele o Senhor que criou e governa o Universo. Quão poderosas as Palavras de Deus na Escritura, quão infinitamente sábias nos soa o que escreveu o Santo Apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito de Deus, ao afirmar: “o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas” [Romanos 1:19,20]. Não é possível desfazer a obra do Senhor, não há falsa ciência que se levante e seja capaz de ocultar o que Deus determinou que seria visível para todos! Os homens caem em suas próprias armadilhas e o Senhor é glorificado porque Sua Palavra permanece para sempre!

Agora, aos que não tem temor de tão poderoso Senhor, ouçam o que Ele diz a respeito dos que, tendo o conhecimento evidente a respeito dEle mesmo, não Lhe dão a devida glória: “Tais homens são, por isso, indesculpáveis; porquanto tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato” [Romanos 1:21]. Arrependa-se porque “são passíveis de morte os que tais coisas praticam ... segundo a tua dureza e coração impenitente, acumulas contra ti mesmo ira para o dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus, que retribuirá a cada um segundo o seu procedimento ... tribulação e angústia virão sobre a alma de qualquer homem que faz o mal” [Romanos 1:32;2:5,9]. Como salvar-se deste caminho? “Beijai o Filho para que não se irrite e não pereçais no caminho; porque dentro em pouco se lhe inflamará a ira” [Salmo 1:12], sim, renda-se aos pés da Cruz, renda-se ao Filho de Deus, Cristo Jesus, Palavra Encarnada e Eterna que rege sobre todo o Universo, e que acolhe a todos que se arrependem e atendem por fé ao Seu chamado.